AMÉRICA DO SUL
“Não posso me conformar com o sofrimento dos mais pobres e o castigo que está se abatendo sobre a nossa classe trabalhadora", escreveu o ex-Presidente.
LUSA 9 de Junho de 2018, 14:31
FotoREUTERS
O ex-Presidente do Brasil Lula da Silva, que está preso há dois meses por ter sido condenado por corrupção, divulgou o seu manifesto de candidato à presidência, pelo Partido dos Trabalhadores.
“É para acabar com o sofrimento do povo que sou novamente candidato à Presidência da República. Assumo esta missão porque tenho uma grande responsabilidade com o Brasil e porque os brasileiros têm o direito de votar livremente num projecto de país mais solidário, mais justo e soberano, perseverando no projecto de integração latino-americana”, escreve o ex-Presidente na sua página oficial, a partir da prisão em Curitiba.
No colapso da política, surge o militar Bolsonaro
O manifesto foi lido integralmente em público na noite de sexta-feira, em Minas Gerais, pela ex-Presidente Dilma Roussef, durante mais uma cerimónia de lançamento da pré-candidatura de Lula às eleições de 7 de Outubro.
No entanto, a candidatura é uma hipótese remota, uma vez que as leis eleitorais brasileiras proibem condenados em segunda instância, como é o seu caso, de concorrer a cargos público. O Supremo Tribunal Eleitoral deve pronunciar-se sobre a sua candidatura em Agosto.
O antigo chefe de Estado brasileiro foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, num caso do escândalo Lava Jato.
O Partido dos Trabalhadores mantém a esperança numa candidatura presidencial de Lula, que aparece como favorito nas sondagens, pedindo a sua libertação. O partido lançou uma recolha de fundos para financiar a candidatura.
No manifesto, Lula volta a reclamar inocência. "Há dois meses estou preso, injustamente, sem ter cometido crime nenhum. Há dois meses estou impedido de percorrer o país que amo, levando a mensagem de esperança num Brasil melhor e mais justo, com oportunidades para todos, como sempre fiz em 45 anos de vida pública”.
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Por detrás de Lula espreita Bolsonaro
“Não posso me conformar com o sofrimento dos mais pobres e o castigo que está se abatendo sobre a nossa classe trabalhadora, assim como não me conformo com minha situação”, diz Lula, que se apresenta como “preso político”.
O ex-sindicalista critica a política do actual Governo do Presidente Michel Temer, que na sua opinião protege os poderosos, e garante que a sua candidatura representa a esperança num Brasil melhor: “Um país em que todos possam fazer novamente três refeições por dia; em que as crianças possam frequentar a escola, em que todos tenham direito ao trabalho com salário digno e proteção da lei. Um país em que todo trabalhador rural volte a ter acesso à terra para produzir, com financiamento e assistência técnica”.
“Não posso me conformar com o sofrimento dos mais pobres e o castigo que está se abatendo sobre a nossa classe trabalhadora", escreveu o ex-Presidente.
LUSA 9 de Junho de 2018, 14:31
FotoREUTERS
O ex-Presidente do Brasil Lula da Silva, que está preso há dois meses por ter sido condenado por corrupção, divulgou o seu manifesto de candidato à presidência, pelo Partido dos Trabalhadores.
“É para acabar com o sofrimento do povo que sou novamente candidato à Presidência da República. Assumo esta missão porque tenho uma grande responsabilidade com o Brasil e porque os brasileiros têm o direito de votar livremente num projecto de país mais solidário, mais justo e soberano, perseverando no projecto de integração latino-americana”, escreve o ex-Presidente na sua página oficial, a partir da prisão em Curitiba.
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O manifesto foi lido integralmente em público na noite de sexta-feira, em Minas Gerais, pela ex-Presidente Dilma Roussef, durante mais uma cerimónia de lançamento da pré-candidatura de Lula às eleições de 7 de Outubro.
No entanto, a candidatura é uma hipótese remota, uma vez que as leis eleitorais brasileiras proibem condenados em segunda instância, como é o seu caso, de concorrer a cargos público. O Supremo Tribunal Eleitoral deve pronunciar-se sobre a sua candidatura em Agosto.
O antigo chefe de Estado brasileiro foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, num caso do escândalo Lava Jato.
O Partido dos Trabalhadores mantém a esperança numa candidatura presidencial de Lula, que aparece como favorito nas sondagens, pedindo a sua libertação. O partido lançou uma recolha de fundos para financiar a candidatura.
No manifesto, Lula volta a reclamar inocência. "Há dois meses estou preso, injustamente, sem ter cometido crime nenhum. Há dois meses estou impedido de percorrer o país que amo, levando a mensagem de esperança num Brasil melhor e mais justo, com oportunidades para todos, como sempre fiz em 45 anos de vida pública”.
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“Não posso me conformar com o sofrimento dos mais pobres e o castigo que está se abatendo sobre a nossa classe trabalhadora, assim como não me conformo com minha situação”, diz Lula, que se apresenta como “preso político”.
O ex-sindicalista critica a política do actual Governo do Presidente Michel Temer, que na sua opinião protege os poderosos, e garante que a sua candidatura representa a esperança num Brasil melhor: “Um país em que todos possam fazer novamente três refeições por dia; em que as crianças possam frequentar a escola, em que todos tenham direito ao trabalho com salário digno e proteção da lei. Um país em que todo trabalhador rural volte a ter acesso à terra para produzir, com financiamento e assistência técnica”.
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