Thursday, December 1, 2016

A Caixa e o Costa (mais o coitado do Ricardo Salgado)


Caixa Geral de Depósitos

Tal como uma andorinha não faz a primavera, dois homens competentes – António Domingues e Paulo Macedo – não garantem só por si que o ADN do sistema deixa de ser o que é. Como se tem visto até agora.
Foi na sexta-feira passada, poucos terão reparado. Numa das muitas entrevistas que deu a propósito do primeiro aniversário do seu Governo, António Costa repisou a ideia de que todos os problemas do sistema financeiro são culpa do anterior Governo, e concretizou: “Por sua responsabilidade, destruiu um banco como o Banco Espírito Santo”.
Escusam de esfregar os olhos para ver que aquilo que leram foi mesmo o que António Costa disse: não só foi, como não o desmentiu nem corrigiu (e recomendo que leiam o Fact Check que o Observador realizou logo nesse dia). Ou seja, num daqueles momentos raros em que deixou escapar o que realmente lhe vai no fundo do coração, o primeiro-ministro disse-nos que a destruição do BES não foi obra de Ricardo Salgado e da restante liderança do Grupo Espírito Santo, não decorreu de actos de gestão não apenas inconscientes como provavelmente criminosos e que estão por isso a ser alvo de investigação judicial. Não, nada disso: para António Costa foi Passos Coelho que destrui o BES. Como? Não explica. Mas o que sabemos é que Passos Coelho apenas teve uma intervenção decisiva nesse processo: no momento em que disse não a Ricardo Salgado quando este lhe pediu para pressionar a Caixa Geral de Depósitos a fazer um empréstimo de milhares de milhões ao GES – um empréstimo como aquele que levou para o fundo a Portugal Telecom.
Já o escrevi preto no branco e volto a repeti-lo: se Passos Coelho tivesse feito tudo mal nos seus quatro anos de governação, aquele “não” ao antigo “dono disto tudo” teria sido suficiente para eu lhe estar agradecido. Agora é altura de dizer, também preto no branco: aquela frase de António Costa é aterradora pelo que revela sobre os seus instintos como governante, e é também profundamente reveladora sobre o porquê de o processo da Caixa Geral de Depósitos estar submerso na trapalhada em que está.
Ter “salvo” o BES para este salvar o GES, pelo que sabemos hoje sobre o imenso buraco do Grupo Espírito Santo, teria sido fatal para a Caixa (como foi para a PT) e teria custado aos contribuintes uma quantidade indefinida de “BPN’s”. Ter “salvo” o BES teria representado também prosseguir com o tipo de interferências políticas que, ao longo de décadas mas com o seu apogeu nos anos de José Sócrates, fizeram com que a Caixa desse empréstimos ruinosos e, cúmulo dos cúmulos, perdesse centenas de milhões em empréstimos destinados a permitir um assalto ao poder num banco privado, o BCP, sob o alto patrocínio do “animal feroz”.
O que sabemos dos resultados da comissão de inquérito parlamentar ao caso BES (cujas conclusões o OS votou favoravelmente), o que já começámos a perceber da comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos e aquilo que podemos ler em livros recentes e bem investigados como A Vida e Morte dos Nossos Bancos de Helena Garrido não permite senão uma leitura: nos anos que precederam o pedido de ajuda externa e a intervenção da troika bancários, empresários e políticos envolveram-se numa “grande farra de dívida” que teve o seu paroxismo nos tempos de negação da realidade de 2009, 2010 e 2011.
Mais: quando se negociou o resgate com a troika (e quem o negociou ainda foi um governo do PS, o de Sócrates) não se conseguiu um pacote financeiro que permitisse limpar definitivamente o nosso sistema financeiro (como bem se explica nesse mesmo livro, pp. 81 a 91). O resultado (pág. 98) foi que “o único modelo de abordagem do problema que ficou disponível foi o de ir limpando as perdas à medida que elas iam aparecendo”.
No que diz respeito à Caixa Geral de Depósitos, os últimos anos (como se pode ler a pp. 157 a 166) foram em boa parte ocupados a afastar o banco público da multiplicidade de negócios ruinosos para que fora empurrado por sucessivos governos, a resistir a pressões para entrar em novas megalomanias (por exemplo: a PT e Ricardo Salgado tentaram tudo para que a Caixa entrasse, enterrando mais umas centenas de milhões, no desastre da fusão com a brasileira OI, o que só não aconteceu porque a administração de então se opôs e Pedro Passos Coelho também disse não, pp. 157 a 159). No final o balanço de Helena Garrido é claro: “estes últimos anos da Caixa interromperam uma década e meia de captura do banco pelos interesses políticos dos governos que protegeram empresários e negócios numa lógica de poder”.
Esta análise é em tudo contraditória com o discurso político do actual Governo quando surgiu a necessidade de mobilizar mais de 4 mil milhões de dinheiro público para a CGD. Este manteve-se fiel ao guião de que tudo o que estava mal era fruto dos últimos quatro anos, um guião que, percebemos agora, corresponde ao pensamento profundo de António Costa, ao que realmente sente o PS e está na massa do sangue dos socialistas: a banca é um terreno onde os governos devem intervir, tal como bancos amigos – como foi durante muitos anos o banco de Ricardo Salgado – devem ser salvos, custe isso o que custar aos contribuintes.
Mais: ao optar por uma gestão política confrontacional do dossier da Caixa, o Governo cortou deliberadamente as pontes para qualquer solução que pudesse ter um apoio mais alargado. Talvez o sinal mais claro do que estava para vir foi a intervenção, no início de Julho, de Mário Centeno na Comissão de Economia e Finanças da Assembleia quando falou de um “desvio de três mil milhões” na CGD. O tom da sua intervenção foi tão incendiário, a recusa a prestar esclarecimentos tão radical, que depressa o “desvio” se transformou em “buraco” e o alarme propagou-se como fogo numa pradaria ressequida, levando a que fossem recebidos no Banco de Portugal telefonemas alarmados de outros bancos centrais a perguntar o que se passava. Confrontado com a gravidade das suas declarações pela oposição, Centeno não teve pejo em dizer que se tratava de uma declaração “política”, sem perceber que estava a lidar com matéria explosiva.
É neste quadro que tudo o que tem a ver com a Caixa passa a ser tratado também pela oposição, e pelo PSD em particular, como arma de arremesso política, até porque a sucessão de inabilidades e disparates que acompanharam o processo de escolha e nomeação da nova administração lhe proporcionaram essa oportunidade.
Agora que António Domingues acabou por se demitir – e só tenho pena que tenha levado tanto tempo a perceber o cinismo e a duplicidade daqueles que o desafiaram para a CGD, tal como só lamento o grau de hipocrisia de quem sabia há muitos meses das condições colocadas pelo gestor (António Costa) e, mal percebeu que o tema era explosivo, tirou o corpo fora fingindo que nada era com ele –, é curioso ver lamentos sobre a “traição” do Bloco de Esquerda, como os de Paulo Trigo Pereira.
Na verdade as dificuldades agora existentes não deviam surpreender ninguém. A estratégia do Governo e de António Costa foi sempre a de ostracizar e demonizar a oposição, acreditando porventura que à sua esquerda não lhe levantariam problemas de maior. Devia ter percebido, logo em Dezembro do ano passado, com o Banif, que não seria assim. Aprendeu agora com a Caixa, e falta saber o que isso custará a nós todos.
Não deve de resto alimentar ilusões. A sombra tutelar do Bloco, Francisco Louçã, já veio dizer que nas decisões sobre a banca o Governo não deve contar com seguidismo, pois elas não estão abrangidas pelos compromissos da maioria, sendo necessários “novos acordos” não só relativos à CGD, como ao Novo Banco (que o Bloco quer nacionalizar) e ao chamado “banco mau”. Ou seja, anunciam-se novas divisões no bloco de apoio ao Governo no que respeita ao sistema financeiro, dossier que continua a ser um dos mais críticos da governação.
Será de resto curioso seguir os episódios dos próximos capítulos se se confirmar que é Paulo Macedo o escolhido para presidente da Caixa. Vão Catarina e Jerónimo aceitar de bom grado uma figura importante da anterior maioria, o ministro que acusaram quatro anos a fio de estar a destruir o Serviço Nacional de Saúde? E poderá Costa manter o seu registo confrontacional com PSD e CDS no dossier Caixa quando escolhe para a dirigir um ex-ministro da anterior maioria?
Já todos vimos porcos a andar de bicicleta e muito sapo a ser engolido, mas mais do que nos divertirmos com os futuros números deste circo em que estamos mergulhados, é bom tomarmos consciência de duas coisas, ambas centrais para avaliar o que se vier a passar neste processo. A primeira é que a reforma do sistema financeiro devia estar a ser feita na base de um grande consenso entre os partidos europeístas, e não com base nos equilibrismos necessários para manter o apoio de partidos (PCP e Bloco) que têm deste sistema uma visão em tudo oposta às regras europeias e ao funcionamento de uma economia de mercado. A segunda é que essa reforma está a ser dirigida por alguém que não foi capaz de esconder a sua nostalgia pelo tempo em que o banco de Ricardo Salgado medrava à custa de cumplicidades governamentais e fraudes internacionais.
Por mim, este é um quadro não dá para dormir descansado. Tal como uma andorinha não faz a primavera, dois homens competentes – António Domingues e Paulo Macedo – não garantem só por si que o ADN do sistema deixa de ser o que é. Como tudo o que se passou nos últimos meses tem vindo a demonstrar à exaustão.
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Fidel Castro

Um ditador é um ditador. Ponto final, parágrafo

José Manuel Fernandes
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O balanço de quase 57 anos de castrismo é trágico. Inimigo das liberdades, apenas ofereceu ao povo uma pobreza resignada. Por isso é intolerável a duplicidade moral com que avalia o legado de Fidel.


Comentários

A Caixa e o Costa (mais o coitado do Ricardo Salgado)

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José Ferreira Da Costa


QUANDO ANTONIO COSTA ACUSA PASSOS COELHO DE DESTRUIR O BES....AGORA  DIZ -SE  PRECISA DE TER LATA....COSTA PODIA ANTES  TER DITO QUE O PS DE SOCRATES E DE COSTA QUE FOI NR DOIS DE SOCRATES DESTRUI O PAIS ,LEVOU-O PARA A BANCA ROTA,,,,..DEVIA ESTAR CALADO
Nelson Guedes

a verdade é que o que o António Costa fazia referência à modelo usado pelo Passos Coelho, por muitos empréstimos toda a gente sabe que o problema não iria ficar resolvido!!!
Victor BatistaNelson Guedes

Bom racocinio! 
Cipião Numantino

É por aqui sabido que gosto pouco de Passos Coelho mas, neste concreto caso, fez o que tinha a fazer. A História irá registar as cumplicidades havidas entre o governo do Socras e o BES. Talvez o Dr. Costa sinta uma certa nostalgia disso mesmo. E se o BES ainda existisse o mais provável é que o o PS não estaria com a dívida monstruosa que tem. E a respetiva falência não fosse um facto mesmo ali ao virar da esquina. Pode ser só isso que o Dr. Costa condena no Passos. Se assim fosse faria todo o sentido!...
Joaquim Moreira

José Manuel Fernandes, cada vez mais me convenço que só com a cobertura incondicional do Presidente da República se pode fazer compromissos ilegais e sair ileso, ao mesmo tempo que se fazem afirmações como esta do BES, para responsabilizar Pedro Passos Coelho pela sua coragem em acabar com a promiscuidade entre a Banca e os Políticos. Estou até convencido que tudo isto é até do agrado do PR, por razões que a razão bem conhece.


Mais do que “pena” pelo tempo que demorou até “perceber o cinismo e a duplicidade daqueles que o desafiaram para a CGD”, tenho muita dificuldade em perceber como se pode acreditar em tal gente. Se for verdade que Paulo Macedo aceitou o lugar, só posso concluir que a Caixa vai deixar de responder ao Governo, para começar a responder ao BCE através do BdP, enquanto o governo se ocupa de manter a ilusão de que continuamos a ter um Banco do Estado.

Olho de Lince

De quem era a responsabilidade da supervisão da banca durante o governo PPC? Onde estava o dito Governo? Talvez a ver o DDT a fazer o que não devia, mas cobardemente caladinhos!

Jesus Manuel

A libertação da CGD dos captores que sequestraram durante 25 anos ( ver observador 2.3 mil milhões em risco) faz-se em 3 fases: 1. Derrotar a privatização e aprovar a recapitalização 100% pública.

2. Período de transição com pessoal do sistema mas novas orientações.

3. Mais limpas para a netoiyage correr contra o vento da história..não resulta




chegaparali chegaparali

Ainda me lembro deste sujeito tecer rasgados elogios ao Salgado pela oposição a Sócrates, considerando-o até como o catalisador para a queda deste. Talvez por isso Coelho, com medo de traição, lhe tenha dado a nega que não deu ao Banif. Mais, Coelho não quis meter-se com a banca, com o sistema financeiro. O sonho, o objectivo era liberalizar: a economia, os mercados, o trabalho, mais nada. Para ele no sistema financeiro não se devia intervir, chegando ao ponto de praticamente destruir a Caixa com o objectivo de a despachar baratinho e rapidamente. O cronista era e é um fervoroso adepto da desdita. E hipocritamente (ele escreve hipocritamente crónicas sobre a hipocrisia) ataca o actual governo pela situação do sistema financeiro. É preciso não ter vergonha na cara.


É um sabujo...lambe botas 

o coelho tinha de arranjar a saída limpa....se mexesse na banca ....lá ia limpeza...tanta nodoa que nem tide, Omo, Nem Skip 


e deixou uma borrada arrastar durante anos..
Jesus Manuel

Decadente...então agora o Domingues já é bom e competente?
Vasco Abreu

Os culpados disto tudo estão identificados, são dois e o seu acólito: poucochinho, catavento e mentes!

Jesus ManuelVasco Abreu

muito mente este Jmf..

paulo Macedo vai ser avaliado pelo pcp como administrador da caixa . Como ministro da saúde já foi avaliado e contestado a seu tempo e eu levou a UEFA do governo em que era ministro. Podes tirar o cavalinho da chuva que o pcp não vai contestar a nomeação do Paulo Macedo só por si. Quando tu vais JMF já o PCP vem. 
Cuca Neco

Já vários posteiros deste jornal, entre os quais eu próprio, garantiram que Costa fez um acordo com os banqueiros ao abrigo do qual ofereceu o Banif de borla ao Santander e vai fazer os contribuintes pagarem o resgate da Caixa.


Depois arranjará maneira de não ser o sistema bancário a pagar os prejuizos da venda do Novo Banco. Vão ser os contribuintes a aguentar com a penada, se o deixarem à solta.


O sistema é o que é e o PS é o que sempre foi. Um partido íntimo do capitalismo de compadrio. O seu papel na política é semelhante ao da comunicação social esquerdista em Portugal. Servem para dar uma cobertura de boas intenções ao capitalismo de compadrio e à corrupção do aparelho de Estado.
Vasco AbreuCuca Neco

Defendi essas ideias há precisamente um ano, quando tentava entender o porquê da oligarquia se ter juntado para afastar do poder o justo vencedor das eleições, Passos Coelho!
José BarretoCuca Neco

Nem mais ...

O partido da bancarrota no seu melhor ...
Victor BatistaCuca Neco

Essa do banif sera para pagar a divida do PS! 

Um dia iremos saber a verdade.

Este desgracado não dorme com medo que a recapitalizacao publica da caixa seja um sucesso. 
Victor Batista

Com o dinheiro dos contribuintes, 

Eu tambem seria um successo. 

e o BES vai ser com dinheiro de quem ? 

o que fez o governo inglês com o loyds ? não injectou dinheiro  dos contribuintes britânicos ? Não o nacionalizou e colocou lá o Horta e Costa ? não fez com que o banco gerasse lucros para pagar o empréstimo do estado ?  E agora não o vai privatizar novamente sem perder um tostão dos contribuintes ? O que vai acontecer ao novo banco ? quantos milhões vão os contribuintes perder porque aquilo vai ser vendido por tuta e meia ? 
Victor Batista

Sao duas realidades totalmente diferentes! 

Os Britanicos tem uma economia Forte, em que o proprio estado e todo poderoso. 

Eles resgataram 6 ou 7 bancos sem problemas e nos?

Nos declaramos falencia e ficamos presos por arames, enquanto eles ajustaram a economia à realidade e foi sempre a acelerar! 

Nos estamos a recuperar de uma bancarrota, nao temos dinheiro para mandar cantar um cego.

E eles sempre tiveram taxas de desemprego baixas, com o numero record de pessoas empregadas que atingiu o auge em 2015, 

Como ve nao da para  comparar. 
Jesus ManuelVictor Batista

vamos arranjar-lhe umas massas para o amigo mostrar o que vale ? Diga quanto precisa, para quê?



Não temos dinheiro para mandar cantar um cego ? quanto pagamos de juros ? quanto custou o resgate aos bancos e vai custar ? não temos dinheiro? todos os dias os fundos nos comprarm dívida a juros usurários , será porque acham que não temos dinheiros? ó home eu sei que é natal , mas o pai natal ? 
Jesus Manuel

100% de acordo....
Victor BatistaJesus Manuel

Amigo felizmente nao preciso! 

Guarde para si.
Victor Batista

Parabens JMF.

È sempre um prazer ler os seus artigos, eles sao de uma inteligencia e lucidez fantasticas. 

O chefe da geringonca enganou uns quantos, mas nunca me enganou a mim. 

Eu nunca dei o beneficio da duvida a Costa, 

Porque ele nao è uma pessoa de bem!

Se o fosse, teria feito o mea culpa sobre o governo de que fez parte. Mas ao inves atira as culpas a Passos. 

E a populaca ululante salta e grita em apoio do chefe. 

Sao os mesmos que desmentem que Portugal nao entrou em bancarrota, nao se passou nada! 

Agora quando a factura chegar, ca estarao os mesmos para pagar pelos previligiados. 

Quanto a mim so me resta transferir todo o meu guito para Espanha, e por tudo a salvo quanto antes. 

Nao pagarei mais impostos em Portugal, para sustentar xuxas aldraboes, vindeirinhos e ladroes. Basta! !!
Jesus ManuelVictor Batista

parabens?    Só confusões...e contradições este lambe botas elogiou até ao tutano anos  a fio o Ricardo Salgado e agora que o homem está em baixo há que espezinhar..?


Victor BatistaJesus Manuel

Esta enganado! 

Isso foi quando o DDT queria levar a caixa ao fundo. 

Nao ha confusoes. 
martins bento

Certo,certo ,seriam o Vara,o Galamba e a Mortágua,gente conhecedora dos "dossiers"
Joao MA

Excelente.

A nao perder as cenas dos próximos capítulos da novela:


CGD gerida 'á Costa'.

Vasco AbreuJoao MA

O país gerido à costa e à catavento!
Jesus ManuelVasco Abreu

e bem....apesar de ter de ser assim...cada vez menos felizmente.
Jesus ManuelJoao MA
ÚLTIMA HORA: Paulo Macedo terá aceitado o convite do Governo para liderar a Caixa Geral de Depósitos
Paulo Macedo terá aceitado o convite de António Costa para liderar a CGD, depois de uma primeira recusa. Segundo avança a SIC e o

Paulo Macedo terá aceitado convite para a administração da CGD

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Paulo Macedo terá aceitado o convite de António Costa para liderar a CGD, depois de uma primeira recusa. Segundo avança a SIC e o Jornal de Negócios, o Governo apresenta amanhã os novos nomes ao BCE.
MÁRIO CRUZ/LUSA
Paulo Macedo está a caminho da liderança da Caixa Geral de Depósitos. A notícia está a ser avançada pela SIC e pelo Jornal de Negócios que, citando fonte do Governo, garantem que o ex-ministro da Saúde terá aceitado o convite feito pelo executivo de António Costa, depois de numa primeira abordagem ter recusado ser o sucessor de António Domingues.
A informação ainda não é oficial, mas surge perto do final do prazo indicado esta segunda-feira pelo primeiro-ministro para a apresentar um novo nome para presidir à Caixa depois da demissão de Domingues conhecida no domingo à noite. António Costa assegurou que o candidato seria apresentado ao Mecanismo Único de Supervisão (Banco Central Europeu) esta semana. E fontes governamentais chegaram a admitir que a proposta seria ainda feita na quarta-feira. Paulo Macedo foi questionado nesse dia sobre o convite para a Caixa, recusou responder.
O antigo ministro da Saúde terá resistido numa primeira abordagem, até porque teria indicação de que seria nomeado como vice-governador do Banco de Portugal. Esta seria uma vontade do Governo, -noticiou o jornal Público, pouco depois do nome de Paulo Macedo surgir associado a um plano B para a Caixa quando se percebeu que Domingues poderia bater com a porta por causa da polémica das declarações de rendimentos. Na altura, o primeiro-ministro negou a existência deste plano, que agora teve de concretizar em poucos dias.

Banco de Portugal? Deve ficar para outra oportunidade

Segundo o Jornal de Negócios, Macedo teria preferido ocupar o cargo de vice-governador do Banco de Portugal. Atualmente administrador da Ocidental Vida, Paulo Macedo terá acedido ao convite de António Costa, sensível às dificuldades que o Governo estava a ter para substituir António Domingues numa janela temporal muito curta. Domingues sai até ao final deste mês e há um plano de recapitalização para fechar com a Comissão Europeia.
O Governo deverá enviar já esta sexta-feira para o Banco Central Europeu os nomes da nova administração do banco público. E a inexistência para já de um comunicado a confirmar a escolha do novo presidente da Caixa pode indiciar que o gestor e o Executivo querem primeiro fechar a equipa da administração antes de avançar com a proposta para o BCE. O Banco Central Europeu avalia a idoneidade e adequação de cada um dos candidatos a administrador, mas também o conselho de administração como um todo. E não é comum validar um nome de cada vez.
Uma das questões que tem de ficar esclarecida é a manutenção na equipa dos três administradores executivos da equipa de Domingues que não renunciaram ao cargo. Entre estes casos estão Tiago Ravara Marques e João Tudesca Martins, dois dos quadros do BPI que transitaram para a Caixa com o objetivo de integrarem a equipa de António Domingues. Os gestores ficaram responsáveis por dois dossiês sensíveis em todo o plano de reestruturação do banco: a gestão do pessoal, que vai implicar novos despedimentos, e a reformulação dos procedimentos para a concessão de crédito, área crítica onde tiveram origem muitos dos problemas atuais da Caixa, forçada a assumir imparidades provocadas pela incapacidade de grandes devedores em assumirem os compromissos decorrentes dos empréstimos contraídos.

No Fisco, ficaram com saudades

Paulo Macedo, 53 anos, nasceu em Lisboa. É licenciado em organização e gestão de empresas pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) e pós-graduado em gestão fiscal. Já tinha sido falado em março na imprensa como um dos nomes possíveis para suceder a José de Matos, mas a escolha acabou por recair em António Domingues. Apesar de ser a escolha preferida pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, o nome de Macedo não terá agradado a todo o Governo, sobretudo pela passagem pelo Executivo da coligação PSD/CDS, que os socialistas têm acusado de enfraquecer a Caixa Geral de Depósitos.
Portugal ouviu falar de Paulo Macedo quando este foi contratado ao BCP para o cargo de diretor-geral de Impostos durante a passagem de Manuela Ferreira Leite pela pasta das Finanças, ente 2002 e 2004. O gestor assegurou o vencimento do lugar de origem, na altura cerca de 23 mil euros por mês, um valor polémico, ainda que um pouco inferior ao vencimento fixado para António Domingues que o Governo quererá manter na nova administração.
Apesar do salário elevado, o desempenho de Macedo no cargo foi elogiado, incluindo pelo sindicato dos funcionários do Fisco. O trabalho chegou a ser reconhecido pelo Executivo socialista que se seguiu, liderado por José Sócrates, e só em 2007, no mandato de Fernando Teixeira dos Santos como ministro das Finanças, Paulo Macedo abandonou a liderança da administração fiscal a seu pedido. O salário elevado, pelos padrões da função pública, foi o principal motivo para a decisão, num quadro em que nenhum cargo na administração pública poderia auferir um salário superior ao do primeiro-ministro, na ordem de pouco mais de cinco mil euros, na época.
Quadro do BCP, condecorado por Jorge Sampaio como grande-oficial da Ordem do Infante D. Henrique e elevado a grã-cruz por Cavaco Silva, Paulo Macedo esteve ligado à criação da Medis, uma das primeiras empresas de seguros privados de saúde. Chegou a vice-presidente do banco com a administração liderada por Carlos Santos Ferreira, da qual saiu em 2011 para ocupar a pasta da Saúde no Governo liderado por Pedro Passos Coelho e onde teve de enfrentar os cortes na despesa impostos pela troika. Quando saiu do Governo, Macedo voltou ao BCP como diretor-geral, mas entretanto foi nomeado administrador da Ocidental Vida, uma seguradora participada pelo banco português, mas controlada pelo grupo holandês Ageas.
Norberto Sousa
Norberto Sousa Lá competência, com provas dadas, não lhe falta, mas nem escolhe a sua equipe, pois há administradores que não tomaram as dores de António Domingues, pelo que, não começará da melhor maneira. Desejo-lhe sucesso
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Tiago Oliveira
Tiago Oliveira Independentemente das cores políticas, sempre transmitiu seriedade. Oxalá não desiluda!
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Cristina Rocha Antunes
Cristina Rocha Antunes Paulo Macedo e Carlos Tavares ... faz lembrar quando éramos pequenos e nos pediam segredo: contávamos a toda a gente que encontrassemos pedindo segredo
Joao Cardoso Das Neves
Joao Cardoso Das Neves Ja tem o curso ou o BCE vai manda-lo tirar?
Mas não era este o mau ministro da saúde que o PS tanto atacou?
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Antonio Roxo Matias
Antonio Roxo Matias Muito boa escolha...o quemeespanta é que foi tão criticado antes, todos sabemos por quem e agora estão caladinhos...riririririririr
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Ana Bela Fontinhas
Ana Bela Fontinhas A esquerdalha nem pia. Será que não teem nenhum comuna competente para o cargo ??????
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Luís Pedro Crespo
Luís Pedro Crespo Pois, só mesmo um ex-ministro da saúde para fazer um diagnóstico à grave condição da CGD...
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Bartolomeu Marciano
Bartolomeu Marciano Não merecia ser segunda escolha. Se tivesse sido ele a elaborar o plano tudo bem, agora ir executar o plano dos outros......
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Nuno Pereira
Nuno Pereira Foi enxovalhado, chamado de incompetente, por supostamente ter dado cabo do Sns. E agora a geringonça chama por ele...
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João Gonçalves
João Gonçalves Mais tarde vai ser o culpado de tudo !com esta giringoça só preso é que aceitava o lugar.Respondia-lhes vão dar uma volta.
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Luis Filipe Sousa Fraga
Luis Filipe Sousa Fraga Engraçado, tem o mesmo nome que um ex-ministro do PPC...
Antonio Oliveira
Antonio Oliveira Como é possível este governo contratar um ex ministro que tanto criticaram para ser presidente da CGD ? Onde esta a coerência desta gente?
Dionísio Ventura
Dionísio Ventura Para a saúde foi pior que o tabaco, como prémio entregam-lhe a banca!
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Sergio Raposo
Sergio Raposo Golpe genial do ACosta, cala os PAFiosos e coloca uma pessoa altamente competente na Caixa, esta foi de génio.
Mário Blue
Mário Blue Agora já precisam de um ministro do Diabo que destruiu o SNS... Comediantes!
Jorge Duarte
Jorge Duarte Se é verdade é das poucas decisões sensatas do Xamuças
O Bloco de Esterco deve estar a congeminar o que fazer para o destruir
Helena César
Helena César Boa aposta gosto muito deste senhor .Deus queira que não me desiluda.
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Francisco Macedo
Francisco Macedo Então não era o pior ministro da saúde dos últimos anos?
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Fernanda Lemos
Fernanda Lemos Um homem honesto e um grande gestor.
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Jorge Ferreira
Jorge Ferreira Então este agora não é um perigoso fascista? Como foi chamado pela esquerda portuguesa
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António Franco
António Franco Paulo Macedo ex-dr.Morte na CGD? Morte certa para a Caixa
Maria Delfina Vasconcelos
Maria Delfina Vasconcelos Devia ter sido a primeira escolha.
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Alberto Pinto
Alberto Pinto Grande contratação, grande gestor, agora a CGD vai ter bom rumo.
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Salette Coelho
Salette Coelho Muito boa escolha com provas dadas.
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José António Marafuz
José António Marafuz Então? Já não é incompetente? E os comunas não piam?
Antonio Pacheco
Antonio Pacheco Admira-me! Va-se misturar com a mediocridade reinante?
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Daniel Guerra
Daniel Guerra Se não lhe tirarem o tapete, penso que vai fazer um bom serviço
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Jorge A Lopes
Jorge A Lopes Cheira a armadilha... é o melhor mas não devia ter aceite...
Luis Baptista
Luis Baptista Q nojento
Pedro Marques
Pedro Marques Pudera....banco,estado....dinheiro....
Carminda Canha
Carminda Canha Boa sorte! Gosto dele. Tem uma imagem de seriedade e competência.
Joaquim Torres
Joaquim Torres Ainda se vai arrepender
Ana Pouseiro
Ana Pouseiro E VAI GANHAR O MINIMO ORDENADO MUITO BEM.
Carlos Lopes
Carlos Lopes Grande esperança
e bem....mau para grupetes...

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Alberto Sousa
1 h
OH NICOLAU,
TEM JUIZO E PÕE-TE A PAU,
NÃO OLHES AS ALFACINHAS,
QUE AS PINTURAS FAZEM BELAS.
OH SRº MACEDO,
VENHA CÁ, NÃO TENHA MEDO. 
QUE A "CAIXINHA" DOS SEGREDOS,
ESTÁ AQUI, Á SUA ESPERA.
Lucilia Fonseca Domingues
2 h
Afinal vemos um neoliberal que só tinha defeitos no governo de Passos Coelho, a ter de vir resolver os problemas que a geringonça criou. As voltas que a vida dá...
Foi a comissao europeia que bateu com o pe e disse que desta  vez tinha de se alguem competente! 

Mas os xuxas ja nao conseguem cumprir o requisito com alguem da laia deles.

Entao foram buscar um ex ministro do anterior governo,Caso algo corra mal podem culpar o Passos outra vez.

Desta vez nao vem ninguem das proprios fileiras, porque eles tem medo de nao encontrarem os certificados das licenciaturas. .
Rui Pedro Matos
2 h
Pena ser agora....Já deveria ter sido indicado há mais tempo e não teríamos a vergonha de um ministro das finanças e seu secretário de estado a fazerem LEI para a pessoa X!
Joao Fernandes
3 h
As voltas que a vida dá, ele (Dr Paulo Macedo) esteve sempre ali, disponível e com provas dadas, parabéns ao atual governo por reconhecer, desta forma e com a saída dos últimos quadros por falta de qualificações, que não tem pessoas no aparelho com competência para liderar o nosso país, é triste que queiram ser governo, comandar os destinos de Portugal sem pessoas qualificadas para o fazer !
Miguel Évora
3 h
Uma excelente escolha. 

A ironia é que seria a primeira escolha de Passos Coelho, não tenho dúvidas.

Quando a coisa fica de pantanas são sempre os mesmos a resolver.
José Cardoso Dos Santos
3 h
"The man for all the reasons"...tenha cuidado P Macedo, o poder liquidou Thomas More.
Seja feliz...
Vasco Abreu
3 h
Afinal o governo de Passos tinha ministros de grande mérito! Pouco a pouco vão regressar todos, até Passos!
Katty Jerónimo Costa
3 h
No lugar do Paulo Macedo teria mandado o poucochinho à vida...

Porque é que o poucochinho não manda para lá o Galambinha juntamente com a Mortágua?

Musketeiro .
3 h
Se assim for, excelente notícia.

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