Três tripulantes de nacionalidade bengali, iraniana e síria fugiram na madrugada de terça-feira do Porto de Pesca da cidade central moçambicana da Beira, junto ao Cais Manarte, a bordo do rebocador PSD-2, com a matrícula 5IM-675, carregando consigo balizas do Instituto Nacional de Hidrografia e Navegação (INAHINA) de Moçambique.
Atrás, deixam uma dívida para com a Administração Marítima de Sofala, no montante de 600 mil meticais (9,864.46 dólares norte-americanos), referente ao tempo de permanência da embarcação nas águas moçambicanas, mais precisamente no referido ancoradouro, a partir de Abril deste ano.
Segundo o Diário de Moçambique de hoje, o alerta sobre o desaparecimento do referido navio foi dado por volta das 6: horas de terça-feira. De seguida, as autoridades locais accionaram unidades policiais, visando a localização da embarcação e respectivos tripulantes, mas sem sucesso até ao fim do dia.
O facto foi comunicado à imprensa na manhã de terça-feira pelo administrador Marítimo de Sofala, António Reginaldo Vilanculos, que chegou, inicialmente, a acreditar que o rebocador poderia ser forçado a voltar ao Cais Manarte, através da intervenção dos agentes do Estado moçambicano.
Atrás, deixam uma dívida para com a Administração Marítima de Sofala, no montante de 600 mil meticais (9,864.46 dólares norte-americanos), referente ao tempo de permanência da embarcação nas águas moçambicanas, mais precisamente no referido ancoradouro, a partir de Abril deste ano.
Segundo o Diário de Moçambique de hoje, o alerta sobre o desaparecimento do referido navio foi dado por volta das 6: horas de terça-feira. De seguida, as autoridades locais accionaram unidades policiais, visando a localização da embarcação e respectivos tripulantes, mas sem sucesso até ao fim do dia.
O facto foi comunicado à imprensa na manhã de terça-feira pelo administrador Marítimo de Sofala, António Reginaldo Vilanculos, que chegou, inicialmente, a acreditar que o rebocador poderia ser forçado a voltar ao Cais Manarte, através da intervenção dos agentes do Estado moçambicano.
Ele partia do facto de o navio, sob comando do capitão de nacionalidade síria, Asmael Alsarwt, chefe de máquina, Seyed Nasr Soltan Nasr, iraniano e marinheiro Mohammad Jahangir Alam, bengali, ter sido visto na milha 12, o correspondente a 30 quilómetros do Porto da Beira.
Logo que nos apercebemos do sumiço da rebocadora, as nossas forças marítimas e lacustres iniciaram as buscas que culminou com identificação da embarcação, mas as tentativas de regaste redundaram num fracasso, disse Vilanculos.
Segundo o administrador Marítimo de Sofala, a saída do barco não é uma situação normal, porque no Porto de Pesca, àquela hora, estavam posicionados pelo menos 10 agentes da Polícia Marítima, Lacustre e Fluvial a vigiar o local.
São dados como fugitivos, porque saíram do porto cais, sem autorização das autoridades marítimas, polícias e muito menos do Porto de Pescas, onde estavam atracando, disse.
Ele referiu que a embarcação devia pagar uma quantia de 600 mil meticais referentes ao tempo de permanência nas águas moçambicanas.
O agente do ISS Moçambique, responsável pela embarcação em Moçambique, Manuel Paulo, quando tomou conhecimento da partida não autorizada do rebocador entrou em contacto com o dono, Hamid Perhayati, por volta das 10:00 horas.
Hamid Perhayati, por sua vez, accionou o sistema de controlo da empresa, denominada VCR, e descobriu que o navio estava a caminho do Porto de Durban, na África do Sul.
De seguida Hamid Perhayati contactou a representação da PSD-2, na África do Sul, tendo esta revelado que a embarcação havia mudado de rota, navegando para a Tanzania.
Outras informações, segundo o jornal, dão conta que, ainda na terça-feira, Hamid Perhayati mandou via correio electrónico uma carta dirigida ao administrador Marítimo de Sofala, António Reginaldo Vilanculos.
Ele pedia que intercedesse junto das autoridades moçambicanas para entrarem em contacto com as tanzanianas, com vista ao resgate do PSD-2 e detenção dos três tripulantes.
Em resposta ao pedido Hamid Perhayati, António Reginaldo Vilanculos submeteu o assunto a Procuradoria da República e à Polícia da República de Moçambique.
O Diário de Moçambique soube que o comandante provincial da PRM em Sofala, Alfredo Mussa, estive reunido na tarde de terça-feira com o administrador Marítimo e o capitão da Polícia Lacustre e Fluvial, para analisar e esclarecer a fuga dos tripulantes a borda do referido rebocador.
O encontro decorreu à porta fechada nas instalações da Administração Marítima de Sofala, junto aos Cais Manarte da Beira.
Espera-se que a Polícia, hoje, convoque uma conferência de imprensa sobre o caso.
O agente do ISS Moçambique, responsável pela embarcação em Moçambique, Manuel Paulo, contactado pelo Diário de Moçambique, disse que os três tripulantes ainda continuavam no solo pátrio, alegando que parte das suas revindicações não tinha sido satisfeita pelo proprietário da embarcação, de nome Hamid Perhayati, que neste momento encontra-se no Irão.
Os tripulantes exigiam que o patrão pagasse 50 mil dólares norte-americanos a toda tripulação. Mas o dono da embarcação aceitou 10.524 mil dólares referentes ao tempo que a embarcação esteve ao serviço da INAHINA. A revindicação do pagamento referente a um ano poderia ser liquidada no Irão porque foi lá onde foi elaborado o contrato, afirmou.
Em relação ao material do INAHINA, Manuel Paulo disse não entender os porquês de a empresa não ter retirado os seus utensílios da embarcação, uma vez que tinha autorização. É um espanto para mim saber que o material do INAHINA, ainda estava no barco. A empresa já tinha autorização para retirar o material logo depois da negociação com o dono do navio, disse.
Ele garantiu que mesmo depois de o dono da embarcação desembolsar os 10 mil dólares, continuava a honrar com o compromisso de fornecer à tripulação alimentos, água, medicamentos.
Entretanto, o Governo provincial chamou ainda na terça-feira a imprensa para, através do seu porta-voz, Lénio Mendonça, garantir que o caso de evasão da embarcação já estava nas mãos da Procuradoria em Sofala.
A Procuradoria da República já foi comunicada sobre a saída ilegal da rebocadora, para abertura de um processo-crime, no sentido de responsabilizar os culpados à luz do direito marítimo internacional e outra legislação em vigor no país sobre a matéria, disse.
Este é o desfecho ou parte de um caso de relacionamento turbulento entre os tripulantes e o proprietário do referido navio, que passou pela intervenção das autoridades provinciais de Sofala, com muitos contornos não devidamente esclarecidos.
FF
AIM – 06.12.2017
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