Que tamanho uma minoria precisa de ter para conseguir uma mudança social?
Além da dimensão de uma minoria, há outros factores como o “compromisso com a causa” defendida que entram em jogo para que haja mudanças na sociedade.
FILIPA ALMEIDA MENDES 9 de Junho de 2018, 8:10
FotoO movimento #MeToo nasceu nos EUA e aborda a questão do assédio sexual e dos direitos das mulheres BRENDAN MCDERMID/ARQUIVO
Passando pelo movimento contra o assédio sexual #MeToo à propaganda política na China e até mesmo ao debate sobre o acesso às armas de fogo nos Estados Unidos, uma investigação publicada na última edição da revista Science mostra o que é preciso para que haja mudanças na sociedade. Segundo o estudo, importa sobretudo que uma minoria atinja 25% do total de uma população para conseguir alterar normas socialmente estabelecidas, mas não só.
A questão pode ser feita de outra forma: qual a dimensão que o movimento #MeToo precisa de ter para conseguir uma mudança de comportamentos na sociedade? Partindo do princípio de que todos os indivíduos têm os mesmos recursos e poder social, a teoria desenvolvida no artigo Provas experimentais para pontos de inflexão na convenção social, dos autores Damon Centola, Joshua Becker, Devon Brackbill e Andrea Baronchelli, sugere que assim que um grupo minoritário atinge um ponto de inflexão – por outras palavras, um ponto de viragem – de 25% torna-se capaz de influenciar a aceitação de normas, comportamentos e crenças na sociedade.
Minorias protestantes em Portugal formam um puzzle em contínuo crescimento
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Se, até agora, modelos teóricos defendiam que apenas era necessário uma representação minoritária de 10% e estudos observacionais diziam que uma minoria precisava de atingir os 40% para se tornar influente, a mais recente investigação empírica desta equipa dos Estados Unidos e Reino Unido chegou a uma conclusão: uma minoria – que corresponda a uma massa crítica e empenhada na causa que defende – precisa de atingir os 25% de uma dada população para conseguir desencadear uma mudança social em larga escala. A aplicabilidade do estudo é ampla e vai desde questões sociais como a igualdade de género, racismo ou direitos dos homossexuais até à aceitação popular do consumo de tabaco ou drogas leves.
Para além de um enquadramento teórico baseado em investigações dos últimos 50 anos sobre as mudanças sociais, este estudo teve também uma parte empírica. Os investigadores desenvolveram, então, “uma hipótese capaz de prever o tamanho da massa crítica necessária para mudar as normas de um grupo e depois testá-la experimentalmente”, explica Damon Centola, da Universidade da Pensilvânia (em Filadélfia, EUA), de acordo com um comunicado de imprensa da instituição.
O estudo envolveu cerca de 200 participantes integrados em comunidades online, divididos em dez grupos de 20 elementos cada. Dentro de cada grupo, foram-se constituindo pares aleatoriamente, aos quais foi pedido que atribuíssem simultaneamente um nome a um determinado objecto representado. Se os participantes conseguissem atribuir o mesmo nome ao objecto recebiam uma recompensa monetária. Assim que ficou estabelecida uma convenção entre todos os membros do grupo, os investigadores introduziam um grupo minoritário empenhado em alterar a norma que tinha sido estabelecida anteriormente. A fase seguinte foi variar o tamanho dessa mesma massa crítica. Em todos os grupos, os tamanhos das minorias necessários para provocar uma mudança variaram entre 15 e 35% da população, numa média de 25%.
Os resultados demonstraram que as minorias menores do que 25% da população só conseguiam, em média, influenciar 6% do grupo restante; enquanto se as minorias fossem maiores do que esse limite conseguiam persuadir entre 72 a 100% da restante população a adoptar uma nova visão alternativa. Os investigadores notaram ainda que apenas um elemento podia marcar a diferença entre o sucesso ou o fracasso na adopção de uma nova norma social.
Há mais mulheres e minorias nos Óscares de 2017, mas a diversidade ainda está longe
Porém, variáveis como o tamanho da população ou o alcance da memória dos sujeitos podem ter influência no quão enraizada está uma certa crença ou comportamento e, consequentemente, na resistência à mudança. Por exemplo, alguém cujas crenças estejam mais enraizadas ou que tenha um maior preconceito em relação a um determinado assunto pode ser menos influenciável, pelo que os resultados não são totalmente absolutos.
Do #MeToo ao debate sobre as armas de fogo
Em termos práticos, os resultados desta investigação podem aplicar-se a diversas questões sociais que têm marcado a actualidade. Servem para perceber, por exemplo, qual a dimensão que o movimento #MeToo precisa de atingir para conseguir mudanças relacionadas com o assédio sexual e os direitos das mulheres. “O movimento #MeToo e outros movimentos pela igualdade de género no local de trabalho são um óptimo exemplo deste tipo de processo de mudança social”, explicou Damon Centola ao PÚBLICO. “Essas descobertas têm implicações importantes para o activismo social, para a mudança das convenções de género no local de trabalho e para a mudança social em geral”, acrescenta o investigador.
Para além disso, o modelo pode ser aplicado ao mundo online, onde se pode explorar a melhor forma de promover campanhas eficazes que, por exemplo, “inspirem mudanças nos comportamentos ao nível da saúde”, esclareceu ao PÚBLICO o investigador. Nas comunidades online, os sujeitos desenvolvem várias convenções sociais, que vão desde o tipo de conteúdo que deve ou não ser partilhado nas redes sociais, às normas linguísticas usadas nos serviços de mensagens instantâneas. Por outro lado, os resultados mostram que também existem implicações negativas como potenciar o bullying na Internet, manifestações de ódio ou até a propaganda política. No caso do Governo chinês, de acordo com os autores, são utilizadas as redes sociais como a Weibo para fazer propaganda pró-governamental e mudar a direcção do debate público, de forma a travar a agitação social. O estudo é ainda transversal ao controverso debate sobre a legislação de acesso às armas de fogo nos Estados Unidos, exponenciado pelos recentes tiroteios em estabelecimentos de ensino.
LER MAIS
Pulitzer para reportagens que lançaram o movimento #MeToo
Em suma, apesar de os autores assegurarem que são necessários estudos posteriores para determinar a aplicabilidade dos resultados em contextos sociais específicos, lançam uma luz de esperança aos grupos activistas ao afirmar que, de acordo com esta visão, “o poder de pequenos grupos não provém da sua autoridade ou riqueza, mas do seu compromisso com a causa”.
Texto editado por Teresa Firmino
8 COMENTÁRIOS
Registe-se ou entre com a sua conta para comentar
joaorapace 17:47
abomino o movimento contra o assédio sexual, pois esse movimento nasceu de hollywood! Veja-se o espanto: umas mulheres que singraram na vida vendendo o seu corpo a alguém, depois de atingirem a fama e os milhões, fazem-se de virgens arrependidas! Mas o mais lunático é como essas mesmas mulheres consguiram a proeza de ser notícia no mundo ocidental e chegaram agora até aqui onde se vê já nas clínicas e noutros sítios regulamentos contra o assédio. Ao contrário de antigamente em que os trabalhadores saiam às ruas contra o abuso dos patrões e foram criados Dias Mundiais esta movimento nasce do tenebroso mundo de hollywood. Não são as operárias das fábricas nem os operários, não foi do povo que esses são vilipendiados, tanto fisicamente, materialmente, mas das mulheres da fama. Enoja-me isso
joaorapace 17:37
li excelentes comentários! Hoje, uma minoria, clube bilderberg, maçonaria, com dinheiro e influência conseguem facilmente uma mudança social! Mas atenção, em países como Portugal com brandos costumes e um povo sem massa acéfala essa mudança faz-se muito facilmente! O problema poderá advir em outros países onde por várias circunstâncias a resistência é muito maior! Aliás com a europa a perder peso substancial no mundo, a Ásia, sobretudo a China e claro os USA irão ser cruciais nos pensamentos e ideais futuros no mundo. Uma das dúvidas que tenho é o futuro da União Europeia se consegue sobreviver! Caso não consiga muitas das tendências de hoje irão rapidamente desaparecer! A extrema direita poderá entrar num futuro em grande força e a minha dúvida é: o que será deste Portugal desgraçado!
amora.bruegas Tomar 16:32
A idéia deste movimento contra o assédio sexual (#MeToo) é boa..., mas são assim tão independentes como parecem, ou não passam de uma máscara de outras intenções? Na continuidade do combate ao assédio sexual, para o reduzir o mais possível, porque não combatem a pornografia que há na NET, filmes, revistas, espaços de diversão, boites, assim como determinado vestuário exibicionista das mulheres, caso do mono ou biquini? Sem este sincero e real combate, o outro não passa de uma farsa! É como querer combater as guerras, mas fechar os olhos aos negócios de venda de armamento.
José Esteves-Pereira 16:27
Se os autores do estudo referido tivessem incluído Portugal na sua mostra, creio que ficariam surpreendidos. Portugal é uma sociedade onde basta "meia dúzia" de activistas com forte influ?ncia no aparelho de Estado para fazer "a mudança". Em Portugal "a mudança" faz-se por decreto e, se necessário, uma proclamação numa varanda de uma mera câmara municipal. Foi assim em 1910, sabiam?
Sum Legend Portugal 13:49
Já dizia Mr Spock: “the needs of the many, outweigh the needs of the few”. O que Mr Spock não contava era com o políticamente correcto, a mania de que o que alguns acham correcto, deve sobrepor-se ao que a maioria acha, sob pena de serem acusados de descriminação. O problema não está na “minoria” querer fazer barulho, mas sim na consequência de parecer descriminação caso não se esteja de acordo com essa minoria. As pessoas evitam falar sobre certos assuntos com receio dessa acusação. Há quem chame a esses de “conservadores” e “velhos do restelo” por não quererem mudar. Nem sempre a mudança feita de maneira rápida, é positiva, podendo ao longo do tempo revelar-se negativa. São coisas complexas, porque não pensamos todos igual. Ainda bem.
Armando Heleno MOGOFORES (Anadia) 13:46
Respondendo ao cabeçalho acho que essa minoria para fazer as tais mudanças não precisa ter mais que dimensões mínimas a cada situação. Como exemplo oportuno, ver o artigo de hoje aqui no Público, sobre um filme para crianças a que a "Comissão" fez enorme reparo... Basta o olhar atenta duma Natália Faria.
4a República República Bananeira da Tugalândia 09:53
Não me surpreende nada. Já no dia 5/6 no artigo de JMT sobre a polémica das "princesas" sobre as feministas "talibans" tinha escrito o seguinte: Não se deve de desvalorizar o poder e influência de um grupo pelo tamanho. Com determinação, o ruído feito pode equivaler a milhares de membros e com as redes sociais cada berro é ouvido por milhares e ecoado por partilhas sem fim. Mais, a esmagadora maioria das pessoas não passa de uma mole acéfala que segue em rebanho a última tendência percepcionada como sendo algo aceite pela generalidade. O elevado ruído é a chave para criar essa falsa percepção e fazer a população aderir ou conformar-se pois "toda" a gente pensa assim. Há ainda a questão das ligações ao poder que esta gente tem, seja no parlamento, economia ou Maçonarias femininas.
Abel Moreira 09:49
Mais um exemplo de estudo que fica altamente comprometido nos seus resultados pelo simples facto de que continuam a ignorar olimpicamente o que é e como funciona a consciência... E, claro, se na própria sociedade esse facto só é percebido, debatido, estudado, etc, por uma minoria não é de admirar a reacção hostil de certo tipo peculiar de conservadores que instintivamente entram em pânico perante uma ameaça brutal às suas crenças e ao seu mundinho falsamente seguro...
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Além da dimensão de uma minoria, há outros factores como o “compromisso com a causa” defendida que entram em jogo para que haja mudanças na sociedade.
FILIPA ALMEIDA MENDES 9 de Junho de 2018, 8:10
FotoO movimento #MeToo nasceu nos EUA e aborda a questão do assédio sexual e dos direitos das mulheres BRENDAN MCDERMID/ARQUIVO
Passando pelo movimento contra o assédio sexual #MeToo à propaganda política na China e até mesmo ao debate sobre o acesso às armas de fogo nos Estados Unidos, uma investigação publicada na última edição da revista Science mostra o que é preciso para que haja mudanças na sociedade. Segundo o estudo, importa sobretudo que uma minoria atinja 25% do total de uma população para conseguir alterar normas socialmente estabelecidas, mas não só.
A questão pode ser feita de outra forma: qual a dimensão que o movimento #MeToo precisa de ter para conseguir uma mudança de comportamentos na sociedade? Partindo do princípio de que todos os indivíduos têm os mesmos recursos e poder social, a teoria desenvolvida no artigo Provas experimentais para pontos de inflexão na convenção social, dos autores Damon Centola, Joshua Becker, Devon Brackbill e Andrea Baronchelli, sugere que assim que um grupo minoritário atinge um ponto de inflexão – por outras palavras, um ponto de viragem – de 25% torna-se capaz de influenciar a aceitação de normas, comportamentos e crenças na sociedade.
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Para além de um enquadramento teórico baseado em investigações dos últimos 50 anos sobre as mudanças sociais, este estudo teve também uma parte empírica. Os investigadores desenvolveram, então, “uma hipótese capaz de prever o tamanho da massa crítica necessária para mudar as normas de um grupo e depois testá-la experimentalmente”, explica Damon Centola, da Universidade da Pensilvânia (em Filadélfia, EUA), de acordo com um comunicado de imprensa da instituição.
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Os resultados demonstraram que as minorias menores do que 25% da população só conseguiam, em média, influenciar 6% do grupo restante; enquanto se as minorias fossem maiores do que esse limite conseguiam persuadir entre 72 a 100% da restante população a adoptar uma nova visão alternativa. Os investigadores notaram ainda que apenas um elemento podia marcar a diferença entre o sucesso ou o fracasso na adopção de uma nova norma social.
Há mais mulheres e minorias nos Óscares de 2017, mas a diversidade ainda está longe
Porém, variáveis como o tamanho da população ou o alcance da memória dos sujeitos podem ter influência no quão enraizada está uma certa crença ou comportamento e, consequentemente, na resistência à mudança. Por exemplo, alguém cujas crenças estejam mais enraizadas ou que tenha um maior preconceito em relação a um determinado assunto pode ser menos influenciável, pelo que os resultados não são totalmente absolutos.
Do #MeToo ao debate sobre as armas de fogo
Em termos práticos, os resultados desta investigação podem aplicar-se a diversas questões sociais que têm marcado a actualidade. Servem para perceber, por exemplo, qual a dimensão que o movimento #MeToo precisa de atingir para conseguir mudanças relacionadas com o assédio sexual e os direitos das mulheres. “O movimento #MeToo e outros movimentos pela igualdade de género no local de trabalho são um óptimo exemplo deste tipo de processo de mudança social”, explicou Damon Centola ao PÚBLICO. “Essas descobertas têm implicações importantes para o activismo social, para a mudança das convenções de género no local de trabalho e para a mudança social em geral”, acrescenta o investigador.
Para além disso, o modelo pode ser aplicado ao mundo online, onde se pode explorar a melhor forma de promover campanhas eficazes que, por exemplo, “inspirem mudanças nos comportamentos ao nível da saúde”, esclareceu ao PÚBLICO o investigador. Nas comunidades online, os sujeitos desenvolvem várias convenções sociais, que vão desde o tipo de conteúdo que deve ou não ser partilhado nas redes sociais, às normas linguísticas usadas nos serviços de mensagens instantâneas. Por outro lado, os resultados mostram que também existem implicações negativas como potenciar o bullying na Internet, manifestações de ódio ou até a propaganda política. No caso do Governo chinês, de acordo com os autores, são utilizadas as redes sociais como a Weibo para fazer propaganda pró-governamental e mudar a direcção do debate público, de forma a travar a agitação social. O estudo é ainda transversal ao controverso debate sobre a legislação de acesso às armas de fogo nos Estados Unidos, exponenciado pelos recentes tiroteios em estabelecimentos de ensino.
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Em suma, apesar de os autores assegurarem que são necessários estudos posteriores para determinar a aplicabilidade dos resultados em contextos sociais específicos, lançam uma luz de esperança aos grupos activistas ao afirmar que, de acordo com esta visão, “o poder de pequenos grupos não provém da sua autoridade ou riqueza, mas do seu compromisso com a causa”.
Texto editado por Teresa Firmino
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joaorapace 17:47
abomino o movimento contra o assédio sexual, pois esse movimento nasceu de hollywood! Veja-se o espanto: umas mulheres que singraram na vida vendendo o seu corpo a alguém, depois de atingirem a fama e os milhões, fazem-se de virgens arrependidas! Mas o mais lunático é como essas mesmas mulheres consguiram a proeza de ser notícia no mundo ocidental e chegaram agora até aqui onde se vê já nas clínicas e noutros sítios regulamentos contra o assédio. Ao contrário de antigamente em que os trabalhadores saiam às ruas contra o abuso dos patrões e foram criados Dias Mundiais esta movimento nasce do tenebroso mundo de hollywood. Não são as operárias das fábricas nem os operários, não foi do povo que esses são vilipendiados, tanto fisicamente, materialmente, mas das mulheres da fama. Enoja-me isso
joaorapace 17:37
li excelentes comentários! Hoje, uma minoria, clube bilderberg, maçonaria, com dinheiro e influência conseguem facilmente uma mudança social! Mas atenção, em países como Portugal com brandos costumes e um povo sem massa acéfala essa mudança faz-se muito facilmente! O problema poderá advir em outros países onde por várias circunstâncias a resistência é muito maior! Aliás com a europa a perder peso substancial no mundo, a Ásia, sobretudo a China e claro os USA irão ser cruciais nos pensamentos e ideais futuros no mundo. Uma das dúvidas que tenho é o futuro da União Europeia se consegue sobreviver! Caso não consiga muitas das tendências de hoje irão rapidamente desaparecer! A extrema direita poderá entrar num futuro em grande força e a minha dúvida é: o que será deste Portugal desgraçado!
amora.bruegas Tomar 16:32
A idéia deste movimento contra o assédio sexual (#MeToo) é boa..., mas são assim tão independentes como parecem, ou não passam de uma máscara de outras intenções? Na continuidade do combate ao assédio sexual, para o reduzir o mais possível, porque não combatem a pornografia que há na NET, filmes, revistas, espaços de diversão, boites, assim como determinado vestuário exibicionista das mulheres, caso do mono ou biquini? Sem este sincero e real combate, o outro não passa de uma farsa! É como querer combater as guerras, mas fechar os olhos aos negócios de venda de armamento.
José Esteves-Pereira 16:27
Se os autores do estudo referido tivessem incluído Portugal na sua mostra, creio que ficariam surpreendidos. Portugal é uma sociedade onde basta "meia dúzia" de activistas com forte influ?ncia no aparelho de Estado para fazer "a mudança". Em Portugal "a mudança" faz-se por decreto e, se necessário, uma proclamação numa varanda de uma mera câmara municipal. Foi assim em 1910, sabiam?
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Armando Heleno MOGOFORES (Anadia) 13:46
Respondendo ao cabeçalho acho que essa minoria para fazer as tais mudanças não precisa ter mais que dimensões mínimas a cada situação. Como exemplo oportuno, ver o artigo de hoje aqui no Público, sobre um filme para crianças a que a "Comissão" fez enorme reparo... Basta o olhar atenta duma Natália Faria.
4a República República Bananeira da Tugalândia 09:53
Não me surpreende nada. Já no dia 5/6 no artigo de JMT sobre a polémica das "princesas" sobre as feministas "talibans" tinha escrito o seguinte: Não se deve de desvalorizar o poder e influência de um grupo pelo tamanho. Com determinação, o ruído feito pode equivaler a milhares de membros e com as redes sociais cada berro é ouvido por milhares e ecoado por partilhas sem fim. Mais, a esmagadora maioria das pessoas não passa de uma mole acéfala que segue em rebanho a última tendência percepcionada como sendo algo aceite pela generalidade. O elevado ruído é a chave para criar essa falsa percepção e fazer a população aderir ou conformar-se pois "toda" a gente pensa assim. Há ainda a questão das ligações ao poder que esta gente tem, seja no parlamento, economia ou Maçonarias femininas.
Abel Moreira 09:49
Mais um exemplo de estudo que fica altamente comprometido nos seus resultados pelo simples facto de que continuam a ignorar olimpicamente o que é e como funciona a consciência... E, claro, se na própria sociedade esse facto só é percebido, debatido, estudado, etc, por uma minoria não é de admirar a reacção hostil de certo tipo peculiar de conservadores que instintivamente entram em pânico perante uma ameaça brutal às suas crenças e ao seu mundinho falsamente seguro...
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