Quando vivemos pela morte do outro...
Em moçambique, só? a vida dos outros tornou-se meio termo para a manutenção e estabilidade de quem tem o habito? de matar. Há bolsos que o metical não falta, custando apenas? a morte dos outros.
Pode parecer banal. Pode achar-se palhaçada. Estamos transitando gradualmente de humanos para selvagens. Ha quem o seu dia-a-dia vive custando apenas? a morte dos outros. Na verdade uma morte matada.
Colhemos o que plantamos. Estamos numa era em que recusamos os outros e apregoamos a identidade patriótica, ao mesmo tempo que assistimos indivíduos a serem assassinados como cães. Não nos importamos onde é. Na cidade ou no campo? Mas tudo faz-se em nome de duas "pontas" que podem nuca encontrarem-se... Um lado estaria a justiça do outro encontramos a justiça e a justeza de quem mata.
Nas florestas ou nas estradas. Nos combates ou nas residencias. Nos revoltamos quando uns são mortos e jubilamo-nos quando são outros. Ha um teste de atitudes usado na famosa escala de Likert, e a pergunta que se colocava era: "Qual é sua opinião sobre a pena da morte para quem matou"? Ha quem diga pode ser aplicada para quem matou. E como faríamos para esse que manda executar ou executa quem matou?
A nossa vida é dependente dos outros. Receio dizer entre a morte natural e a morte matada, a mais mediatizada tem sido a ultima. Os que vivem nas florestas, os das cidades, mas que compram arroz, andam de carros, comem carne a custa da morte dos outros por qualquer motivo, só podem ser indivíduos acéfalos. Vejo-me impossibilitado continuar a acusa-los tenho a sensação de terem aprendido que, é muito fácil viver bem? matando os outros... Eis que colhemos o que plantamos
Estamos num pais, tanto como os outros, em que matar compensa, da dignidade, enriquece, torna os indivíduos famosos, em fim, podem quando quiserem sequestrar o pais inteiro. Aprenderam a matar aos outros para viver... Deus livre-nos.
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Bem, quando são mortes consequentes de armas de fogo, ou para alem do Lurio receio dizer não temos a coragem de dizer e digo "Eu sou Cabo- Delgado".
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Bem, quando são mortes consequentes de armas de fogo, ou para alem do Lurio receio dizer não temos a coragem de dizer e digo "Eu sou Cabo- Delgado".
Como globalizar o que é local?
Perdemos quando nos aventuramos para a globalização antes de saber onde estamos. Conhecemos abruptamente a cultura dos outros antes de conhecer a nossa propria cultura. Viegas não era assim, ele conhecia aos "outros" a partir da sua cultura macua. Ou seja, ele estava com os pés firmes sobre a sua cultura e não se limitava nela! Ele tinha um pensamento Glocalizado (Castiano com Viegas).
Eu acrescento, muitos somos que pouco sabemos do global por conta dessa ausência do local. Ha um esforço de unificar o Pais que nunca esteve a partir da educação escolar, embora se tenha consciência que somos apenas um País pela constituição e nunca fomos uma nação unitária.
Aliás, o único traço que nos sugere a unidade, insisto até aqui é, apenas, a Lígua Portuguesa, que continua, sendo nacional para uns e, extrangeira para outros!
Escuso-me questionar aos filosofos africanos, que defendem a construção de uma Filosofia local baseada na intersubjectivação, ao mesmo tempo, que os sabios africanos para além, de serem comparados aos filosofos ocidentais e orientais são igualmente, chamados de SOCRATES AFRICANOS?
Eu acho que Francisco Gaita tem razão ao negar equiparar os contos de Ma Tine com escritos de Nietzsche, ou seja, na apresentação do Broguncias, preferiu chama-lo de Miller de Nampula e não Nietzsche de Nampula.
Regressar ao Cheik Anta Dioup pode ser radicalismo exacerbado na relação com os outros, neste limiar da pos-modernidade. Porém, há menos esforço em pontenciar esse local, não é por acaso que, o professor Castiano acusa aos Pedagogos como sendo os mais ruidosos na valorização de "Sagazes" (Bibliotecas vivas), enquanto eles mesmos, nem ousam integrar esses ensinamentos em suas práticas...
Algumas academias correm a passos inalcançáveis para ensinar o MANDARIM, embora nunca ousaram chamar um Sagaz para palestrar. Corremos para nos globalizar... Enquanto ainda não existimos!
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Prof. Adelino Inacio Assane essa acusação é para si?
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Prof. Adelino Inacio Assane essa acusação é para si?
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