Sunday, May 5, 2019

Guaidó admite aceitar intervenção militar dos EUA


Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela admite ter sobrevalorizado o apoio dos militares e não exclui a necessidade de aceitar a ajuda dos americanos: "Estamos a avaliar todas as hipóteses".
O líder da oposição da Venezuela, Juan Gaidó, admitiu que sobrevalorizou o apoio dos militares e não colocou de parte a hipótese de uma intervenção militar americana no país. Em declarações ao Washington Post, Guaidó afirmou que "provavelmente" a Assembleia nacional aprovaria essa intervenção "caso fosse necessária".
Questionado sobre o que faria se o assessor de segurança de Trump, John Bolton, ligasse oferecendo ajuda militar americana, o presidente da Assembleia Nacional disse que responderia: "Querido amigo, embaixador John Bolton, obrigado por toda a ajuda que tem dado à nossa justa causa aqui. Obrigado pela oferta, vamos avaliá-la e provavelmente será considerada no parlamento para resolver esta crise. Se necessário, talvez a aprovemos."
Apesar dos Estados Unidos defenderem uma transição pacífica para a Venezuela, na última sexta-feira, depois de reunir-se com Bolton, Patrick Shanahan, diretor do Pentágono, revelou que "todas as opções estão em cima da mesa". Guaidó não escondeu que esta foi "uma grande notícia": "Nós estamos a avaliar todas as opções. É bom saber que aliados importantes, como os EUA, estão também analisando todas as opções. Isso dá-nos a possibilidade de saber que, se precisarmos de ajuda, a poderemos ter."
O presidente da Assembleia Nacional admitiu que esperava que neste momento Maduro já tivesse resignado da presidência do país. Guaidó reconheceu que a oposição tinha calculado mal o apoio dentro das Forças Armadas durante a tentativa de golpe contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro no dia 30 de março. "Talvez porque ainda precisemos de mais soldados, e talvez precisemos de mais funcionários do regime dispostos a apoiar-nos", diz.
Ele reconheceu que o plano implementado pela oposição não funcionou mas não vai desistir: "O facto de termos feito o que fizemos não ter tido sucesso na primeira vez, não significa que não seja válido", disse. "Estamos enfrentando um muro que é uma ditadura absoluta. . . . Reconhecemos nossos erros - o que não fizemos e o que fizemos a mais." O que não está disposto a fazer é sentar-se à mesa e negociar com Maduro, enquanto ele não se demitir: "Isso aconteceu em 2014, em 2016, em 2018... O fim da usurpação é uma pré-condição para qualquer possível diálogo."
No sábado, Maduro pediu às Forças Armadas venezuelanas para estarem "mais unidas e coesas do que nunca", depois da tentativa falhada de levantamento militar na terça-feira. "Não somos um país fraco, nem desprotegido. Somos um país com uma Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) poderosa, que deve estar cada vez mais unida, coesa e leal do que nunca", afirmou, durante uma visita a um centro de treinos militar, no estado de Cojedes.
Maduro pediu aos cadetes para que "estejam atentos aos "traidores" e que tenham uma "lealdade ativa".
O presidente pediu no sábado para que as forças armadas estejam "prontas" caso os EUA decidam lançar uma ofensiva militar em solo venezuelano.


  1. Onde teria a Kristas metido a moção de confiança que queria apresentar ao Parlamento. Uma autêntica ilusionista, esta Kristas. E que é feito do palrador do Nuno Melo. Netas situações paga-se sempre, esperto.
  2. ana cristina
      Lisboa et Orbi 
    O grito do ps-calimero pela boca de uma porta-voz do largo do rato. Como é possivel que o pcp e o BE defendam o que sempre defenderam? Como é possível que o psd não facilite a vida ao ps?
    1. So many men, so little time...
  3. Fernando
      Coimbra 
    Cara Teresa de Sousa: - é a 2ª vez nestas últimas semanas que comento e aplaudo um seu texto de opinião. E faço-o com imensa satisfação! Como referi no anterior comentário ao seu outro texto, também este devia ser distribuído na Redação do PÚBLICO, e colado ao lado dos monitores dos pcs de alguns/algumas jornalistas, a começar pelo do Manuel Carvalho. Os seus 2 últimos textos são um assomo de ponderação e "independência" de que o PÚBLICO já me tinha desabituado ao longo dos últimos anos! Bem haja! NB - E não se preocupe com os comentários "enviesados" de alguns comentadores-leitores! Dizem sempre mais do mesmo e, suponho, por razões que não se recomendam!
    1. Julio
        "Que época terrível esta, onde idiotas dirigem cegos" William Shakespeare
      O que não se recomenda - pois fere a inteligência do comum dos mortais - é afirmar-se que estamos perante um artigo independente...
  4. Jonas Almeida
      Stony Brook NY, Marialva Beira Alta 
    Parece-me precipitado declarar o cheque mate ao PSD. Será talvez um gambito. O centro que o PS conquista agora é o mesmo que implodira' na próxima crise económica. Não restará então capital social que o aguente.
  5. Victor Nogueira
      Setúbal 
    Como é que TS consegue baralhar-se tanto e viciar o jogo? Ou, o que não é menos grave, como é que TS consegue desqualificar-se tanto escrevendo tanta treta supondo que todos são tó-tós e ela a supra-sumo da arte e manha políticas ?
    1. Esta Teresa Sousa tira-me do sério. Que 'jornalista' será esta?! Parece que escreve na sede do PSD!
  6. Em duas semanas ficamos a saber que o PSD e o CDS são ainda mais radicais que - pela pena de Teresa de Sousa, a 'jornalista' - a esquerda. PSD e CDS radicais no apoio ao VOX e a Mário Nogueira. Não creio que Teresa de Sousa, esta 'jornalista' queira comentar. Estará na Rua de São Caetano à Lapa a escrever estes textos? Melhores que encomenda!
  7. Repare-se logo no lide da notícia: "ao PSD dar um monumental tiro no pé? Como foi possível, em segundo lugar, à esquerda radical pôr em causa uma eventual continuação da geringonça depois das legislativas?" Cara, Teresa de Sousa, não lhe parece que o PSD é mais de direita radical do que a esquerda? As posições do BE e do PCD já as conhecemos. Já do PSD ou do CDS ficamos a saber que são mais radicais ainda, depois de 2011-2015. Quer comentar ou a senhora jornalista é, manifestamente, tendenciosa?! Aguardo a sua resposta ou também faz uso da radicalidade da sua argumentação para elevar os partidos que apoia?!
  8. CF
      Covilhã 
    Artigo pobre que denota grande ignorância em matéria de educação. Antes o Público tinha quem percebia das estatísticas da educação, agora é um desastre completo. Todos sabemos da incapacidade dos jornalistas no que diz respeito a assuntos que envolvam matemática. Está semana só veio confirmar que os políticos portugueses são medíocres e incompetentes. São ótimos apenas em assuntos de corrupção.
  9. Carlos Fonseca
      Lisboa 
    Há aqui um conjunto de comentadores sectários. Chega a ser confrangedor o tom crítico ao artigo de TS. O PSD e o CDS vão avocar as suas propostas para plenário. O objectivo é desfazer o intrincado nó de quatro mulherzinhas que se juntaram no disparate. Rio e Cristas, sem conhecer o que a Mano e a Bessa subscreveram, apoiaram. Disparam tiros contra eles próprios. É de 'pés feridos' que vão sulcar os regos da penitência. Os professores podem ter razão, como, de resto, os polícias, os militares e os outros funcionários da Administração Pública. Mas, uma coisa é certa, se o compromisso europeu é suportado por uma larga maioria de portugueses, a obrigação de zelo nas contas públicas não permite ao Estado ressarcir todos esses profissionais de todo o tempo de congelamento. E nós, os do privado?
    1. Aleluia! Graças, Senhor, por teres incumbido o teu servo Carlos Fonseca de esclarecer os ignorantes. Bem sabemos que os termos usados não serão os mais cristãos mas isso - Ó Deus! - nada importa quando é a Tua Palavra que nos ilumina. Pai Nosso; Avé Maria.
  10. agany
      Setúbal 
    O PS também quis pôr-se à jeito.
  11. Num Estado de Direito, os contratos assinados livremente pelas partes são para honrar, seja com fornecedores, credores ou trabalhadores. Só em países de Terceiro Mundo, os Governos não pagam os salários por inteiro aos seus trabalhadores. E, como tudo na vida, este eventual incumprimento contratual vai ter consequências graves, Dentro de 10 anos, quando os atuais professores se começarem a reformar não vai haver ninguém para os substituir. Nenhum aluno hoje já quer ser professor.
    1. FPS
        Vale de Santarém 
      Olhe lá, por essa ordem de ideias devem ser repostas as pensões que foram cortadas, os vencimentos que foram diminuídos e por aí fora. E isso que diz dos contratos não é assim... informe-se melhor.
    2. Estou completamente de acordo consigo. A desculpa do "não há dinheiro" é falsa porque o Estado não denunciou as ruinosas PPP, por exemplo. Depois, que culpa têm os trabalhadores das vigarices de quem provocou a sempre desculpabilizadora (para cortar benefícios e aumentar impostos) crise?
    3. Jonas Almeida
        Stony Brook NY, Marialva Beira Alta 
      Sim, mas zelar pelo futuro não faz parte das preocupações de nenhum governo português nas últimas duas décadas. O objetivo declarado tem sido o de integrar uma administração colonial.
  12. Colete Amarelo
      Aqui mesmo 
    São precisamente as políticas "vale tudo" que devem sair derrotadas. "Vale tudo" é o mesmo que vale nada. São políticas sem substância. Políticas que não ligam a meios para se atingirem fins, neste caso um único fim: o poder. Poder sem saber e sem ideias, já o tivemos no tempo de Passos Coelho, onde quem governava era a Troika.
    1. TP
        Leiria 
      Nem mais!
  13. Mais uma vez o mostra,Eu sei que este jornal está ligado ao PS,mas acha que deve ser o PSD ,contra o qual o PS fabricou uma "coligação negativa" ,a resolver as rupturas na cabala?
    1. Sai mais, bla,bla,bla,bla,
    2. Ligado ao PS?! Reparou no lide da notícia ou nem por isso?! Chama esquerda radical e o PSD deu um tiro no pé! Radicais - ainda mais do que nunca - são o PSD e o CDS.
  14. Ficamos a saber dois pontos muito claros. 1 quem estendeu o tapete foi Centeno a Costa. 2 O Costa é o Bobo da corte, o Centeno acumula o cargo de PM ao de MF.
    1. Ficamos também a saber que quem estendeu o tapete a RR e a Kristas foi Mário Nogueira. Tanto tapete estendido.
    2. Ó fm, não esqueça que a Federação Nacional da Educação também luta por esta questão e nada tem que ver com Mário Nogueira ou o PCP. Veja lá isso melhor.
  15. P Galvao
      Lisboa 
    A Teresa também saberá que a AR tem mais deputados do que a média dos parlamentos europeus, mas nem por isso com melhores resultados, mesmo ao preço que a democracia vai custando aos bolsos dos contribuintes. Não me lembro de nenhuma prosa onde se tenha dedicado a essa questão. Ou já agora, porque não dedica uma das suas intervenções à longa lista de institutos e instituições que continuam a não justificar os dinheiros públicos que lhes são oferecidos todos os anos? Aparentemente até os jornalistas se esqueceram das verdadeiras “gorduras do estado” que após um breve momento em que pareceu que finalmente iríamos pôr fim à sangria dos cofres públicos em benefício de gente sem escrúpulos, tudo ficou na mesma e as listas dos beneficiários deixaram de interessar à comunicação social, e obviamente à classe política, que por estes dias já só tem de reagir às notícias dos jornais e televisões.
    1. cisteina
        Porto 
      Aplaudo o seu comentário, é como diz, as 'gorduras do estado' (um exército de funcionários públicos e políticos e suas entourage) é que nos levarão à ruína, uma e mais vezes, de novo. Mas isso ninguém quer ver e a CS, sem sentido pedagógico perante as massas, a sua obrigação (pesem embora algumas exceções), continua amorfa a lutar pela sobrevivência mas já em coma profundo. Então da justiça, nem é bom falar, é o que se vê, burocracia, falta de modernização dos serviços, celeridade inexistente, também ajuda, os corruptos e ladrões apreciam e agradecem. Pobre povo, pobre 'nação valente e imortal'. Quem te (nos) acode?
  16. nunos
      cotovia 
    Exactamente. Lembremo-nos da recente entrevista de António Mexia à RTP, em que este constantemente argumentava, "estava no contrato". Parece que o respeito pelos contratos é só para alguns.
  17. RODOLFO RIBEIRO
      SETUBAL 
    Diz Teresa de Sousa "Para Marcelo também se trata de uma estreia: lidar com uma situação em que não é ele o protagonista." Pois não...só que agora é a doer...sem selfies!!!!
  18. FPS
      Vale de Santarém 
    Uma opinião, de facto, quase factual do sucedido nestas últimas horas ("à Kafka") vividas em Portugal. E mesmo a pergunta que intitula a opinião de TS, é - e talvez não pudesse ter sido outra - aquela que a generalidade das pessoas deve estar a fazer agora (eu, que não navego nas águas de Rio nem pouco mais ou menos, logo me interroguei como é que foi possível o homem ter escorregado assim, ele que tem a fama de ser politico de contas certas?). Que as declarações dele não batem certo com o texto "aprovado" não batem mesmo... sejamos sérios. Continuam as rasteiras a Rui Rio? Parece...
  19. Joaquim Lopes
      ERMESINDE 
    Os que estão próximos.
  20. martins.ruijorge
      Quinta do Anjo 
    A Teresa faz uma análise que parte da sua convicção acerca dos objetivos dos intervenientes, não compreendendo ou não valorizando os pressupostos de base de, pelo menos, parte deles. A exigência dos professores não é um benefício injusto e injustificado. Corresponde efectivamente à reposição de uma situação que existia antes da Troika e que era parte do "contrato" de trabalho daqueles trabalhadores. Não se pode portanto esperar que a parte afectada baixe os braços, muito menos seria justificada outra posição por parte das suas estruturas sindicais (a da UGT é igual). Depois, as posições dos partidos à esquerda do PS foram as mesmas ao longo da legislatura. Ainda sobre o PCP, este nunca afirmou apoiar o governo mas sim as suas as medidas que revertessem as políticas da troika.
  21. Parece mais, O Costa estendeu o tapete, o Rio não o quiz pisar. No final quem vai recolher o tapete vai ser o PS.
    1. Não se esqueça do tapete que o Mário Nogueira estendeu a RR e a Kristas. Veio logo clamar grande vitória. O grande líder da oposição até parece que é oMN.
  22. Rui Ribeiro
      Bruxelas 
    Um artigo típico de um jornalismo situacionista. Deprimente,
    1. Sima Qian
        China 
      Como o ser situacionista neste contexto fosse algo deprimente? Por que não diz "para mim, ...".
    2. O artigo bem podia estar assinado por Passos Coelho

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