Moçambique Para Todos
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Dedicado a Antonio A. S. Kawaria
Ontem, num debate neste fórum, sobre a entrevista de Manuel de Araújo com relação a “arrogância” do MDM relativamente aos resultados eleitorais ( ainda em recurso no CC ) 17 cadeiras na AR ( MDM )e 6% de votos para PR ( Daviz Simango ), o mano António A.S.Kawaria, pediu me para voltar a escrever,
Assim, e tentando expor o meu ver, da situação politica actual, particularmente o MDM, revisitando algumas memorias, vou teclando:
O MDM foi criado fruto duma ruptura entre Afonso Dlhakhama e Daviz Simango, na altura desta rotura, o Daviz Simango arrancava para o primeiro independente a concorrer para a presidência dum município – Município da Beira, em 2008.
Nessa altura, a blogosfera era o campo de convergência e debate de pensamentos e ideias sobre Moçambique, onde alguns blogs eram os pivots, entre eles o Diário De Um Sociólogo, do Professor Carlos Serra, Comunidade Moçambicana de Kawaria, também o Moçambique Para Todos de Fernando Gil.
O Daviz surgia independente, ousado, a concorrer pela Beira, e eu me tornava no primeiro empresário a dar o apoio a sua candidatura, formalmente e em publico ( publicado no Diário De Um Sociólogo e no Mediafax ).
Com a vitoria do Daviz, na Beira, como independente, ele funda o MDM, e todos os intelectuais na “blogosfera moçambicana” intervém, participam e dão os in-puts.
Desde concepção do nome, slogan e todo o percurso do MDM ate vencer os 4 municípios , teve de forma voluntaria a contribuição dos intelectuais moçambicanos, sem excepção, pois incluindo membros leais e fieis ao partido no poder - A Frelimo, participaram na concepção do MDM através das suas valiosas criticas, na "blogosfera moçambicana" ( mais recentemente, vide facebook - algumas campanhas pro-MDM foram ensaiadas com sucesso, especialmente nas intercalares de Quelimane, com alguma intensidade, por voluntários que se identificavam com a causa e sonho de Moçambique Para Todos ),
Moçambique Para Todos, surge como proposta de slogan para o MDM, na fase inicial da concepção, considerando que o Daviz fundava e liderava um partido que “prometia” uma mudança, eu defendia uma mudança harmoniosa e democrática em Moçambique, os críticos “pediam” uma esperança para Moçambicanos vitimas de exclusão politica, social e económica .
A Mudança deveria ser harmoniosa, numa luta politica leal, com valores éticos que permitissem a construção dum Moçambique sem qualquer tipo de exclusão – O Moçambique Para Todos.
O Moçambique Para Todos, não ‘e um simples slogan, ‘e um sonho, de todos os Moçambicanos vitimas da politica de exclusão, que “encontrou” no MDM uma possibilidade de realização. ‘E também uma Causa que o MDM se prontificou a defender, para os todos os excluídos, com a contribuição dos intelectuais Moçambicanos, residentes em Moçambique e pelo mundo fora. ‘E portanto um património intelectual moçambicano “proposto” ao MDM para o seu slogan, no pressuposto de existir convergência de objectivos, entre o partido politico fundado pelo Daviz Simango e os intelectuais moçambicanos que consideravam a necessidade da eliminação de exclusão social, politica e económica e a consequente construção dum Moçambique Para Todos.
Os fracos resultados alcançados pelo MDM e Daviz ( 17 cadeiras na AR – ainda em recurso no CC e 6% de voto nas Presidenciais), e as mais variadas acusações, de “negócios pouco éticos” ( CIP ), acusações de nomeações favorecidas para listas de candidatos ( noticias em redes sociais ), recente entrevista do Daviz de catalogar os seus críticos de invejosos e ambiciosos, põe em causa, a competência do MDM para a realização deste sonho de inclusão dos Moçambicanos vitimas de politica de exclusão.
‘E da liderança do MDM que nos vem a mensagem de que existe exclusão no partido que deveria defender a Causa da Inclusão.
Alias,‘e essa dissonância cognitiva , entre o comprometer-se a defender uma causa, realizar um sonho, de um Moçambique Para Todos, sem exclusão, e ter uma actuação pratica “pouco ética”, e contraria ao seu slogan, que esta na origem dos fracos resultados eleitorais do MDM,
O sonho foi defraudado, o MDM não conseguiu sequer perceber o desespero dos Moçambicanos vitimas de exclusão, e avançou para um modus operandi que revela a intenção de manutenção de status quo.
O Sonho foi defraudado, o Moçambique Para Todos ‘e maior que este MDM, que ora entra em negócios de isenção de viaturas, ora vota em regalias para uns poucos e exclui todos os que os puseram na AR, ora ‘e acusado de procedimentos internos pouco democráticos .
O MDM ficou pequeno, ainda que tenha crescido em 100% na AR, o MDM ficou pequeno para o Sonho, ficou pequeno para a Causa que se comprometeu a defender.
Neste Momento, ‘e ‘a liderança do MDM que se deve exigir mudanças internas, pois quem nao consegue gerar uma mudança interna de forma ética, nao tem como fazer se acreditar que vai mudar o pais.
O Sonho foi defraudado.
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