Saturday, February 24, 2018

Governador da Flórida quer um polícia em cada escola após massacre de Parkland





Estados Unidos da América


Rick Scott propôs elevar idade mínima para comprar armas para os 21 anos e a colocação de um agente de polícia em cada escola. Atirador do tiroteio de Parkland tinha 19 anos.

GIORGIO VIERA/EPA
Autor
  • Agência Lusa
O governador da Flórida defendeu esta sexta-feira a subida para 21 anos da idade mínima para a compra de qualquer tipo de arma e manifestou a vontade de ter pelo menos um polícia em cada escola.
Nove dias depois do massacre na escola secundária de Parkland, em que morreram 17 pessoas, o republicano Rick Scott apresentou propostas destinadas a aumentar as restrições para a compra de armas e a fortalecer as medidas de segurança escolar.
O governador garante que irá trabalhar com os legisladores estaduais durante as próximas duas semanas para elevar para 21 anos a idade mínima para a compra de qualquer tipo de arma na Flórida, com algumas exceções para jovens militares e agentes da lei.
Atualmente, algumas armas como a de assalto usado no ataque de 14 de fevereiro, podem ser compradas por pessoas que tenham mais de 18 anos.
O governador republicano disse ainda que mudará as leis para tornar “virtualmente impossível para qualquer um que tenha problemas mentais usar uma arma”.
Scott quer proibir a venda dos chamados ‘bump stocks’, acessórios que transformam uma arma semiautomática numa arma capaz de disparar centenas de tiros por minuto.
O republicano, que enquanto candidato recebeu o apoio da Associação Nacional de Armas, a poderosa NRA, e alcançou seu maior índice de aprovação por apoiar o direito às armas, pediu a presença obrigatória de pelo menos um agente da lei em todas as escolas públicas e um “treinamento de tiro ativo” também obrigatório para alunos e corpo docente.
Nikolas Cruz, de 19 anos, matou a tiro 17 pessoas, no passado dia 14 de fevereiro, na escola secundária de Parkland, naquele que foi o décimo oitavo incidente com armas de fogo em escolas ou locais próximos de estabelecimentos de ensino nos Estados Unidos, desde o início do ano.
O tiroteio abriu um debate sobre a posse de armas na América, com o presidente Donald Trump a manifestar a intenção de dar armas aos professores para prevenir mais incidentes nas escolas, dizendo que a medida abrangeria docentes com “treino especial” e “solucionaria o problema instantaneamente”.

FBI recebeu denúncia telefónica sobre atirador da Florida: “Ele vai explodir”


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Uma denúncia telefónica de 13 minutos alertava a polícia federal para a possibilidade de Nikolas Cruz, o atirador que matou 17 pessoas na Marjory Stoneman Douglas, poder invadir a escola e matar.


JenniferTintner/Twitter

14 de fevereiro. Nikolas Cruz, 19 anos, assassinou a tiro (com uma espingarda semi-automática AR-15) 17 pessoas, entre estudantes e professores, na Marjory Stoneman Douglas High School, na Florida. No começo do ano, a 5 de janeiro, o FBI recebeu uma chamada que alertava: “Ele vai explodir, sei que vai”. Ele era Nikolas. A chamada foi agora transcrita pelo jornal New York Times.
A polícia federal foi informada na denúncia (a chamada durou 13 minutos) que o atirador da Florida tinha armamento, munições, e poderia “invadir a escola e começar a disparar”, garantindo a fonte da denúncia anónima que Nikolas Cruz sofria de perturbações psicológicas e representava um perigo para os outros. A situação de Nikolas, explicava-se na denúncia, agravara-se aquando da morte da sua mãe, em novembro, utilizando o atirador o dinheiro do seguro de vida para adquirir mais e mais armas. “Vão às contas de Instagram dele e vão ver as armas todas”, concluía a pessoa que fez a denúncia.
Esta foi a segunda denúncia que o FBI ignorou a propósito de Nikolas Cruz. Também em janeiro, uma primeira mensagem enviada à polícia federal explicava que o atirador da Florida tinha “desejo por matar pessoas, comportamento errático e publicações perturbadoras nas redes sociais”, acrescentando o informador que Nikolas “poderia fazer um tiroteio na escola”.
O FBI veio, a propósito dessa primeira denúncia, dizer que os protocolos não foram seguidos e que, por isso, não foi iniciada qualquer investigação. Sobre a mais recente gravação publicada pelo New York Times o FBI ainda não se pronunciou.

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