by Celsio Jorge on Sunday, 21 October 2012 at 12:07 ·
O Homem, na verdade, tem que ser sensível e, para além disso, flexível.
Tem que superar os seus próprios obstáculos sem causar danos a terceiro.
Olhar para o mundo ao seu redor e, com o orgulho, dar valor.
Dentro de suas quatro paredes, no silêncio da alta noite, em pensamento ser certeiro
Olhar para o seu redor e não ver nada, senão as de sempre, quatro paredes gastas de cor,
Reflectir e ainda assim chegar a conclusão que a vida que leva tem sabor
Ou melhor, a vida que não leva, mas que há-de levar com certeza, tem já quatro paredes e um tecto
E ainda tem paz espiritual e, o mais importante, a viva esperança que não se cansa e com Deus a aliança.
Agora que vos escrevo está a chover lá fora, ouvindo do telhado o som de cada gota de água que cai, subtilmente lembro-me da infância que relutantemente não sai. E viajo no tempo futilmente: de cuecas corria pelo quintal todo de baixo da chuva como um falcão riscando os céus em cânticos e festejos, e mais tarde, na mesa para o jantar, os velhos riam-se do filho que mal conseguia comer, dentre sonecas e bocejos.
Ah, inesperadamente, já são 2 horas da madrugada, ate aqui estou acordado para contemplar o ambiente envolvente:
O céu não pára de relampejar, de repente me lembro dos amores e da necessidade de amar, continuamente. Pois dizer apenas que se ama sem amor, é jogar barato com batotas e, pelo contrário, amor sem amar, são batutas, jogo do cérebro sem coração, um passar de pernas, uma autêntica orquestração.
Porquê dizemos que amamos sabendo que na verdade não amamos?
Brincadeira de mau gosto leva a ferimentos psico-emocionais indesejados. Pelas nossas inconsciências, nossas inconsistências, criamos calos nos corações das pessoas que mais nos amam, para com isto pagarem os outros e os outros outro. Agora é comum ouvir dizer “estou fechado/a para o balanço”. Numa clara e inequívoca alusão, ainda que tácita, a um relacionamento, recente ou não, frustrado e com ferimentos que não se calam, levando a uma autêntica privação da liberdade, ah, da vida. A este respeito, alguns dizem que pico tira-se com o pico. Será justo?
Justo ou não, temos que ser sensíveis e flexíveis, coerentes em acção e em pensamento. A moderação, a razoabilidade e a moral devem ser valores que nos devem acompanhar até a nossa última moradia.
{Celsio Jorge}
Tem que superar os seus próprios obstáculos sem causar danos a terceiro.
Olhar para o mundo ao seu redor e, com o orgulho, dar valor.
Dentro de suas quatro paredes, no silêncio da alta noite, em pensamento ser certeiro
Olhar para o seu redor e não ver nada, senão as de sempre, quatro paredes gastas de cor,
Reflectir e ainda assim chegar a conclusão que a vida que leva tem sabor
Ou melhor, a vida que não leva, mas que há-de levar com certeza, tem já quatro paredes e um tecto
E ainda tem paz espiritual e, o mais importante, a viva esperança que não se cansa e com Deus a aliança.
Agora que vos escrevo está a chover lá fora, ouvindo do telhado o som de cada gota de água que cai, subtilmente lembro-me da infância que relutantemente não sai. E viajo no tempo futilmente: de cuecas corria pelo quintal todo de baixo da chuva como um falcão riscando os céus em cânticos e festejos, e mais tarde, na mesa para o jantar, os velhos riam-se do filho que mal conseguia comer, dentre sonecas e bocejos.
Ah, inesperadamente, já são 2 horas da madrugada, ate aqui estou acordado para contemplar o ambiente envolvente:
O céu não pára de relampejar, de repente me lembro dos amores e da necessidade de amar, continuamente. Pois dizer apenas que se ama sem amor, é jogar barato com batotas e, pelo contrário, amor sem amar, são batutas, jogo do cérebro sem coração, um passar de pernas, uma autêntica orquestração.
Porquê dizemos que amamos sabendo que na verdade não amamos?
Brincadeira de mau gosto leva a ferimentos psico-emocionais indesejados. Pelas nossas inconsciências, nossas inconsistências, criamos calos nos corações das pessoas que mais nos amam, para com isto pagarem os outros e os outros outro. Agora é comum ouvir dizer “estou fechado/a para o balanço”. Numa clara e inequívoca alusão, ainda que tácita, a um relacionamento, recente ou não, frustrado e com ferimentos que não se calam, levando a uma autêntica privação da liberdade, ah, da vida. A este respeito, alguns dizem que pico tira-se com o pico. Será justo?
Justo ou não, temos que ser sensíveis e flexíveis, coerentes em acção e em pensamento. A moderação, a razoabilidade e a moral devem ser valores que nos devem acompanhar até a nossa última moradia.
{Celsio Jorge}
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