Fraude e Irregularidade devem termos impróprios para consumo em períodos pós eleitorais.Numas eleições falhas podem acontecer mesmo em democracias consolidadas, o importante é que estas devem ser preventivamente evitadas de forma a não deixarem margens para dúvidas,passando a funcionar como utensílio indispensável na formação democrática.O padrão de desconfiança de Afonso Dlhakama, lider da Renamo, no sistema democrático e no poder constituído, seriam motivos mais do que suficientes para alertar o CNE e STAE a um redobrar de esforços para assegurar menos falhas, e maior eficácia dos procedimentos.
Efectivamente os milhares de trabalhadores do CNE E STAE no terreno com efectivos dos três partidos FRELIMO, MDM E RENAMO representados, estavam atentos, e com a máquina bem oleada, mesmo antes do período eleitoral.
Afonso Dlhakama mais uma vez demonstrou ter mau perder, e mesmo assim pretendeu usar a derrota, como parte de um plano de desestabilização política pré-concebida.Diz agora que exige um governo de unidade nacional.Os moçambicanos atónitos perguntam com que direito?Uma legitimidade governativa numa democracia é adquirida apenas pelo sufrágio eleitoral.Os moçambicanos deram a Filipe Nyusi e ao partido Frelimo uma maioria absoluta, e a mais ninguém.Um verdadeira democracia não se compra nem se impõe com o poder das armas.E no caso de Moçambique a democracia vem sendo consolidada nas várias eleições , sendo a única exigência assim como da comunidade de observadores internacionais , que os homens da Renamo sejam desarmados e integrados na sociedade.
É bom que se entenda que nestas eleições os moçambicanos votaram a favôr da continuidade governativa, em prol da Paz, tolerância, estabilidade, desenvolvimento e progresso económico e social.Parafraseando palavras de um camarada meu,`` a vitória do partido Frelimo e de Filipe Nyusi era previsível e é uma questão de justiça, pois resulta de um trabalho sério e árduo realizado pelos militantes a diversos níveis.
Eu acrescento que foi uma vitória justissima, que nem a linguagem viperina e ressabiada dos jornais ligados a oposição consegue manchar.
Dlhakama no seu estilo comportamental habitual ao entrar nestas eleições tinha uma estratégia montada:Alterar a narrativa belicista por uma triunfalista, ou fazer de conta que obedecia ás regras de jogo.De seguida extasiou um triunfalismo delirante, mas após certificar-se que os moçambicanos votavam em Filipe Nyusi e na continuidade, terá telefonado aos seus assessores estrangeiros numa certa chancelaria em Maputo para pôr em marcha o plano B.O plano B, veio da na boca do seu porta voz dizendo que afinal que tinha ganho as eleições.Mandou depois corrigir a sonata,que não era bem assim.Houve fraude, e quero discutir o assunto com o governo.Mas por quem Afonso Dlhakama nos toma?Foi comprovado que a maioria dos moçambicanos não são como ele , mas também nada parvos.
O calor da campanha ter-lhe-ia incendiado as ventas, levando-o a empolgar-se a ponto de dizer à boca cheia que iria ganhar acima dos 60 por cento de votos.Um autêntico delírio se tivermos em conta a realidade política do país.Na verdade o universo de votantes do partido Frelimo supera o da Renamo numa proporção de 30 para 1, e se nestas eleições a diferença não extrapolada ao universo nacional de forma cabal, foi por mero descuido de um eleitorado volúvel mas mesmo assim coerente.Se o número de abstenção foi inferior aos das eleições presidencias e legislativas de à 5 anos, foi por estas terem desperto sectores da Frelimo que andavam distraídos,quiça burguesados e de barriga cheia, julgando que a luta tinha terminadao.A Luta continua e sempre.!
Se a revisão da Lei Eleitoral não foi suficiente para acolmatar as desconfianças de Dlhakama no sistema democrático, não seria o resultado das eleições a acalmar o rebelde sem causa e as suas hostes..O problema é o próprio Dlhakama que é uma fraude política. No passado fez alianças com apartheid, e hoje é um pau mandado de interesses politico economicos neoliberais em Moçambique.O seu papel com ajuda de um certa midia tem sido tentar diluir o impacto do papel dirigente do partido Frelimo na sociedade, assim como esgotar o discurso nas assimetrias regionais para ver se divide o Norte do Sul.Nunca aprendeu a coabitar com o sistema nem com os outros actores políticos, nem mesmo no interior do seu partido onde a democracia interna foi substituída pelo culto da personalidade.
Ps. Como autor do texto reservo-me no direito de nao permitir que o texto seja reproduzido na rede social ,ferramenta de busca google por qualquer blog que nao seja o jornal domingo.
Inácio Natividade
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