Friday, May 31, 2019

Moçambique. Emboscada a camião de carga com passageiros faz 16 mortos


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A onda de violência continua a assombrar o território moçambicano. Desta vez, uma viatura de caixa aberta foi alvo de uma emboscada por um grupo de homens armados. 16 pessoas morreram.
Oito das vítimas morreram queimadas na viatura e acabaram por ser enterradas no local
LUSA
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  • Agência Lusa
Uma emboscada a uma viatura de mercadorias que transportava passageiros no norte de Moçambique fez 16 mortos na terça-feira, num dos mais sangrentos ataques na onda de violência que assola a região, disseram esta sexta-feira à Lusa fontes locais.
A viatura de caixa aberta transportava várias pessoas e suas mercadorias de Mucojo para Quiterajo, durante a tarde, num caminho em terra batida junto à costa em Cabo Delgado, distrito de Macomia.
A viagem foi interrompida já perto do destino quando a viatura foi alvo de uma emboscada por homens armados que começaram a disparar. Segundo o relato de fontes locais, residentes e autoridades, algumas pessoas fugiram, mas oito – entre as quais três militares – morreram no local, queimadas, depois de os agressores terem incendiado a viatura.
Outras sete ainda receberam socorro em comunidades próximas, mas acabaram por morrer, várias com ferimentos de bala. Um outro corpo de um passageiro veio a ser encontrado nas imediações, com sinais de ter sido alvejado, suspeitando-se que tenha tentando fugir, mas sem capacidade de resistir aos ferimentos.
As oito pessoas que morreram queimadas na viatura acabaram por ser enterradas no local, devido à falta de acessos, acrescentaram as mesmas fontes.
O distrito de Macomia tem sido um dos mais afetados pelos ataques armados levados a cabo por grupos criados em mesquitas da região e que eclodiram em Mocímboa da Praia, em outubro de 2017.
Cabo Delgado é a província onde estão a avançar os megaprojetos de exploração de gás natural e onde os ataques já mataram pelo menos 200 pessoas.
Os observadores eleitorais do Centro de Integridade Pública (CIP), ONG moçambicana, relataram 13 ataques em maio, com 25 mortes, dezenas de feridos, centenas de casas queimadas e muitas aldeias abandonadas.
Os elementos do CIP acompanharam o recenseamento eleitoral, que decorreu entre 15 de abril e quinta-feira, e a contabilidade acerca dos ataques ainda não inclui as mortes relatadas na terça-feira em Quiterajo.

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