Presidente do Brasil queixa-se de "sabotagens" e "lutas de poder" e admite que se estude nas escolas Che Guevara desde que se fale também no torturador Brilhante Ustra. E afirma não sentir compaixão por Lula.
"Já passei noites sem dormir, já chorei para caramba também. Angústia, né? 'Tá faltando o mínimo de patriotismo para algumas pessoas que decidem o futuro do Brasil (...) Imaginava que ia ser difícil, mas não tão difícil assim. Essa cadeira aqui é como se fosse kryptonite para o Super-Homem. Mas é uma missão", disse Jair Bolsonaro, em longa entrevista à edição de hoje da revista Veja. O presidente referia-se ao material que enfraquece o super-herói.
O presidente do Brasil queixou-se ainda se ser sabotado. "É uma luta de poder. Há sabotagens às vezes de onde você nem imagina. No Ministério da Defesa, por exemplo, colocamos militares nos postos de comando. Antes, o ministério estava aparelhado por civis. Havia lá uma mulher em cargo de comando que era esposa do número dois do MST [Movimento dos Sem Terra]. Tinha ex-deputada do PT, gente de esquerda... Pode isso? Mas o aparelhamento mais forte mesmo é no Ministério da Educação..."
Sobre educação admitiu ter errado na escolha do entretanto demitido ministro Ricardo Vélez, aconselhado pelo seu ideólogo Olavo de Carvalho, e disse que admitia estudo de Che Guevara ou da revolução cubana nas escolas desde que se falasse também em Brilhante Ustra, considerado o maior torturador da ditadura militar brasileira.
Noutros trechos, admitiu que o governo precisa de privatizar os correios e afirmou não sentir compaixão por Lula da silva, antigo presidente do país, hoje preso.
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