O Presidente do México mostrou preocupação pelos acontecimentos do passado sábado, em que venezuelanos entraram em confronto com autoridades do governo de Nicolas Maduro, quando tentavam fazer chegar ajuda humanitária.
O Presidente do México, Andres Lopez Obrador, pediu esta segunda-feira que a Venezuela não caia na "tentação de usar a força", após os confrontos de sábado entre as autoridades e os venezuelanos que tentaram fazer chegar ajuda humanitária.
Enquanto o Grupo de Lima, que junta 12 países das Américas, incluindo o México, se reúne na Colômbia, o Presidente Lopez Obrador, desde a cidade do México, pediu que a solução para a crise na Venezuela passe por opções diplomáticas que evitem o uso de força, reiterando a sua posição de neutralidade e de não ingerência em assuntos externos.
"Não quero falar muito, porque a situação já está muito polarizada e considero que o melhor é sempre o diálogo e não ceder à tentação do uso da força. Que seja encontrada uma solução diplomática", afirmou Andres Lopez Obrador, em declarações aos jornalistas, na capital mexicana.
O Presidente do México mostrou preocupação pelos acontecimentos do passado sábado, em que venezuelanos entraram em confronto com autoridades do governo de Nicolas Maduro, quando tentavam fazer chegar ajuda humanitária através da ponte Simón Bolívar, na fronteira com a Colômbia.
Lopez Obrador recordou que a Constituição mexicana insta à não intervenção na área das relações externas, sobretudo no que respeita à autodeterminação dos povos, para apelar a uma solução pacífica na Venezuela.
"Nós não queremos violência, somos defensores da não-violência, disse o Presidente, apelando a "pontes de entendimento", que permitam chegar a soluções diplomáticas.
O México tem mantido uma posição de neutralidade sobre a crise na Venezuela, seguindo a sua doutrina de relações exteriores, conhecida como "doutrina Estrada", em homenagem ao antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Genaro Estrada Felix (1927-1932).
Lusa
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