Vítima, com 24 anos, morreu esta sexta-feira e o caso está a ser investigado pela PJ. Jovem terá sido agredido por seguranças.
Um jovem de 24 anos morreu esta sexta-feira, no hospital de Braga, na sequência de agressões sofridas no sábado passado, à porta de uma discoteca, em Famalicão. A vítima terá sido alvo de violência por seguranças daquele espaço de diversão nocturna, onde estaria a festejar o aniversário de um amigo, depois de ter sido expulso do local por problemas com outros clientes.
A situação não foi reportada às autoridades, pelo que apenas na terça-feira, depois da queixa da família do jovem no posto da GNR de Riba d’Ave, é que a situação passou a ser do conhecimento da polícia. Por outro lado, só esta sexta-feira é que o caso passou para a alçada da PJ do Porto, face à informação de que o jovem tinha morrido. A Judiciária aguarda agora os resultados da autópsia que determinará a causa da morte e permitirá estabelecer uma eventual ligação entre as agressões e morte, adiantou ao PÚBLICO fonte policial.
No sábado passado, Luís Miranda terá entrado no Bar Chic, uma discoteca na Rua Bernardino Machado, na vila de Riba d’Ave, depois de um jantar de aniversário com amigos. A meio da noite, foi expulso do interior da discoteca, alegadamente por estar excessivamente alcoolizado e a provocar distúrbios junto de outros clientes. Já no exterior, o jovem terá reagido à ordem de expulsão atirando alguns objectos na direcção dos seguranças daquele espaço de diversão, que terão respondido violentamente.
Luís Miranda foi perseguido por duas pessoas e depois agredido. A vítima sofreu vários golpes, sobretudo na zona do torso e da cabeça, que lhe provocaram lesões graves. O jovem foi, por isso, levado para o hospital de Riba d’Ave, onde recebeu os primeiros socorros. Face à gravidade das lesões, foi depois transportado para o hospital de Braga, onde deu entrada às 7h00 de domingo. Esteve desde então internado, em estado de coma e sempre com prognóstico reservado, naquela unidade de saúde, onde acabou por falecer esta sexta-feira.
“Lamentamos que até agora ninguém tenha falado com a família do jovem. Refiro a qualquer eventual responsável pelo sucedido. Não temos mais dados sobre o que aconteceu. Vamos pedir para sermos constituídos assistentes no âmbito do processo-crime”, disse ao PÚBLICO o advogado da família da vítima, Daniel Rodrigues.
Luís Miranda era de Ronfe, no concelho de Guimarães, e trabalhava numa empresa de componentes automóveis também situada em Famalicão.
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