by Dércio Ernesto on Monday, 22 October 2012 at 15:48 ·
Sr. Director
Em primeiro saúdo a vossa Excia. Sr Director por ter aceite publicar este artigo.
Antes de entrar na essência deste artigo torna-se pertinente traçar algumas bases sobre o que é redistribuição de riqueza, este pressupõe a forma como a riqueza produzida dentro de um país num determinado tempo é alocada aos diferentes escalões da sociedade, de preferência os mais desfavorecidos através de edificação de infra-estruturas sociais e prestação de melhores serviços públicos.
Um país pode ser muito rico e seus habitantes muito pobres, ou pode não ser tão rico e seus habitantes desfrutarem de um padrão de vida superior ao de um país que tenha uma renda elevada. O que determina essa diferença é o perfil da distribuição de renda, ou seja, como a riqueza total que é produzida num país se distribui entre os habitantes.
É comum ouvir, portanto muitos discursos na nossa sociedade que se referem repetidamente com certa preocupação a questão de redistribuição de riqueza no país com um especial enfoque a questão dos recursos minerais que tem despontado e relançado Moçambique em todos os cantos mundo. Porém, é preciso entender que o grande inconveniente aqui não se relaciona apenas com estes recursos, pois estes não são e nem serão no meu ponto de vista os que mudarão a vida dos Moçambicanos, pelo contrário poderão os mesmos trazer problemas se olharmos para eles como a única porta “dourada” para resolver aqueles que são os nossos problemas sociais. Fala-se hoje que os recursos devem de forma explicita beneficiar os Moçambicanos, certo, é correcto que assim seja, mas também é importante que se olhe para o real valor que traduzem os investimentos até ao momento feitos no país.
Não quero tirar mérito para os que advogam à aparente má redistribuição de riqueza no país, mas quero apenas lembrar que o desenvolvimento tem um preço e exige sacrifício e para um país como Moçambique que não tem nenhum “know-how” em matéria de exploração de recursos minerais, não tem capital financeiro público nem privado de fazer a auto-exploração, não tem conhecimento de mercado para comercializar esses recursos e muito menos recursos humanos qualificados para fazer os trabalhos técnicos de prospecção dos recursos concluo que seja ainda muito mais complicado falar-se uma redistribuição equitativa da riqueza.
Contudo, o grande problema que aqui se coloca não é a exploração estrangeira que é vista como dilapidadora dos recursos nem a má redistribuição da riqueza, mas sim o simples facto de quem de direito no momento de concessão de títulos de prospecção que fique bem claro de quanto e como vai ganhar com este ou aquele investimento para que isto amanhã se reverta para os Moçambicanos e efectivamnete a redistribuição de riqueza exista na colectividade e não um grupo de indivíduos, mas não disse.
Em primeiro saúdo a vossa Excia. Sr Director por ter aceite publicar este artigo.
Antes de entrar na essência deste artigo torna-se pertinente traçar algumas bases sobre o que é redistribuição de riqueza, este pressupõe a forma como a riqueza produzida dentro de um país num determinado tempo é alocada aos diferentes escalões da sociedade, de preferência os mais desfavorecidos através de edificação de infra-estruturas sociais e prestação de melhores serviços públicos.
Um país pode ser muito rico e seus habitantes muito pobres, ou pode não ser tão rico e seus habitantes desfrutarem de um padrão de vida superior ao de um país que tenha uma renda elevada. O que determina essa diferença é o perfil da distribuição de renda, ou seja, como a riqueza total que é produzida num país se distribui entre os habitantes.
É comum ouvir, portanto muitos discursos na nossa sociedade que se referem repetidamente com certa preocupação a questão de redistribuição de riqueza no país com um especial enfoque a questão dos recursos minerais que tem despontado e relançado Moçambique em todos os cantos mundo. Porém, é preciso entender que o grande inconveniente aqui não se relaciona apenas com estes recursos, pois estes não são e nem serão no meu ponto de vista os que mudarão a vida dos Moçambicanos, pelo contrário poderão os mesmos trazer problemas se olharmos para eles como a única porta “dourada” para resolver aqueles que são os nossos problemas sociais. Fala-se hoje que os recursos devem de forma explicita beneficiar os Moçambicanos, certo, é correcto que assim seja, mas também é importante que se olhe para o real valor que traduzem os investimentos até ao momento feitos no país.
Não quero tirar mérito para os que advogam à aparente má redistribuição de riqueza no país, mas quero apenas lembrar que o desenvolvimento tem um preço e exige sacrifício e para um país como Moçambique que não tem nenhum “know-how” em matéria de exploração de recursos minerais, não tem capital financeiro público nem privado de fazer a auto-exploração, não tem conhecimento de mercado para comercializar esses recursos e muito menos recursos humanos qualificados para fazer os trabalhos técnicos de prospecção dos recursos concluo que seja ainda muito mais complicado falar-se uma redistribuição equitativa da riqueza.
Contudo, o grande problema que aqui se coloca não é a exploração estrangeira que é vista como dilapidadora dos recursos nem a má redistribuição da riqueza, mas sim o simples facto de quem de direito no momento de concessão de títulos de prospecção que fique bem claro de quanto e como vai ganhar com este ou aquele investimento para que isto amanhã se reverta para os Moçambicanos e efectivamnete a redistribuição de riqueza exista na colectividade e não um grupo de indivíduos, mas não disse.
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