eLÍsIO MaCaMO
A i n f o r m a ç ã o
que dá conta
da decisão do
novo líder da
Renamo de ir
viver em cativeiro voluntário
usa dois termos
curiosos. Um é “o governo
do dia” e o outro
é “estado-maior general
do partido”. O primeiro
reflecte a ambivalência
da Renamo em relação
ao Estado moçambicano.
Não sabe se o reconhece,
ou não, mas ao mesmo
tempo sabe que sem esse
reconhecimento não vai
poder alcançar os seus desígnios
que cada vez mais
se revelam ser de natureza
essencialmente material.
“Governo do dia” parece
mais tragável do que “governo”.
Já o “estado-maior
general” é um termo pomposo
que nutre a ilusão em
que a Renamo quer viver,
e nisso consegue enganar
muita gente ressentida em
relação a quem governa, de
ser uma espécie de estado
paralelo com uma força
militar avassaladora. A
decisão tem, ao que parece,
muito a ver com o facto de
a opção militar ser o trunfo
da Renamo nos processos
políticos do país. Mas não
é só isso.
Na verdade, há dois reféns
neste assunto todo:
o novo líder da Renamo e
o chefe de Estado. Ambos
são reféns duma narrativa
problemática sobre a
questão política que o país
enfrenta e tem de resolver.
Da mesma forma que para
a paz de 1992 foi preciso
reformular a bandidagem
da Renamo como “luta pela
democracia”, algo que felizmente
o malogrado líder
aceitou, hoje reformulouse
o desrespeito pela Constituição
na sequência dos
resultados eleitorais como
“descentralização”, o que
voltou a dar ao malogrado
mais um título, nomeadamente
o de “pai da descentralização”.
Para esta narrativa
vingar é preciso adicionar
certos ingredientes.
Um deles é a ideia de que
a força militar da Renamo
obrigou o governo a vergar,
ideia que muita gente gosta
de manter na cabeça. O
outro ingrediente, desesperadamente
propalado
pelos militantes da Frelimo
em marchas de saudação, é
de que o compromisso do
chefe de Estado com a paz
está acima de tudo e em
seu prol ele está disposto
mesmo a engolir sapos.
Dum lado temos o grande
chefe militar e do outro um
líder modesto e dialogante.
O problema de narrativas
de conveniência é de
assumirem vidas próprias
com o risco de afastar os
seus fazedores cada vez
mais do problema que eles
querem realmente resolver.
Essas narrativas viram um
fim em si próprias. Assim,
a Renamo acredita tanto na
ideia da força militar que
obrigou o governo a vergar
que o chocalhar constante
do latão das espadas se
torna na sua verdadeira
razão de ser. Isso, por sua
vez, reforça as convicções
daqueles que acreditam na
obtenção de vantagens com
base nesse chocalhar e o
novo líder não tem outro
remédio senão ir fazendo
esse jogo. Ou por outra, ele
virou refém dum “bluff ”
que o vai impedir de fazer
aquilo que a Renamo precisa
de fazer urgentemente:
revitalizar-se como partido
político na cidade e no
campo, mas não no mato.
O malogrado deixou o
partido órfão, o seu sucessor
está a ser obrigado por
uma história mal contada
a continuar a recusar a
paternidade.
E um parênteses dum
leigo militar: não é verdade
que a Renamo é uma força
militar formidável. Este é
um dos maiores equívocos
da nossa terra. Ela tem
uma capacidade destrutiva
muito grande, sobretudo
quando os seus líderes
não têm nenhum escrú-
pulo em usar a violência
contra o Estado e contra a
população. Mocímboa da
Praia relativiza bastante a
força militar da Renamo.
Qualquer grupinho com
armas é capaz de desestabilizar
o nosso país. Nisso
não somos excepção.
Vários países da Europa
democrática (Alemanha,
Espanha, Reino Unido,
França e Itália) conviveram
durante décadas com violência
armada, apesar de
todo o seu poderio militar.
As pessoas não gostam de
ouvir isto, mas a estratégia
adoptada durante o último
mandato de Guebuza de
simplesmente asfixiar a
Renamo militarmente estava
a resultar e obrigou o
malogrado líder a negociar
a sério. Se ele depois voltou
às matas foi mais por causa
da sua notória falta de palavra.
A aparente mudança
de estratégia militar e a
política de acomodação da
Renamo como forma de resolver
problemas políticos
nacionais contribuíram,
subsequentemente, para
alimentar o instinto autodestructivo
da Renamo.
Acrescente-se a isto um
factor externo curioso,
nomeadamente a fascinação
digna de Próspero que
muito diplomata europeu
nutre pelo sonho de um dia
vir a contar que conseguiu
ser confidente dum líder
militar selvagem, o Calibã,
e temos todos os ingredientes
para um conflito
sem fim alimentado por
gente que pensa estar a
ajudar a resolver. A incapacidade
ou falta de vontade
dos diplomatas ocidentais
sediados em Maputo de
dizerem à Renamo “basta”
constitui para mim um dos
factores da instabilidade. É
possível estar contra o governo
e promover os valores
democráticos.
O chefe de Estado, por
seu turno, está cada vez
mais a ficar refém da forma
abrupta como o seu interlocutor
telefónico abandonou
a cena. Ele ficou
como a única pessoa que
sabe realmente o que foi
combinado – uma situação
incrível essa de um Estado
que depende das palavras
trocadas por dois homens,
um dos quais já não está
vivo – e para gerir esse
estatuto ele precisa de alimentar
a ideia de que age
de forma apartidária. Por
essa razão, por exemplo,
ele priva-se de um trunfo
muito importante na negociação,
que é o facto de
alguns membros do seu
partido não estarem contentes
com a coisa. Ao invés
de ele usar isso para forçar
a Renamo a ser mais séria –
“vocês, se não fizerem isto,
não vou conseguir conter
os meus lá no partido” –
ele adoptou a estranha
estratégia de vir a público
chamar atenção aos “inimigos
da paz”. É outro “bluff ”,
pois a ideia de que com os
consensos alcançados a
paz duradoura vai voltar
é simplesmente fantástica.
O verdadeiro motivo para
se contemplar a hipótese
duma paz duradoira é a
morte do líder, única pessoa
que não se importava
de pegar em armas para
fazer valer os seus argumentos.
Ele nem fazia isso
por maldade. Fazia isso por
falta de discernimento, algo
que, curiosamente, durante
toda a sua vida política lhe
conferiu muitas vantagens.
Foi o Mr. Chance da Pérola
do Índico.
Portanto, há todo um
mecanismo social em funcionamento
neste pesadelo
que ao invés de criar as bases
para uma paz, pode criar
os alicerces para um conflito
latente sem fim. Tudo
isso não vai ser porque as
pessoas querem guerra,
mas sim porque as pessoas
são reféns de narrativas que
as conduzem ao constante
chocalhar de espadas. A
verdadeira frente que a
Renamo deve abordar é a
frente política. Essa está no
trabalho parlamentar e na
organização política interna.
Está também no resgate
de um outro refém sobre o
qual não falei neste texto,
mas é peça fundamental de
todo o imbróglio.
Trata-se daquele moçambicano
que se diz amante da
democracia, mas por gostar
ainda menos da Frelimo e
do que ela faz acha que a
sua salvação, e a do país,
está na perpetuação do
sentido anti-democrático.
Faz bem ao cobarde por
natureza pensar que outros
mais fortes ou destemidos
vão fazer o jogo sujo por ele,
razão pela qual muita gente
ficou desesperada com a
morte do líder. O problema,
porém, é que ao depositar
toda a confi ança no rufi ão
quando este, um dia, estiver
no poleiro, vai fazer
o mesmo consigo que os
outros estão a fazer agora.
A melhor aposta que todo o
moçambicano sensato pode
fazer é na democracia e isso
não se faz aplaudindo gente
desorientada só porque é
graças a essa gente que você
pensa gozar da liberdade
que tem hoje.
A decisão do novo líder
da Renamo tem apenas valor
simbólico, não significa
necessariamente vontade
de fazer guerra. Contudo,
como parte duma narrativa
equivocada pode cair fora
do controlo. No fundo,
somos todos nós os reféns.
Reféns da inépcia política
que caracteriza a actuação
daqueles que têm responsabilidade
pelo país de um
como doutro lado. Z
Director: Ângelo Munguambe l Editor: Egídio Plácido l Maputo, 07 de Junho de 2018 l Ano XIV l nº 807 50,00 Z E MT Sai às quintas AMBEZ ONDE A NAÇÃO SE REENCONTRA Comercial TABELA DE PREÇOS 2018 Assinaturas abertas Formato electrónico (zambeze.net) já disponível ZAMBEZE 2.300,00MT 2.900,00MT 4.450,00MT PERÍODO TRIMESTRAL SEMESTRAL ANUAL Daviz Simango dissipa equívocos e sugere dinâmica galinácea O cabo de segurança é mesmo delgado! Pág. 04 Gorongosa agora endereço do escritório do General Ossufo Momade Pânico no Norte: Daviz Simango dissipa equívocos e sugere dinâmica galinácea Não dependemos de boleias partidárias Não dependemos de boleias partidárias Gorongosa agora endereço do escritório do General Ossufo Momade Págs 05 Assim na Terra como no Céu seja feita a vossa vontade Dhlakama 2 | zambeze | destaques | Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, considera positiva a acção da emenda constitucional nos esforços da busca duma paz efectiva, entretanto, acusa o novo modelo de descentralização de pecar por ignorar vários aspectos que têm sido a causa dos conflitos pós-eleitorais. Simango considera haver equívocos ao olhar-se o problema da paz apenas nos actores políticos, indicando que também se deve incluir os órgãos eleitorais e questionar a sua contribuição para uma paz duradoura. Daviz Simango: MDM não é de se entreter com coligações e boleias Para o presidente do MDM, só o tempo dirá o melhor modelo entre o proposto pelo seu partido e o novo, acrescentando, contudo, que este processo de descentralização deve continuar a ser um debate nacional para permitir que nas próximas vezes não se faça coisas a correr. No entanto, salienta que os moçambicanos devem compreender que a legislação não é um assunto para ser tratado acima do joelho, e, sobretudo, limitando a participação de mais esferas sociais. Em entrevista concedida ao ZAMBEZE, Daviz Simango disse que o MDM está ciente de que o país precisa de uma paz irreversível, aglutinadora dos interesses dos moçambicanos, razão por que em sede da Assembleia da República, juntamente com outras bancadas, tomou a decisão de aprovar o processo de descentralização administrativa, ciente de que esteja a contribuir para a paz, tendo em conta que os interesses de uns devem coabitar com o que diz respeito a interesses de outros, e isto significa que o MDM, mesmo ciente de que não é de todo o modelo que gostaria de ter, decidiu pelo interesse de todas as partes possíveis. “Na nossa proposta de modelo de descentralização tínhamos proposto que era importante a redução dos poderes da figura do chefe de Estado, porque entendemos que esses poderes eram excessivos em torno deste, como nação, em que nomeava os magistrados, sobretudo o PGR, presidentes do Tribunal Supremo, do Conselho Constitucional, do Tribunal Administrativo, o Governador do Banco, os PCAs das empresas e reitores das universidades públicas. Exigimos a eleição directa da figura do governador por uma razão muito simples, porque os grandes problemas dos conflitos em Moçambique são resultado do pós-eleitoral, portanto, queríamos um governador que possa nomear os directores provinciais, os administradores. Era preciso encontrar uma Assembleia Provincial que tivesse poder de realizar e analisar o Relatório do Plano de Actividades do Orçamento, porque nos moldes em que está não tem poder para permitir que se realize actividades de fiscalização do Governo, e não só, que delibere o orçamento e plano de actividades, e não só, portanto, queríamos também a liberdade”. No entendimento do MDM, era preciso criar-se condições de o PR agir em caso de necessidade, e para isso era preciso libertar o punho do chefe de Estado para que o fizesse de forma mais justa, dentro da constitucionalidade, ao nível nacional. Simango aponta como exemplo a acumulação de cargos na figura do PR, e diz que os pares dos magistrados iriam propor entre si ao chefe de Estado, e em função destas propostas na mesa, se desenhar, ou passaria por uma indicação directa entre os magistrados. Relativamente ao cargo de reitor, segundo ele, a experiência das universidades públicas nalgum momento se confundem com interesses partidários, não obstante a educação ser um factor-chave e, considerando este aspecto, deve-se desassociar das amarras políticas e partidárias. “Era preciso formar pessoas livres das amarras partidá- rias, que as pessoas tenham consciência própria para o bem de todos nós. Por outro lado, as empresas públicas continuam a ser saco azul, então, é preciso desatar estas empresas da influência partidária e de sacos azuis, e isso iria permitir que as empresas servissem o interesse nacional e de acordo com a sua constituição como empresas públicas. Queríamos autarquias isoladamente e não nos moldes em que hoje estão, mas que houvesse mais autarquias e não eleição dos administradores. Por outro lado, que houvesse a liberdade administrativa dos órgãos de Justiça, e por detrás disso, que o STAE passasse para a CNE, e isso não aconteceu, mas sabemos que tem criado transtornos elevadíssimos. Portanto, era preciso que a CNE tivesse poderes executivos para gerir o processo com todo o punho necessário”. De acordo com Daviz Simango, a aprovação pela sua bancada parlamentar da emenda constitucional foi uma atitude consciente de que era o caminho ideal para a paz, tendo em conta o interesse de todos, no entanto, aprecia o facto de haver ganho uma parte, apesar de alguns aspectos importantes que foram ignorados. Entretanto, avança que o tempo dirá qual é o melhor modelo a ser discutido. Por outro lado, diz que é preciso ponderar o facto de que os moçambicanos serão obrigados a apertar o cinto com o novo modelo, em função de muitos órgãos eleitos a funcionar, o que acarreta custos ao país, no entanto, diz que se este é o caminho que se pretende significa que a paz não tem preço. “Gostaria que este fosse o caminho de uma paz definitiva e irreversível, em que cada um de nós olhasse para a reconciliação como um factor de desenvolvimento e de integração e inclusão, mas a verdade é uma: nós como MDM entendemos apresentar uma proposta que achávamos mais correcta, mas não foi a 100 porcento vencedora, tendo em conta que havia outras propostas na mesa”. “STAE continua à deriva” O político questiona o porquê da não reestruturação dos órgãos eleitorais, pois entende que enquanto o STAE andar à deriva, nos moldes em que funciona sempre haverá eminência de convulsões pós-eleitorais, sobretudo, porque o processo de recenseamento defiLUÍS CUMBE O Era preciso formar pessoas livres das amarras partidárias, que as pessoas tenham consciência própria para o bem de todos nós. Por outro lado, as empresas públicas continuam a ser saco azul, então, é preciso desatar estas empresas da influência partidária e de sacos azuis. Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 | destaques | zambeze | 3 niu muitos aspectos de fragilidade de funcionamento do STAE sem responsabilização. “Portanto, não faz sentido que funcionários do Estado, usando cargos de chefia, obriguem outros cidadãos que são também funcioná- rios do Estado a se recensearem num determinado ponto; por outro lado, o facto do STAE durante este processo de recenseamento ter permitido que pessoas fossem trazidas de todas as áreas não autárquicas para virem recensear, que funcionários entreguem o cartão de eleitor para o chefe controlar, estes actos devem ser punidos”. Este facto contribui para se criar equívocos, diz Simango, ao olhar-se o problema da paz apenas nos actores políticos, sublinhando que na questão da paz também se deve incluir os órgãos eleitorais, questionar-se a contribuição destes órgãos, o controlo destes para uma paz duradoura que se pretende. “Penso que em situações normais e regulares as nossas autoridades de Justiça já deviam ter investigado por que alguém perde o número ou cópia do cartão, a fazer o quê? Isso é intimidação. As leis moçambicanas são claras ao dizer que o acto de votação é voluntário, e a ninguém se pode confiscar o seu cartão”. “Vamos às autarquias como todos os outros partidos” Num outro desenvolvimento, a fonte aponta como desafios do partido a transmissão deste novo modelo, no sentido de que o eleitorado conheça o modelo, como também aponta a necessidade do seu partido continuar a registar a sua marca com a demonstração que tem vindo a fazer. De acordo com Simango, ainda é prematuro divulgar a lista de candidatos, mas adianta que este processo aconteça ao longo das próximas duas semanas, uma vez a Comissão Política aguardar o trabalho do secretariado-geral do Gabinete Central das Eleições que está a identificar membros para a proposta de cabeça de lista, que são três por cada município, e em sede própria irá usar aquilo que são os seus deveres estatuários. “Não podemos por enquanto revelar os candidatos, mas o Conselho Nacional deliberou o perfil dos candidatos a serem membros das Assembleias Municipais, e seguramente que o MDM vai em pé de igualdade com todos os outros partidos políticos parlamentares e não parlamentares, sociedade civil, temos todos nós a mesma oportunidade. Temos andado nas brigadas e vemos que as pessoas têm estado motivadas, e pensamos que desta vez o MDM vai conseguir superar vários desafios do que em momentos anteriores” “Não há enfraquecimento no MDM” Retorquindo sobre os rumores de que o MDM esteja fragilizado politicamente, com futuro incerto, sobretudo pela agitação notória dos seus quadros, Simango diz que é preciso reconhecer que onde o seu partido governa a população experimenta melhorias. Reconhece haver agitação nos seus quadros, mas como um ataque daqueles que tarde ou cedo sempre iriam combater o MDM por ocupar um espaço que incomoda a muitos, pelo facto de ser visto por muitos como esperança. Com efeito, avança que o MDM continua a quebrar a bipolarização, num ambiente de democracia armada, em que os dois partidos (Frelimo e Renamo), recorrendo a armas, definiam as regras de jogo, e de forma solitária e livre das amarras armadas conseguiu impor-se. “Com o fim previsto de uma democracia armada abriu-se espaço para o MDM se impor, mas é preciso ter em conta que o MDM surge em 2009, quando já havia uma fila de partidos que nunca ousaram atingir os patamares que o MDM está a atingir”, afirma. “MDM tem pernas para andar sozinho” Questionado sobre se haveria uma possível coligação partidária, Simango descarta na totalidade essa possibilidade, argumentando que o MDM é um partido consciente de que deve andar com os seus próprios pés, tem que trabalhar para chegar a outros patamares por si só, sob pretexto de que nada vem do céu. O partido tem que saber encontrar na união e princípios do partido a força motriz para poder superar todos os desafios possíveis. Faz notar que o MDM não é de se entreter com coligações para depois ficar adormecido a pensar em boleias, mas admite que com o tempo muito pode acontecer. “O termo coligação é circular e não surge hoje, e vai continuar, mas não é essa a nossa filosofia. Neste processo, até às autarquias, muita coisa pode acontecer pela frente, e é importante que os partidos saibam que o MDM continua com as janelas abertas, mas não vai abdicar dos seus valores e princípios, e muito menos da sua ideologia. Tivemos uma parceria inteligente com a Renamo, em Nampula, e o resultado é aquilo que vimos, porque não se podia esperar outra posição do MDM diferente daquela. Qualquer partido tem a sua estratégia de trabalhar, vamos concorrer em todas as autarquias do país e vamos monitorar todo o processo”. “No MDM não amarramos os pés nem as mãos das pessoas” O político repreendeu com veemência condutas desviantes de alguns políticos que se guiam pelo desejo de querer tirar proveito por vias do partido. Indicou que é preciso compreender que alguns fazem filiação partidária para se juntar a uma ideologia, a princípios e valores, com o objectivo claro de servir ao povo, mas também existem outros que o fazem, conforme apelidou, como “um trampolim à vida”, para além dos que têm por objectivo resolver problemas próprios. “(…) Para os que comungam princípios e disciplina partidária, estamos conscientes que o nosso caminho é usar o MDM para atingir aquilo que são as resoluções dos problemas que o povo precisa, e os problemas que o povo tem não podem ser resolvidos nem com protagonismo nem com demagogia, porque são problemas que dizem respeito a vida das pessoas”. “Libertar os órgãos da Justiça: solução para as dívidas ocultas” No capítulo das dívidas ocultas, a fonte diz que enquanto os órgãos da Justiça não se libertam das amarras políticas e partidárias não se pode esperar resultado diferente do que se tem até esta parte, tendo o povo como vítima dessas consequências. Para a nossa fonte, o país devia ter aproveitado esta altura da crise para apostar muito na agricultura, na indústria de transformação. Como resultado da não responsabilização dos autores das dívidas ocultas há muitas empresas a fechar, porque o Estado havia chamado a si o maior pagador, e hoje, não tendo trabalhado, não sabe nem como oferecer a todos aqueles que dependiam de negócios. Por outro lado, salienta que as PMEs é que estão a somar desvantagens pela situação, obrigando ao encerramento e consequente recrudescimento do desemprego. Aliás, o próprio Estado não tem os seus serviços a funcionar em pleno. “Não há melhorias nos salários na Função Pública, num país como o nosso que pretende formar quadros, não há equipamentos de trabalho, portanto, é preciso libertar os órgãos da Justiça para a saída desta crise, e, como consequência, temos as torneiras do exterior fechadas, sobretudo a interna sem produzir”, concluiu. Z Com o fim previsto de uma democracia armada abriu-se espaço para o MDM se impor, mas é preciso ter em conta que o MDM surge em 2009, quando já havia uma fila de partidos que nunca ousaram atingir os patamares que o MDM está a atingir. 4 | zambeze | destaques | Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 pesar de na semana passada o porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Inácio Dina, ter afirmado que os “terroristas” que há semanas decapitaram dez pessoas no distrito de Macomia, em Cabo Delgado, fazem parte de um grupo fragilizado e desesperado face à actuação das Forças de Defesa e Segurança (FDS), verdade é que no terreno vive-se um ambiente de cortar à faca. porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Inácio Dina, reiterou nesta terça-feira que não é razoável considerar que o grupo que assassinou sete moçambicanos com recurso a catanas, na madrugada desta terça-feira, em Macomia, província de Cabo Delgado, pertence a uma célula terrorista. Situação continua caótica em Cabo Delgado Polícia confirma terror sem terroristas Informações colhidas pela nossa Redacção dão conta que na madrugada da passada terça-feira, na aldeia de Naunde, distrito de Macomia, pessoas que se supõe fazerem parte do grupo radical Al-Shabaab, com forte influência na costa oriental de África (que geograficamente Moçambique faz parte), mataram pelo menos quatro pessoas e incendiaram 30 casas, dois carros chapa-cem, barracas e um posto de saú- de, tendo se apoderado de diversos medicamentos. Entretanto, até ao fecho da presente edição as informações eram contraditórias. Outra informação que nos chegou através de fontes locais indicava para um total de sete mortos e mais de 150 casas incendiadas pelos terroristas islâmicos. De acordo com o porta-voz da Polícia, Inácio Dina, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão a perseguir um grupo devidamente identificado, composto por seis malfeitores, em Macomia. As características “fidedignas” do referido grupo foram descritas pela população, na aldeia de Naude, no posto administrativo de Mucojo, em Macomia. Segundo Dina, estes malfeitores teriam irrompido na aldeia de Naude e tirado a vida de sete concidadãos (do sexo masculino), ferindo outras quatro pessoas e “houve também a queima de algumas residências usando isqueiros (…); devido a situação do vendaval houve propagação do fogo, que acabou se alastrando para 164 residências neste momento. Há indicação de também terem sido destruídas quatro viaturas em circunstâncias que percebemos nós que pode ter sido por FDS apertam o cerco Diferentemente ao que acontecia na zona Centro do país, na guerra com a Renamo, no Norte do país as populações estão a cooperar com as autoridades para “desmontar” as células terroristas. Mas nem sempre foi assim, no princípio dos ataques em Cabo Delgado, em Outubro do ano passado, na zona de Mocímboa da Praia, alguns populares ofereciam refú- gio aos insurgentes em suas casas, e principalmente nas mesquitas locais, o que levou o Governo a encerrar cerca de dez mesquitas naquela região do país, no entanto, mais tarde voltaram a ser reabertas. Na semana passada, as abordagens policiais resultaram na morte de pelo menos oito suspeitos de fazer parte via de propagação do fogo”, explicou Inácio Dina. Conforme esclareceu ainda Inácio Dina, o referido grupo foi descrito pelos populares nativos com alguma precisão e, nesta senda, apurou-se que são cidadãos moçambicanos, com naturalidade na zona de Macomia. Sobre o modus operandi do grupo, Dina acrescentou que “esses malfeitores usaram armas brancas, estamos a falar de catanas, e desferiram golpes a esses concidadãos que por via dos golpes acabaram não resistindo e perderam a vida. Constatamos que este grupo pode fazer parte do grupo que está a ser perseguido desde a ocorrência do dia 27, o mesmo grupo que tirou a vida de outros 10 concidadãos, e neste processo de perseguição percebemos que pode ter havido deslocação”. “Não são terroristas são malfeitores” Para Inácio Dina, não é razoável para a Polícia e para a sociedade, no geral, rotular este grupo que massacrou em Macomia com grupos ligados ao terrorismo, como Al- Shabaab e Estado Islâmico, supostamente a operar no país, de acordo com alguma imprensa. do grupo que decapitou 10 pessoas em Macomia. Os supostos agressores terão sido abatidos na sexta-feira, depois de mais uma pessoa ter sido decapitada, na quinta-feira, na povoação de Muti, no mesmo distrito. Os agressores estariam junto a um rio quando foram descobertos e abatidos, sendo que já noutras ocasiões terão sido detectados junto a cursos de água. Há semanas foi divulgado um estudo baseado em 125 entrevistas em Cabo Delgado, que concluiu que a desestabilização é feita por células dispersas que usam o radicalismo islâmico para atrair seguidores, aos quais pagam rendimentos acima da mé- dia, financiados por rotas de comércio ilegal de madeira, rubis, carvão e marfim daquela região para o estrangeiro. Estes grupos incluem membros de movimentos radicais que têm sido perseguidos a norte pelas autoridades do Quénia e Tanzania, refere o mesmo estudo, segundo o qual alguns elementos terão sido treinados por milícias da região dos Grandes Lagos que, por sua vez, também têm ligações ao grupo terrorista al-Shabaab, na Somália. Z Segundo Dina, há até alguns estudos científicos que desmentem essa teoria, tendo explicado que a questão da nomenclatura que se pretende dar a este grupo, e se “retornarmos a dar nomes a este grupo, poderemos dar nomes que eles mesmo não assumem que pertencem. O que reafirmamos é que se trata de malfeitores, são criminosos que estão a cometer homicídios, ofensas corporais, danos, fogo posto e vários outros crimes que configuram no Código Penal. Algumas pessoas que foram detidas em conexão com os ataques em Cabo Delgado, cerca de 100 e tal que estão detidos, que foram interrogados, há 300 e tal processos e vários outros remetidos aos tribunais com indivíduos devidamente identificados, eles próprios disseram que eram e de onde vinham, e procurar dar nomes a esses malfeitores não seria razoável neste momento”, apelou Inácio Dina. Z DÁVIO DAVID A O Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 | Destaque | zambeze | 5 eus todo-poderoso, tende piedade da Renamo. O partido está a enfrentar um momento penoso, tendo em conta as últimas decisões partidárias. O culto de personalidade invade os corações dos militantes da Perdiz, sobretudo a ala militar, que insiste em não querer pôr gravata. As coisas certamente vão pender para o torto nos próximos dias. Ossufo Momade, o General, traiu tudo e a todos no que toca ao posicionamento geográfico da Renamo. Culpa dos militares, e subserviência a interesses obscuros. cadémicos e ambientalistas defendem que a sociedade civil moçambicana deve impor mudanças na exploração dos recursos minerais, como o gás natural na bacia do Rovuma. Para alguns investigadores nacionais, a gestão da exploração do gás natural vai beneficiar somente ao clientelismo entre o Governo e as multinacionais. Quem põe o guiso na ave? Sociedade civil deve impor mudanças É politicamente feio voltar a rosnar que na cidade não há segurança. Ossufo Momade, coagido e enclausurado pelos colegas, faz perceber em entrelinhas que a ameaça de terror paira no ar, ao insinuar que não podia negligenciar a sua própria segurança. Ponto final. A verdade é que a Comissão Política da Renamo decidiu, no passado domingo, que o Coordenador da A Justiça Ambiental (JA), que organizou semana passada a terceira conferência internacional sobre Justiça Climática, denominada “Semeando Justiça Climática”, alega que está a trabalhar para demonstrar que o plano do Governo de exploração do jazigo de gás offshore na província de Cabo Delgado não é de todo viável, bem como a apoiar as comunidades que serão afectadas por esta iminente extracção de gás offshore. Mas isto não é apenas sobre energia suja, para a JA, há muitos anos que as comunidades também enfrentam ameaças de usurpação de terras, falsas soluções, compensação de biodiversidade, entre outros. Para os ambientalistas da JA, Moçambique não tem nenhuma responsabilidade histórica com as mudanças climáticas e nada fez para alterar essa crise, “mas já enfrentamos impactos climáticos, com a promessa de mais destruição por vir”. Dados divulgados pelos ambientalistas revelam que no país ainda prevalece tamComissão Política Nacional, Ossufo Momade, vai fixar a sua residência na serra da Gorongosa, com efeitos imediatos. Segundo o deputado Alfredo Mangunisse, falando em conferência de imprensa a partir da região de Santungira, a Renamo esteve reunida na serra da Gorongosa, na sua 5ª Sessão Extraordinária, alargada ao “estado-maior general” e outros quadros. bém a pobreza energética, onde mais de 70% da população de Moçambique não tem acesso a electricidade. Para o economista João Mosca, o nosso país é muito “O nosso entendimento foi de que ao fixar residência em Gorongosa, isso vai permitir uma melhor generoso em conceder isenções fiscais para as multinacionais que vêm explorar os mega projectos. Para Mosca, o mesmo vai acontecer com a exploração coordenação das actividades do partido”, disse o deputado Mangunisse. A fonte acrescenta em do gás na bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, alegadamente porque a pobreza é um dos principais factores para a produção de lucros das multinacionais. conferência de imprensa que a Renamo tudo está a fazer para que o partido possa participar Impor mudança de regime Como solução, João Mosca defende que não se pode deixar o futuro da exploração do gás natural ou outros mega projectos sob gestão do Governo moçambicano e das multinacionais, porque deve haver “mudança de regime, e a sociedade civil deve impor essa mudança. A sociedade civil deve formar cidadania, seja ela individual ou colectiva”. nas próximas eleições autárquicas, não tendo avançado nenhum plano a propósito. Z A jornalista e investigadora do Centro de Integridade Pública (CIP), Fátima Mimbire, disse que o modelo de exploração do gás nacional somente está para alimentar o clientelismo e teias de corrupção envolvendo as próprias multinacionais. À luz dos contratos, Mimbire acusa que o Estado moçambicano chega a alocar somente 8 mil dólares às comunidades em benefício da exploração de recursos minerais existentes nas comunidades. Para Mimbire, ainda não se sabe qual o critério usado pelo Governo moçambicano para escolher as comunidades que vão beneficiar da exploração dos recursos minerais. Paralelamente, Mimbire defende que é necessário que o Governo estude a restauração ambiental pós-operação, para que o nosso país não fique somente com os buracos enquanto as multinacionais ficam só com o lucro. Refira-se que, de acordo com declarações recentes do Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), Omar Mithá, somente 2% do gás explorado na bacia do Rovuma é que vão ficar no país. Z DÁVIO DAVID D A Exploração do gás na bacia do Rovuma 6 | zambeze | OPInIÃO | Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 Laranjas de Inhambane já estão a inundar capital moçambicana… sexta-feira de manhã! Para a capital moçambicana, Maputo, esta bela “Cidade das Acácias Vermelhas” a temperatura foi para além dos 34 graus Célsius no período do chamado Inverno. Esta é a dura realidade, num dia que os petizes programaram as suas festas ao ar livre, essas crianças que Samora Machel disse e fi cou uma máxima: “As crianças são o Sol que nunca desce!” As crianças brincaram a valer em toda esta bela “Pátria Amada”, ora pulando, ora passeando, ora brincando aos balões. Todavia, se por um lado há crianças que estando nas zonas urbanas neste grande Moçambique, festejando à grande e à francesa, por outro há aquelas que não experimentam o sabor do bolo, porque as condições da sociedade que lhes rodeiam não podiam ir além de uma simples e única refeição (se houvesse). Esta é a verdadeira face dos factos – e “contra factos não há argumentos” – porque o país que saiu de uma “interminável guerra” está a erguer-se à velocidade das águas do Zambeze, empurrados pelo acumular das águas na Albufeira da Barragem da Cahora Bassa, correndo estonteante e “orgulhosamente” para o Oceano Índico. É sexta-feira (1.6.2018)! Fomos ao Alto-Maé que não nos cansamos de afi rmar para o despertar da consciência da nossa juventude – que lhes ensinam – “que a FRELIMO em mais de 40 anos não fez nada!...” Isso no facebookando, no whatshaapando, e mesmo na Universidade Eduardo Mondlane, por aqueles professores (alguns de meia-tigela) que dizem que não têm partido, mas “ensinam os nossos fi lhos” a não respeitar e amar este belo Moçambique, fruto da libertação de todos os melhores fi lhos que sacrifi caram as suas vidas para que os “pretos” que tinham antes de “25 de Abril de 1974” as suas melhores “cidades”, os Chamanculos, os Chinhambanines, as Mafalalas, as Inhagóias, etc., estão agora fruto dessa “Independência”, dessa FRELIMO (que até ensinam que tem de ser em minúscula Frelimo, porque esta é outro “partido”), a ocupar as Polanas, as Sommershilds, as Coops, etc. Vejam como são as coisas: “mudam-se as coisas e mudam-se as vontades!” Fomos ao Alto-Maé e recordamos sempre que ali viviam os brancos de 3ª classe, normalmente nascidos em Moçambique, porque a outra parte da Polana, da Sommershild viviam brancos de 1ª, reservando-se aos “pretos” irem trabalhar como muleques, pois os “pretos” só iam trabalhar e no fi m do dia regressavam para as suas “zonas”, para os chamados bairros “economicamente débeis”, como escrevíamos para a “Voz Africana” ou “Diário de Moçambique” lá nos anos sessenta, com os saudosos Abel Faife, Cipriano Caldeira (já que o agora Professor Doutor Mota Lopes estava especializado em matéria internacional), aí na Delegação do “Diário de Moçambique”, essa delegação que é uma autêntica “Escola de Jornalismo”, a avaliar pelos tantos quadros que “vendeu” para outros órgãos, ministérios e outras instituições depois da sua passagem por lá. Mas deixemos o Dia da Criança, pois já apelamos para os pais e encarregados de educação continuarem a oferecer os livros infanto-juvenis no “Dia da Criança”, e não só. Ponham as crianças a ler desde pequeno e criarem o hábito eternamente. É de pequenino que se torce o pepino! Vamos a maka de hoje: Laranjas de Inhambane já estão a inundar a capital moçambicana… Isso mesmo: ao regressar do Alto-Maé para a nossa Polana-Cimento – não sei quando é que o mayor da capital, Dr. David Simango, nesta guerra de “corrida” do fim de mandato, que alterou as escolas de “Unidades”, dando nomes, deixando de confundir a nossa cabeça, com esta de “Unidade 18” (a única que fi xá- vamos por estar próximo da sograria), perguntando sempre ao então Director de Educação e Cultura da Cidade de Maputo, Dr. Samuel Mudumela, agora na chefia da Bancada da FRELIMO na Assembleia Municipal, quando se referiam a esta mania de “Unidades”, durante as reuniões – não propõe que a outra “Polana” não se chame pejorativamente de “Polana-Caniço”, porque lá actualmente não há caniço nenhum. De Polana-Caniço só fi cou o nome… Chegado a nossa Polana, deparamos que defronte da Escola Secundária Josina Machel uma mãe com a sua fi lha estavam a vender saborosíssimas laranjas! - Minha senhora, não é laranja da terra do cunhado?! -“Não, estas vêm de Quissico, província de Inhambane!..” -São saborosíssimas! Como as “famosas tangerinas de Inhambane” que o poeta-mor José Craveirinha cantava nos seus belos versos, nos seus lindos poemas! -“Leve e não se vai arrepender!” – dizia-nos. Levamos e não nos arrependemos, pois de tanto consumir as laranjas da “terra do cunhado” que crescem à velocidade da luz (com adubos) para rentabilizar, mas sem sabor, e além disso as melhores vão para exportação, deixando as rejeitadas, para “nós moçambicanos” – salvo outras excepções… A capital moçambicana: Zimpeto, Xipamanine, Xikeleni, Nhlamankulu e outros bairros estão sendo inundados com laranjas de Inhambane. Ponham as nossas crianças a consumir fruta, para aliviarem a dor de cabeça da ministra da Saúde, Dra. Nazira Abdula, com o “milando” da desnutrição crónica. Z MA P U T A D A S Francisco Rodolfo Mas deixemos o Dia da Criança, pois já apelamos para os pais e encarregados de educação continuarem a oferecer os livros infanto-juvenis no “Dia da Criança”, e não só. Ponham as crianças a ler desde pequeno e criarem o hábito eternamente. É de pequenino que se torce o pepino! É • Lembrar a nossa juventude que os pretos, antes da Independência, só iam a Polana e Sommershild para trabalhar e às 18 horas só podiam “permanecer” com passe, os restantes regressavam aos “bairros economicamente débeis” • Ofereçam livros às crianças por favor! FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA Z E FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA AMBEZ ONDE A NAÇÃO SE REENCONTRA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA FICHA TÉCNICA Grafismo: NOVOmedia, SARL Fotografia: José Matlhombe Revisão: Cipriano Siquela Expansão: Adélio Machaieie (Chefe), Cell: 82-578 0802 (PBX) 82-307 3450 Publicidade: Esmeralda do Amaral Cell: 82-457 6070 | 84-269 8181 | 82-307 3450 (PBX) esmelifania2002@yahoo.com.br Impressão: SGraphics, Lda - Matola – Moçambique Editor: Egídio Plácido Cell: 82 592 4246 ou 84 771 0584 (E-mail. egidioplacidocossa@gmail.com) Redacção: Constantino Novela e Luís Cumbe Colunistas: Sheikh Aminuddin Mohamad, Cassamo Lalá, Francisco Rodolfo e Samuel Matusse Director: Ângelo Munguambe Cell: 84 562 3544 (E-mail: munguambe2 @hotmail.com Registado sob o nº 016/GABINFO-DE/2002 Propriedade da NOVOmedia, SARL Gestora Administrativa Esmeralda do Amaral, Cell: 82-457 6070 | 84-269 8181 esmelifania2002@gmail.com D i r e c ç ã o , R e d a c ç ã o M a q u e t i z a ç ã o e A d m i n i s t r a ç ã o : Av. 25 de Setembro, N. 1676, 1o Andar, Portas 5 e 6 Cell: 82-307 3450 (PBX) zambeze.novomedia@hotmail.com Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 | OPInIÃO | zambeze | 7 s aves, tal como os anjos, têm o grave defeito de voar quando as queremos apanhar. A perdiz, símbolo da Renamo, é uma ave bem conhecida no panorama político nacional pelas suas diatribes na arte do voo. Ora em diagonal ora em flecha, a perdiz confunde muitas vezes o espaço na natureza. Nunca se sabe exactamente para onde se dirige esta astuta ave quando levanta voo. Voos acrobáticos, sabáticos, capazes de admirar o próprio diabo. Em política está a acontecer este macabro fenómeno, levando os moçambicanos a conjecturar muitas facetas sobre a real pretensão do partido Renamo. A Renamo, quando meio mundo julgava que depois da morte de Afonso Dhlakama, por razões por demais conhecidas, iria esvoaçar rumo à capital do país, espaço politicamente aprazível no sentido de que congrega embaixadas, reside o seu maior adversário e paralelamente parceiro nas negociações, eis que em sessão extraordinária da Comissão Política Nacional, o bípede escala as montanhas altas de Gorongosa para fixar ninho e encubar ovos (podres dirão uns), e a partir deste monte enfrentar os desafios que a natureza política dita. Semanas atrás dissemos em artigo de fundo que a obra de bico da Renamo seria conseguir agregar as duas alas e se converter em partido sincronizado, direccionado e sobretudo altruista, na perspectiva de aguentar os novos embates, e sobretudo fazer valer a vontade do seu líder na reconquista da paz, afinal, a melhor homenagem que um dia se poderia fazer. Pelos vistos, nada disto parece ser o que se vai seguir. A Renamo vai continuar dividida entre aves de capoeira e aves de mato, ou seja, a ala civil e ala militar cada qual puxando o farelo a seu lado. Uns vão recebendo mordomias na capital do país, e outros nas matas vão fazendo das suas. E por aqui fica a interrogação. Quem tem força na (nova) Renamo? A Renamo perde, se assim quisermos assumir, com este seu novo protagonismo pós-Dhlakama, a grande oportunidade de se transformar num verdadeiro partido político, isto é, num partido que tem um perfil político claro, uma estratégia que define as linhas políticas na base das quais ela vai lutar politicamente pelos seus objectivos, ao mesmo tempo que contribui com a sua presença para a consolidação da democracia em Moçambique. Cogitávamos deste lado que a Renamo devia usar da sua autoridade militar para ajudar na transformação da Renamo em partido político e não repetir o que fez durante a maior parte da sua vida, usando a opção militar para tirar dividendos. De tantos voos que a perdiz realizou, de tantos ataques a que sobreviveu e escapou, esta ave política já devia saber que um partido político nada mais é senão uma associação de pessoas vinculadas por ideias e crenças comuns, em torno de um programa, com a finalidade de obter o poder mediante o sufrágio, para que o dito programa seja executado no governo. Um partido é um grupo social de relevante amplitude destinado a arregimentação colectiva, em torno de ideias e de interesses, para levar seus membros a compartilharem do poder decisório nas instâncias governamentais. Em outras palavras, o partido político é uma pessoa jurídica composta por um grupo de pessoas ligadas pelo anseio comum de aceder ao poder. Mas assim desta maneira não é fácil pensar e fazer política. Seria importante que na Renamo fosse aberto um grande debate sobre o seu partido na perspectiva de definir o que permanece constante e o que foi esquecido para procurar descobrir o que o partido pretende ser no futuro, e qual o seu papel na nação. A ave não pode ficar a viver dos tempos de glória. Há por aí tanta ave de mau agoiro. Politicamente elaborando, pois claro! Z É difícil fazer política com aves de mau agoiro! A África orgulhosa por Mamoudou Gassama a semana passada, o mundo inteiro ficou petrificado com as imagens que mostram o africano Mamoudou Gassama a “voar” do chão até a uma varanda do 4º andar para resgatar um petiz de 4 anos ali “pendurado”, depois de ter quedado do andar imediatamente superior! Este petiz corria o risco de se estatelar no chão e perder a vida! Muitos transeuntes olhavam para o puto estupefactos, impotentes para o salvar! Mamoudou, passando por ali com a sua namorada e vendo o puto às portas da morte, não se conteve e imbuído pelos valores morais africanos, segundo os quais para a preservação da vida humana vale tudo, num ápice fez “ziiim”, e mesmo pondo em risco a sua própria vida “voou” do chão até escalar a varanda do 4º andar, onde estava pendurado o puto a chorar, e o salvou da morte certa! As imagens de Mamoudou a “voar” como aranha comoveram o Presidente francês, Emmanuel Macron, que em reconhecimento do seu feito heróico de imediato chamou o jovem maliano, de 22 anos, e descobriu que afinal era um autêntico “xikokamoya” (indocumentado e desempregado)! Atribuiu-lhe a nacionalidade francesa, o título de herói e emprego na corporação dos bombeiros. Obrigado Macron! Noutras latitudes, a audácia de Mamoudou não teria nem arrefecido nem aquecido os governantes... Limitar-se-iam a encolher os ombros, como quem diz arriscou-se porque quis... Nós africanos só podemos nos orgulhar de Mamoudou, porquanto África amiúde tem sido notícia pelos piores motivos! O nome do nosso continente amiúde aparece associado ao tráfico de drogas, às endemias, calamidades, guerra, etc., o que leva o mundo a pensar que só somos personagens do mal, mas hoje Mamoudou desmentiu isso! Mas porquê o puto correu aquele risco? O pai, depois de detido pela Polícia para interrogatório, disse que o deixou sozinho em casa, num 5º andar, para ir às compras no mercado próximo, mas depois demorou-se porque ficou a jogar “poke mongo”! Este homem envergonhou os machos de todo mundo, pois da sua atitude erradamente pode-se depreender que os homens não têm atenção com as crianças! Até aqui, as autoridades judiciais e outras, quando dirimem casos de separação, geralmente atribuem a guarda dos menores às mulheres, mesmo nos casos em que um homem alega que determinada mulher não tem condições morais, mas como as autoridades julgam o homem pouco dotado para o exercício do poder parental acabam dando voto de confiança a ela! Com a atitude deste francês que deixou sozinho um menor para ir jogar “ntxuva”, os julgadores já terão muito mais motivos para negar a guarda dos putos até a todos nós outros machos que temos muita atenção com eles! Francês do raio, irresponsável! Em nome dos Direitos Humanos e da criança, a Polícia devia lhe dar dois tabefes... Mais uma vez, obrigado Macron! Noutras latitudes, o altruísmo de Mamoudou teria passado despercebido aos governantes! Que o diga a locutora Joana Mariana Belém que heroicamente enfrentou os colonos aventureiros que a 7 de Setembro de 1974 assaltaram a Rádio Clube de Moçambique (actual sede da RM). Tais colonos não reconheciam os Acordos de Lusaka, assinados entre Portugal e a Frelimo para a Independência de Moçambique, e em consequência disso promoveram escaramuças em Lourenço Marques, que incluíram o assalto à Rádio Clube de Moçambique. Na altura, Joana estava de serviço e à força os aventureiros queriam a sua colaboração na tradução e apresentação de um anúncio em changana, mas Joana Mariana, pondo em risco a sua vida, fintou os aventureiros, não traduziu e nem leu o que eles pretendiam, porque era contrário aos desígnios da nossa Independência! Achamos que esta mulher é merecedora duma distinção... Não? Z • Pai do petiz envergonhou os machos de todo mundo, pois da sua atitude erradamente pode-se depreender que os homens não têm atenção com as crianças! TINFANELO TAVUMHUNU (Direitos Humanos) (Samuel Matusse) N Editorial 8 | zambeze Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 ALMADINA Sheikh Aminuddin Mohamad | OPInIÃO | O Ramadhaan e os 313 de Al-Badr Ramadhaan é um mês abençoado que encerra dentro de si não apenas a importância religiosa que lhe é peculiar por ter sido neste mês que foram instituídos o Jejum obrigatório e o Zakaat, dois dos pilares do Isslam, mas também porque foi no mês de Ramadhaan que ocorreram muitos dos eventos importantes na História do Isslam. De entre estes eventos, a Batalha de Al-Badr e a conquista de Makkah, são sem dúvidas os que marcaram indelevelmente a História do Isslam. Este ano o Ramadhaan vai já na segunda quinzena, e infeliz daquele que não conseguir recarregar as suas “baterias”, reforçando a sua fé à luz dos princípios que 313 (trezentos e treze) homens valorosos, fiéis ao Isslam, defenderam com o seu corpo há cerca de 1.400 anos na decisiva Batalha de Al-Badr. Para os detractores do Isslam que argumentam que este se expandiu à força da espada, é importante que saibam que o Profeta Muhammad (S.A.W.) após receber a profecia em Makkah, passou cerca de 13 anos tentando em vão chamar os qoraishitas (a tribo que governava a cidade de Makkah) a abraçarem o Isslam. Estes não só rejeitaram este apelo como combateram Muhammad e seus seguidores, ostracizando-os a tal ponto que tinham que rezar às escondidas. Quando tiveram que deixar a cidade de Makkah, emigrando para Madina, fi zeram-no às escondidas. E mesmo depois de terem abandonado Makkah foram perseguidos, estendendo-se a perseguição àqueles que os acolheram e lhes deram abrigo – os An’sar. Estes foram ameaçados de invasão e extermínio caso não escorraçassem de Madina este pequeno grupo de crentes. É na esteira desta campanha de perseguições que este pequeno grupo de 313 homens famintos, descalços e debaixo de um sol tórrido, mal equipados, dispondo de apenas 70 camelos, 2 cavalos e muito pouco armamento, saiu ao encontro dos qoraishitas cujo número era superior a 1.000 (mil) homens bem equipados, interceptando-os a cerca de 150 quilómetros de Madina num local denominado Al-Badr onde se travou a grande batalha a 17 de Ramadan do ano II de Hijra, correspondente a 14 de Janeiro de 624 DC. O grupo comandado pelo Profeta tinha consciência da sua inferioridade, tanto em termos numéricos como em montadas e equipamento bélico. Mas o desfecho do confronto estava superiormente traçado por Deus. Ou se enfrentava o inimigo ou o futuro do Isslam estaria ameaçado. Foi nestes momentos dramáticos que o Profeta (S.A.W.) proferiu a sua mais enérgica prece: “Ó meu Senhor! Socorrei-nos! Se permitirdes que este pequeno livremente, preservamos e manifestamos livremente a nossa cultura isslâmica, sem dúvidas que tal se fi ca a dever ao sangue desses gloriosos 313 crentes, a quem devemos estar profundamente gratos por tão grande e valioso legado. É nosso dever preservar este magnífi co tesouro à luz dos ensinamentos do AlQur´án e do Hadith, transmitindo-o na sua forma mais pura às gerações vindouras. Impõe-se-nos que pelo menos durante este abençoado mês nos devotemos mais nas nossas orações, recitemos o Al-Qur´án ou escutemos diariamente à sua recitação. Impõe-se que rectifi quemos todos os nossos hábitos rotineiros, pois de outra forma o Ramadhaan não terá outro signifi cado se a sua mensagem e reforma não for assumida no comportamento do indivíduo e da sociedade. De entre as lições do mês de Ramadhaan consta a irmandade e a fraternidade, pois jamais conseguiremos desenvolver significativamente o nosso papel na luta por um Mundo justo, enquanto as brechas entre nós não forem reparadas. As nossas diferenças não podem ser motivo da nossa separação. Devemos saber respeitar e compreender as diferenças de opinião, pois de contrário continuaremos a despender energias em coisas fúteis, em detrimento da edifi cação da união entre o Ummah do Profeta (S.A.W.). Inspiremo-nos no exemplo dos Muhajjerin e dos An´sar que há 1.400 anos juntaram esforços e edifi caram à luz dos ensinamentos do Alqur´án o verdadeiro Isslam. Aos irmãos muçulmanos, recordo que deverão pagar o Sadaqatul-Fitr antes do Eid-Ul-Fitr. O pagamento pode ser em cereais à razão de 2,612 Kgs por elemento do agregado familiar do pagante, ou o equivalente em dinheiro (MT. 85,00). Continuação de um Ramadhaan proveitoso. Z O O grupo que me acompanha seja aniquilado, não restará ninguém para Te adorar até ao Dia da Ressurreição, pois a iniquidade apossou-se dos habitantes da Terra”. A primeira vista, transparece desta prece um certo ar de repto por parte do Profeta, mas não, pelo contrário. Ela espelhava a grande preocupação que lhe ia na alma, a preocupação de uma missão superiormente incumbida por Deus no sentido de restabelecer a doutrina de Noé, de Abraão, de Moisés e de Jesus, ameaçada pelos iníquos. Mas Deus traçara já o desenlace através do Vers. 45, Cap. 54 do Al-Qur’án “Em breve, esse exército será derrotado e fugirá”. E foi assim que o exército invasor que marchava rumo a Madina foi copiosamente derrotado, abrindo caminho à prevalência do Isslam até aos dias de hoje. Portanto, se hoje nos intitulamos muçulmanos, mantemos acesa a chama do Isslam, jejuamos e oramos Comportamentos desviantes dos usuários da via pública s comportamentos desviantes dos usuários da via pública, principalmente dos condutores, podem ser explicados sob vá- rios prismas. Normalmente, têm a ver, entre outros, com 3 aspetos: Factores internos, isto é, com o perfi l de cada um. Temor (ou não) pelo tipo de fi scalização policial que espera encontrar. Medo (ou não) pela morte. A possibilidade de morrer ou de poder matar alguém, devia ser o principal factor de dissuasão para as pessoas, até muito antes de se temer a fi scalização ou as sanções, mas tudo faz parecer que a morte é um factor que tem uma reduzida importância ou infl uência no comportamento do condutor moçambicano. Sobre estes três factores que acabamos de indicar, incide ou tem influência a educação e formação geral das pessoas, bem como o tipo de legislação a que se está sujeito. No que se refere à educação e formação geral dos cidadãos, parece-nos que os Ministérios da Educação, da Justiça e a sociedade civil, entre outros, têm de unir esforços para procurar meios e formas de resgatar nas pessoas o sentido de praticar o bem em detrimento do mal, o sentido de respeito pelos direitos não deve apenas limitar-se a penalizar o condutor que comete transgressões ou crimes na via pública, mas também aproveitar as situações em que se prevarica para tomar medidas de segurança que sejam educativas e preventivas. Um outro aspecto importante tem a ver com a fiscalização praticada nas nossas estradas. Por exemplo, já nos perguntamos o que é que leva o condutor moçambicano a ser educado e responsável quando se encontra nos países vizinhos e adopta uma postura contrária no nosso? É o tipo de fi scalização que sabe que vai encontrar fora do seu país, onde muitas vezes, apesar de a presença da polícia poder ser pouco visível nas vias públicas, fi ca-se com a sensação de que continuamos a ser vigiados, uma vez que usam outras técnicas e meios de fi scalização que substituem a presença da polícia na estrada. Então, se este é um factor determinante para criar boa conduta nos automobilistas moçambicanos, temos de concentrar esforços para encontrar formas de adoptarmos também esses outros meios de fi scalização. Por outro lado, é imperioso recuperarmos o papel que a nossa polícia já teve no passado, em que era temida, era respeitada e era educadora, ou seja, era o exemplo da prática do bem e da justiça, que nos servia de exemplo e que até inspirava os cidadãos a escolher esta profi ssão pela sua dignidade. Se não nos debruçarmos sobre estes factores referidos no tema que desta vez decidimos abordar, na busca de soluções para melhorar o nosso ambiente rodoviário, estamos sujeitos a nunca encontrar o rumo que nos poderá conduzir para uma sociedade melhor, com a segurança e com a paz que todos almejamos nas nossas estradas. Por: Cassamo Lalá – DIRECTOR DAS ESCOLAS DE CONDUÇÃO INTERNACIONAL E AVANÇADA Z SOBRE O AMBIENTE RODOVIÁRIO Cassamo Lalá* dos outros e a consideração pela vida e dignidade das pessoas. Neste aspecto, nós, os moçambicanos, estamos precisando de recuperar valores perdidos dos quais já fomos exemplares. Quanto à legislação, torna-se necessário que ela não deixe uma margem que incentive a prática de comportamentos contrários às regras de boa conduta e encaminhe as pessoas para a interiorização do espírito positivo com que as normas rodoviárias foram criadas. Temos artigos no Código da Estrada que é necessário corrigir por deixarem campo aberto para que os condutores tenham comportamentos desviantes. Por outro lado, a nossa legislação Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 | comercial | zambeze | 9 10 | zambeze | comercial| Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 | comercial | zambeze | 11 12 | zambeze | comercial | Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 | comercial | zambeze | 13 14 | zambeze | comercial | Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 | comercial | zambeze | 15 16 | zambeze | comercial | Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 | OPInIÃO | zambeze | 17 eLÍsIO MaCaMO Reféns de si próprios i n f o r m a ç ã o que dá conta da decisão do novo líder da Renamo de ir viver em cativeiro voluntário usa dois termos curiosos. Um é “o governo do dia” e o outro é “estado-maior general do partido”. O primeiro reflecte a ambivalência da Renamo em relação ao Estado moçambicano. Não sabe se o reconhece, ou não, mas ao mesmo tempo sabe que sem esse reconhecimento não vai poder alcançar os seus desígnios que cada vez mais se revelam ser de natureza essencialmente material. “Governo do dia” parece mais tragável do que “governo”. Já o “estado-maior general” é um termo pomposo que nutre a ilusão em que a Renamo quer viver, e nisso consegue enganar muita gente ressentida em relação a quem governa, de ser uma espécie de estado paralelo com uma força militar avassaladora. A decisão tem, ao que parece, muito a ver com o facto de a opção militar ser o trunfo da Renamo nos processos políticos do país. Mas não é só isso. Na verdade, há dois reféns neste assunto todo: o novo líder da Renamo e o chefe de Estado. Ambos são reféns duma narrativa problemática sobre a questão política que o país enfrenta e tem de resolver. Da mesma forma que para a paz de 1992 foi preciso reformular a bandidagem da Renamo como “luta pela democracia”, algo que felizmente o malogrado líder aceitou, hoje reformulouse o desrespeito pela Constituição na sequência dos resultados eleitorais como “descentralização”, o que voltou a dar ao malogrado mais um título, nomeadamente o de “pai da descentralização”. Para esta narrativa vingar é preciso adicionar certos ingredientes. Um deles é a ideia de que a força militar da Renamo obrigou o governo a vergar, ideia que muita gente gosta de manter na cabeça. O outro ingrediente, desesperadamente propalado pelos militantes da Frelimo em marchas de saudação, é de que o compromisso do chefe de Estado com a paz está acima de tudo e em seu prol ele está disposto mesmo a engolir sapos. Dum lado temos o grande chefe militar e do outro um líder modesto e dialogante. O problema de narrativas de conveniência é de assumirem vidas próprias com o risco de afastar os seus fazedores cada vez mais do problema que eles querem realmente resolver. Essas narrativas viram um fim em si próprias. Assim, a Renamo acredita tanto na ideia da força militar que obrigou o governo a vergar que o chocalhar constante do latão das espadas se torna na sua verdadeira razão de ser. Isso, por sua vez, reforça as convicções daqueles que acreditam na obtenção de vantagens com base nesse chocalhar e o novo líder não tem outro remédio senão ir fazendo esse jogo. Ou por outra, ele virou refém dum “bluff ” que o vai impedir de fazer aquilo que a Renamo precisa de fazer urgentemente: revitalizar-se como partido político na cidade e no campo, mas não no mato. O malogrado deixou o partido órfão, o seu sucessor está a ser obrigado por uma história mal contada a continuar a recusar a paternidade. E um parênteses dum leigo militar: não é verdade que a Renamo é uma força militar formidável. Este é um dos maiores equívocos da nossa terra. Ela tem uma capacidade destrutiva muito grande, sobretudo quando os seus líderes não têm nenhum escrú- pulo em usar a violência contra o Estado e contra a população. Mocímboa da Praia relativiza bastante a força militar da Renamo. Qualquer grupinho com armas é capaz de desestabilizar o nosso país. Nisso não somos excepção. Vários países da Europa democrática (Alemanha, Espanha, Reino Unido, França e Itália) conviveram durante décadas com violência armada, apesar de todo o seu poderio militar. As pessoas não gostam de ouvir isto, mas a estratégia adoptada durante o último mandato de Guebuza de simplesmente asfixiar a Renamo militarmente estava a resultar e obrigou o malogrado líder a negociar a sério. Se ele depois voltou às matas foi mais por causa da sua notória falta de palavra. A aparente mudança de estratégia militar e a política de acomodação da Renamo como forma de resolver problemas políticos nacionais contribuíram, subsequentemente, para alimentar o instinto autodestructivo da Renamo. Acrescente-se a isto um factor externo curioso, nomeadamente a fascinação digna de Próspero que muito diplomata europeu nutre pelo sonho de um dia vir a contar que conseguiu ser confidente dum líder militar selvagem, o Calibã, e temos todos os ingredientes para um conflito sem fim alimentado por gente que pensa estar a ajudar a resolver. A incapacidade ou falta de vontade dos diplomatas ocidentais sediados em Maputo de dizerem à Renamo “basta” constitui para mim um dos factores da instabilidade. É possível estar contra o governo e promover os valores democráticos. O chefe de Estado, por seu turno, está cada vez mais a ficar refém da forma abrupta como o seu interlocutor telefónico abandonou a cena. Ele ficou como a única pessoa que sabe realmente o que foi combinado – uma situação incrível essa de um Estado que depende das palavras trocadas por dois homens, um dos quais já não está vivo – e para gerir esse estatuto ele precisa de alimentar a ideia de que age de forma apartidária. Por essa razão, por exemplo, ele priva-se de um trunfo muito importante na negociação, que é o facto de alguns membros do seu partido não estarem contentes com a coisa. Ao invés de ele usar isso para forçar a Renamo a ser mais séria – “vocês, se não fizerem isto, não vou conseguir conter os meus lá no partido” – ele adoptou a estranha estratégia de vir a público chamar atenção aos “inimigos da paz”. É outro “bluff ”, pois a ideia de que com os consensos alcançados a paz duradoura vai voltar é simplesmente fantástica. O verdadeiro motivo para se contemplar a hipótese duma paz duradoira é a morte do líder, única pessoa que não se importava de pegar em armas para fazer valer os seus argumentos. Ele nem fazia isso por maldade. Fazia isso por falta de discernimento, algo que, curiosamente, durante toda a sua vida política lhe conferiu muitas vantagens. Foi o Mr. Chance da Pérola do Índico. Portanto, há todo um mecanismo social em funcionamento neste pesadelo que ao invés de criar as bases para uma paz, pode criar os alicerces para um conflito latente sem fim. Tudo isso não vai ser porque as pessoas querem guerra, mas sim porque as pessoas são reféns de narrativas que as conduzem ao constante chocalhar de espadas. A verdadeira frente que a Renamo deve abordar é a frente política. Essa está no trabalho parlamentar e na organização política interna. Está também no resgate de um outro refém sobre o qual não falei neste texto, mas é peça fundamental de todo o imbróglio. Trata-se daquele moçambicano que se diz amante da democracia, mas por gostar ainda menos da Frelimo e do que ela faz acha que a sua salvação, e a do país, está na perpetuação do sentido anti-democrático. Faz bem ao cobarde por natureza pensar que outros mais fortes ou destemidos vão fazer o jogo sujo por ele, razão pela qual muita gente ficou desesperada com a morte do líder. O problema, porém, é que ao depositar toda a confi ança no rufi ão quando este, um dia, estiver no poleiro, vai fazer o mesmo consigo que os outros estão a fazer agora. A melhor aposta que todo o moçambicano sensato pode fazer é na democracia e isso não se faz aplaudindo gente desorientada só porque é graças a essa gente que você pensa gozar da liberdade que tem hoje. A decisão do novo líder da Renamo tem apenas valor simbólico, não significa necessariamente vontade de fazer guerra. Contudo, como parte duma narrativa equivocada pode cair fora do controlo. No fundo, somos todos nós os reféns. Reféns da inépcia política que caracteriza a actuação daqueles que têm responsabilidade pelo país de um como doutro lado. Z O problema de narrativas de conveniência é de assumirem vidas próprias com o risco de afastar os seus fazedores cada vez mais do problema que eles querem realmente resolver. Essas narrativas viram um fi m em si próprias. Assim, a Renamo acredita tanto na ideia da força militar que obrigou o governo a vergar que o chocalhar constante do latão das espadas se torna na sua verdadeira razão de ser. ZAMBEZE ANUNCIE NO Departamento Comercial Contactos: (+258) 82 307 3450 (+258) 824576070 | (+258) 84 269 8181 E-mail: esmelifania2002@gmail.com esmelifania2002@yahoo.com.br Comercial A 18 | zambeze | saúde e bem estar | Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 á cada vez mais cidadãos, particularmente na cidade de Maputo, com problemas de controlar a urina no organismo, ou seja, a chamada incontinência urinária. Segundo a médica de clínica geral na Direcção de Saúde da Cidade de Maputo, Marlene Pereira, esta doença geralmente está associada a outras, como as diabetes ou fístulas obstétricas, havendo ainda um sentimento de vergonha em vários pacientes, o que leva a tratamento tardio da doença. Fraca procura pelos serviços de Saúde dificulta tratamento de incontinência urinária De acordo com a médica de clínica geral Marlene Pereira, os doentes com incontinência urinária apresentam, não raras vezes, receio de se dirigir a uma unidade sanitária para uma consulta com a doença ainda na fase inicial, por causa de constrangimento emocional (vergonha), ignorando possíveis infecções subjacentes da urina ou outras complicações advindas de outras doenças associadas, a exemplo da fístula, tratando-se de mulheres. A complicação mais comum desta doença é emocional e comportamental, em que, por exemplo, durante encontros entre amigos, quando não em reunião, a pessoa pode ter perdas urinárias, o que consequentemente venha a criar mau cheiro, uma situação que influencia na qualidade de vida da pessoa. Mesmo sem avançar dados concretos, a médica indica que a doença tende a crescer no nosso meio por causa dos adiamentos que o indivíduo tem de falar da situação, quando o assunto é procurar ajuda médica. Existem casos de crianças que sofrem de enuresa nocturna (que tem como sintoma fazer xixi na cama), que pode acontecer por um desequilíbrio emocional, psicológico ou por imaturidade do próprio sistema urinário, geralmente, considera-se que a partir de seis a sete anos de idade já deve passar, no entanto, em outros casos tem como causa comum o envelhecimento. “Em termos de prevalência não temos números correctamente consideráveis porque as pessoas têm medo de se abrir e dizer que sofrem desta doença. A gravidade varia de caso a caso, de acordo com as causas. De acordo com a sociedade da incontinência urinária, sabe-se que no mundo, cerca de 200 milhões de pessoas, por diversas causas, sofrem desta patologia. Em termos de prevalência, esta doença pode ocorrer em qualquer idade, desde crianças até adultos, homens e mulheres, mas é mais frequente em mulheres de meia-idade para cima (idade avançada), mas pode ocorrer normalmente em qualquer caso”, indica Pereira. Existem certos factores pré-disponíveis na mulher, a condição fisiológica da própria mulher, ou seja, em alguns casos a gravidez que não raras vezes dá em incontinência urinária, devido a pressão do próprio útero sobre a bexiga, nos casos pós-parto (parto arrastado ou complicado), que pode gerar alguma lesões nos músculos pélvicos que causam alguma perda de urina, problemas do aparelho pélvico que pode estar distendido e não conseguir assegurar a urina, nos casos de retirada do útero, infecções urinárias também mais frequentes no sexo feminino. “Incontinência urinária comum no nosso meio” Das principais doenças de incontinência urinária, de acordo com Marlene Pereira, destaque para a incontinência urinária de esforço, aquela em que o indivíduo não tem força muscular para reter a urina, nos casos em que venha a tossir, aspirar, e com estas acções cria alguma perda urinária; incontinência urinária de urgência, a que a pessoa tem desejo urgente de urinar que por vezes não dá tempo de o fazer, mas não porque produziu quantidade considerável de urina, ou seja, não retém a urina por muito tempo; incontinência urinária por transbordo, em que a bexiga está sempre cheia, o indivíduo tem incapacidade de esvaziar a bexiga na totalidade, seja por uma causa obstrutiva, um caso frequente nos homens com problemas de cancro da próstata, ou por alguma patologia postétrica em que com o aumento do volume vai obstruir a uretra e a pessoa quando estiver a urinar não esvazia completamente a bexiga; incontinência funcional (não patológica), geralmente num doente acamado, seja por uma paralisia ou outros casos em que o doente não consegue eventualmente chegar à casa de banho, perdendo urina. “Factores de risco e sintomatologia urinário” Existem casos em que a incontinência urinária tenha como causa medicamentosa, sobretudo nos casos de medicamentos para tratamento diabético, tensão arterial que de alguma forma estimulam a doença, aumentam o volume da urina, podendo causar alguma perda urinária. Alguns outros factores de risco que podem associar-se à propensão a sofrer da incontinência urinária aponta-se o consumo abusivo do álcool, refrigerantes, alimentos com alto teor de cafeína. Dependendo do tipo da incontinência, a sintomatologia pode variar, por exemplo, numa incontinência urinária de esforço, para além de perda involuntária da urina, em algum momento de pressão, principalmente ao tossir, rir, aspirar, é que se nota esta perda moderada da urina. Esta é a diferença em relação as outras; na de urgência, tal como o nome diz, pode-se notar pela necessidade súbita de urinar, frequente e incontrolável, mesmo quando se trata de pequenas quantidades de urina; já na incontinência por transbordamento se referencia também pela pequena quantidade de urina, mas o acto de urinar é consideravelmente fraco, desde gotejamento, havendo sempre uma urina residual na bexiga, e geralmente acontece durante a noite, no sono; na funcional é por ter uma outra causa que condiciona o doente de se deslocar à casa de banho. “O diagnóstico precoce e tratamento” “O mais importante é a história clínica, o que o paciente vai contar sobre o que está a acontecer, sobretudo descrever como é que ocorre, se é ao tossir ou ao fazer algum outro esforço, a frequência com que isso acontece, contar a quantidade de urina que perde, o período do dia em que acontece, se é mais a noite ou de dia; se sofre de uma patologia predisponente como a hipertensão arterial, diabetes, se bebe, fuma, e tratando-se de uma mulher deve dizer quantos partos já deu, se teve alguma cirurgia anterior que é para facilitar o diagnostico. Portanto, a seguir fazemos o exame físico, desde abdó- men, pelve, no sentido de vermos se existe uma condição clínica que vai a esta doença. Mas também existe um outro exame que procuramos ver se esvaziamos a bexiga por completo, e com base em ultra-som também procuramos ver a quantidade de urina que resta depois de a pessoa urinar, normalmente é até 50mm residuais, e se é acima de 200mm significa que a pessoa não está a conseguir libertar a urina completamente”. Em crianças, são os casos em que o constrangimento se deve a incapacidade de controlar a urina, acordando sempre banhadas de xixi, sendo que a terapia pode advir de um tratamento psicológico, reeducação comportamental destas crianças no sentido de controlarem a urina, ou em algum momento recomenda-se tipos de exercícios físicos em que a pessoa contrai ou descontrai os músculos abdominais de modo a fortificar estes músculos até que a pessoa consiga controlar melhor a urina. Z Egídio Plácido H Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 | nacional | zambeze | 19 director-geral do grupo Tsogo Sun, detentor dos luxuosos hotéis Southern Sun, no país, Bruce Chapman, convocou a imprensa, recentemente, na capital, para reconhecer publicamente a distinção do jovem cozinheiro moçambicano Francisco de Assis Morais Manguele como melhor aluno graduado pela City & Guilds Cristian Martin Culinary School, uma das melhores escolas de culinária da África do Sul. sta quarta-feira (6 de Junho), a Universidade de Brasília foi sede de actividades da etapa final da edição 2018 doPrograma de Formação de Professores de Educação Superior de Países Africanos (ProAfri), de iniciativa doGrupo Coimbra de Universidades Brasileiras, entidade parceira da UnB. Representantes de órgãos brasileiros e moçambicanos abriram as actividades no auditório da Reitoria. Segundo o director-geral do Hotel Southern Sun Cada moçambicano deve ser embaixador do turismo Universidade brasileira abre oportunidades para docentes moçambicanos Francisco de Assis Morais Manguele, jovem moçambicano de 27 anos de idade, ganhou uma bolsa de estudo no Hotel Southern Sun, em Maputo. De acordo com Bruce Chapman, o grupo Tsogo Sun, no geral, e o Hotel Southern Sun, na cidade de Maputo, está orgulhoso pelo seu feito e, conforme conta Chapman, Francisco juntou-se ao efectivo do Southern Sun Maputo, em Março de 2011, como colaborador da cozinha. Após dois anos, o jovem chefe Francisco foi promovido para pastelaria e por diante foi seleccionado entre 50 cozinheiros colaboradores do mesmo hotel para uma bolsa de estudo na África do Sul. Na vizinha África do Sul, segundo Bruce Chapman, Francisco, apesar de ter sido o único estudante falante da língua portuguesa, foi graduado como melhor estudante do curso no meio de chefes de cozinha de vários países africanos, como Nigéria, Quénia, Tanzania, Zâmbia, Seychelles e da própria África do Sul. Luz no fundo do túnel para o turismo moçambicano Por outro lado, segundo Bruce Chapman, apesar da Neste ano inaugural, o ProAfri oferece 158 bolsas de estudo em 29 universidades brasileiras, sendo 117 de mestrado e 41 de doutoramento em todas as áreas do conhecimento. As oportunidades são destinadas a professores do ensino superior de Moçambique. Até esta quarta (6), integrantes de diferentes instituições brasileiras se reuniram para realizar a etapa final de selecção dos candidatos. “O edital leva em consideração critérios como a distribuição regional – para que sejam contempladas vá- crise económica que fustiga o país, os dois últimos anos foram intensos para a sua empresa, contudo, “conseguimos ver a luz no fundo do túnel. Penso que com as novas políticas do Governo sobre o turismo vai melhorar a vinda de turistas rias universidades de Moçambique – e a distribuição de género, para equilibrar o número de homens e mulheres. Esses critérios são analisados nessa etapa final, já que a avaliação pelos programas de pós-graduação concentra-se no mérito das propostas”, detalhou a presidente da Comissão Assessora de Avaliação do ProAfri, para o país e para o futuro acreditamos que o número vai aumentar”. Chapman acrescentou ainda que o seu grupo tem vindo a trabalhar com o Governo moçambicano, através do Ministério do Turismo, na melhoria do Gionara Tauchen, professora da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). O representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional de Moçambique, Octávio Manuel de Jesus, destacou a importância do acto para o ensino superior no país. “Dos 5.353 professores em tempo integral ambiente de negócios no país, bem como no aumento de postos de emprego. A título de exemplo, Chapman explicou que se um grupo de turistas visita Moçambique a visita beneficia os artesãos locais, os taxistas, os restaurantes, nas universidades públicas de Moçambique, 58% são licenciados e apenas 541 são doutores. Esse dado deixa evidente a importância do programa”, afirmou De Jesus, também director-geral do Instituto de Bolsas de Estudo de Moçambique (IBE). Octávio de Jesus compartilhou mais informações sobre a actual realidade do país, afiras Alfândegas, a Polícia, ou seja, quanto mais turistas visitam o país mais pessoas serão necessárias para servir. Para o nosso entrevistado, é satisfatório saber que o Governo moçambicano reconheceu o turismo como mando que “nas instituições do ensino público a proporção entre docentes é de um doutor para 241 estudantes; na rede privada, a razão é de um para 1.200 estudantes. É um dado gritante, por isso acolhemos este programa com muita expectativa, para que tenhamos frutos e possamos reverter a situação”. Para a coordenadora do ProAfri e directora executiva do grupo Coimbra, professora Rossana Valéria de Souza e Silva, “uma educação de qualidade em todos os níveis é importante, sobretudo para os professores universitários, um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento do país. De acordo com Bruce Chapman é preciso coordenar ainda os vários actores relevantes que intervêm directamente e indirectamente no turismo nacional, como é o caso dos municípios que fazem gestão da urbe, bem como as autoridades policiais para garantir a segurança de bens e pessoas. “Se olharmos por exemplo para a Avenida Marginal (em Maputo), é importante para o turismo manter a estrada limpa e segura, bem como as praias, e nesse contexto todo o moçambicano pode ser um embaixador para Moçambique”, disse Chapman. Por seu turno, a directora dos Recursos Humanos do Southern Sun, na capital do país, Eunice Gaveta, explicou à imprensa que por causa da crise económica a direcção do grupo decidiu contratar trabalhadores eventuais por não conseguir assegurar os contratos fixos com muito dos seus trabalhadores. “Optamos por cada vez que temos o hotel cheio contratar trabalhadores eventuais, mas tivemos dificuldades no início, porque apesar de o uniforme ser diferente recebíamos queixas de um fraco atendimento pelos nossos clientes. Optamos então que todos os trabalhadores eventuais primeiro devem passar pela formação e segundo quando temos oportunidade de vagas internas, eles têm prioridade em relação a todos os concorrentes de fora”, explicou Eunice Gaveta. Z responsáveis por formar todos os demais profissionais”. Segundo a directora, a presente edição tem como foco Moçambique, mas a intenção é ampliar o programa para outros países africanos. “Esta iniciativa traz ganhos não apenas para as universidades moçambicanas. Ganham também as universidades brasileiras ao receberem estudantes internacionais e possibilitarem essa troca com diferentes culturas e saberes, além do aspecto de cooperação entre os países”, apontou Rossana Silva. Participaram também no acto de abertura do evento o segundo secretário da Embaixada de Moçambique, Sulemani Haje, e a subchefe da Divisão de Temas Educacionais (DCE) do Ministério de Relações Exteriores do Brasil, Márcia Peters Sabino. Z DÁVIO DAVID O E 20 | zambeze | NEGÓCIOS E MERCADOS | Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 China vai desembolsar um total de 100 milhões de dólares (85,3 milhões de euros) para apoiar quatro projectos nas áreas de infra-estruturas e educação no país. ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, elencou a agricultura, o turismo, a energia e as infra-estruturas como as “prioridades centrais do Governo”, defendendo que Portugal e Moçambique são economias complementares. representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique aponta a contenção da dívida pública como um dos principais desafios do país, considerando fundamental que as negociações com os credores tragam resultados num futuro próximo. Desembolso de 85,3 ME Fórum Oportunidades de Negócio em Moçambique FMI aponta: China apoia com infra-estruturas e educação Ragendra de Sousa convence sobre prioridades do Governo Contenção da dívida pública é desafio principal do país O anúncio foi feito após a assinatura de acordos entre a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria Lucas, e o vice-ministro do Comércio da China, Qien Keming. Segundo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Belmiro Malate, no primeiro memorando, o Governo chinês compromete-se a construir um instituto técnico-profissional na Gorongosa, no Centro de Moçambique, uma instituição que se espera possa formar 740 pessoas por ano. “A intenção é que a escola beneficie a juventude da “É preciso trazer a dívida pública para uma trajectória sustentável. O ‘stock’ da dí- vida pública moçambicana é muito superior à média da SADC [Comunidade de Países da África Austral]”, alertou Ari Aisen, falando durante a apresentação, em Maputo, do último relatório do FMI sobre as perspectivas económicas para a África Subsariana. O documento, lançado no início de Maio, indica que a dívida pública moçambicana atingiu 110,1 % do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, estimando-se que continue a zona Centro de Moçambique”, explicou Belmiro Malate, sem, no entanto, avançar detalhes sobre o custo e a data de implementação do projecto. No segundo memorando, a China vai apoiar Moçambique na assistência técnica a quadros para a manutenção do Estádio Nacional de Zimpeto, num projecto em que se prevê que o país “Agricultura, turismo, energia e as infra-estruturas são as áreas prioritárias que decidimos, são as prioridades centrais do Governo, são áreas em que, ao investirmos, temos a certeza que haverá crescimento económico, redistribuição de riqueza e construção, em conjunto, da paz social”, disse o ministro, durante uma intervenção em Lisboa. A intervenção, no âmbito do Fórum Oportunidades de Investimento em Moçambique, que decorreu esta semana em Portugal, foi marcada pela proximidade e pelo convite aos empresários portugueses para investirem no país da África Austral, com quem Portugal tem “relações especiais de afectividade e de proximidade”. O Fórum acontece “numa altura económica particularmente importante para Moçambique”, disse Ragendra de Sousa, lembrando os acordos assinados com as petrolíferas Anadarko e Exxon Mobil para a exploração das gigansubir até 130,3% do PIB do país em 2022. Para o representante do FMI em Moçambique, o facto de o Governo moçambicano estar a negociar uma reestruturação com os credores é positivo, mas é necessário garantir que o processo apresente resultados rapidamente. “Vamos ter de aguardar para asiático envie engenheiros para formar profissionais moçambicanos por um período de três anos. O terceiro memorando diz respeito ao sector agrá- rio, em que o Governo chinês se compromete a enviar profissionais para formar quadros de instituições moçambicanas em matérias ligadas a investigação e produção na área de agricultura, tescas reservas de gás natural do país. “Moçambique assinou este ano um acordo com a Anadarko e vamos assinar até Dezembro outro com a Exxon Mobil”, disse Ragendra de Sousa, vincando a diferença entre estas empresas e este país da África austral. “As vendas anuais da Anadarko são 10 vezes mais que a produção interna total de Moçambique; a Exxon Mobil produz mais 100 vezes do que Moçambique, portanto atrevemo-nos com muita coragem a assinar projectos com estes gigantes”, vincou o governante, assumindo, ainda assim, que Moçambique é um país pobre. Falando directamente para os empresários que encheram o auditório da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), em Lisboa, Ragendra de Sousa lembrou que “Moçambique está mais perto do que a Colômbia”, de onde Portugal importa carvão. “Há milhões e milhões de hectares de terra arável, a densidade populacional é de 4 pessoas por campo de futebol, mas falta organização e empreendedores, e é isso que viemos procurar aqui”, concluiu o governante. ver o desenvolvimento destas discussões. Temos de ver se há possibilidade de chegar a uma reestruturação que traga a posição da dívida para um patamar mais sustentável num futuro próximo”, acrescentou Ari Aisen. O Governo moçambicano propôs em Março um perdão de 50% dos juros em atraso, também por três anos. O último acordo da continuação ao projecto de construção do Aeroporto de Xai-Xai, no Sul do país, depois de o país asiático ter anunciado um financiamento de cerca de 25 milhões de euros para a infra-estrutura, apoiando agora Moçambique na aplicação. “Hoje, a China figura entre um dos parceiros mais importantes que nós temos”, concluiu o porta-voz, sem avançar datas para o arranque das actividades. O valor total dos quatro projectos é de 100 milhões de dólares (85,3 milhões de euros). Z ou seja, 124,5 de 249 milhões de dólares, e três opções de reestruturação que alargam os prazos de pagamento. As organizações da sociedade civil moçambicana e partidos políticos da oposição têm vindo a acusar o Governo de falta de transparência e de uma gestão fraudulenta do processo. Em causa está um rombo nas contas públicas de Moçambique, que nasceu em 2013 e 2014. Três empresas públicas com negócios de fachada, segundo uma auditoria internacional, contraíram dívidas de cerca de dois mil milhões de dólares A O O (cerca de um oitavo do PIB do país, à data) com base em garantias do Estado assinadas à revelia da Lei, das autoridades e dos parceiros, naquele que ficou conhecido como o escândalo das dívidas ocultas. Apesar da insustentabilidade da dívida pública, Ari Aisen disse que “há boas notícias” para Moçambique, destacando melhorias no ambiente político-militar, com a situação de paz que o país vive após confrontações militares entre as forças governamentais e o braço armado do maior partido de oposição. “A inflação baixou consideravelmente, isto é um grande ganho para a economia, as reservas internacionais aumentaram e a taxa de câmbio se estabilizou. Isto cria espaço para que outros indicadores melhorem”, observou Ari Aisen, avisando, no entanto, que os desafios persistem. “A questão essencial agora é descobrir como criar um ambiente de negócios que permita ao sector privado investir mais e fazer a economia crescer”, observou o representante do FMI, sugerindo a adopção de taxas de juro mais baixas e políticas mais simples para estimular os investimentos. Z Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 | COMerCIaL | zambeze | 21 ACOMODAÇÃO Quartos equipados com cama tamanho “Queen size”, ar condicionado (split), TV plasma com Dstv (ao comando do hóspede), geleira e sofá, casa de banho (água quente), arrenda-se para hospedagem diária ao valor de 1000,00Mzn e hospedagem de curta duração por 700Mzn. Sita na zona do Alto-Maé, perto do BIG BROTHER Contactos: 820880780/843860806 ESPECIALISTA EM MEDICINA TRADICIONAL DOUTOR SOFRIMENTO NINGORE VOCÊ QUE SOFRE DE: * Impotência sexual * Esterilidade * Corrimento * Borbulhas no pénis * Sífi lis * Doenças venéreas crónicas * Dores de útero * Diabetes * Comichão * Aumento o sexo e aumenta e potência * Ser apertado por espíritos á noite * Sonhar a fazer sexo * Deixar de fumar * Dar sorte no serviço * Recuperação de amor perdido * Asma * Período prolongado * Hemorróides * Dores de coração As crianças com menos de cinco anos recebem tratamento gratuito Dirija se ao consultório médico Ningore, no bairro da Malhangalene, Rua do Alba nº 56, perto da Delta Segurança. 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E a morte, que parece ter mais vida do que a própria vida nesta narrativa, não quer significar, pelo menos não apenas, a morte biológica, quer significar, sobretudo, uma morte simbólica. É nesta morte que o autor quer colocar o espectador a pensar, como perceberemos nas linhas que tecem esta conversa. A adjectivação da História no título anuncia ao que o texto vai. Afinal, nem sempre a Literatura precisa brincar às escondidas? Acho que os autores escondem sempre, apesar de termos a adjectivação que pode desiludir a quem vê o livro e já fica a saber que a história é triste, algo que era esperado que o leitor deduzisse após a leitura. Mas neste caso, eu coloquei porque acho que os actores mesmo revelando eles ocultam. O leitor pode pegar no adjectivo e questionar “por quê a história é triste?”. Estrategicamente, pensei que só este facto já seria motivo para convidar o leitor para a leitura da obra. Depois, temos esta figura, o Barcolino, fica a questão: “quem é este sujeito e a sua história por quê é triste?”. Pode parecer um título muito óbvio, mas penso que consegue dalguma forma atiçar a avidez do leitor. E também temos um narrador que está a toda hora a interpelar-nos, a prometer contar mais e mais episódios (e conta) como se quisesse ocupar os espaços vazios que seriam para a participação do leitor. Não é necessariamente para fechar os espaços vazios. Eu até defendo que o leitor é um construtor do sentido do texto. E nesta perspectiva não cabe ao escritor fechar os espaços vazios. Os nossos textos não são relatórios, eles não têm de ser objectivamente escritos. Eu reconheço em mim, pelo menos é o exercício que tento fazer, aquilo que uma vez chamei de massacre do leitor. Procuro de forma muito comedida deixar espaços vazios para que o leitor possa pegar e preencher. Então, não é tanto para fechar os espaços, talvez para alarga-los. As minhas narrativas não são fechadas, geralmente são abertas para culminarem na reflexão do próprio leitor, depois da leitura. Afinal, qual é o encanto da morte que já esteve presente em “A Legítima Dor de Dona Sebastião”, em “Rabhia” e volta a estar presente nesta obra? Não tenho uma explicação muito bem formada e informada sobre a questão da morte. De uma forma geral, acho que as Artes reclamam para si os temas de pesar. Portanto, acho que é um tema importante para reflectirmos outras coisas, como a condição humana. A morte é o pretexto. De uma forma radical, podemos dizer que tudo o que escrevemos é pretexto para que falemos doutras coisas. Mas reconheço que a morte está muito presente nos meus textos. Mas não é um caso isolado meu. Acho que o tema da morte é obsessivo não só da Literatura moçambicana, mas também da Universal. Mas porquê? Acho que temos a necessidade de perceber as fronteiras que existem entre quem está deste lado e os quem está noutra dimensão. Há uma abordagem no livro que questiona se realmente todos nós que nos fazemos à rua, todos os dias, estamos realmente vivos, se calhar estamos mais mortos do que vivos. É importante discutir também esta questão, porque existem as mortes biológicas, mas existem também as mortes simbólicas, temos pessoas que se levantam para trabalhar mas que já morreram, pelos problemas que têm, pelos dilemas existenciais e é fácil perceber no brilho do olhar das pessoas no dia-a-dia, na falta de vontade que as pessoas revelam para sonhar, para fazer as coisas. É urgente e inevitável falar da morte. A morte está presente, quer de forma biológica, quer de forma simbólica. E penso que simbolicamente está ainda mais presente. Não conseguimos definir se Barcolino está vivo ou morto, talvez como aconteça nos personagens de “Pedro Páramo” de Juan Rulfo. Afinal, qual é a linha que separa os vivos dos mortos? É exactamente esta a questão. Escutei, há dias, no noticiário, que a Polícia da República de Moçambique descobriu o caso de uma criança que vivia acorrentada numa capoeira num dos nossos Bairros Periféricos, porque supostamente a criança padece de um problema do fórum psicológico. A criança fazia todas as suas necessidades nessa capoeira. Esta criança está viva ou está morta? Os pais estão mortos ou estão vivos? Não quero pensar na morte comum, quero pensar na morte altamente ou profundamente simbólica. Vejo a fronteira entre os vivos e os mortos muito ténue, não basta respirar, não basta abrir os olhos. É um pouco desta questão que o livro levanta. Por isso nunca sabemos se Barcolino é um morto disfarçado de vivo ou um vivo disfarçado de morto. Temos de parar de estabelecer uma fronteira rígida, porque as nossas práticas sociais mostram que há vivos mais mortos do que os mortos e há mortos mais vivos do que os vivos. Sobre a morte Fernando Pessoa disse “morrer é não ser visto”… Eu concordo. Vai ao encontro desta ideia que estou a tentar elaborar. Se entrarmos num espaço pú- blico e não reconhecemos alguém ou simplesmente ignoramos, matamos esta pessoa, a ignorância é uma forma de matar o outro. A partir do momento em que somos coisificados é uma forma de morte. Todos os processos que resultam no apagamento do outro são uma forma de morte. Daí a importância dos diálogos, porque os diálogos pressupõem que nos reconhecemos no outro, o outro como reflexo de nós mesmos. Por isso, quando estávamos no conflito militar, se insistia no diálogo, porque o apagamento do outro resulta em morte, politicamente simbólica, socialmente simbólica, economicamente simbólica, ate culturalmente simbólica. Fala dos diálogos como uma forma de nos reconhecermos no outro. No livro, a certa altura, não temos marcas de diálogo no livro. É uma forma de tornar ainda mais frágeis estas fronteiras entre uns e outros, entre vivos e mortos? Obviamente. E isto é de facto interessante, porque transfere para o leitor a possibilidade dele assumir o discurso como seu. E tecnicamente também interessa-me, não gosto muito dos lugares de conforto, não gosto das narrativas de fato e gravata. Eu acho que o desregramento é também uma regra. Quem lê William Faulkner chega a um momento em que já não sabe dizer de quem é este ou aquele diálogo. Acho interessante explorar isto, porque vai diluir as fronteiras ao ponto do leitor se introduzir no jogo narrativo. Para potenciarmos o texto é preciso tornarmos as fronteiras instáveis. Escreve, na página 48, “dar vida as personagens significa, entre outras coisas, dar-lhes incoerência”. Se formos coerentes, não estaremos a produzir Literatura? Elton Pila U Quinta-feira, 07 de Junho de 2018 zambeze | 23 DIÁRIO DE CAMPO Rafael da Câmara | CuLtura | Íbis Malévolo voo que serpenteia meus sonhos Ou carpinteiro incauto No canto esquerdo do meu quarto Na minha cama de sumaúma Não almejo vestimentas de nylon. Só quero abri-la… Descobrir baixando o olhar Ainda que se ofegue minha alma Um cheiro a sândalo que afugenta cobras satânicas Rastejantes no perímetro costeiro lá do norte. Eu o mago déspota Conto e reconto metade das estrelas cadentes Que por um fi o ainda sobram na rota do fi m O relógio do pulso que gira ao contrário Ou os rituais milenares do “álcool tranquilizante”. Indefeso Olhar vago Carrego comigo minha mala de cânfora Sou viajante noctâmbulo nas areias de Palma Num cavalo espantado Tenho fé! Não sou obra de cadáver. Z Minha mala de cânfora É preciso estabelecer uma coerência, mas a coerência também deve ser incoerente. Uma coerência incoerente ou uma incoerente coerência, porque só assim permite que o texto mexa com os nossos sentidos. A literatura vale, se tirar o leitor do lugar de conforto. Só por introduzir este trecho que escrevo também que a narrativa não é um manual de escrita criativa é já um abalo para o leitor, como se entrássemos no registo de um relatório ou qualquer coisa do género mais objectivo. Mas que faz parte da narrativa. Faz parte deste jogo em que percebemos que há um corte na frequência da narração para se falar de uma coisa que não tem nada a ver, aparentemente, mas director do Instituto de Audiovisual e Cinema ( I N A C ) , D j a l m a Lourenço, considera que a produção cinematográfi ca, aliada ao desempenho dos cineastas nacionais e dos estrangeiros em Moçambique, tem vindo a registar um crescimento assinalável, apesar de haver algumas zonas de penumbra decorrentes da má interpretação da legislação. Segundo Djalma Lourenço, vezes sem conta o INAC é contactado por cineastas, alegadamente para buscar esclarecimentos sobre o regulamento do cinema, em particular, e das taxas a pagar no geral. que justifi ca o meu manifesto literário, que é estabelecer uma coerência incoerente. Não gosto de um texto bem comportado. O texto tem de vibrar nas nossas cabeças. Esta narrativa tem o mar ao fundo. Como a Elena Brugioni nota (e bem), no prefácio da edição brasileira, Lucílio começa a ocupar um território tido como dos poetas. Afinal, não temos territórios completamente ocupados? Não. E nunca podemos decretar territórios literá- rios. O Ungulani escreveu sobre o Império de Gaza – ou sobre Ngungunhane, se quisermos – o Marcelo Panguana também, o Mia Couto também, há escritores De acordo com Djalma Lourenço, diariamente o INAC é visitado por cineastas que trazem obras de qualidade, algumas das quais que têm estado a ganhar elegibilidade internacional, a exemplo da jovem Tânia Machonisse que foi seleccionada para o projecto DOCTV. Um dos grandes problemas, segundo Djalma Lourenço, tem a ver com as taxas a pagar para a produção de obras e sua inserção nas televisões e demais difusores de imagem. “É uma taxa bastante acessí- vel, mas encontramos alguma resistência quando pretendemos materializar o que está plasmado na lei; se olharmos para os modelos dos países da SADC podemos notar que os valores que se pagam em Moçambique são irrisórios, de fora a escreverem sobre Ngungunhane. Então, não há territórios literários. É verdade que há uma obsessão poética pelo mar. Mas penso que, enquanto autores, temos de ter este sentido de compreensão do sistema literário e perceber as possibilidades que se colocam para outras escritas. O mar tem muitas histórias por contar, o mar é poesia no seu sentido mais abstracto, mais aberto e mais profundo de tal forma que podemos participar todos. “O mundo precisa de uma bela história de tristeza”. Porquê? Primeiro, porque são as histórias que nos cativam. No fundo, gostamos das ora há que rebater este tipo de aspectos”-sustenta Djalma, que acrescenta que proximamente terão encontros de reflexão e sessões de esclarecimentos sobre a legislação do cinema para aclarar aspectos aparentemente desconhecidos pelos fazedores da Sétima Arte em Moçambique. Na França, por exemplo, ainda de acordo com a fonte, é obrigató- rio que ao produzir uma obra cinematográfi ca o realizador inclua no roteiro alguns locais históricos das cidades como condição primordial para fazer um fi lme. Djalma Lourenço refere ainda que uma das contradições no seio dos cineastas tem a ver com uma aparente censura das suas obras, quando as instituições pedem os seus guiões, como está previsto na legislação. têm feito para mostrar a sua veia artística através de obras cinematográfi cas de qualidade. Djalma Lourenço anunciou que grandes histórias que mexem connosco. A segunda razão é que uma bela tristeza, suponho, representada de forma encantadora nos permite entrar em contacto com as nossas convicções, nossos medos, dilemas e nossos fantasmas. As pessoas precisam, suponho eu, de uma história como a do Barcolino para descobrir estas nuances, descobrir que o mundo não tem fronteiras, que temos a necessidade de renunciar o mundo dos mortos e reafi rmar o nosso estatuto de vivos e bem vivos, e perceber que, afi - nal, estar vivo não é uma condição física, é uma condição mental, psicológica e refl exiva. Acho que neste sentido as belas tristezas ajudam. Z “Qualquer país tem sua soberania, não podemos demitir-nos das nossas funções”, explicou, acrescentando num outro diapasão que se não fosse o problema da crise económica que afecta o país e não só, as obras de construção de um acervo de raiz já seriam uma realidade. Mas tudo está a ser feito para que o espólio do cinema produzido no país fi que depositado nessa instituição como forma de perpetuar a história nacional”. Nomeou como algumas das obras de particular interesse histórico os documentários Kuxa Kanema, muitos dos quais foram importantes para o reforço da Unidade Nacional. Outrossim, a fonte apelou aos cineastas com alguma experiência a interagirem com os novos talentos que tudo realizadores de Hollywood e não só estão a contactar o INAC para produção de grandes obras. (Elton da Graça) Z omingos Honwana, mais conhecido por Xidiminguana, nasceu na província de Gaza, na localidade de Vuthu, no distrito de Bilene, em 1936. Filho de pais camponeses, apascentou gado na infância, tal como muitas crianças da sua zona. Xidiminguana e o amor nikhome nkata à viola Cinema brilha mas há zonas de penumbra Em 1949, Xidiminguana aprende a tocar a sua primeira viola feita de lata e fi os de pesca, com um amigo de nome Rafael Lhonguana, já falecido. No mesmo ano, o artista consegue comprar uma guitarra de um conhecido que viera da África do Sul e que estava sem dinheiro para regressar ao país vizinho, onde trabalhava. “Paguei-lhe com um saco de milho de 50 quilogramas”, conta o artista. Já lá vão mais de 60 anos que Xidiminguana anda de guitarra na mão. Com a sua forma diferente de tocar, destacou-se na música por se empenhar em contar histórias através da música. Foi com essa ideia que a 15 de Agosto de 1954 chegou à então cidade de Lourenço Marques, (Maputo) e conseguiu o seu primeiro trabalho como empregado doméstico no bairro do Alto- Maé, onde permaneceu até ingressar na empresa Portos e Caminhos de Ferro-de-Moçambique (CFM), onde trabalhou até reformar, em 1996. Em 1962, já nos CFM, Xidiminguana consegue mais tempo para praticar a sua viola e aproveita para passear nos bairros populares, onde tocava para os amigos. Foram estes mesmos amigos que o impulsionaram a tocar e a gravar as suas músicas. Em 1964 fez testes na Rá- dio Clube de Moçambique e foi aprovado. E nesse mesmo ano grava a sua primeira fi ta. “Comecei a gravar discos LP, que foram vendidos. E esses trabalhos foram feitos com outros artistas como Alexandre Langa, José Guimarães, já falecidos, e outros músicos da minha geração”, conta o dono de temas populares como “Xikona”, “Frelimo”, “Nilhayisse”, “Nikhome Nkata”. Nesse percurso de vida que já leva oito décadas, Xidiminguana fez oito fi lhos, cinco dos quais viriam a perder a vida. Actualmente vive com a esposa, Paulina Macuiane, o fi lho Bernardo Domingos, um exímio guitarrista, e os netos. O seu dia-a-dia resume-se no trabalho no estúdio, nos concertos quando aparecem e em cuidar da sua famí- lia e da casa, no bairro da Maxaquene C, próximo do Mercado Municipal Khalene, popularmente tratado por Mercado Compone. Z D O Comercial ara descongestionar as cadeias do país, que neste momento registam uma sobrelotação de 222,1%, o Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos está a realizar julgamentos em massa, em quase todo o país. Um total de 1.549 reclusos estão a ser julgados desde a última segunda-feira, numa campanha que terá a duração de 15 dias, em sete estabelecimentos penitenciários, no âmbito da iniciativa “Julgamentos em Campanha”. Na província de Maputo, a campanha está a decorrer na Penitenciária Provincial de Maputo, ex-Cadeia Central, e foi dirigida pelo vice-ministro do pelouro, Joaquim Veríssimo. O ex-ministro da Justiça, Isaque Chande, antes de abandonar o cargo propôs mais investimentos na área das prisões para resolver a questão da superlotação das cadeias. Ministério da Justiça realiza julgamentos em conjunto De acordo com o director do Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ), Justino Tonela, o programa vai envolver mais de 60 magistrados judiciais e mais de 30 magistrados do Ministério Público, e vai contar com a presença de advogados do IPAJ. “É uma campanha para abranger reclusos em prisão preventiva e já pronunciados”, acrescentou Justino Tonela. Sobre o impacto da iniciativa, o director do IPAJ assinalou ser difícil de prever porque haverá reclusos condenados, absolvidos e outros que vão sair em liberdade condicional. A iniciativa “Julgamentos em Campanha”, que iniciou esta segunda-feira, é a segunda do género no país e vai decorrer em sete das dez províncias moçambicanas. A primeira campanha realizou-se no ano passado. Em todo o país, as cadeias acolhem actualmente 19 mil reclusos, mais do dobro da sua capacidade, de acordo com dados o - ciais. A propósito, o ex-ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Isaque Chande, disse que o m da sobrelotação das cadeias só será possível com a construção de mais estabelecimentos e apli2017, sensivelmente o mesmo número que em igual período de 2016 (18.183). cação de penas e medidas alternativas à prisão. A informação anual da Os jovens continuam a constituir maior número da população prisional, PGR indica que as cadeias do país tinham 18.185 reclusos, em Dezembro de com 28,7% na faixa etária entre 22 e 25 anos, e 35% de reclusos com idade entre 26 e 35 anos. O Ministério Público considera que a superlotação das cadeias é provocada pela reduzida capacidade dos estabelecimentos penitenciários, uso excessivo de medidas privativas da liberdade e fraca aplicação de medidas e penas alternativas à prisão. “Para fazer face à superlotação dos estabelecimentos promovemos julgamentos em campanha, a nível nacional”, com uma “redução do número de arguidos em prisão preventiva”, lê-se no relatório da PGR. A exposição de jovens a factores de risco aumenta a possibilidade de situações de criminalidade, violência ou situações de perigo, acrescenta o documento. “O problema da superlotação das cadeias resolve-se com investimentos na área penitenciária: o país tem de procurar recursos que permitam a construção de novas unidades”, a rmou Isaque Chande. Chande adiantou que as carências reflectem a difícil situação nanceira que o país atravessa e se vive igualmente noutros domínios, como a Saúde e Educação. Z COnstantInO nOVeLa P Para descongestionar as cadeias ZAMBEZE ANUNCIE NO Departamento Comercial Contactos: (+258) 82 307 3450 (+258) 824576070 | (+258) 84 269 8181 E-mail: zambeze.novomedia@hotmail.com esmelifania2002@yahoo.com.br Comercial Renovação de assinaturas para 2018 Comercial Renovação de assinaturas para 2018 Z Av. 25 de Setembro, Nr. 1676 AMBEZ ONDE A NAÇÃO SE REENCONTRA Cell: 82 30 73 450 esmelifania2002@gmail.com Maputo E
O País
18 h ·
O Presidente da República disse que os protestos na zona de Chihango, contra os acidentes de viação, são liderados por pessoas que promovem a violência
OPAIS.SAPO.MZ
Nyusi diz que nenhum país resolve problemas bloqueando vias de acesso
Falando num comício popular no bairro Ferroviário, no âmbito da visita à Cidade de Maputo, o Presidente da República disse que os protestos na zona de Chihango.
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Matin Sabin Deixar de falar sobre zona de Chihango. Fala de Cabo Delgado, a sua terra natal. La é onde encontramos pessoas que promovem a violência
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Yola Bernardo Escuta o noticiário, o presidente menciona Palma!Gerir
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Avestino Augusto Fundai Desculpa senhor presidente sou teu comparsa no partido mas descordo plenamente consigo. A população manifestou se daquela forma é para forçar o governo a por lombas ou semáforos, porque ja estão cansados de ver pessoas a morrer naquela estrada. Temos que atender nosso patrao duma forma pacífica e com paciência, nao precisas estar no lugar dessas pessoas para sentir a dor da perda dum entequerido.
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Yola Bernardo ???
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Avestino Augusto Fundai
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Yola Bernardo Camarada, ouviu bem o discurso de sua excelência presidente da República?
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Avestino Augusto Fundai Camarada Yola Bernardo, ouvi muito bem, quando nosso pai falha temos que lhe dizer, na algum momento pode estar a falhar inocentemente com isso é necessário chamar lhe atenção.
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Avestino Augusto Fundai Ja imginou um pai que diz o seguinte: se nao quer viver na capital melhor sair, nao podes queimar pneus por causas de mortes na estrada.
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Yola Bernardo Ele tem razão camarada! Camarada, neste país existem muitos agitadores, que usam pessoas inocentes para se revoltarem, o falecido presidente Samora, também dizia o mesmo, não podemos nos esquecer que a violência gera violência!
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Avestino Augusto Fundai Esta bem camarada Yola , sou da oponiao que nao podemos deixar um pai a se emocionar com palavras porque amanha poderam usar mesmas palavras para nos atingir.
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Yola Bernardo O presidente apenas está a criticar aos agitadores da violência ele não condena a população, ele hoje foi muito crítico aos agitadores, e diz para os agitadores se não aguentarem viver na capital para saírem! Ele só criticou aos agitadores,mas infelizmente os midias, só passam as partes que lhes convém , para venderem jornais!
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Leonelson James Sunday Yola Bernardo, que tal o povo de Cabo Delgado se manifestar sobre a decapitação dos seus enti-queridos que está acontecendo e sob um olhar impávido do presidente da república, vais dizer também que são agitadores?Gerir
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Petroleo Brutu Será que o presidente tem acessores?Gerir
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Cota Zé Do que entdi em todos comentarios é que a Yola Bernardo faz parte dos merdeiros sapateiros, lambebotas, esfregadores, lambe-cu e meus parabens para o grande Avestino Augusto Fundai meu irmao nós precisamos de pessoas como o senhor, agora essa outra poooora☝ faz parte da queles que nao tem familias sofridas e é grupo de YES MAN. YOLA BERNARDO voce é frelimista de verdade ta BOM!!!!!!
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Yola Bernardo Leonelson James Sunday , para isso sempre tem lá um agitador, as manifestações são sempre encabeçado por alguém!Gerir
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Yola Bernardo Petroleo Brutu Porquê que ele não teria?Gerir
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Yola Bernardo Cota Zé , olha cá se queres vir com insultos, vamos baixa de nível numa boa, porquê que ser da frelimo é sinónimo de tudo isso?
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Leonelson James Sunday YYola Bernardo essa é ideologia que vos é incutida lá no vosso partido. Uma ideologia errada que só está a sonegar problemas profundos do país.
Esse agitador então tem razão porque está a fazer as pessoas dispersarem parante a tamanhas barbaridades que o governo está a cometer.Gerir
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Yola Bernardo Leonelson James Sunday , que barbaridades o governo está a cometer?Gerir
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Cota Zé Yola Bernardo nada de polir aqui, nao seja tao baixa que nem consegues ver oqui nao agrade opovo, opovo nao pode reclamar? ouve la bem aqui isto nao é uma monarquia ta BOM?Gerir
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Yola Bernardo Cota Zé, tu de cota não tens nada, pora és tu, e digo com muito orgulho que sou sim da frelimo, há algum problema em eu ser da frelimo?Gerir
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Leonelson James Sunday Yola Bernardo, por um lado está o povo de Cabo Delgado está a chorar por causa dos ataques que estão a decorrer e no mesmo dia a polícia vai toda armada até aos dentes, exibir a sua musculatura para cidadãos desarmados por causa de uma manifestação? Porque não levam essa força para Cabo Delgado?
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O povo neste momento espera ouvir o PR abordar este assunto, mas ele vai falar de manifestação. Achas isso coreto?
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Aquele discurso do PR se fosse num país de pessoas escolarizadas teria repercussão sem precedentes. Pena é que estamos num país em que as pessoas votam por emoções e a troca de uma capulana e ou camiseta.Gerir
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Yola Bernardo Leonelson James Sunday , a minha pergunta é, querias que a circular estivesse fechada até hoje? Como é que repelem as manifestações ou barricada nos outros países? Vocês deviam ensinar ao estado como se repelem as manifestações, invés de criticarem!Gerir
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Yola Bernardo O quê que tem o discurso? O presidente fez o discurso justamente para atingir os agitadores, e pelos vistos atingiu bastante! kkkkkkkGerir
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Leonelson James Sunday Yola Bernardo, o que devia ter se feito lá era levar alguns agentes da polícia de trânsito e funcionários do município até aqueles manifestantes e dar uma espécie de educação cívica e prometer a eles que dentro em breve iriam colocar as lombas e outros sinais.Gerir
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Leonelson James Sunday Atingiu sim, senão não estaríamos aqui a discutir. Atingiu mesmo aos teu camaradas. Só não atingiu a idiotas e lambebotas incorrigíveis, que não conseguem enchergar o óbvio que acessoram mal ao PR.Gerir
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Yola Bernardo Leonelson James Sunday meu irmão, falar é muito fácil, viste a fúria daquela população? Eles têm toda razão, só que a violência nunca resolver o problema, aceito que desperta a atenção, por isso é que o presidente aconselhou ao povo a pautar pelo diálogo!Gerir
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Yola Bernardo Leonelson James Sunday ! para ti o que é ser lambe bota?Gerir
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Yola Bernardo Eu volto a dizer que o recado do chefe do estado era unicamente para os agitadores!Gerir
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Leonelson James Sunday É quem comporta se como tu, que não se importa se é correcto ou errado, basta sair da boca do chefe tudo bem. Não tem mente crítica, vive banjulando, aplaudindo, não tem ideias próprias, somente as dos seus superiores é que são ideais. Um lambebotas é fofoqueiro ao mesmo tempo.Gerir
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Leonelson James Sunday Tem mais Yola Bernardo, será que o senhor presidente da república é apenas presidente das pessoas que vivem nas cidades?Gerir
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Yola Bernardo Leonelson James Sunday e tu fazes parte das pessoas atingidas, eu sou lambe bota e tu és agitador! Assim estamos kitsGerir
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Yola Bernardo Leonelson James Sunday ,ele foi claro, mandou o recado para os agitadores, EN nenhum momento ele falou da população, mas como ele bem disse, os agitadores, foram pegar num trecho do discurso para retrocederem as suas palavras!Gerir
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Leonelson James Sunday Se sou agitador? isso não me atinge, mesmo sendo é por justa causa. Não posso aceitar que a figura mais visível de Moçambique fique por aí a proferir discursos infelizes em pleno século XXI e deixar de falar de coisas mais importantes para o país.Gerir
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Yola Bernardo O maior problema de um país são os agitadores! Como pode um país desenvolver com um punhado de agitadores?Gerir
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Yola Bernardo Os agitadores são pessoas negativas!
São pessoas que não se contentam com nada!
São pessoas, que criticam e não trazem soluções!
O presidente quando faz é criticado, quando faz é criticado, afinal o quê que o agitador quer?Gerir
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Yola Bernardo Porquê que esses midias foram simplesmente publicar um trecho da parte do discurso?Gerir
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Inacio Joao Tepeia Kikikiki...Gerir
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Leonelson James Sunday Bem...! Yola meu irmão/a, ainda podíamos conversar mais sobre assuntos do nosso país, mas quando vejo o teu perfil noto que não tens rosto. Portanto, ficamos por aqui.
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Dèrcio Carvalho ela è fake kkkkkkkGerir
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Yola Bernardo E qual é o mal de ser fanática política?Gerir
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Yola Bernardo Leonelson James Sunday , o meu rosto é esse! Eu não preciso de entrar no teu perfil, para conversar contigo, hopaaa cada um com os seus hábitos e costumes! Bom fim de semana para tiGerir
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Florestal Xerinda A circular está mal feita. Não tem pontes, não tem iluminação, os reflectores colocados não reflectem, as rotundas são estranhas, não tem pistas para aceleração e desaceleração...não sou Eng e nem arquitecto. Escola na estrada não tem sentido....
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Eisten Daniel Neto Bomba Escola próxima de uma estrada sem garantir uma Boa segurança da travessia dos alunos e encarregados.Gerir
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Jesus Carlos Foi tudo feito pelos chineses?Gerir
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Osvaldo Arnaldo Wachane A qui em moz tudo e melhorado depois de vucuvuco.
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Necas Adriano Colocaram postes de luz que até hoje não têm luz.Gerir
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Mauricio Mahoze Mahoze A estrada tem condições para estar iluminada mas tal como o nó de tchumeni estão a espera de algo similar para que se traga a solução, por duas semanas (salvo erro) a estrada esteve iluminada desde costa do sol até a ponte do zimpeto e era uma maravilha... As pessoas devem ir a rua sim enquanto o governo fizer vista grossa a assuntos que perturbam o dia a dia dos cidadãos...
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Donelio Donny Mundlovo Os camionistas brasileiros resolveram o problema de impostos altos ao combustivel devido a corrupção bloqueando estradas, se a população do chihango não fizesse aquilo ninguém pensava em tentava resolver o seu problema... está equivocado o Sr. Nyusi
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Mauricio Mahoze Mahoze Estou plenamente de acordo...Gerir
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Billy Blanks MAIS HÁ PAÍSES QUE RESOLVEM PROBLEMAS DE CORRUPÇÃO PRENDENDO OS CORRUPTOS.
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Laudêncio Sebastião O primeiro-ministro chinês Wen Jiabao fez essas recomendações aos países emergentes:
*"Pena de morte por crimes comprovados:* nenhuma sociedade honesta e trabalhadora merece viver com tanto medo.
A eliminação de criminosos perigosos assusta o resto dos criminosos.
*A segurança pública crescerá e seus gastos cairão drasticamente.* No futuro, isso se refletirá na cultura e no comportamento das pessoas.
*Castigo severo para os políticos corrompidos:* vocês não os punem, principalmente os que estão no mandato, que dizimam os cofres públicos.
Na China: pena de morte e devolução do dinheiro. Investimento quintuplicado na educação: Um país que quer crescer deve produzir os melhores profissionais do mundo. Redução drástica da carga fiscal e reforma fiscal imediata:
*O governo não deve perseguir indústrias e empresas.* Os seus encargos fiscais são exagerados, confiscatórios, injustos e desordenados.
*Reduza 80% de salários e gastos de políticos:* você tem a política mais cara do mundo. O político deve entender que é um funcionário público obrigado a dar seu trabalho e conhecimento em benefício de seu país e não um "rei".
*Investir mudando a cultura do povo:* as pessoas já não acreditam no governo ou na sua política; não respeitam as instituições, não acreditam em suas leis ou em sua própria cultura. O povo se acostumou à desordem do governo e passou a ver a corrupção, a violência e a deterioração dos serviços públicos como normal.
*Redução de maioridade para 16 anos (o mundo está envelhecendo ...):* seus países geralmente tratam adolescentes de 15 a 18 anos como crianças que não são responsáveis por suas ações e proíbem o trabalho. Erro fatal, quando é necessária mão de obra renovada. Essa contradição hipócrita da lei serve apenas para criar criminosos perigosos que, quando completarem 18 anos, estarão formados para o crime. Um povo complacente que só assiste como os corruptos roubam dinheiro, subornando os de colarinho branco, está chamando o atraso. "
* Se essa mensagem fôr enviada a cada um de seus contatos, faremos um ótimo trabalho e muitos pensariam sobre o que poderia ser feito para mudar essa realidade. Alguma ideia pode ocorrer a alguém. Não podemos permitir que este maravilhoso país onde vivemos continue a desmoronar por causa de uma classe política corrupta e leis que não servem para nada. Nossa classe política corrupta continua nos roubando e nada acontece. Isso nos atinge e nada acontece. Ela pisotea-nos e nada acontece. Nos tira os poucos centavos que ganhamos honestamente e nada acontece e, no entanto, continuamos como cordeiros para o abate - e nada acontece ... Muitas pessoas estão dizendo que é hora de reagir... Vamos fazer algo, é hora de não nos deixarmos mais violentar.
*"Os corruptos não vão encaminhar esta mensagem"*.
03/10/2017 19:57:15: Figueiredo BAHIA : http://www.e-farsas.com/ministro-da-china-diz-o-que-se...
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Oswald Chihuho Laudêncio Sebastião fica tranquilo, tenho cartão de eleitor no meu bolço.Gerir
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Egidio Goncalves Isso e mentira o que o presidente diz que nenhum pais resolve problemas bloqueando vias , veja o Brasil, Coreia do Sul , Italia, Franca , acho que ele nao anda informado pelos conselheiros deleGerir
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Jordan Antony Chally A população agiu daquele jeito para chamar atenção, pois vosso tem carros que os levam a escola é nos que não temos o poder os nosso filhos devem morrer na estrada de qualquer maneira?Gerir
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Joseph Thomas Mkhabela Depoís dirão que o povo é que está no poder, Como é que está no poder enquânto estes não atendem as necessidades do dito patrão? E esse acto de impedir manisfestações é de hoje iniciou no governo do ex presidênte e essa doença espalha-se até então,saibam que manifestar-se contra o que não está correcto é o direito do povo,apesar de moz ser um pais cheio de lambe-botas...
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Mathause Sithoye Hummm...é promover violência, quando as pessoas revoltam-se contra mortes naquela estrada, causadas por acidentes? Não me parece! Deviam ficar calados e assistirem as mortes?
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Yola Bernardo O presidente falou muito bem, disse que a violência não nos leva a nada, que as estruturas do bairro, não existem só para vestirem farda bonita, é mesmo para ajudarem a população em caso de algum problema, ou descontentamento!Gerir
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Annlawi Annlawi Jr Bem dito yola, mas o facto e k essas estruturas nao ajudam em nada
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Annlawi Annlawi Jr E k nem o caso de crimes nos bairros...alguma vez esas estruturas ajudaram em alguma coisa? Nada... A indiferença do governo faz com k as pessoas pensem k o governo so ouve com violencia ao estilo da renamo...pois de palavras o governo ja esta cheio e ja nao fzem sentido pra ele... Em franca salvou uma crianca e o salvador virou heroi e aki entre nós morrem pessoas e o governo acha isso normal... Nas situacoes actuais pork o pr nao exonera o comandante da policia k provou nao ser competente nem com ideias de como combater estss males...das mortes nas estradas as mortes barbaras em cabo delgado...
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Yola Bernardo Annlawi Annlawi Jr, o presidente em nenhum momento condena as reclamações do povo, mas aconselhou que nunca se deve reenvindicar com violência, porque a violência gera violência!Gerir
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Annlawi Annlawi Jr Mas isto ja vem da nossa historia como pais...concebemos k o povo manifestar e sinonimo de perturbar o governo e nao induzi lo a fzer algum esforco ou a ver os problemas por outros angulos... Como os problemas acompanham as sociedades, e nao tendo alguem k os represente e pork nao sabem como reclamar seus direitos pacificamente pork nao existe forum pra isso, partem pra a manifestacao desorganizada ao estilo violento...Gerir
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Yola Bernardo Em qualquer parte do mundo, as manifestações são consideradas como distúrbios! Mas o presidente foi claro, aconselhou a população a dirigir-se as estruturas do bairro, senão vejamos, eles fizeram aquela manifestação meio perturbadora, teve que se usar gás lacrimogéneo para acalmar os ânimos, mas já se criou uma comissão para juntos encontrarem uma solução saudável, .....só para ver que é com diálogo que a gente se entende!Gerir
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Muniga Bajoneco Papo de pessoas estudadas anima... Porém,aconselho-vos a respeitarem + os vossos lindos olhos, a vossa capacidade intelectual e dêem graças fazendo valer a vossa existência.
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Chauque Armando Oliveira Nantamigo Em nenhum momento houve violência naquela manifestação muito pelo contrario os manifestantes é que foram violentados pelas forças policiais, forças essas que deveriam ter sido reencaminhados a C. Delgado.Gerir
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Yola Bernardo Chauque Armando Oliveira Nantamigo , na sua opinião a estrada deveria estar bloqueada até hoje! Porque não se constroem lombas de um dia para o outro!Gerir
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Chauque Armando Oliveira Nantamigo Bloqueadas até hj nao, mas sim o governo tinha que resolver a questao de manifestação duma forma passifica afinal de contas os manifestantes estão no seu direito plasmado na Constituição da República. São vidas humanas meu irmão que estão sendo seifadas e que nao terão nenhuma reposição. Agora vir chamar as pessoas de agitadores e que quem nao consegue viver na cidade que mude eu nao acho justo este discurso, nao vivo no Maputo mas senti na pele quando o PR proferiu esse discurso. Significa que aconteça o que acontecer devemos ficar cegos, surdos e mudos para nao sermos chamados de agitadores.
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Tony Nhabanga Yola Bernado quais estruturas do bairro mesmo? E será que as estruturas do bairro entendem um pouco da administração estatal?Gerir
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Esdras Daúce Jr. Annlawi Annlawi Jr são lambebotas porque quando reclamam em nome do povo já perdem o pãoGerir
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Yola Bernardo Tony Nhabanga meu caro se neste momento as comissões criadas estão a trabalhar com as mesmas estruturas do bairro em conjunto com o município!Gerir
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Clarïnho Chätö yola voce acha certo passar com alta velocidade numa via publica e ainda por cima sabendo que existe uma escola primaria ali? chega de lambebotismoGerir
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De Waan Candido Violencia é qndo o povo morre por causas evitaveis e o governo fica indiferente. Nyusi wa loya sabe.
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Fátima José De Waan Candido 😂😂😂😂😂
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De Waan Candido Qndo pensavamos k era tudo, veio outra a noite, a dizer k as pessoas sao atropeladas pk Não estao adaptadas à cidade, o melhor é se mudarem. Meu DeusGerir
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Kwákwa Macuacuarum Há um erro que se comete ao pensarmos que em qualquer protesto há alguém que está por detrás disso. Não é sempre dirigentes.
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Joaquim António Zandamela O presidente pelo que eu entendí ñ está contra manifestação, está contra violência. Também ñ por ser povo que tudo que faz tem razão. Ñ me recordo de ter ouvido os residentes de Chiango a pedir encontro com autoridades municipais e lhes ser recusado.
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Yola Bernardo Bem dito!Gerir
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Belino Nhalungo Kakakakaka... Para ti era necessário que os residentes de Chiango pedissem encontro com autoridades mucipais para resolverem o problema de acidentes? Lamentável. Para teu conhecimento, em cada área administrativa municipal existe lá um representante, sendo assim, subentende-se k as autoridades mucipais tinham conhecimento do problema. E isso de achar que tudo k sai da boca do chefe é correcto, só demonstra, pode ser sinal de escovismo de mais.
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Mario Albano A morte de pessoa é também uma violência principalmente quando o estado se exime das sua função.
Aquela via é púbica.
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Mauricio Mahoze Mahoze Senas autoridades, se procurassem nalgum momento entender o porquê de tantas mortes naquela local... Talvez eles mesmos tivessem tomado a iniciativa de convocar os moradores para juntos encontar uma solução.. Os moradores encontraram uma forma mais rápida de chamar a atenção de quem de direito deveria resolver o problema é num ápice já tem meio caminho andado...Gerir
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Armando Mulungo Mulungo Perdeu a oportunidade de ficar calado
Pexas qui o povo nao intende nada sobre atropelamento
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Amisse Matano De Avantes Sr Avestino, acontece que as viaturas que passavam por ali naquelas horas não eram do governo que estavam a forçar, mas sim de cidadãos como eles. Se querem manifestar, deixam de impedir o trânsito e vão no gabinete do presidente do município.
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Yola Bernardo O presidente disse mais ainda, que as pessoas devem se dirigir as estruturas do bairro, que por sua vez, farão chegar às preocupações há quem de direito!
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Ricardo Joao Joculevena era uma emergenciaGerir
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Yola Bernardo Que emergência?Gerir
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Mauricio Mahoze Mahoze Estrutura do bairro só serve para reunir camaradas... É não trazer soluções para os municípios... Havia sim carros do estado naquela manhã que tiveram de mudar de trajecto e possivelmente terão sido estes há accionar a polícia e passo seguinte começaram a tentar perceber o problema daquele punhado de gente...
Era urgente fazer se algo para travar o sangue que banha a estrada naquela zona... É parabéns aos residentes daquela zona pois para além de chorar as mortes de seus filhos dicidiram fazer algo para travar o derramento de sangue...Gerir
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Helder Inacio Machava A violência não é solução para a resolução dos problemas mais devo admitir que por causa da falta de vontade de quem lidera as pessoas optam por essa via como forma de pressionar a quem de direito a reagir.
Acredito que essa manifestação teve seus sinais no passado.
Mesmo assim devo admitir que a dita melhor estrada de Moçambique não reúne padrões aceitáveis para a circulação de carros e peões.
As vezes temos que aprender da nossa vizinha África do Sul onde grande parte das estradas tem sinais em dia e protegem o peão.
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Mario Luis Mahundla Falta de respeito com as vitimas de atropelamento e suas familias enlutadas..o presidente demostrou falta de amor com seu povo.usou os meios de comunicaçao para ofender o seu patrao..o sr presidente em cada presidencia aberta mete agua nos seus comicios ..so que desta vez foi pior ao ponto de nao respeitar as vidas das nossas criancas ceifadas diariamente na circular.e quando o povo grita pelo socorro o sr chama de nomes.o sr passou os limites de um ser humano.de um pai.tio e de avo.Gerir
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Oswald Manuellsson King O PR desta vez se equivocou de forma exacerbada, totalmente impensado.Gerir
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Florestal Xerinda Ja devia EU ter feito greve devido às covas da via lenta aka Av. Joaquim Chissano!Gerir
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Drg Nuvunga esses políticos pensam que o povo não vê nada eles sempre defende os interesses deles como negócio dinheiro e promover
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Chauque Armando Oliveira Nantamigo Mil vezes o sr PR estares a ler o discursos ja escritos do que tentar improvisa-los, porque nos seus discursos improvisados sempre acaba ofendendo o seu patrão. Que arange um lugar para transferir aqueles que tu achas que nao conseguem viver na cidade.Gerir
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Joao Senana Desculpem-me não acham que o manchete ou o título desse jornal é penoso demais???
O senhor afirmou e disse " QUEM NÃO ESTÁ PREPARADO PARA VIVER NA CAPITAL QUE SE MUDE"
👆👆👆👆 Esse sim, é que deveria ser o título dessa publicação.Gerir
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Armando Xavier Esse comportamento de crucificar o povo, exigindo formalismo que o povo faça, para que o seu grito de socorro seja ouvido pelos dirigentes,
Enquanto os dirigentes passam por cima do povo para alcançarem as ambições gananciosas.
Quantas pessoas morreram em chiango e os dirigentes municipais fingindo que não ouviram,
Agora o presidente diz tem agitadores.
Agitadores estão em Cabo delgado que andam em grupo decapitar pessoas inocentes e destruir bens de inocentes.
Em todo canto de mundo quando o povo sente se injustiçado e gravemente ferido pela dor do sofrimento revolta _se.Gerir
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Mauricio Mahoze Mahoze Talvez dê para perceber agora o porquê de não se actuar conforme em Cabo Delgado... Ainda andam a procura dos atiradores...Gerir
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Amisse Matano De Avantes Concordo com o presidente
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Eliane E. de Oliveira Quanto vale a vida de um pobre atropelado?
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Yola Bernardo Vida nenhuma tem preço, seja de um pobre ou rico!Gerir
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Tulia Lida Tembe Triste cenário .e com discursos desumanos .Gerir
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Mauricio Mahoze Mahoze Pois é... Ou não merecem estar na cidade que se mudem.
Um discurso totalmente infeliz.Gerir
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Jordan Antony Chally Não olhe para acções somente olhe tambem para a razão de nós termos agirmos daquela maneira . Perda deu filho ou membros da família é doloroso senhor presidente!Gerir
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Jordan Antony Chally Já está começar a ter comportamento do anterior presente, arrogância, esse não é o seu carácter senhor presidente, entenda os motivos que nos levou a manifestação!Gerir
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Cassimo Saidy Saidy Para ele la em cabo delgado ta tudo bem!!
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Sergio Sitoe Palhaço esse
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Yola Bernardo Porquê que o presidente é palhaço?Gerir
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Jr Chauque Podia ter cê gado a boca e fingir k nao sabe de nada como SempGerir
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Joaquim Motoca Issury Issury Certamente...! esta trabalhar para valer.Gerir
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Dina Amaral InsensatoGerir
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Raphael Arsenio Avelino Inguane E esse cota parece que tá descontroladoGerir
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Hermenegildo Chiúre Agora acerca de Cabo Delegado não dizes nada senhor presidente😯?!Gerir
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Zulficar Mahomed Discurso à Guebuza. ...
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Olhos Famintos Exagerou com a dosagem de maconhaGerir
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Mario Albano Acorda camarada , Sua Excia Senhor Presidente, acorda.Gerir
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Ibraimo Bimo Wahuabo Aly O país está entregue nas mãos dos CuruptosGerir
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Ricardo Joao Joculevena Erra uma emergenciaGerir
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Drg Nuvunga promover a corrupção fingir que estão contra a corrupçãoGerir
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Adriano VS Roubando também nunca se resolve Sr. Presidente
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Dèrcio Carvalho esse nosso presidente n sabe falar
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Moniz Chauque Concordo plenamenteGerir
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Ndegu Ndengu Pai de florindo fale dos problemas de cabo delgadoGerir
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Osvaldo Arnaldo Wachane Agradeca a esses agitadores! Porque se nao fosse por eles o senhor presidente nao teria conhecimento de que a criancas que sao atropelados a irem ou a voltar da escola.Gerir
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Laudêncio Sebastião Meu caro irmão,o Nyusi é informado em primeira mão de tudo que acontece aqui e no mundo 🌎
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Osvaldo Arnaldo Wachane Se e imformado porque nao mantem as estradas esburacadas quando tomam conhecimento de que vai visitar um distrito, mas nao fazem remendas pra quando ele passar pensar que estao sempre a fazer manuntecao.Gerir
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JO NA AS As vezes da vontade de perguntar a certas pessoas:
"O teu cú não fica com inveja da quantidade de merdas que sai pela tua Boca?"
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