28.12.2017 às 17h53
Dissolução abre caminho à convocação de novas eleições legislativas no país. Data provável é 4 de março
O Presidente italiano, Sergio Mattarella, assinou na quinta-feira um decreto para dissolver o parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas.
O Governo liderado pelo primeiro-ministro Paolo Gentiloni vai reunir-se ainda esta quinta-feira, pelas 18h30 (17h30 em Lisboa) para acertar a data das eleições. Data mais provável é dia 4 de março.
A decisão de dissolver o Parlamento foi tomada depois de uma reunião, esta quinta-feira, entre o Presidente e o primeiro-ministro italiano, e os presidentes da Câmara dos Deputados, Laura Boldrini, e do Senado, Pietro Grasso. Gentiloni garantiu que irá permanecer em funções “até ser eleito um novo governo”.
Na sua tradicional mensagem de Natal, o primeiro-ministro pediu a todos os partidos políticos para não espalhar o medo nem fazer promessas irrealistas. “Acho que é do interesse do país ter uma campanha eleitoral que limite o mais possível a disseminação de medos e ilusões”, afirmou então Paolo Gentiloni.
O aviso do primeiro-ministro serve aos partidos que têm feito promessas como aumentar o défice orçamental e reduzir os impostos, face a uma dívida pública que atingiu este ano um valor recorde. Também a imigração tem estado no centro do debate, com os partidos da extrema-direita a fazer apelos constantes contra aquilo a que se têm referido como uma “invasão de imigrantes” no país.
O Movimento 5 Estrelas de Luigi Di Maio, que defende a realização de um referendo sobre a saída do país do euro caso a União Europeia não aceite renegociar os seus tratados, continua a dominar as preferências dos eleitores italianos. Uma sondagem recente, citada pela Reuters, dava àquele partido 28% dos votos. Em segundo lugar, aparece o Partido Democrata de Matteo Renzi (centro-esquerda), com cerca de 23% dos votos. Em terceiro surge o partido de Silvio Berlusconi, a Força Itália, e em quarto a Liga Norte, de Matteo Salvini. A situação nas urnas espera-se incerta, com nenhum partido a conseguir obter uma maioria parlamentar. Antecipam-se possíveis - e impossíveis, dado terem sido já descartadas por alguns partidos - coligações.
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