As palavras que nunca te direi
01.12.2016 às 8h00
Morreu um homem controverso, mas um inabalável patriota.
De convicções fortes, convoca as mais altas paixões entre os que o idolatram e os que se lhe opuseram. Governou o seu país sem olhar a interesses pessoais, guiado apenas pela fé que tinha nos princípios que cedo na vida aprendeu – seguindo os ensinamentos de alguns dos mais influentes e controversos pensadores da civilização ocidental.
Cometeu erros, claro. Mas se é comum nalguns sectores da actual sociedade a referência a um “ditador”, a verdade é que está longe de ter sido um sanguinário. Talvez o maior erro será olhá-lo com os olhos de hoje e não contextualizar a sua acção no cenário de Guerra Fria, ao mesmo tempo que esquecendo de que há valores para lá da liberdade de imprensa. O seu país conheceu impressionantes desenvolvimentos sociais no seu mandato tendo perdurado como grande marca a edificação de escolas que cobrem o território de norte a sul, levando a escola pública a um interior que outros regimes esqueceram, longe das grandes cidades.
Nunca vacilou na resistência aos que, do estrangeiro, achavam que lhe podiam ditar outros caminhos, contrário ao seu sentido de patriotismo e justiça. Não hesitou mesmo em defender os seus ideais noutros continentes, nomeadamente em África para onde enviou tropas que tiveram um papel central nas guerras que terminaram o Colonialismo combatendo ao lado dos que, como ele, lutavam - nem sempre vitoriosos - com a convicção da razão.
Já afastado do dia-a-dia da liderança do país que tanto lhe deve, não deixou de estar no coração do seu povo, que tanto chora a sua morte, e que continuava a acreditar na sua liderança e na sua entrega abnegada. A sua morte,após invulgar resistência contra a doença, abre caminhos para novas reformas no regime e a melhoria de relações com o exterior, o que se saúda. O seu povo, enlutado, não o esquecerá e certamente se daqui a 40 anos a televisão quiser fazer a retrospectiva da sua vida o seu povo o elegerá como o maior de entre os seus, muito na frente daqueles que, derrotados pela história, lhe fizeram frente.
PS
Inspirado num post genial dum amigo e nos votos socialistas e comunistas de pesar por Fidel Castro aprovados vergonhosamente no nosso Parlamento, deixo aqui um possível obituário de António de Oliveira Salazar. Talvez daqui a 50 anos possamos pedir desculpa aos cubanos como teria de nos pedir desculpa o palerma que, há 50 anos, fizesse este obituário ao Comandante professor Salazar.
De convicções fortes, convoca as mais altas paixões entre os que o idolatram e os que se lhe opuseram. Governou o seu país sem olhar a interesses pessoais, guiado apenas pela fé que tinha nos princípios que cedo na vida aprendeu – seguindo os ensinamentos de alguns dos mais influentes e controversos pensadores da civilização ocidental.
Cometeu erros, claro. Mas se é comum nalguns sectores da actual sociedade a referência a um “ditador”, a verdade é que está longe de ter sido um sanguinário. Talvez o maior erro será olhá-lo com os olhos de hoje e não contextualizar a sua acção no cenário de Guerra Fria, ao mesmo tempo que esquecendo de que há valores para lá da liberdade de imprensa. O seu país conheceu impressionantes desenvolvimentos sociais no seu mandato tendo perdurado como grande marca a edificação de escolas que cobrem o território de norte a sul, levando a escola pública a um interior que outros regimes esqueceram, longe das grandes cidades.
Nunca vacilou na resistência aos que, do estrangeiro, achavam que lhe podiam ditar outros caminhos, contrário ao seu sentido de patriotismo e justiça. Não hesitou mesmo em defender os seus ideais noutros continentes, nomeadamente em África para onde enviou tropas que tiveram um papel central nas guerras que terminaram o Colonialismo combatendo ao lado dos que, como ele, lutavam - nem sempre vitoriosos - com a convicção da razão.
Já afastado do dia-a-dia da liderança do país que tanto lhe deve, não deixou de estar no coração do seu povo, que tanto chora a sua morte, e que continuava a acreditar na sua liderança e na sua entrega abnegada. A sua morte,após invulgar resistência contra a doença, abre caminhos para novas reformas no regime e a melhoria de relações com o exterior, o que se saúda. O seu povo, enlutado, não o esquecerá e certamente se daqui a 40 anos a televisão quiser fazer a retrospectiva da sua vida o seu povo o elegerá como o maior de entre os seus, muito na frente daqueles que, derrotados pela história, lhe fizeram frente.
PS
Inspirado num post genial dum amigo e nos votos socialistas e comunistas de pesar por Fidel Castro aprovados vergonhosamente no nosso Parlamento, deixo aqui um possível obituário de António de Oliveira Salazar. Talvez daqui a 50 anos possamos pedir desculpa aos cubanos como teria de nos pedir desculpa o palerma que, há 50 anos, fizesse este obituário ao Comandante professor Salazar.
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