Ex-primeiro ministro português ataca primeiro juiz da Operação Marquês, Carlos Alexandre, defendendo que "há uma certa similitude entre ele e o atual ministro brasileiro da Justiça"
Sócrates referiu que durante a primeira fase do processo Operação Marquês, em que é arguido e suspeito de ter cometido 31 crimes, houve um juiz - Carlos Alexandre - que atuou com parcialidade, equiparando-o ao juiz brasileiro e agora ministro de Bolsonaro, Sérgio Moro.
Para o ex-governante português, Moro é "um ativista disfarçado de juiz", que só chegou a ministro por ter detido o ex-presidente Lula da Silva. Para José Sócrates, "parece que há uma escola internacional que pensa que é possível instrumentalizar juízes."
José Sócrates sublinhou várias vezes sentir-se chocado com o facto de a comunidade jurídica portuguesa ter aceite receber Sérgio Moro para apresentar o seu pacote anti-crime, que, afirma, "viola o direito internacional."
O ex-primeiro-ministro criticou também a comunidade política e o próprio governo por não terem manifestado qualquer reação ao convite a Moro que o trouxe até à Faculdade de Direito de Lisboa. Sócrates disse acreditar haver pessoas no governo que se devem ter sentido "tão chocadas quanto eu com esta celebração na Faculdade de Direito."
A classe jornalista também voltou a ser referida. O ex-primeiro ministro manifestou-se chocado com a atitude acrítica dos jornalistas perante a apresentação do pacote anti-crime de Moro. "Espanta-me não ter havido uma reação."
O arguido no caso da Operação Marquês escusou-se também a comentar a fase de instrução do processo, que ainda decorre, porque, neste momento, "há um juiz que respeito e que considero independente [Ivo Rosa]."
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