O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela pediu hoje uma reunião entre os Presidentes norte-americano e venezuelano para acabar com a crise no país latino-americano.
Num discurso no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, Jorge Arreaza disse que Maduro estava "pronto para o diálogo (...), mesmo com os Estados Unidos".
"Porque não uma reunião entre o Presidente Trump e o Presidente Maduro?", questionou o ministro venezuelano.
Antes de lançar este apelo, o ministro denunciou a "agressão" norte-americana contra o seu país, bem como o bloqueio económico e o congelamento de ativos venezuelanos no estrangeiro.
"Esse dinheiro pertence ao povo venezuelano (...). Está a começar a ficar difícil e o Conselho de Direitos Humanos deve levantar a voz contra esse bloqueio", afirmou Arreaza.
Arreaza acusou novamente os Estados Unidos de quererem invadir a Venezuela sob o pretexto de distribuir ajuda humanitária.
"A crise humanitária é usada como pretexto para a intervenção militar", disse.
"Já chega dessa agressão (...). Propomos um caminho para o diálogo", acrescentou o ministro venezuelano.
O principal adversário de Nicolas Maduro, Juan Guaidó, declarou-se Presidente interino a 23 de janeiro.
Guaidó é apoiado por mais de cinquenta países, incluindo os Estados Unidos, o Brasil, a Colômbia e a maioria dos membros da União Europeia, incluindo Portugal, a França, a Alemanha e o Reino Unido.
Como sinal de protesto contra o regime de Caracas, os embaixadores dos Estados-Membros da UE e de outros países não assistiram o discurso de Arreaza.
Lusa
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