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O desfecho da atual semana não é muito favorável para o presidente Barack Obama. Os teledebates da quinta-feira entre o seu vice Joe Byden e o seu competidor republicano Paul Ryan puderam proporcionar apenas uma alegria pequena ao presidente.
Estes debates resultaram num evento muito mais animado do que o
duelo entre Obama e Romney de 3 de outubro. Uma certa pesquisa indica que Byden
ultrapassou um pouco Ryan, enquanto que uma outra indica o contrário, que foi
Ryan quem venceu o vice-presidente. O próprio Obama disse aos repórteres que se
orgulha de Byden.
Mas já na sexta-feira, de manhã, quando os jornais americanos
publicaram as pesquisas tradicionais do fim da semana, as nuvens no horizonte
presidencial tornaram-se mais espessas. Três semanas antes das eleições
presidenciais de 6 de novembro, uma pesquisa, levada a cabo na Flórida, tornou
evidente que Mitt Romney, competidor principal de Obama, ultrapassa-o neste
estado, considerado estado-chave da campanha eleitoral. E a diferença já chegou
a 7%, o que supera bastante o erro estatístico admissível.
O diretor do Instituto Internacional de Peritagem Política Evgueni
Minchenko aconselha “deixar as tentativas de adivinhar o desfecho na base de
percentagem”. Ele acha que Obama ainda vai reconquistar as suas posições nos
dois futuros turnos de teledebates marcados para os dias 16 e 22 de outubro.
"Creio que a situação final estará clara uma ou duas semanas antes
das eleições. Tenho em vista a situação nos estados. Não creio que ali aconteça
algo de inesperado. Entre fins de outubro e princípios de novembro, - ainda
antes do dia da votação, - será claro, quem é que tem mais vantagem".
O Estado de Flórida é importante pois é um dos sete ou
oito estados indecisos que acabarão por determinar o próximo
presidente da América. Esse estado coloca no tesouro do presidente logo
29 grandes eleitores. É que os americanos elegem nos seus escrutínios não o
presidente mas, sim, um colégio de grandes eleitores de 538 pessoas, o que
corresponde ao número de senadores e congressistas. Se Obama tomar de
assalto o estado de Flórida, pode-se considerar que a sua vitória é
garantida. Mas se o estado ensolarado ficar no campo de Romney, é bem
provável que o sigam outros estados indecisos - Carolina do Norte,
Virginia e New Hampshire. É muito importante, a favor do qual dos dois
candidatos irá votar neste caso o Estado de Ohio, que também dispõe de um grande
número de grandes eleitores.
O vice-diretor do Instituto dos EUA e do Canadá Valeri Garbuzov
opina que agora a situação é tal que tudo pode ser resolvido na última
polegada.
"Por enquanto, as pesquisas evidenciam que Obama dispõe de uma
pequena vantagem. Mas esta vantagem é muitíssimo pequena. A supremacia de Obama
em relação ao seu competidor agora oscila em torno de 2%. Por isso, é bastante
difícil de prognosticar as perspectivas de Obama e de Romney. As eleições de 6
de novembro podem resultar tanto na vitória do atual presidente, como do seu
competidor. Mas será vitória será alcançada com uma supremacia mínima.
Obama continua a liderar na maioria das pesquisas de âmbito
nacional, mas a sua supremacia está à beira do erro estatístico. A América
dividiu-se evidentemente em dois pólos no seu enfoque dos pretendentes à Casa
Branca. E se Obama e a sua comitiva não fizerem algo de extraordinário, qualquer
um dos candidatos pode acabar por tomar de assalto a Casa Branca.
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