Paquistão liberta piloto indiano capturado. É um "gesto de paz"
A relação entre as duas potências nucleares da Ásia ficaram tensas depois do ataque indiano num campo de treino do grupo islamista Jaish-e-Mohammed (JeM), no Paquistão, que reivindicou o atentado-suicida de dia 14.
O Paquistão libertará na sexta-feira, como "um gesto de paz", o piloto da força aérea indiana que foi capturado na quarta-feira, disse o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, diante dos parlamentares do seu país.
"Em gesto de paz, vamos liberar o piloto indiano", disse o chefe de Governo diante da Assembleia Nacional paquistanesa.
O avião do tenente-coronel Abhinandan Varthaman foi abatido sobre a Caxemira paquistanesa na quarta-feira, durante um combate aéreo raro entre as duas potências nucleares. Khan declarou que tentou falar com seu homólogo indiano, Narendra Modi, na quarta-feira, com a mensagem de que queria diminuir a tensão entre os dois países. Mas não disse como a Índia respondeu à sua iniciativa.
O primeiro-ministro paquistanês também reiterou a sua oferta de conversações com Nova Deli, dizendo que esta é a única maneira de resolver todos os problemas. O Paquistão já se tinha manifestado pronto para libertar o piloto da força aérea indiana capturado, com o objetivo de ajudar a "reduzir a tensão" com a Índia, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros paquistanês.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paquistão declarou também esta quinta-feira que a Índia lhe entregou os seus arquivos sobre o atentado que ocorreu na Caxemira indiana este mês, como um sinal do alívio das tensões entre os dois países, que possuem armas nucleares. O atentado suicida de 14 de fevereiro atingiu as forças paramilitares indianas na Caxemira, matando 40 soldados e levando a esta dramática escalada entre a Índia e o Paquistão.
As duas potências nucleares da Ásia estão a passar por uma forte tensão, depois de os militares indianos terem informado na terça-feira que tinham feito um "ataque preventivo" no Paquistão contra um campo de treino do grupo islamita Jaish-e-Mohammed (JeM), que reivindicou o atentado-suicida de dia 14.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros sublinhou que o lado paquistanês examinará o dossier que Islamabad recebeu esta quinta-feira por meio de canais diplomáticos.
A iniciativa indiana de compartilhar informações ocorreu depois de o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, ter sugerido conversações com a Índia.
O Paquistão também disse que atuará contra os que estão ligados ao atentado na Caxemira se informações dos serviços de informação forem compartilhadas.
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