Thursday, May 2, 2019

Espanha lança aviso a Maduro: não entrega López e não admite um assalto à embaixada


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O executivo de Pedro Sanchéz emitiu um comunicado onde afirma que não tem intenção de entregar o opositor venezuelano à justiça e lembra a inviolabilidade da embaixada espanhola em Caracas.
López também já falou aos jornalistas e afirma que não teme a ditadura
Miguel Gutierrez/EPA
Cresce a tensão entre Espanha e o regime de Nicolás Maduro. Depois de o Presidente da Venezuela ter ordenado a detenção do opositor Leopoldo López, o primeiro-ministro de Espanha respondeu de forma clara:não entrega López e afirma que o local onde o político está refugiado, a residência do embaixador espanhol na Venezuela, é inviolável.
Segundo o El Pais, o Governo espanhol reiterou a sua posição através de um comunicado. O executivo de Pedro Sanchéz sublinha que confia nas autoridades venezuelanas para “respeitar a inviolabilidade da residência do embaixador espanhol”.  “Não tenho medo da ditadura”, afirmou por sua vez Leopoldo López.
“A rotura começou no dia 30 de abril. E acreditem que a fissura que se abriu nesse dia é uma fissura que se vai transformar numa fenda e essa fenda vai fazer desabar o dique”, declarou López em declarações aos jornalistas à porta da embaixada espanhola em Caracas. O opositor de Maduro revelou ainda que, “durante mais de três semanas”, se reuniu na sua residência, onde estava em prisão domiciliária, com militares, representantes das Forças Armadas e instituições policiais. “Assumimos um compromisso de contribuir para o fim da usurpação”, completou.
“Vamos chegar a essa meta a que nos propusemos, que é a liberdade. Na Venezuela, falar de liberdade é falar de vida ou morte. Não tenho dúvidas que a liberdade é a primeira condição para tudo”, disse ainda López. O venezuelano agradece ao Governo espanhol pelo refúgio concedido e afirma ainda que Guaidó vai ter mais apoio militar.
Jesús Silva Fernández, embaixador espanhol na Venezuela, acredita que se possa encontrar uma solução “o mais depressa possível” com o Governo de Maduro mas deixou claro que “não será contemplada a entrega de Leopoldo López” às autoridades venezuelanas.

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