Thursday, February 1, 2018

O diabo está sempre nos detalhes.

CRESCIMENTO ECONÓMICO

 Os erros também

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Quando a esmola é muita o pobre desconfia. E eu desconfio da euforia de um país de onde todos os problemas parecem ter desaparecido. Não acredito em milagres. Os números e a realidade também não.
O diabo está sempre nos detalhes. É certo e sabido que o quadro geral pode parecer excelente mas que, muitas vezes, olhando-o mais de perto vemos as fissuras que o optimismo disfarça.
Temo que estejamos a viver – mais uma vez, outra vez – um momento destes. Uma daquelas alturas em que celebramos o presente, antevemos um futuro radioso e não queremos sequer saber das notícias menos boas. Mas elas estão aí. Alguns exemplos.
Poucos têm a noção que não é só de turismo que faz o milagre da recuperação económica, menos ainda saberão de que há uma indústria pouco sexy – a metalomecânica – que passou por uma profunda transformação e que, com o seu coração a palpitar naquela metade norte do país quase invisível na imprensa de Lisboa, é hoje responsável por 30% das exportações. É quase tudo pequenas empresas (23 mil que empregam 200 mil trabalhadores), mas só no último mês para que conheço os números (Novembro de 2017) a taxa de crescimento homólogo das exportações foi de 25%. Nada mal no país do foguetório por causa de uma taxa de crescimento da economia de 2,5% ou 2,6%.
Problema: esta indústria precisa de mais 28 mil trabalhadores e não os encontra. Não de lustrosos licenciados, mas de serralheiros, soldadores e operadores de máquinas. Isto é, de profissionais com aquele tipo de qualificação que o nosso sistema de ensino deliberadamente desvaloriza e que este Ministério da Educação proscreveu por razões ideológicas ao reverter medidas do anterior governo que procuravam seguir o exemplo alemão de ensino profissionalizante.
Outro exemplo: o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, gabou-se esta semana numa entrevista ao Expresso de que “estamos a fazer uma reforma importante da Segurança Social, que é diversificar as fontes de financiamento. Já temos duas novas fontes: o adicional do IMI e agora parte da derrama de IRC.” Ou seja, num país onde o gasto com pensões é já de 14% do PIB, bem acima da média de 8,2% da OCDE, o ministro não mostra qualquer preocupação com uma reforma que ajude a conter o crescimento dessa conta, antes se ufana de estar a sobrecarregar a economia com mais impostos.
Esta questão é tão ou mais importante quando todas as dinâmicas jogam contra nós. Só em 2017 houve mais 24 mil mortes do que nascimentos, um recorde negativo que acentua a crise demográfica de um país que é o sexto mais envelhecido do mundo e o segundo mais envelhecido da União Europeia. As consequências para o futuro são dramáticas: no espaço de uma geração haverá em Portugal apenas uns 8,4 milhões de habitantes, teremos três idosos para cada jovem e a população activa, que em 2011 era de 7 milhões, poderá estar reduzida a 4,6 milhões. Nenhum adicional do IMI sustentará este desequilíbrio demográfico.
Dir-se-á: mas isso é lá para 2051, muita água passará debaixo das pontes. É verdade, mas também é verdade que muita água já passou debaixo das pontes e não a recuperaremos. Esta semana, por exemplo, o primeiro-ministro festejou mais uma descida na taxa de desemprego. Óptimo. Mas se olharmos para os detalhes – o diabo dos detalhes – notaremos que, de acordo com o INE, em Novembro de 2017 havia 4,75 milhões de portugueses empregados. Recuando a Novembro de 2007, antes de o emprego começar a diminuir em 2008, verificamos que isso significa existem hoje em Portugal menos 200 mil empregos. Claro que estamos muito melhor do que no auge da crise, quando se tinham perdido 650 mil empregos, mas a verdade é que mesmo estando com uma taxa de desemprego mais baixa do que há dez anos, só recuperámos 450 mil desses postos de trabalho (curiosidade significativa mas esquecida: cerca de 200 mil foram recuperados ainda com o anterior governo). Se pensarmos que algumas das indústrias mais dinâmicas já estão com dificuldade em encontrar os trabalhadores de que necessitam é fácil deduzir que o potencial de crescimento da economia vai estagnar ou voltar a diminuir.
Dei estes exemplos concretos para fugir à maior aridez dos diagnósticos dos economistas, mas é curioso como, à esquerda e à direita, estes convergem em muitos alertas. De uma forma muito sintética, debaixo do tapete do “milagre orçamental” e do “milagre económico”, subsistem muitos dos problemas que, em momentos anteriores, nos levaram à crise – momentos em que também se vivia numa quase euforia, como no guterrismo dos tempos da Expo 98 (depois viria o “pântano”) e no socratismo anterior à crise internacional de 2008 (depois viria o discurso da “excepção portuguesa” antes do mergulho nos braços da troika). Eis alguns desses problemas:
  • As finanças públicas apresentam bons números mas totalmente dependentes de uma maior receita fiscal impulsionada pelo crescimento, de cortes irracionais nos investimentos e das cativações com reflexo na degradação dos serviços públicos correntes. Em contrapartida, as “reversões” e os novos direitos estão a criar obrigações futuras incomportáveis face a qualquer solavanco no crescimento das receitas fiscais e contributivas. Isto para não falar de uma dívida pública altíssima que pode ser uma bomba-relógio mal oscilem as taxas de juro, hoje a níveis historicamente baixos.
  • A recuperação económica existe mas tem pés de barro, pois o investimento nem sequer consegue repor o capital e as taxas de poupança nunca foram tão baixas. A produtividade tem vindo a baixar uma vez que muitos dos empregos são criados em áreas de salários baixos e pouco valor acrescentado. O regresso de algum consumo voltou a colocar pressão sobre a balança de pagamentos, sendo que o país tem uma dívida externa elevadíssima. A dívida privada também é muito elevada, limita a capacidade das empresas investirem e não ajuda o balanço dos bancos, onde não estão ainda resolvidos todos os problemas.
  • Boa parte do dinheiro que tem ajudado a economia a renascer tem vindo do exterior, mas isso tem-se feito à conta de alienação de património, o que pode ter começado nas privatizações mas continua hoje noutros sectores e no imobiliário, onde um quarto das vendas têm sido a estrangeiros. Pior: o mais recente relatório sobre a presença de capital estrangeiro no nosso país indica que em 2014 (e a situação só pode ter piorado desde então) este já representava 45% do volume de negócios das empresas sem contar com a banca e os seguros, assegurando 21% do emprego. Ou seja, estamos perante o quadro de uma economia dependente.
Claro que, não explodindo uma crise externa, nenhum destes problemas estruturais tira o sono a quem pensa nas eleições de 2019. As coisas continuarão a correr bem, mesmo que nem todos os ventos continuem a ser tão generosos como têm sido até agora. O diabo do detalhe, como sempre no nosso passado recente, é que quando os problemas surgirem estaremos igualmente desprotegidos, pois igualmente endividados, igualmente comprometidos com “direitos adquiridos”, igualmente avessos a reformas e, o que é o lado mais trágico de tudo, estaremos ainda mais envelhecidos e dependentes.
Mas até lá, repito, não se preocupem. O estado de espírito na Europa é de nem sequer querer olhar para os problemas ou espreitar para o que, em Portugal como noutros países, está de novo a ser escondido debaixo do tapete. Basta ver a forma como se celebra a saída da Grécia do seu terceiro resgate para ter a noção clara de que, tal como no passado, a vontade dos líderes europeus é mais de fecharem os olhos do que serem rigorosos. O seu estado de espírito é o mais favorável possível à complacência, à mesma complacência que conhecíamos nos anos pré-crise.
O diabo, repito, está nos detalhes. Mas quem quer saber deles quando o sol brilha e a máxima é aproveitar o dia? Carpe diem…"Insistir no engano de que precisamos de serralheiros é assunto requentado, não é por aí que vamos longe. Mau sinal é mesmo a indústria estar a pedir estas profissões, significa que é pouco qualificada e de baixos salários."

Este é o comentário do típico portuga de "esquerda" que assume que numa sociedade só são necessários "doutores e engenheiros" e que um serralheiro mecânico é alguém de baixo nível e consequentemente que urge fazer desaparecer.

Presumo que também pense o mesmo em relação a electricistas, canalizadores, soldadores, marceneiros ..... e viva em Marte!

 
Pirolito
39 m
"Quando a esmola é muita o pobre desconfia. E eu desconfio da euforia de um país de onde todos os problemas parecem ter desaparecido. Não acredito em milagres. Os números e a realidade também não"

JMF prefere criar os seus próprios factos e vende-los como realidade, como se viu no caso das escutas de Belém.  A tentativa de dar gravitas à campanha da direita judicial contra este ministro,  ou extrapolar como derivados do governo actual,  os problemas que a direita fomentou, esbarra nos tais números e realidade, que tantos amargos de boca trazem a pessoas do jaez do ex jornalista. 
Apache
43 m
Tudo o que diz JMF são verdades, claras e cristalinas, mas que não têm visibilidade no país. 
A população não tem nível de literacia para perceber esta bomba relógio.
A população não tem vontade, nem se quer chatear com isto. É mais interessante discutir e comentar as últimas declarações de um dirigente futebolístico qualquer. O que até entendo, mas cuja atitude apenas se pode praticar em países de gente séria. Convenhamos não ser o caso. Por mais "porrada" que levem destes socialistas, ainda não se convenceram que não são de fiar em matéria de contas. Nem as deles conseguem gerir, quanto mais as do país. E isto esquecendo outras matérias que não são de fiar. 

Costa como qualquer burlão, patrocinado por uma CS que devia ter  vergonha e decência, anda a vender um milagre que não existe, nunca existiu. Chamemos-lhe de esquema de Costa, em homenagem ao esquema de ponzi. 

Se hoje se vivem tempos de crescimento destaco 3 factores:
a) Saída bem sucedida do programa de ajustamento.
b) Crescimento da economia mundial.
c) Sector do turismo a um ritmo alucinante patrocinado por questões geopolíticas.

Nenhum dos 3 é obra deste governo. 
Nem este governo está a preparar o país (veja-se o investimento público), nem as populações (veja-se a taxa de endividamento). O único milagre a existir, será o de conseguirmos resistir a um 4º colapso sem doarmos o país INTEIRO! 

E isto não é questão de fé, apenas de seriedade e sobriedade, e de tempo.
Ou se muda rapidamente de orientações ou as coisas vão correr muito mal ao primeiro resfriado!
Adelina Maria Ribeiro RibeiroApache
38 m
Sem dúvida!
PirolitoApache
29 m
Em resumo, o povo vai pagar por não ter votado em quem, na prosa mistificadora do ex jornalista merecia,  e especialmente em quem JMF apostou as fichas (raciocínio válido igualmente para as eleições intestinas no PPD/PSD)
ApachePirolito
9 m
O POVO votou! E votou, não em quem está ao volante do país!! O povo vai pagar se o condutor teimar em seguir o mesmo trajecto, há mesma velocidade, e contra a mesma parede! 
Diria mesmo que o condutor ou está alcoolizado ou é um potencial criminoso coadjuvado por criminosos como ele.
Mas isso tu também já sabes.
Dr. Feelgood
48 m
Então se os " Óropeus " fecham os olhos e aplicam a complacência quero lá saber destes agouros e mais o diabo a 4............Quando estoirar, estoirou. Os ricos que paguem a crise !! Ora se aguentam as tragédias gregas, também irão segurar as outras. Com a velha excepção alemã que mais países europeus invertem as tendências macabras aqui exaradas?

Estou é farto deste choradismo perene e vitalício do triste faduncho de Tugalhal. Pourra, andamos aqui há quase 900 anos e ainda não parámos de lacrimejar?......Maricas, pá.
Joao Manuel
1 h
Quer que lhe diga qual a solução para o Tuga? Arranje maneira de se colar à teta pública com um contrato vitalício faça chuva ou sol!
São esses que ficarão sempre bem vestidos quando vier o vendaval... mesmo com hospitais degradados e serviços péssimos, esses mesmos trabalhadores do estado terão escolha pela ADSE e os seus salários assegurados com mais corte, menos corte.
Os outros vão comer porcaria novamente e pagar o assalto à 'coisa' pública a que estamos novamente a assistir! Dejá Vú!
Carlos Mambo
1 h
A parte da falta de mão de obra pode ser relativamente fácil de solucionar. Basta abrir as portas aos trabalhadores dos Palop e da Europa de Leste. Na realidade até é bem inteligente. Não deram despesa ao estado português na sua infância e poderão vir ajudar  a desenvolver Portugal na sua fase mais produtiva da vida, pagar impostos e, através das suas contribuições, diminuir o peso relativo das pensões.
chegaparali chegaparali
1 h
O diabo são os ordenados de miséria dos trabalhadores que dão no duro. O diabo está no desrespeito pelas ditas profissões "sujas" (sim, essas das metalomecânicas é uma delas). E isso reflecte-se na taxa dos nascimentos. Alguém de bom senso vai criar uma prol com os ordenados de miséria que se praticam em Portugal? Onde é que o JMF tem a cabeça? Lá em baixo. 
E cereja no topo: O JMF é dos tais que apoia a insegurança no trabalho para promover a economia. Isto é o que se chama não ter ponta de vergonha. 
Ó coiso.................É pá, isso de ter esferovite onde deveria estar um conjunto cerebral deve ser tramado. Alembras-te que na fase final do Estado Novo, já nos 60's / 70's, Portugal era dos países europeus com maior taxa de natalidade com as " proles " ( bem lembrado ) a serem aos 5 e aos 6 ou mais? Agora a verdadeira armadilha: - crês tu, ó criatura bamboleante, que as " condições " e os salários eram melhores do que agora?...............Agora a conclusão: - a maralha hoje quer é consmo, é o ir comer ao restaurante não-sei-quê, é o pópó novo de 2 em 2 anos, é o télélé da moda e essas coisadas, pá. ONDE um altamente qualificado e com falta de mão d'obra ganha uma MISÉRIA ???.............Devia ser na tua carola mas como não  a tens......Um canalizador ou electricista ou carpinteiro ganha mais que um " dótôr " o " inginhêro ". Apostas ou teimas ?
Caçador de Javalis
9 h
Parabéns J.M.F. a clientela para o diabo continua a ter crentes, pelo menos até acordarem para a realidade do novo século.
Antonio FonsecaCaçador de Javalis
1 h
Quem precisa de sair de um sonho acordado é o Caçador. 

E sobre o tema?? 
A sua onda é mais encher chouriços e empadas..Cuidado!! Não se canibalize.
Manuel Lisboa XII
9 h
Infelizmente tem razão JMF. De verdade, não são detalhes. Apenas constatação da realidade. Somente. Nem mais nem menos. Deveria acrescentar aos detalhes o enorme peso do aparelho de estado. Não diminui. Mantém-se ou aumenta e enquanto essa tendência persistir os portugueses estão cada vez mais dependentes, não de si próprios, mas sim de incompetentes governamentais. O actual governo socialista minoritário continuará a fazer tudo para se manter no poder. A conjuntura internacional é especialmente favorável. Depois, as pessoas no geral não se deram conta que diminuiu a repartição da riqueza com a actual equipa governamental, pois os impostos e taxas aumentaram, enquanto os salários continuam, genericamente, estagnados (é, aliás, o que pensa a esquerda governamental). O estado (e a respectiva máquina) permanece a monstruosidade absorvente da maioria da receita e causa de todas as manigâncias orçamentais, como as ctaivações e a razão fundamental de toda a precariedade. De facto a dívida pública geral irá diminuir este ano; porém, continua altíssima. Verdade, há crescimento económico e, consequentemente, menos desemprego, mas tratam-se de evoluções anémicas, até porque a política da maioria governamental é profundamente reaccionária e baseia-se, apenas (apesar de algumas declarações cosméticas), em não fazer ondas e deixar "as coisas" andar...os governantes não agem, assistem...esperam, internacionalmente, que a conjuntura os favoreça em novas eleições...o bloco de esquerda e o partido comunista português revelam-se com os mais fieis aliados da obediência ao conservatorismo europeu...e, mesmo assim, arrisco o prognóstico que vão perder rotundamente as próximas eleições...       
Joaquim Moreira
9 h
Partilho destas preocupações. Tratam-se de questões de quem está muito mais preocupado com o futuro. Quando a actual “solução de governo” foi criada para resolver problemas imediatos e continua, esta análise ou este relatório não tem qualquer efeito em quem apenas está preocupado com as próximas eleições. Aliás, são os mesmos que criam "códigos de conduta" para destituídos, ao mesmo tempo que infringem os mesmos "códigos" com a cobertura dos distraídos. Até que chegue "o diabo" mesmo!
Joao Eduardo Gata
10 h
Só os Tolos acreditam nos "Milagres" que os Aldrabões tentam vender como obra sua !
Paulo EstevesJoao Eduardo Gata
8 h
A última pessoa a falar de "milagres" em Portugal foi a Doutora Teodora Cardoso...
A partir dessa intervenção parece que ficou mesmo convertida.
Calou-se!
Miguel CardosoJoao Eduardo Gata
8 h
O milagre foi terem ido embora 100.000 portugueses em 2016 e outros tantos em 2017 e não se falar nisso, a dívida ter crescido 15 mil milhões, mais do que acresceu o PIB e nada, o deficit ter baixado menos de 2% em dois anos e mesmo assim só com recurso a cativações e quebra de investimento públicos recordes, com a dívida a fornecedores, nomeadamente nos hospitais EPE na estratosfera sem qualquer problema, em 2016 termos crescido menos que em 2015, em 2017 termos o 5º pior crescimento da UE e sobretudo a carga fiscal ter crescido mais do dobro do que cresceu a economia sem que isso faça qualquer confusão á indigência intelectual lusa.
... Ler mais
Miguel CardosoPaulo Esteves
8 h
Vocês têm sempre problemas viscerais com qualquer pessoa que seja minimamente séria, nem que ela também seja socialista como é a Teodora Cardoso, será genético?
Mario LaranjeiraMiguel Cardoso
3 h
Genético é que; a esquerda esquerda e esquerda ,comprou fogo de artifício para celebrar o vencimento acrescido dentro das suas hostes claro! ( até ver se...) e, não vamos falar disso malta!! Deixem o povo ver as notícias "escarlate " sobre justiça e aumentos de salário mínimo e o resto não se vai falar disso, para quê...
Dr. Limão, trate dos seus tachos e deixe de hipocrisia de liberal de aviário. 
Susana Oliveira
10 h
"Boa parte do dinheiro que tem ajudado a economia a renascer  (em 2016 e 2017) tem vindo do exterior, mas isso tem-se feito à conta de alienação de património, o que pode ter começado nas privatizações":  Em 2016 e 2017, não houve privatizações, logo, não veio dinheiro do exterior que com elas possa ser relacionado. ..."mas continua hoje ...Pior: o mais recente relatório sobre a presença de capital estrangeiro no nosso país indica que em 2014."..: O capital estrangeiro que entrou em Portugal até 2014, para compra de participações em empresas nacionais, é que ajudou a economia a crescer em 2016 e 2017??? Vou ali e venho já!
Susana OliveiraSusana Oliveira
10 h
Num registo diferente: o relatório que JMF tentou citar (tentou, pois esta não é praia dele) é da Dun & Bradstreet e pode ser em:
http://biblioteca.informadb.pt/files/files/Estudos/SE_participacao-estrangeira-em-portugal-2016.pdf


Henrique CarvalhoSusana Oliveira
9 h
...análise suas são truncadas.
Miguel CardosoSusana Oliveira
8 h
Não, de facto em 2016 e em 2017 não houve privatizações, essas o PS fê-las quase todas antes de 2011 ou deixou-as plasmadas no memorando. O que aconteceu em 2016 e 2017 foi muito pior, voltaram as nacionalizações, e foi pior do que no PREC porque mal se fizeram e foram pagas foram logo oferecidas por ajuste directo a "amigalhaços"! 

Obviamente que todo o capital que entrou em Portugal ajudou a economia, mas o que permitiu fazer investimento estruturante, que foi muito pouco, ajudou mais do que o que está a ser feito no imobiliário que é conjuntural e advém das políticas levadas a cabo pelo governo anterior no turismo, com os vistos gold e com os incentivos fiscais á residência de estrangeiros. estratégia que este governo manteve e bem.
Mario LaranjeiraSusana Oliveira
3 h
Dona Susana com o devido respeito , ele é que não tem direito a óculos de sol... E a senhora já viu que ele é moreno mas não é da praia 
O que é que falta privatizar no país?? Os transportes públicos  estão caucionados "privatizados" à CGTP. Só resta o ar e o mar..A "terra" essa está nas mãos de Angolanos, Chineses e Espanhóis.

As privatizações do governo anterior (poucas) foram exigências do programa de resgate. Programa de resgate financiado e assinado por um célebre "arruinador de pessoas/empresas/países" de seu nome Sócrates. Podemos falar sobre essas privatizações e negócios, novamente!!

JMF fez uma análise de onde veio o dinheiro que faz crescer a economia nacional. Do governo não é porque o investimento público é dos mais baixos que há registo, portanto..

Vá lá para onde tem de ir, e por lá permaneça. E muito agradecido ficaria se pudesse levar uns quantos consigo.
Carmen Maia
10 h
"tal como no passado, a vontade dos líderes europeus é mais de fecharem os olhos do que serem rigoroso" -> eu diria mais, por isso centeno foi escolhido para o eurogrupo.
João Kissol
11 h
É porque o Diabo está nos pormenores - que os Esganiçados Geringonceiros não percebem a subtileza...

> «Quem espera que o diabo ande pelo mundo com chifres será sempre sua presa», Schopenhauer.
victor guerra
11 h
Não há qualquer novidade no que escreve JMF.A diferenças são 1) os foguetórios não custam dinheiro e são diários 2) Portugal vive do que pede permanentemente nos mercados,logo não controla a envolvencia 3) os mercados turísticos,de fora da Europa,que perderam clentela,vão voltar ,oferecendo condições tentadoras 4) os políticos são eleitos por quatro anos,não vão perder votos por causa do envelhecimento,ou redireccionar o modelo económico.Logo se verá
carlos fernandes
11 h
Há esta lei que se adequa: "Do not believe in miracles; rely on them". O problema são os corolários que a acompanham.
Luciano Barreira
11 h
Insistir no engano de que precisamos de serralheiros é assunto requentado, não é por aí que vamos longe. Mau sinal é mesmo a indústria estar a pedir estas profissões, significa que é pouco qualificada e de baixos salários. 
Ferraz Rui José
12 h
Santa ingenuidade, mas agora quer tomar por sério um governo que empurra tudo com a barriga por mor de ganhar e continuar no poleiro?
Vou-lhe mandar a conta dos ansiolitícos que me obriga a tomar poque a realidade é uma chartice e não podemos fazer nada quanta isso!
Daniel Vaz
12 h
O que o José Manuel Fernandes se esquece de referir é que o nível de exigência e detalhe no que é pedido pela CE (e Eurogrupo) tanto na definição dos orçamentos de Estado como nos relatórios de execução orçamental são uns largos níveis de magnitude superior ao que eram em 2011, por exemplo (é que já nem falo antes disso). Muita da engenharia financeira habitual até 2011 simplesmente deixou de ser possível devido a melhor definição do que é dívida do Estado (em vez de andar, sem ser contabilizado, espalhado em diversas empresas Estatais que serviam de veículo para esconder essa dívida).
O aviso é sempre útil, entenda-se, no entanto também é útil - e mais que útil é uma questão de honestidade - deixar claro em que contexto os casos de Cavaco, ou Guterres, ou Durão, ou Sócrates se passaram e deixar claro porque muitos deles nunca mais se repetirão enquanto houver o actual nível de exigência.
Miguel CardosoDaniel Vaz
12 h
É verdade, daí este desgoverno ter optado por usar, em vez dos expedientes que usava antes de 2011, as cativações, a redução do investimento público e um brutal aumento das dívidas a fornecedores, e claro, sempre, o brutal aumento da receita fiscal.
Paulo Esteves
12 h
Também como alguém diria, às vezes vê-se a árvore mas não a floresta...
Aquele grande diabo anunciado por alguém não chegou.
Esse alguém, porque não veio esse diabo não teve outro caminho que não fosse bater em retirada. Ficou sem discurso político.
O diabo está exorcizado? Não.
A nossa economia é dependente de outras e da conjuntura internacional.
Há perigos na economia e conjuntura internacional? Há. E tem um nome: Dólar dos EUA!
Em queda há meses e não obstante a recuperação da economia dos EUA.
O dólar dos EUA deixou de ser uma reserva de valor.
Até onde pode ir a queda do dólar e as consequências que daí possam advir para a economia global ninguém sabe.
Mas estamos todos no mesmo barco.
E se o diabo vier virá para todos, não apenas para nós como nos tinham anunciado.
Os detalhes são importantes. Mas mais importante a substância.

Paulo Correia
12 h
Diabo, sempre o diabo. Mudar o discurso? para quê? o diabo resulta tão bem.
Soldado Milhoes
12 h
Um detalhe! O Diabo é que os empresários não querem pagar um salário em conformidade com a procura. Experimentem que vão encontrar os 20.000 operários que necessitam, que eles "andem aí".

Somente, e pontualmente consigo porque : O diabo, repito, está nos detalhes!
Roberto GonçalvesSoldado Milhoes
12 h
Sabe quanto ganha um serralheiro? Sabe quanto ganha um operador de CNC? O sr não passa de um ignorante formado em alguma "ciência" social, como a maior parte deste país, que apenas sabem mandar umas atordoadas sobre quem verdadeiramente trabalha.
Paulo CorreiaRoberto Gonçalves
12 h
Como se fosse vc a definir o que é ciência... A ciência define-se pelo método, seja mais humilde.
Antonio FonsecaPaulo Correia
12 h
Mas essa Ciência a que se refere Paulo Correia é verdadeira Ciência e não aquele pechisbeque chamado ciência social
Paulo CorreiaAntonio Fonseca
12 h
A sério?! Não existem ciências sociais, é isso que afirma? A econometria, a economia não são "científicas" que cheguem para si? 
Daniel VazPaulo Correia
12 h
A economia garantidamente que não é ciência alguma, por muito que lhe colem "social" ao termo.
Matemática é ciência, economia é o novo charope cura-tudo que nunca cura nada e só acerta à posteriori (especialmente quando se fala em macroeconomia).
Paulo CorreiaDaniel Vaz
12 h
Presumo que nunca levou uma lição de matemática de um bom economista. Devia experiemtar. Acaba com muitas manias. 
E digo mais. Nunca conheci individuos que endeusam a matemática que não fossem fracos nesse domínio. Quanto mais se sabe sobre um tema maior é a consciencia do infinito que se desconhece. E isso assusta. Trabalhei com doutorados em matemática e, caramba, nunca os vi pôr o seu mester à frente dos outros.
Daniel VazPaulo Correia
12 h
De matemática? Já vi soberbo domínio matemático por parte de economistas, mas não é isso que está em causa... o que está em causa é se a economia é ciência... e não é, sob definição alguma do termo.

Mas queira me provar errado: faça uma previsão usando um modelo económico e comprove que essa hipótese ocorre sempre como enumerado. Mas posso dizer-lhe: até ao dia de hoje a economia (e não matemática, como teoria de jogos que é um ramo da matemática aplicada) ainda não conseguiu prever resultados fidedignos e replicáveis a cada iteração. Consegue "prever" o passado (porque claramente não é explicar pois isso implicaria conhecimento, logo alguma certeza), mas fazer previsões reais, que se verifiquem... bem, basta ver que todas as doutrinas económicas existentes já falharam em maior ou menor número de situações. Todas. E sem explicarem nada.
Paulo CorreiaDaniel Vaz
11 h
A estatística não é uma ciencia social (é um ramo da matemática) e no entanto as "previsões" estatísticas sofrem da mesma falta de determinismo que vc aponta. Agora, seja corajoso e diga-me que a estatística não é ciencia. 
Daniel VazPaulo Correia
11 h
Ok, peço desculpa... eu estava a tentar discutir sobre o porquê da economia não ser ciência alguma, mas afinal é você que nem sequer sabe o que é "ciência". Desde quando é que "ciência" tem de ser determinística?! Assim de repente, sabe o que é quântica, certo? Então estamos falados... há com cada um... resuma-se à sua ignorância mas não tenha orgulho dela, sff.


Paulo CorreiaDaniel Vaz
11 h
Releia o que eu escrevi. Vc é que exigiu ter previsões infalíveis "previsões reais". A velha falácia "homem de palha"...
Não espere mais respostas, não me pagam para corrigi-lo nem educa-lo. Isso era um dever dos seus pais, nao meu.
Ricardo MarquesRoberto Gonçalves
10 h
É formado na ciência da foice e do martelo.
Paulo EstevesPaulo Correia
8 h
Estatísticas não são política.
As políticas podem ter consequências estatísticas....
E por mais que muitos teimem em não ver, a economia é um jogo de expectativas...
Se o "clima" é positivo as pessoas gastam mais, há mais dinheiro circulante e pode haver alguma melhoria nos indicadores económicos....
Se o "clima" é negativo, as pessoas retraem-se, e como tal o consumo. Diminui a massa monetária em circulação...e as consequências daí decorrentes são óbvias, mesmo para quem não é economista, basta ter algumas noções de finanças públicas.
Antonio FonsecaPaulo Correia
1 h
De Matemática sim.
De economia nunca. 
Antonio FonsecaPaulo Correia
1 h
A estatística é usualmente dada por matemáticos mas não é um ramo da matemática.
"no entanto as "previsões" estatísticas sofrem da mesma falta de determinismo que vc aponta."
Para lá do nome saberá mais alguma coisa sobre a estatística?

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