Sérgio Vieira
“Samora dizia que gostava de trabalhar e ouvir com quem sabia mais do que ele. Não temia que o ofuscassem porque consciente do seu próprio valor. Chamava informalmente os que num assunto possuíam competência do saber e saber fazer. Não desciam esses do Monte Sinai, quando os ouvia sabia distinguir o útil e necessário do que não interessava. Por isso dirigiu sempre bem e desde a guerra”
O País mostrou interesse no meu regresso às Cartas. Aqui estou. Escrevo já mensalmente para o Afrique Asie. Durante duas décadas fi-lo para um semanário. Deu-me alegria e leitores mostraram apreço. Cessei porque o jornal caiu no inadmissível: artigos com alto teor racista. Uma editorial naquele mesmo momento denunciou esse nojo. Uma no cravo e outra na ferradura! A defesa da unidade nacional para além de cores da pele, origens étnicas, confissões religiosas ou opções filosóficas constitui um pilar e trave mestra que, retirados, fazem ruir Moçambique. Houve quem em público e pretendendo-se dirigente, distinguiu em função da cor da pele os autênticos dos não sei quem! Onde buscam os sandeus a pureza racial e a autenticidade? Na verdade o racismo e a dita autenticidade cobrem complexos graves de inferioridade e constituem tentativas oportunistas para satisfazerem as ganâncias escondidas como já o vimos. Pobre diabismo camuflando a vileza de espírito e menoridade de pensamento.
Raça bovina angone em extinção em Moçambique
ALERTA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA AGRICULTURA E ALIMENTAÇÃO
A raça bovina angone está em vias de extinção em Moçambique, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) que aponta a tendência cada vez mais crescente da diminuição do seu efectivo como a razão da conclusão.
Acrescenta a FAO que o comportamento dos principais indicadores reprodutivos e produtivos é o que demonstra que “estamos em presença de um recurso genético que não tem sido objecto de selecção, nem melhoramento, tanto genético como das condições de maneio”.
Sublinha a organização que a evolução do comportamento dos indicadores produtivos e reprodutivos da raça manifesta uma tendência de diminuir, o que evidencia que a população se encontra afectada pela consanguinidade.
Dados ainda da FAO indicam que em Moçambique existia em 1969 muito pouco trabalho de avaliação de ra ças e que o sector familiar praticamente nenhum trabalho realizou, “situação que ainda não está melhorada até hoje”, aponta aquela agência da família da Organização das Nações Unidas (ONU).
EDITORIAL: Educar as comunidades para combaterem a caça furtiva
Na manhã de 11 de Novembro corrente, um grupo de curiosos assistiu, impávido e sereno, ao abate de quatro elefantes subitamente vistos a vaguear no canavial da açucareira Tongaat Hulett, no posto administrativo de Xinavane, na província de Maputo. As circunstâncias em que tal situação abominável aconteceu deixaram a nu o despreparo de que as comunidades ainda padecem com vista a liderar a luta contra a caça ilegal de paquidermes, rinocerontes, leões e outros animais protegidos por lei, mas ameaçados de extinção.
Com uma população como aquela que testemunhou a morte de um casal de elefantes e as suas crias e nada pôde fazer para evitar a tragédia, fica claro que o país não está em condições de reduzir a caça furtiva nem assegurar que não sejam as próprias comunidades a envolverem-se na morte destas espécies. O sinal de que perdemos a batalha contra este mal é que os malfeitores agem a seu bel-prazer e ninguém denuncia, mesmo a população que se esperava que fosse proactiva.
Com uma população como aquela que testemunhou a morte de um casal de elefantes e as suas crias e nada pôde fazer para evitar a tragédia, fica claro que o país não está em condições de reduzir a caça furtiva nem assegurar que não sejam as próprias comunidades a envolverem-se na morte destas espécies. O sinal de que perdemos a batalha contra este mal é que os malfeitores agem a seu bel-prazer e ninguém denuncia, mesmo a população que se esperava que fosse proactiva.
Advogado do bando de traficantes tenta travar extradições para Estados Unidos
“Operação Nyali”
O chefe da Unidade de Combate à Droga do Quénia, Hamisi Masa, disse que a transferência de Ibrahim Akasha para uma cadeia em Nairobi não havia sido feita com dolo nem com a intenção de entregá-lo a quaisquer outras autoridades sem permissão dos tribunais.
Segundo a edição de hoje do jornal “The Standard”, publicado em Nairobi, o advogado de defesa de Ibrahim Akasha requereu que o secretário permanente do Ministério do Interior queniano e o comandante da Polícia de Mombaça fossem intimados por instância jurídica a proibir quaisquer extradições de natureza ilegal.
Recorde-se que um tribunal de Nova Iorque requereu a extradição de Ibrahim Akasha, Baktash Akasha, Viky Goswami, e Gulam Hussein, este último de origem paquistanesa, detidos no passado domingo no Quénia, no âmbito da “Operação Nyali”, por envolvimento no tráfico de narcóticos para os Estados Unidos. Na referida operação, foi citado o nome do empresário moçambicano Mohamad Bashir Sulemane, que está desaparecido.
O chefe da Unidade de Combate à Droga do Quénia, Hamisi Masa, disse que a transferência de Ibrahim Akasha para uma cadeia em Nairobi não havia sido feita com dolo nem com a intenção de entregá-lo a quaisquer outras autoridades sem permissão dos tribunais.
Segundo a edição de hoje do jornal “The Standard”, publicado em Nairobi, o advogado de defesa de Ibrahim Akasha requereu que o secretário permanente do Ministério do Interior queniano e o comandante da Polícia de Mombaça fossem intimados por instância jurídica a proibir quaisquer extradições de natureza ilegal.
Recorde-se que um tribunal de Nova Iorque requereu a extradição de Ibrahim Akasha, Baktash Akasha, Viky Goswami, e Gulam Hussein, este último de origem paquistanesa, detidos no passado domingo no Quénia, no âmbito da “Operação Nyali”, por envolvimento no tráfico de narcóticos para os Estados Unidos. Na referida operação, foi citado o nome do empresário moçambicano Mohamad Bashir Sulemane, que está desaparecido.
A Lucília da nossa desgraça!
Canal de Opinião por Matias Guente
Escrevi, num passado não muito distante, que, quando Armando Guebuza chegou ao poder em 2005, houve um fenómeno muito estranho que começou a ter lugar a olhos vistos. É que todos os filhos mais preguiçosos e incompetentes que o país foi criando em todos estes anos de Independência começaram a brilhar.
Fiz também constar que tinha dificuldades de dizer com algum rigor se foi por selecção por via pauta classificativa de incompetência, ou por mera coincidência de indicação. Mas o facto é que Guebuza salvou muitos incompetentes dos seus merecidos destinos.
Mas, agora, chego até a equacionar a possibilidade de ter havido um anúncio público num desses jornais com o seguinte teor: “És incompetente e queres brilhar? Contacta a Presidência da República para um emprego condigno. Não te esqueças de levar contigo a cópia do teu BI”.
É que a quantidade e qualidade de incompetentes que temos hoje como governantes é uma assinalável obra cujas motivações a ciência, mais tarde, se deveria encarregar de estudar.
Chamo a ciência à colação porque, quando se aposta em incompetentes, propõe-se a desafiar uma das mais elementares normas da existência humana: a selecção natural. Charles Darwin já havia teorizado, na sua “selecção natural”, aquilo que viria a ser a convivência humana sob o escopo da competitividade e da aptidão. Mais tarde, esta teoria viria a ser secundada por Thomas Malthus. É muito simples. É que, Segundo Darwin, na convivência das espécies, e dada a disparidade da dose de aptidão em cada uma delas, as mais aptas devem, por ordem natural, singrar em relação às fracas ou às espécies menos aptas. A isto, Darwin chamou “selecção natural”.
Escrevi, num passado não muito distante, que, quando Armando Guebuza chegou ao poder em 2005, houve um fenómeno muito estranho que começou a ter lugar a olhos vistos. É que todos os filhos mais preguiçosos e incompetentes que o país foi criando em todos estes anos de Independência começaram a brilhar.
Fiz também constar que tinha dificuldades de dizer com algum rigor se foi por selecção por via pauta classificativa de incompetência, ou por mera coincidência de indicação. Mas o facto é que Guebuza salvou muitos incompetentes dos seus merecidos destinos.
Mas, agora, chego até a equacionar a possibilidade de ter havido um anúncio público num desses jornais com o seguinte teor: “És incompetente e queres brilhar? Contacta a Presidência da República para um emprego condigno. Não te esqueças de levar contigo a cópia do teu BI”.
É que a quantidade e qualidade de incompetentes que temos hoje como governantes é uma assinalável obra cujas motivações a ciência, mais tarde, se deveria encarregar de estudar.
Chamo a ciência à colação porque, quando se aposta em incompetentes, propõe-se a desafiar uma das mais elementares normas da existência humana: a selecção natural. Charles Darwin já havia teorizado, na sua “selecção natural”, aquilo que viria a ser a convivência humana sob o escopo da competitividade e da aptidão. Mais tarde, esta teoria viria a ser secundada por Thomas Malthus. É muito simples. É que, Segundo Darwin, na convivência das espécies, e dada a disparidade da dose de aptidão em cada uma delas, as mais aptas devem, por ordem natural, singrar em relação às fracas ou às espécies menos aptas. A isto, Darwin chamou “selecção natural”.
20/11/2014
Novo recorde de caça furtiva de rinocerontes na África do Sul
A caça furtiva atingiu um novo recorde com 1.020 rinocerontes mortos desde o início do ano apesar de importantes medidas tomadas pelas autoridades, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério do Ambiente sul-africano.
“Até à data, um total de 1.020 rinocerontes foram mortos para lhe ser extraído o corno desde 01 de Janeiro de 2014”, indicou o ministério, recordando que o balanço de 2013 foi de 1.004 rinocerontes mortos.
A maior parte daqueles animais, cuja caça furtiva se intensificou desde 2007, foram mortos no famoso parque Kruger, na região fronteiriça com Moçambique, onde 672 carcaças foram descobertas pelos guardas do parque.
“O massacre em curso dos rinocerontes para extrair o seu corno alimenta o tráfico ilegal mundial de fauna selvagem, que vale milhares de milhões de dólares e lutar contra aquele flagelo não é simples”, sublinhou o ministério sul-africano, que diz utilizar todos os meios, desde da repressão, à sensibilização, e anunciou que pretende acabar com a proibição do negócio de cornos para tentar dissuadir os traficantes.
Sector do Turismo em Moçambique entre os piores do mundo
NO QUE RESPEITA À COMPETITIVIDADE EM 140 PAÍSES ANALISADOS
O fraquíssimo desempenho promocional desenvolvido pelas autoridades competentes, cujos servidores mais se entregam a acções pouco abonatórias e que nada têm a ver com a elevação da imagem de Moçambique, mesmo quando estão em fóruns para tal estabelecidos, é outra concorrente para a má imagem que Moçambique faz na “fotografia” global dos intervenientes no turismo planetário.
EDSON ARANTE
Um estudo recente da Traveland Tourism Competitiveness Report, do Fórum Económico Mundial, coloca Moçambique entre os piores classificados do ranking sobre competitividade do sector do Turismo, num grupo de 140 países analisados.
O país ocupa a posição 125 desde 2013, indica o referido estudo em poder do Correio da manhã, justificando que a situação deve-se às enormes barreiras que caracterizam o ambiente deste tipo de negócio, com destaque para a burocracia e corrupção no sector do Turismo.
O fraquíssimo desempenho promocional desenvolvido pelas autoridades competentes, cujos servidores mais se entregam a acções pouco abonatórias e que nada têm a ver com a elevação da imagem de Moçambique mesmo quando estão em fóruns para tal estabelecidos, é outra concorrente para a má imagem que Moçambique faz na “fotografia” global dos intervenientes no turismo planetário.
Analistas aprovam estatuto de líder da oposição para Dhlakama
EMBORA DEFENDAM TAMBÉM A INTEGRAÇÃO DA ELITE MILITAR DA RENAMO
Alguns analistas políticos dizem que a decisão de se atribuir o estatuto de líder da oposição a Afonso Dhlakama pode contribuir para a criação de uma sociedade mais inclusiva, mas defendem uma correcta integração da elite militar da Renamo, de modo a que paz seja efectiva no país.
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, aceita a ideia, que é vista pelo bispo auxiliar de Maputo, Dom Carlos Nunes, como um sinal de abertura.
“Eu entendo este aspecto como uma necessidade de abrirmo-nos e interagirmos constantemente, para que a democracia se construa com a participação de todos os moçambicanos”, realçou aquele dirigente religioso.
O analista político Luís Loforte diz que iniciativas como esta contribuem de facto para a consolidação da paz em Moçambique, realçando que a pacificação deve acontecer através da abertura para a entrada na riqueza moçambicana sem qualquer condicionamento nem político, nem sequer da influência social.
Posted at 11:34 in Eleições 2014 Gerais, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (2) ShareThis
Altos comandos terminam formação no “Guebuza”
Realiza-se amanhã no Instituto Superior de Estudos de Defesa, Tenente-General Armando Emílio Guebuza, província de Maputo, a cerimónia de encerramento dos Cursos de Formação de Altos Comandos (CAC), de Estado Maior Conjunto (CEMC), de promoção à Oficial Superior (CPOS) e de Adequação de Quadros (CAQ).
A Cerimónia a ser presidida pelo Presidente da República e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, será caracterizada por várias actividades militares e exibições culturais.
DIÁRIO DO PAÍS – 20.11.2014
Agualusa diz que estão reunidas condições para “revolta de larga escala” em Angola
O escritor angolano José Eduardo Agualusa considera que Angola “é uma falsa potência”, onde domina a “falta de inteligência” e onde estão reunidas as condições para “uma revolta de larga escala”.
Em entrevista à agência Lusa, na sua casa, em Lisboa, a propósito do livro que lança na quinta-feira, o autor angolano explica que precisou de “abrir a janela e respirar um pouco de ar” depois dos últimos livros que escreveu, “mais densos, pesados, complexos, obscuros, dolorosos até”. “A vida no céu”, que será lançado às 21.30 horas, na livraria “Ler Devagar”, é um livro que Agualusa gostava de ter lido quando tinha 16 anos, a idade do seu filho mais velho, que vive em Angola, onde, actualmente, o regime tem “medo de uma dúzia de jovens” que, volta e meia, se manifestam nas ruas.
Em entrevista à agência Lusa, na sua casa, em Lisboa, a propósito do livro que lança na quinta-feira, o autor angolano explica que precisou de “abrir a janela e respirar um pouco de ar” depois dos últimos livros que escreveu, “mais densos, pesados, complexos, obscuros, dolorosos até”. “A vida no céu”, que será lançado às 21.30 horas, na livraria “Ler Devagar”, é um livro que Agualusa gostava de ter lido quando tinha 16 anos, a idade do seu filho mais velho, que vive em Angola, onde, actualmente, o regime tem “medo de uma dúzia de jovens” que, volta e meia, se manifestam nas ruas.
Posted at 11:07 in Angola - Cabinda, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink |Comments (1) ShareThis
Justiça moçambicana vulnerável com "superpoderes" do Presidente - Ex-bastonário
O antigo bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) Gilberto Correia considera que o chefe de Estado moçambicano goza de "superpoderes" na nomeação dos titulares dos órgãos de Justiça, que tornam o setor vulnerável.
"Estes superpoderes do chefe de Estado vulnerabilizam o poder judicial, quer no que diz respeito à pretendida independência, quer ainda no que toca à desejada interdependência", afirmou Gilberto Correia, apresentando o tema "O Direito de Defesa em Moçambique", durante o II Congresso da OAM, que se iniciou na quarta-feira, em Maputo.
Para o ex-bastonário da OAM, a Justiça moçambicana é permeável às influências políticas, uma vez que os seus dirigentes de topo são nomeados pelo chefe de Estado, que é, normalmente, presidente do partido vencedor das eleições gerais.
LUSA – 20.11.2014
Posted at 11:01 in Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)ShareThis
19/11/2014
BURKINA FASO: Tenente-coronel Zida fica primeiro-ministro
O BURKINA Faso já tem um novo primeiro-ministro para o período de transição: o tenente-coronel Isaac Zida. Esta designação, longe de ser uma surpresa, era mesmo o esperado.
O tenente-coronel Zida, o homem forte do Burkina Faso após a queda do presidente Blaise Compaoré, foi ontem nomeado pelo chefe de Estado interino Michel Kafando.
“O presidente de transição decidiu que (…) Yacouba Isaac Zida é nomeado primeiro-ministro”, segundo um decreto lido ontem à comunicação social pelo secretário-geral adjunto do governo, Alain Thierry Ouattara.
Esta nomeação é a confirmação de rumores que desde segunda-feira circulavam nos corredores do novo poder burkinabe.
Desde a nomeação de Michel Kafando, os dois homens andavam de “mãos dadas”. Segundo observadores, eles tratam dos mesmos temas, usam a mesma linguagem. Falam, por exemplo, do respeito rigoroso da Constituição ou da premência de reconciliar o país.
COSTA DO MARFIM: Militares voltam aos quartéis
OS soldados da Costa do Marfim que terça-feira tinham saído dos quartéis exigindo promoções e melhores salários regressaram ontem às suas bases depois de promessas do governo em atender às suas reivindicações.
Um Conselho de Ministros, reunido especificamente para analisar os protestos dos militares, terminou, ao princípio da tarde de ontem, no palácio presidencial costa-marfinense, com o compromisso do executivo de atender as exigências dos manifestantes.
Os militares já tinham manifestado a sua satisfação, depois de ouvir, um após outro, o ministro da Defesa e o ministro do Interior a dizer na televisão nacional na noite de terça que a resposta do governo, do comandante-chefe das forças armadas e Presidente da República Alassane Ouattara é significativa e positiva.
As 15:00 horas locais, o ministro da Defesa, Paul Koffi Koffi recebeu no seu gabinete todos os delegados designados pelos campos militares do pais: Abobo, Akouédo, Bouaké, Korhogo e de Daloa.
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