Enquanto Cabo Delgado está a ser alvo de acções terroristas, Filipe Nyusi os seus ministros Celso Correia e Silva Dunduro estavam, na quinta-feira, na sala de um hotel de Maputo a apresentar Moçambique como destino para ecoturismo, revelando um desencontro com os problemas nacionais.
O próprio governador de Cabo Delgado também está em Maputo a participar nessa Conferência, enquanto a província da qual é governador vive atingida pela barbárie há mais de três semanas.
Filipe Nyusi, que continua sem dizer palavra sobre o terror em Cabo Delgado, falou sobre as potencialidades turísticas nacionais, no discurso de abertura da Conferência Internacional de Turismo Baseado na Natureza, um encontro anual de escala mundial, que decorre pela primeira vez em Moçambique.
A edição deste ano, que é organizada conjuntamente pelo Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Ministério da Cultura e Turismo e Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas, junta membros do Governo, profissionais especializados em turismo, conservacionistas, empresários e parceiros de cooperação.
“É nossa expectativa fazer desta Conferência um marco de viragem para o desenvolvimento das Áreas de Conservação de Moçambique como destino turístico no mercado global”, declarou Filipe Nyusi e acrescentou que a faixa de 2700 quilómetros de costa moçambicana do Oceano Índico tem algumas das mais belas ilhas, praias e recifes de coral, com uma grande diversidade de flora e fauna e que Moçambique declarou 25% do seu território como Áreas de Conservação, sendo imperioso garantir a sua sustentabilidade.
O próprio governador de Cabo Delgado também está em Maputo a participar nessa Conferência, enquanto a província da qual é governador vive atingida pela barbárie há mais de três semanas.
Filipe Nyusi, que continua sem dizer palavra sobre o terror em Cabo Delgado, falou sobre as potencialidades turísticas nacionais, no discurso de abertura da Conferência Internacional de Turismo Baseado na Natureza, um encontro anual de escala mundial, que decorre pela primeira vez em Moçambique.
A edição deste ano, que é organizada conjuntamente pelo Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Ministério da Cultura e Turismo e Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas, junta membros do Governo, profissionais especializados em turismo, conservacionistas, empresários e parceiros de cooperação.
“É nossa expectativa fazer desta Conferência um marco de viragem para o desenvolvimento das Áreas de Conservação de Moçambique como destino turístico no mercado global”, declarou Filipe Nyusi e acrescentou que a faixa de 2700 quilómetros de costa moçambicana do Oceano Índico tem algumas das mais belas ilhas, praias e recifes de coral, com uma grande diversidade de flora e fauna e que Moçambique declarou 25% do seu território como Áreas de Conservação, sendo imperioso garantir a sua sustentabilidade.
O Presidente da República de Moçambique disse que o turismo representa uma importante receita para a sustentabilidadefinanceira das Áreas de Conservação e gera rendimentos para muitos moçambicanos que vivem ao redor destas paisagens. “Esta conferência constitui um momento histórico do processo de governação e revitalização das nossas Áreas de Conservação”, disse o Presidente da República.
O director do Banco Mundial, Mark Lundell, afirmou que, a nível mundial, os Governos nacionais, as organizações não-governamentais e os gestores de Áreas de Conservação enfrentam dificuldades para conseguir financiar a protecção dos “habitats” e das espécies e, ao mesmo tempo, garantir que os residentes nessas zonas beneficiem das Áreas de Conservação. O “turismo baseado na Natureza” surge como uma das soluções para resolver o dilema.
“Ao promover a fauna bravia na natureza, e os espaços naturais como atracções, os países podem preservar os ecossistemas e gerar empregos para as populações que vivem mais próximo de animais selvagens”, disse Mark Lundell e acrescentou a honra de, em parceria com o Governo de Moçambique e o Global Wildlife Program, estar na realização da Conferência que visa promover o desenvolvimento do turismo sustentável e a conservação da vida selvagem.
Seretse Khama Ian Khama, ex-Presidente da República do Botswana, considera que, ao reunir profissionais de turismo, especialistas em conservação, formuladores de políticas, filantropos e empreendedores, a Conferência procura divulgar lições e as melhores práticas de empreendimentos de ecoturismo em todo o mundo. “Congratulo Moçambique pelo esforço que tem feito nesta área. Em 2015, África teve 70% dos ganhos através da gestão dos seus recursos. Uma boa governação e gestão dos recursos depende da restauração do ecossistema”, disse Seretse Khama.
O sector do Turismo em Moçambique emprega directa e indirectamente cerca de 280.000 pessoas e contribui com cerca de 3% para o PIB.
CANALMOZ – 08.06.2018
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