Ao longo de todo o ano, a Procuradoria-Geral da República (PGR) demonstrou que é uma orquestra desafinada. Não tem maestro. Ouviu-se simplesmente um barulho. Ora eram comunicados (violando o princípio da presunção de inocência) que eram distribuídos à comunicação social…até às redes sociais; ora eram detidos indivíduos sem culpa formada e que, por isso, no dia seguinte eram postos em liberdade. Tudo para fugir às incontornáveis dívidas ocultas.
Quantas vezes a PGR caçou bruxas, meteu os pés entre as mãos, vociferou, ladrou...e no fim nada? Até um ex-ministro foi julgado e condenado por causa de ninharias que nem roubou.
E lá onde a ferida dói, onde todo o moçambicano ansiava por ouvir qualquer pronunciamento, a PGR se manteve em silêncio. Virou um cão vira-latas. O ladrão entra e rouba basta se lhe atirar um osso podre, do ano passado, seco…
É isso que é a justiça no meu país. Uma pessoa dorminhoca e teimosa. Quando se levanta é para punir os fracos. Os que dizem andar de carros condignos não são castigados. Roubam, desgraçam mais de 27 milhões de moçambicanos, e nada. A estas alturas devem estar a beber champanhe enquanto os cães vadios da PGR apanham migalhas, lambem as crostas das suas próprias feridas.
E amanhã dir-nos-ão que foi preso um ladrão de galinhas, até distribuem comunicados. E as recomendações da Kroll? E os ladrões que se escondem nos escritórios da EMATUM, MAM e Proindicus? A festa faz-se com arraia-miúda…malta Zófimo e alguns pilha-galinhas. Os que andam lá na Friedrich Engels nada…são nobres…intocáveis.
E há quem diga que somos resilientes…ehehehehehehe…povo, povo, povo….
Nini Satar
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