A Entrevista,
Começo por dizer que desejo todo o sucesso ao Presidente Nyusi. Não há como o sucesso do nosso PR não ser meu e de todos os moçambicanos e, em função disso, devemos nos unir no apoio às iniciativas (sérias e sustentáveis) que nos apresente ou vá apresentar tendentes a esse sucesso que é, afinal, de todos.
A entrevista foi anunciada com pompa tinha muita expectativa não só por ser a primeira, mas, também, considerando o órgão de comunicação em que seria dada e quem conduziria a entrevista. Confesso: a enteevista frustrou as minhas expectativas.
Por um lado, dá a sensação que o bom do Matias fez a primeira pergunta e foi fazendo as restantes com base na resposta à primeira. É que a entrevista não tem uma temática lógica que permita ler o pensamento do PR nos temas mais cadentes da vida do país ou até fazer um balanço ao mandato com base quer no PQG, quer no PES que são documentos disponíveis. Era a primeira entrevista, à entrada do último ano de mandato com o processo eleitoral em preparação.
Por outro o PR me pareceu contraditório e não apresentou ideias claras sobre assuntos chave. As respostas às perguntas sobre agricultura são disso exemplo.
Por outro há algumas contradições. Num momento festeja o calar das armas como paz, noutro fala das dificuldades em alcançar os consensos com a Renamo rumo a Paz. Está abordagem, me parece sugerir que há muitos conceitos a definir sobre a paz e seu significado no nosso contexto: ela se alcança com o calar das armas? Estando elas caladas estamos em paz? A paz se alcança com a satisfação da RENAMO nas suas exigências? Alcança se com a descentralização?
Não lhe retiro mérito na abordagem que resultou no calar das armas. Antes pelo contrário, mas é preciso mais do que isso na abordagem ao tema, em minha opinião. É preciso ter ideia do que pode efectivamente conduzir a paz. E não acho que se resuma a Renamo.
Numa outra questão (ainda sobre as contradições) o PR se recusa a discutir assuntos entregues a justiça (onde a pergunta de base era seu eventual envolvimento) mas não se coíbe de falar sobre processos em instrução que envolvem Salema e JJM com o que ele sabe desses processos.
Esperava mais até na forma como os assuntos são abordados. Esperava um direcionamento mais claro e evidente partindo de onde viemos, onde estamos e para onde a visão do meu PR indica que devemos ir.
Temos um longo caminho.
Esse longo caminho envolve todos, jornalistas, políticos, estadistas...
Temos que capitalizar momentos em que o PR abre as portas para uma entrevista e o próprio PR capitalizar esses momentos para passar mensagens mais claras. O país precisa recuperar de todos os desastres que o assolam: dívidas, IDAI, Keneth etc. Os decisores políticos tem um papel preponderante no que cada um de nós fará para essa recuperação num contexto como o nosso.
É fácil seguir um líder. Comunicação é chave.
PS: Adorei o inaugurar de uma nova era em que o PR não é apenas entrevistado pelos órgãos públicos. Está de parabéns o PR por isso e o Canal de Moçambique que foi o primeiro. Veremos quem segue e como.
Começo por dizer que desejo todo o sucesso ao Presidente Nyusi. Não há como o sucesso do nosso PR não ser meu e de todos os moçambicanos e, em função disso, devemos nos unir no apoio às iniciativas (sérias e sustentáveis) que nos apresente ou vá apresentar tendentes a esse sucesso que é, afinal, de todos.
A entrevista foi anunciada com pompa tinha muita expectativa não só por ser a primeira, mas, também, considerando o órgão de comunicação em que seria dada e quem conduziria a entrevista. Confesso: a enteevista frustrou as minhas expectativas.
Por um lado, dá a sensação que o bom do Matias fez a primeira pergunta e foi fazendo as restantes com base na resposta à primeira. É que a entrevista não tem uma temática lógica que permita ler o pensamento do PR nos temas mais cadentes da vida do país ou até fazer um balanço ao mandato com base quer no PQG, quer no PES que são documentos disponíveis. Era a primeira entrevista, à entrada do último ano de mandato com o processo eleitoral em preparação.
Por outro o PR me pareceu contraditório e não apresentou ideias claras sobre assuntos chave. As respostas às perguntas sobre agricultura são disso exemplo.
Por outro há algumas contradições. Num momento festeja o calar das armas como paz, noutro fala das dificuldades em alcançar os consensos com a Renamo rumo a Paz. Está abordagem, me parece sugerir que há muitos conceitos a definir sobre a paz e seu significado no nosso contexto: ela se alcança com o calar das armas? Estando elas caladas estamos em paz? A paz se alcança com a satisfação da RENAMO nas suas exigências? Alcança se com a descentralização?
Não lhe retiro mérito na abordagem que resultou no calar das armas. Antes pelo contrário, mas é preciso mais do que isso na abordagem ao tema, em minha opinião. É preciso ter ideia do que pode efectivamente conduzir a paz. E não acho que se resuma a Renamo.
Numa outra questão (ainda sobre as contradições) o PR se recusa a discutir assuntos entregues a justiça (onde a pergunta de base era seu eventual envolvimento) mas não se coíbe de falar sobre processos em instrução que envolvem Salema e JJM com o que ele sabe desses processos.
Esperava mais até na forma como os assuntos são abordados. Esperava um direcionamento mais claro e evidente partindo de onde viemos, onde estamos e para onde a visão do meu PR indica que devemos ir.
Temos um longo caminho.
Esse longo caminho envolve todos, jornalistas, políticos, estadistas...
Temos que capitalizar momentos em que o PR abre as portas para uma entrevista e o próprio PR capitalizar esses momentos para passar mensagens mais claras. O país precisa recuperar de todos os desastres que o assolam: dívidas, IDAI, Keneth etc. Os decisores políticos tem um papel preponderante no que cada um de nós fará para essa recuperação num contexto como o nosso.
É fácil seguir um líder. Comunicação é chave.
PS: Adorei o inaugurar de uma nova era em que o PR não é apenas entrevistado pelos órgãos públicos. Está de parabéns o PR por isso e o Canal de Moçambique que foi o primeiro. Veremos quem segue e como.
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