O embaixador da Rússia na ONU defende que tudo não passa de "uma campanha coordenada e muito bem planeada" com o objetivo de "desacreditar e até deslegitimar a Rússia"
O embaixador da Rússia na ONU afirmou hoje que Moscovo assume, com "alto grau de probabilidade", que os serviços de inteligência de outros países estejam por trás do envenenamento de um ex-espião russo e de sua filha na Grã-Bretanha.
Vassily Nebenzia disse ao Conselho de Segurança da ONU, numa reunião convocada pela Rússia, que "tudo confirma que esta é uma campanha coordenada e muito bem planeada" com o objetivo de "desacreditar e até deslegitimar a Rússia".
O embaixador não especificou de que serviços de inteligência a Rússia suspeita, mas referiu que o seu objetivo é acusar Moscovo de usar "uma arma horrível e desumana e de esconder o arsenal dessa substância".
Vassily Nebenzia defendeu que esta situação coloca em causa o papel da Rússia "não só na procura de uma solução para a Síria, como em qualquer outro lugar".
O embaixador disse ainda que a Grã-Bretanha é obrigada a permitir que a Rússia participe na investigação do ataque de 04 de março a Sergei Skripal e à sua filha, Yulia.
A 04 de março, Serguei Skripal, de 66 anos, e a filha, Yulia, de 33 anos, foram encontrados inconscientes num banco perto de um centro comercial em Salisbury, no sul de Inglaterra.
As autoridades britânicas afirmaram que os dois tinham sido envenenados com um agente neurotóxico de tipo militar e responsabilizaram a Rússia pelo incidente que classificaram como um ataque.
A Rússia negou qualquer envolvimento no ataque e o Reino Unido pediu uma investigação à Organização para a Proibição de Armas Químicas.
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