Afectados por expropriações em Pemba queixam-se do valor das indemnizações
Parte da população abrangida pela área onde será erguida a Base Logística de Pemba contesta os valores de compensação atribuídos pela expropriação da suas terras para dar lugar a construção da Base Logística de Pemba.
Para além dos “valores irrisórios”, moradores de quatro bairros de Pemba queixam-se da falta de atribuição de terra de substituição.
O presidente do município de Pemba, Tagir Carimo, diz que a edilidade efectuou o pagamento das compensações pela expropriação de terras de acordo com os valores disponibilizados e definidos pelos portos de Cabo Delegado que inclusive aumentaram o valor a compensar por metro quadrado.
Por seu lado, a administradora do Distrito de Pemba, Isaura Conceição, aclara não haver espaço naquela urbe para atribuir terras aos afectados.
Um total de 784 famílias viram as suas terras expropriadas, num processo que abrangeu cerca de 8 mil hectares fixados em 2014.
A sociedade responsável pelo projecto, Portos de Cabo Delgado(PCD), definiu 7.50 meticais como valor a pagar por cada metro quadrado, devendo cada agregado familiar receber valores que variam entre os dois mil e 430 mil meticais que não são do agrado dos abrangidos.
STV-Jornal da Noite 23.10.2018(video)
Não editado pela STV-SOICO
Policia ainda sem explicação sobre os corpos abandonados em Murrupula
A polícia da República de Moçambique (PRM) ainda não sabe quem são, como e porque morreram os sete indivíduos encontrados na mata do povoado de Muarrapaz, no distrito de Murrupula, na província de Nampula.
No entanto, o porta-voz do Comando-Geral da PRM, Inácio Dina, anunciou a criação de uma equipa multifacetada que já se encontra naquele distrito para investigar o caso.
O Comando-geral da PRM sabe tao pouco quanto os residentes de Muarrapaz sobre os corpos de cinco homens e duas mulheres achados naquele povoado do distrito de Murrupula. Por isso, criou uma equipa para não só procurar os autores do crime, como também, a identidade das vítimas, as motivações, bem como as prováveis causas da morte.
Inácio Dina disse que avançar qualquer detalhe sobre a matéria, neste momento, seria prematura.
“Ainda hoje no período da manha foi constituída uma equipa conjunta da PRM, SERNIC, e alguma equipa da medicina legal que ainda hoje se juntou as autoridades locais para iniciar o processo de averiguações”, disse Dina
Empresa do MDN quer duplicar produção
Pesca de atum
A Pescamoz, empresa detida pela firma Monte Binga, ramo empresarial do Ministério da Defesa Nacional (MDN), vai duplicar as suas exportações de atum para duas mil toneladas este ano, anunciou a companhia.
“Tivemos um aumento na produção nos últimos anos, estamos obviamente a aumentar o número de barcos e produção, bem como a taxa de pesca de atum”, declarou ao portal Zitamar o director da Afritex, firma das Maurícias que detém a maioria da participação da Pescamoz, Filipe Lobo.
Filipe Lobo acrescentou que a Pescamoz está a tirar proveito dos investimentos que aplicou no negócio de atum e a expandir a sua frota de barcos. A empresa, prosseguiu, tem processado o atum nas suas instalações na Beira e tem contratos com grandes vendedores a retalho dos EUA e com vários restaurantes.
Erudito Malata, da Administração Nacional de Pescas, afirmou recen temente que o sucesso da Pescamoz reflecte o crescimento da pesca de atum em Moçambique e que tem atraído novos actores. Contudo, o quadro geral no sector de atum mostra-se misto, uma vez que a quantidade da principal espécie de atum está em declínio.
A situação deve-se ao facto de estar em vigor a imposição de quotas de pescado como forma de evitar a pesca excessiva, no âmbito dos compromissos ao nível da SADC. As autoridades moçambicanas têm estado a negociar o aumento da sua quota de pescado com outros estados costeiros.
A Pescamoz, empresa detida pela firma Monte Binga, ramo empresarial do Ministério da Defesa Nacional (MDN), vai duplicar as suas exportações de atum para duas mil toneladas este ano, anunciou a companhia.
“Tivemos um aumento na produção nos últimos anos, estamos obviamente a aumentar o número de barcos e produção, bem como a taxa de pesca de atum”, declarou ao portal Zitamar o director da Afritex, firma das Maurícias que detém a maioria da participação da Pescamoz, Filipe Lobo.
Filipe Lobo acrescentou que a Pescamoz está a tirar proveito dos investimentos que aplicou no negócio de atum e a expandir a sua frota de barcos. A empresa, prosseguiu, tem processado o atum nas suas instalações na Beira e tem contratos com grandes vendedores a retalho dos EUA e com vários restaurantes.
Erudito Malata, da Administração Nacional de Pescas, afirmou recen temente que o sucesso da Pescamoz reflecte o crescimento da pesca de atum em Moçambique e que tem atraído novos actores. Contudo, o quadro geral no sector de atum mostra-se misto, uma vez que a quantidade da principal espécie de atum está em declínio.
A situação deve-se ao facto de estar em vigor a imposição de quotas de pescado como forma de evitar a pesca excessiva, no âmbito dos compromissos ao nível da SADC. As autoridades moçambicanas têm estado a negociar o aumento da sua quota de pescado com outros estados costeiros.
Candidato da Frelimo acometido pelos nervos e ameaça espancar jornalista da Zitamar em Tete
O cabeça-de-lista da Frelimo no município de Moatize, na província de Tete, Carlos Portimão, ameaça “caçar” o jornalista e correspondente da Zitamar News naquela parcela do país, Fungai Caetano, e agredi-lo fisicamente. Ele, aparentemente endiabrado, dirigiu insultos deveras ultrajantes contra a vítima, supostamente por ter multiplicado, numa rede social, uma notícia que o indicia de ter agredido fisicamente o director distrital do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), Júlio Baulene.
Na verdade, a notícia de que Carlos Portimão se queixa e pretendia abafar, foi publicada recentemente por um órgão de comunicação, a partir de uma outra informação publicada em primeira mão pelo Canal de Moçambique.
Qual leigo e agindo às cegas, o actual edil de Moatize não tomou em conta esse aspecto e atirou-se, telefonicamente, contra Fungai Caetano, sem se interessar em aprofundar a origem do facto.
“O que você publicou sobre o director do STAE, no Facebook, não gostei (...). Eu vou te dar porrada de verdade. Você não me conhece (...)”, afirmou Carlos Portimão.
Fungai Caetano defendeu-se alegando que apenas partilhou a informação. “Não fui eu quem publicou, apenas partilhei”.
As justificações foram em vão, visto que Portimão, também conhecido nos meandros da corrupção em Moatize, de Setembro de 2013, insistia: “Não gosto de brincadeiras. Você publicou. Tenho aqui. Posso ler agora. Eu vou te dar porrada de verdade. Você não me conhece. Você não pode brincar comigo, ouviu?”.
O que se seguiu a essas ameaças foram autênticos insultos de bradar aos céus.
No dia em que Portimão violentou Júlio Baulene, este encontrava-se a acompanhar o apuramento parcial dos resultados da votação, na madrugada do dia 11 de Outubro em curso. Na altura, porque os dados apontavam para a vitória da Renamo em Moatize, Portimão acusou Baulene de não ter movido uma palha sequer para ajudar a Frelimo a vencer o escrutínio. Porém, da madrugada para o dia, os resultados passaram a favorecer a Frelimo.
Na verdade, a notícia de que Carlos Portimão se queixa e pretendia abafar, foi publicada recentemente por um órgão de comunicação, a partir de uma outra informação publicada em primeira mão pelo Canal de Moçambique.
Qual leigo e agindo às cegas, o actual edil de Moatize não tomou em conta esse aspecto e atirou-se, telefonicamente, contra Fungai Caetano, sem se interessar em aprofundar a origem do facto.
“O que você publicou sobre o director do STAE, no Facebook, não gostei (...). Eu vou te dar porrada de verdade. Você não me conhece (...)”, afirmou Carlos Portimão.
Fungai Caetano defendeu-se alegando que apenas partilhou a informação. “Não fui eu quem publicou, apenas partilhei”.
As justificações foram em vão, visto que Portimão, também conhecido nos meandros da corrupção em Moatize, de Setembro de 2013, insistia: “Não gosto de brincadeiras. Você publicou. Tenho aqui. Posso ler agora. Eu vou te dar porrada de verdade. Você não me conhece. Você não pode brincar comigo, ouviu?”.
O que se seguiu a essas ameaças foram autênticos insultos de bradar aos céus.
No dia em que Portimão violentou Júlio Baulene, este encontrava-se a acompanhar o apuramento parcial dos resultados da votação, na madrugada do dia 11 de Outubro em curso. Na altura, porque os dados apontavam para a vitória da Renamo em Moatize, Portimão acusou Baulene de não ter movido uma palha sequer para ajudar a Frelimo a vencer o escrutínio. Porém, da madrugada para o dia, os resultados passaram a favorecer a Frelimo.
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Encontrados sete corpos nas matas em Murrupula
Sete corpos abandonados por desconhecidos foram encontrados nas matas do posto administrativo de Chinga, distrito de Murrupula em Nampula. A descoberta foi feita por populares que de imediato comunicaram às autoridades, que por sua vez autorizaram o enterro dos mesmos no local.
Ainda não se conhece a proveniência dos corpos, bem como a sua identidade ou as causas da morte. Chinga fica a cerca de sessenta e oito quilómetros da vila sede do distrito de Murrupula, num percurso por zonas quase não habitadas o que pode ter facilitado o cometimento do crime.
Os corpos foram encontrados numa mata densa que dispõe apenas de um único acesso. Dentre os cadáveres encontrados dois são do sexo feminino. Os populares residentes nas redondezas afirmaram ter ouvido um motor de um carro por volta das 23 horas e 30 minutos da passada quinta-feira.
José Manuel, um dos residentes disse à nossa reportagem que não era possível identificar a viatura que chegou a meio da noite.
“O carro não se via. Vimos só as luzes. Foram curvar ali na escola e depois foram deixar os corpos naquele mato. Eram quase 23 horas”, explicou
RENAMO "não quer guerra" mas insiste em abandonar negociações de paz sem "reposição da verdade eleitoral"
Em entrevista à DW África, o porta-voz do maior partido da oposição em Moçambique, José Manteigas, diz que a RENAMO vai contestar os resultados das autárquicas junto do Conselho Constitucional.
Em Moçambique, os pedidos de impugnação dos resultados provisórios das eleições autárquicas de 10 de outubro apresentados pelos partidos da oposição foram chumbados. Mas os argumentos dos tribunais - que variam entre alegados atrasos para a submissão e a falta das deliberações oficiais e editais anexados aos documentos dos recursos - são classificados como falsas desculpas pela RENAMO.
Ouça aqui
O maior partido da oposição insiste em interromper as negociações de paz com o Governo da FRELIMO se a verdade eleitoral não for reposta, mas garante que não quer um retorno a guerra. Uma garantia deixada pelo porta-voz do partido, José Manteigas, em entrevista à DW África.
DW África: Depois da rejeição dos recursos apresentados pela RENAMO, quais são os próximos passos?
José Manteigas (JM): Isso foi, digamos, a primeira instância. O que a RENAMO vai fazer é esperar pelo apuramento da CNE e, não havendo a reposição da verdade eleitoral, vamos interpor recurso junto do Conselho Constitucional. É um passo inevitável.
DW África: Uma das justificações dos tribunais para chumbar o recurso apresentado pela RENAMO é que o partido se queixou tardiamente e não na hora certa - enquanto decorria a votação. Confirma que isso realmente aconteceu?
JM: É uma falsa desculpa, porque, na verdade, os problemas começaram a surgir nas assembleias de voto. Quase todos os presidentes foram instruídos para não receberem as reclamações da RENAMO na mesa da assembleia. Vários elementos impediram que nós, de facto, pudéssemos trazer factos para os recursos. O que pesou muito foi que ficámos impedidos de fazer reclamações junto das assembleias de voto, porque os presidentes das mesas foram instruídos para negar essas reclamações. Ficámos sem elementos suficientes para provar aquilo que aconteceu nas urnas.
DW África: A quem se queixou a RENAMO nessas situações em que foram recusadas as queixas?
Posted at 11:10 in Eleições 2018 Autarquicas, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (1)
22/10/2018
STV-Jornal da Noite 22.10.2018(video)
Não editado pela STV-SOICO
Comunidades de Moatize queixam-se de práticas nocivas à sua saúde promovidas pela Vale Moçambique com anuência do Governo
Mais de 6.400 famílias dos bairros de Bagamoyo e Nhantchere, na vila de Moatize, província de Tete, estão de costas voltadas com a empresa Vale Moçambique, há mais de cinco anos, devido à contaminação do ambiente com substâncias químicas expelidas a partir da mina Moatize II, onde a firma extrai carvão mineral. As consequências para a saúde humana são consideradas graves. Desde o dia 04 de Outubro em curso, as relações entre as partes estão azedas e vive-se um grande nervosismo.
As comunidades queixam-se de doenças respiratórias como a tosse, e outras supostamente causadas pelas operações mineiras, a roupa é tingida pela poeira do carvão quando colocada para secar, há poluição sonora e rachaduras nas casas que se encontram mais próximas da mina. Ocorrem também doenças da pele, poluição da água dos rios, entre outros impactos prejudiciais.
Por conseguinte, as vítimas exigem reassentamento urgente por conta do receio de que o pior pode acontecer.
Contudo, aquelas comunidades acham-se abandonadas, porquanto os responsáveis da mineradora e o governo local não movem palha alguma para evitar o mal.
Por conta desta situação, a população ficou saturada. No dia 04 de Outubro não se conteve e destruiu parte da vedação da Vale, invadiu a mina e impôs a paralisação das operações. Aliás, a exigência é que a mineradora brasileira suspenda definitivamente a extracção do carvão na mina Moatize II.
Mas o Governo tem outro entendimento sobre a mesma questão, implicitamente manda passear o povo para salvaguardar a colecta de impostos.
Bernardino Rafael ordena força combativa
Aos manifestantes contra resultados eleitorais
A Polícia da República de Moçambique (PRM), parece ainda estar à leste dos entendimentos que estão sendo alcançados entre o Presidente da República, Filipe Nyusi e o Coordenador Interino da Renamo, Ossufo Momade, que visam o alcance da paz efectiva.
Com o "barulho" das eleições autárquicas que foram realizadas no dia 10 de Outubro corrente e que até então estão sendo contestadas, a Polícia através do Comandante Geral, Bernardino Rafael já anda com vontades de “rebentar” com qualquer que seja o cidadão que quiser manifestar-se contra os “roubos” descarados que ocorreram em várias autarquias deste país.
Recentemente, o Comandante Geral, enviou uma “sms” supostamente assinada por ele próprio aos Comandantes Provinciais da Polícia, dando orientações claras do que deve ser feito.
A “sms” que o Diário da Zambézia teve acesso, pode-se ver o seguinte:
“Exmos senhores Cdtes Provinciais da PRM; Através das nossas fontes tomamos conhecimento de haver intenções por parte da RENAMO de realizar manifestações nos próximos dias em alguns Municípios onde perdeu, alegando roubo de votos”- explica Bernardino para depois ordenar que “ ....e neste contexto, porque as alegadas manifestações podem desembocar na alteração da ordem pública, instruiu aos Exmos Senhores Cdtes Provinciais da PRM, a reforçarem as medidas de segurança nas Administrações, sedes províncias dos órgãos de administração eleitoral, sedes do Partido Frelimo, Comandos Províncias, Distritais, postos policiais e outros Objectos económicos e estratégicos e igualmente; Deve-se manter a força em prontidão combativa e privilegiar a busca de informações operativas para tomada de medidas preventivas”- pode-se ler para no fim, o Comandante-geral exigir que se cumpra a ordem, “Cumpra-se”
Refira-se que em alguns municípios, a oposição, sobretudo a RENAMO contesta resultados obtidos no dia 10 de Outubro e com esta suposta ordem do Comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, podem estar a ser criadas condições para a instabilidade.
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 22.10.2018
A Polícia da República de Moçambique (PRM), parece ainda estar à leste dos entendimentos que estão sendo alcançados entre o Presidente da República, Filipe Nyusi e o Coordenador Interino da Renamo, Ossufo Momade, que visam o alcance da paz efectiva.
Com o "barulho" das eleições autárquicas que foram realizadas no dia 10 de Outubro corrente e que até então estão sendo contestadas, a Polícia através do Comandante Geral, Bernardino Rafael já anda com vontades de “rebentar” com qualquer que seja o cidadão que quiser manifestar-se contra os “roubos” descarados que ocorreram em várias autarquias deste país.
Recentemente, o Comandante Geral, enviou uma “sms” supostamente assinada por ele próprio aos Comandantes Provinciais da Polícia, dando orientações claras do que deve ser feito.
A “sms” que o Diário da Zambézia teve acesso, pode-se ver o seguinte:
“Exmos senhores Cdtes Provinciais da PRM; Através das nossas fontes tomamos conhecimento de haver intenções por parte da RENAMO de realizar manifestações nos próximos dias em alguns Municípios onde perdeu, alegando roubo de votos”- explica Bernardino para depois ordenar que “ ....e neste contexto, porque as alegadas manifestações podem desembocar na alteração da ordem pública, instruiu aos Exmos Senhores Cdtes Provinciais da PRM, a reforçarem as medidas de segurança nas Administrações, sedes províncias dos órgãos de administração eleitoral, sedes do Partido Frelimo, Comandos Províncias, Distritais, postos policiais e outros Objectos económicos e estratégicos e igualmente; Deve-se manter a força em prontidão combativa e privilegiar a busca de informações operativas para tomada de medidas preventivas”- pode-se ler para no fim, o Comandante-geral exigir que se cumpra a ordem, “Cumpra-se”
Refira-se que em alguns municípios, a oposição, sobretudo a RENAMO contesta resultados obtidos no dia 10 de Outubro e com esta suposta ordem do Comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, podem estar a ser criadas condições para a instabilidade.
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 22.10.2018
Posted at 16:16 in Eleições 2018 Autarquicas, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Presidente Nyusi saúda os obreiros da vitória do partido Frelimo nas Autárquicas: CNE, STAE e PRM
O presidente do partido Frelimo saudou nesta quinta-feira (18), na qualidade de Chefe de Estado, a Comissão Nacional de Eleições (CNE), o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e a Polícia da República de Moçambique (PRM) pois “souberam gerir o processo eleitoral”, diga-se mais um que não foi livre, justo e muito menos transparente.
Numa curta Declaração à Nação o Presidente Filipe Nyusi começou por assinalar que “estas foram as eleições mais participadas de sempre e as que registaram menos casos de violência”, e pela forma como aconteceram “constituem um passo importante para a paz e estabilidade no nosso país”.
Todavia, a julgar pelo discurso da líder parlamentar do maior partido de oposição, o passo assinalado por Nyusi pode ter sido para trás. “Tudo indica que a Frelimo não quer que haja eleições em Moçambique. Quer governar roubando os votos que o povo deu a Renamo e aos outros partidos da oposição. Que democracia é essa? As recentes eleições autárquicas tiveram demasiadas irregularidades, pelo que ninguém em sã consciência pode afirmar que foram livres, justas, transparentes ou credíveis”, declarou Ivone Soares na abertura de VIII sessão ordinária da VIII legislatura da Assembleia da República.
Embora tenha sido evidente a habitual desorganização organizada dos órgãos eleitorais, que teve início no recenseamento de eleitores que não residem em Conselhos Autárquicos, e que apenas favorece os interesses do partido liderado por Filipe Nyusi, o Presidente de Moçambique saudou “os órgãos eleitorais, a Comissão Nacional de Eleições (CNE), o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, a todos os níveis, pelo seu empenho e profissionalismo. Souberam gerir o processo eleitoral garantindo que este ocorresse dentro dos parâmetros legalmente previstos”.
“Os meios de comunicação jogaram um papel importante, levando ao conhecimento do público notícias e reportagens, não só o decurso do pleito eleitoral como também mobilizaram os cidadãos a manterem um comportamento pacífico”, disse ainda Nyusi numa omissa alusão a propaganda veiculada pelos medias estatais e aos privados serviçais do partido Frelimo.
Nyusi responde a Momade com exortação a calma e o respeito pelas leis
Ignorando as atrocidades cometidas pelos agentes da PRM, que na campanha eleitoral coartaram as acções dos partidos de oposição e no dia da votação participaram no desvio e troca de urnas assim como foram coniventes com o enchimento em outras urnas, o Chefe de Estado declarou: “Saúdo a Polícia da República de Moçambique por ter sabido manter a ordem e a segurança, e por ter impedido nalguns casos a ocorrência de actos de violência protegendo o cidadão sempre que estivesse em risco sem olhar para a cor partidária ou grupo de eleitores”.
Numa curta Declaração à Nação o Presidente Filipe Nyusi começou por assinalar que “estas foram as eleições mais participadas de sempre e as que registaram menos casos de violência”, e pela forma como aconteceram “constituem um passo importante para a paz e estabilidade no nosso país”.
Todavia, a julgar pelo discurso da líder parlamentar do maior partido de oposição, o passo assinalado por Nyusi pode ter sido para trás. “Tudo indica que a Frelimo não quer que haja eleições em Moçambique. Quer governar roubando os votos que o povo deu a Renamo e aos outros partidos da oposição. Que democracia é essa? As recentes eleições autárquicas tiveram demasiadas irregularidades, pelo que ninguém em sã consciência pode afirmar que foram livres, justas, transparentes ou credíveis”, declarou Ivone Soares na abertura de VIII sessão ordinária da VIII legislatura da Assembleia da República.
Embora tenha sido evidente a habitual desorganização organizada dos órgãos eleitorais, que teve início no recenseamento de eleitores que não residem em Conselhos Autárquicos, e que apenas favorece os interesses do partido liderado por Filipe Nyusi, o Presidente de Moçambique saudou “os órgãos eleitorais, a Comissão Nacional de Eleições (CNE), o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, a todos os níveis, pelo seu empenho e profissionalismo. Souberam gerir o processo eleitoral garantindo que este ocorresse dentro dos parâmetros legalmente previstos”.
“Os meios de comunicação jogaram um papel importante, levando ao conhecimento do público notícias e reportagens, não só o decurso do pleito eleitoral como também mobilizaram os cidadãos a manterem um comportamento pacífico”, disse ainda Nyusi numa omissa alusão a propaganda veiculada pelos medias estatais e aos privados serviçais do partido Frelimo.
Nyusi responde a Momade com exortação a calma e o respeito pelas leis
Ignorando as atrocidades cometidas pelos agentes da PRM, que na campanha eleitoral coartaram as acções dos partidos de oposição e no dia da votação participaram no desvio e troca de urnas assim como foram coniventes com o enchimento em outras urnas, o Chefe de Estado declarou: “Saúdo a Polícia da República de Moçambique por ter sabido manter a ordem e a segurança, e por ter impedido nalguns casos a ocorrência de actos de violência protegendo o cidadão sempre que estivesse em risco sem olhar para a cor partidária ou grupo de eleitores”.
Prioridade do PES de Nyusi em 2019 é fazer propaganda das “realizações” na RM e TVM
A primeira prioridade do Plano Económico e Social de Filipe Nyusi para 2019 é fazer propaganda das “realizações” positivas da sua governação usando a rádio e televisão públicas sob coordenação do Gabinete de Informação.
Depois haver injectado mais de 1 bilião de meticais durante o ano transacto nas deficitárias rádio e televisão públicas o Governo de Filipe Nyusi pretende alocar outros biliões para estes dois órgãos de comunicação social que são responsáveis pela sua propaganda eleitoralista.
O @Verdade descobriu que a primeira prioridade do Plano Económico e Social para 2019 é “Efectuar a cobertura informativa das principais realizações nas áreas social, política, económica, cultural, desportiva”.
Esta prioridade está inserida no “Objectivo Estratégico (i): Defender e Consolidar a Unidade Nacional e a Cultura de Paz, Democracia e Estabilidade Politica, Económica, Social e Cultural” e estabelece a produção de 31.244 programas radiofónicos para veiculação na Rádio Moçambique, sob a coordenação do Gabinete de Informação, e outros tantos televisivos a serem transmitidos ao longo do próximo ano na Televisão de Moçambique.
O @Verdade não conseguiu apurar como será financiada toda essa operação eleitoralista, afinal Filipe Nyusi pretende governar mais 5 anos, no entanto o mapa “Demonstrativo por Prioridades e Pilares do Plano Quinquenal do Governo” indica que para a “Prioridade I - Consolidar a Unidade Nacional, Paz e Soberania” o Executivo pretende gastar 28.322.700.660 meticais, 8,3 por cento da Despesa total do próximo ano.
Além disso o @Verdade descobriu, na proposta de Orçamento do Estado entregue ao Parlamento, que em 2019 a Rádio Moçambique vai receber de subsídio 654.241.290 meticais. Por seu turno a Televisão de Moçambique tem uma dotação de 451.706.290 meticais.
Subsídio à RM e TVM davam para poupar Mais Valias
É mais de 1,1 bilião de meticais só em subsídios à tesouraria de apenas duas empresas que em vez de prestarem o serviço público para o qual são vocacionadas fazem propaganda apenas das “realizações” do Governo e ainda amplificam as actividades do partido Frelimo que em 2019 pretende continuar a perpetuar-se no poder em Moçambique.
Este montante quase iguala a dotação para o funcionamento da maior unidade sanitária do país, o Hospital Central de Maputo, que vai receber somente 1,6 bilião de meticais.
Só o subsídio que foi alocado à rádio e televisão públicas daria para cobrir, com resto substancial, todo apoio para os programas de combate ao HIV/Sida, Tuberculose e ainda da Malária.
Aliás os subsídios para a RM e TVM superam o bilião que vai ser gasto na manutenção de todas estradas distritais ou seria suficiente para cobrir os custos da reabilitação da Estrada Nacional no 1 nos troços Inchope - Caia, Chimuara - Nicoadala, rio Lúrio - Metoro e ponte do rio Lúrio e ainda Pambarra - rio Save - Muari sem gastar as Mais Valias como o Governo pretende.
@VERDADE – 22.10.2018
Depois haver injectado mais de 1 bilião de meticais durante o ano transacto nas deficitárias rádio e televisão públicas o Governo de Filipe Nyusi pretende alocar outros biliões para estes dois órgãos de comunicação social que são responsáveis pela sua propaganda eleitoralista.
O @Verdade descobriu que a primeira prioridade do Plano Económico e Social para 2019 é “Efectuar a cobertura informativa das principais realizações nas áreas social, política, económica, cultural, desportiva”.
Esta prioridade está inserida no “Objectivo Estratégico (i): Defender e Consolidar a Unidade Nacional e a Cultura de Paz, Democracia e Estabilidade Politica, Económica, Social e Cultural” e estabelece a produção de 31.244 programas radiofónicos para veiculação na Rádio Moçambique, sob a coordenação do Gabinete de Informação, e outros tantos televisivos a serem transmitidos ao longo do próximo ano na Televisão de Moçambique.
O @Verdade não conseguiu apurar como será financiada toda essa operação eleitoralista, afinal Filipe Nyusi pretende governar mais 5 anos, no entanto o mapa “Demonstrativo por Prioridades e Pilares do Plano Quinquenal do Governo” indica que para a “Prioridade I - Consolidar a Unidade Nacional, Paz e Soberania” o Executivo pretende gastar 28.322.700.660 meticais, 8,3 por cento da Despesa total do próximo ano.
Além disso o @Verdade descobriu, na proposta de Orçamento do Estado entregue ao Parlamento, que em 2019 a Rádio Moçambique vai receber de subsídio 654.241.290 meticais. Por seu turno a Televisão de Moçambique tem uma dotação de 451.706.290 meticais.
Subsídio à RM e TVM davam para poupar Mais Valias
É mais de 1,1 bilião de meticais só em subsídios à tesouraria de apenas duas empresas que em vez de prestarem o serviço público para o qual são vocacionadas fazem propaganda apenas das “realizações” do Governo e ainda amplificam as actividades do partido Frelimo que em 2019 pretende continuar a perpetuar-se no poder em Moçambique.
Este montante quase iguala a dotação para o funcionamento da maior unidade sanitária do país, o Hospital Central de Maputo, que vai receber somente 1,6 bilião de meticais.
Só o subsídio que foi alocado à rádio e televisão públicas daria para cobrir, com resto substancial, todo apoio para os programas de combate ao HIV/Sida, Tuberculose e ainda da Malária.
Aliás os subsídios para a RM e TVM superam o bilião que vai ser gasto na manutenção de todas estradas distritais ou seria suficiente para cobrir os custos da reabilitação da Estrada Nacional no 1 nos troços Inchope - Caia, Chimuara - Nicoadala, rio Lúrio - Metoro e ponte do rio Lúrio e ainda Pambarra - rio Save - Muari sem gastar as Mais Valias como o Governo pretende.
@VERDADE – 22.10.2018
NOTA: E o "patrão" fica calado?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted at 11:53 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
RESGATANDO MEMÓRIAS: AS REFLEXÕES DO ESCRITOR ARRONE FIJAMO
Centelha por Viriato Caetano Dias (viriatocaetanodias@gmail.com )
Não há regimes políticos perfeitos, tal como não há nenhum poder instituído, por mais legal e legitimado que seja, que consiga cumprir a cem por cento todos os requisitos que lhe são próprios. Padre Manuel Maria Madureira da Silva, Questões Fraturantes, 2016, p. 29.
Nesses dias ando nostálgico. É o hábito de, apaixonado pela História, mexer no vespeiro. O objectivo não é julgar ou confrontar o passado, mas o de olhar para o retrovisor da História para compreendermos e encontrarmos variáveis para os interesses do futuro. A História é mesmo isso, o futuro, não é o cemitério do passado. O passado é apenas o alicerce.
Como alguma vez disse-me o Professor José Mattoso, numa palestra na Universidade de Évora, o importante não é gostarmos de História, mas estar convencido que sem ela não é possível compreender o mundo em que vivemos. Felizardo de Jesus Fijamo, último filho do escritor Arrone Fijamo, confiou-me parte significativa do espólio literário de seu pai. O meu falecido amigo David Aloni dizia que, não fosse os “assados” políticos, Arrone Fijamo seria considerado o maior e melhor escritor de África porque o seu escrito erudito, de clara exposição e com grande cultura, transcende as fronteiras nacionais.
E tinha razão Aloni, quem lê seus escritos percebe que há algo de divinal neles. Num país de vistas curtas, Fijamo apresentava-se com vistas largas, dando terapias para os problemas que ainda hoje afligem o nosso país. Apaixonado pela escrita, Fijamo, como qualquer escritor, militou a favor dos mais fracos e contra as injustiças perpetradas por adamastores do seu tempo.
No texto Tese para a candidatura à presidente de Moçambique-loucura democrática nas estepes e florestas da lendária Zambézia, Fijamo escreveu o seguinte: “Para paz total em Moçambique, desarmamentos e desmobilizações não resolverão nada.
O que é preciso é dominar as razões das delinquências do carácter do povo com harmonizadores métodos agradáveis, clara fraternidade, manifesta honestidade dos dirigentes e promessas baseadas nos factos exequíveis.” Este parágrafo resume aquilo que me vai na alma e que me apoquenta.
Não há regimes políticos perfeitos, tal como não há nenhum poder instituído, por mais legal e legitimado que seja, que consiga cumprir a cem por cento todos os requisitos que lhe são próprios. Padre Manuel Maria Madureira da Silva, Questões Fraturantes, 2016, p. 29.
Nesses dias ando nostálgico. É o hábito de, apaixonado pela História, mexer no vespeiro. O objectivo não é julgar ou confrontar o passado, mas o de olhar para o retrovisor da História para compreendermos e encontrarmos variáveis para os interesses do futuro. A História é mesmo isso, o futuro, não é o cemitério do passado. O passado é apenas o alicerce.
Como alguma vez disse-me o Professor José Mattoso, numa palestra na Universidade de Évora, o importante não é gostarmos de História, mas estar convencido que sem ela não é possível compreender o mundo em que vivemos. Felizardo de Jesus Fijamo, último filho do escritor Arrone Fijamo, confiou-me parte significativa do espólio literário de seu pai. O meu falecido amigo David Aloni dizia que, não fosse os “assados” políticos, Arrone Fijamo seria considerado o maior e melhor escritor de África porque o seu escrito erudito, de clara exposição e com grande cultura, transcende as fronteiras nacionais.
E tinha razão Aloni, quem lê seus escritos percebe que há algo de divinal neles. Num país de vistas curtas, Fijamo apresentava-se com vistas largas, dando terapias para os problemas que ainda hoje afligem o nosso país. Apaixonado pela escrita, Fijamo, como qualquer escritor, militou a favor dos mais fracos e contra as injustiças perpetradas por adamastores do seu tempo.
No texto Tese para a candidatura à presidente de Moçambique-loucura democrática nas estepes e florestas da lendária Zambézia, Fijamo escreveu o seguinte: “Para paz total em Moçambique, desarmamentos e desmobilizações não resolverão nada.
O que é preciso é dominar as razões das delinquências do carácter do povo com harmonizadores métodos agradáveis, clara fraternidade, manifesta honestidade dos dirigentes e promessas baseadas nos factos exequíveis.” Este parágrafo resume aquilo que me vai na alma e que me apoquenta.
Lançamento do concurso internacional para exploração da coutada de Mulela, na Zambézia
O governo vai lançar, no próximo ano, um concurso internacional para exploração da coutada comunitária de Mulela, localizada na zona tampão da Reserva Nacional de Gilé, província da Zambézia.
Estabelecida em 2012, a operacionalização da coutada comunitária de Mulela foi aprovada em 2016 pelo Conselho de Ministros.
Segundo o Presidente da Plataforma integrada de desenvolvimento da Zambézia, Daniel Maúla, a iniciativa visa rentabilizar a coutada.
“A coutada foi desenhada no âmbito do ecoturismo em parceria com o sector privado e que também isto traga rendas para as comunidades. Um dos propósitos é o repovoamento da própria coutada, que deverá ser feita no próximo ano, no sentido que haja espécies precisadas pelo sector privado, a gerir”, disse o presidente da Plataforma integrada de desenvolvimento da Zambézia, Daniel Maúla. ( RM Zambézia)
RM – 22.10.2018
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