Intrigas ou fumo anunciando início de incêndio?
O texto partilhado a seguir não é meu. Mas o partilho aqui porque me parece poder ser interesse dos moçambicanos que visitam esta página.
Parecendo que não, as disputas internas pelo controlo do poder partidário na Frelimo devem interessar a todos os moçambicanos, dada a dimensão político-histórica—tanto no plano nacional quanto no internacional—deste partido político no poder em Moçambique desde 1975. É que se essas disputas resultarem na tomada do controlo do poder partidário por pessoas politicamente mal preparadas, então adeus República de Moçambique!
Com o poder político NÃO SE DEVE brincar. Mesmo com os seus problemas internos, a Frelimo, dirigida pelos homens e mulheres da geração do 25 de Setembro, soube defender e preservar a independência e a soberania de Moçambique durante os últimos 41 anos da nacionalidade moçambicana. Há um imperativo natural de esta geração passar a gestão e direcção da Frelimo às gerações mais novas. Mas essa passegem de testemunho deve ocorrer de forma GRADUAL, sem esquemas fraudulentos para afastar da cena política os construtores do nosso Estado. Comportamentos como os relatados na mensagem a seguir partilhada NÃO DEVEM ser encorajados, porque encerram o potencial de hipotecar a nacionalidade—ou mesmo ERRADICAR—a nacionalidade moçambicana.
------ INÍCIO DE TEXTO PARTILHADO ------
Canal de Moçambique: pasquim de Celso Correia
Consta que antes de ir aos EUA Celso Correia jantou com o editor do Canal que, dias depois, publicou (última edição) o artigo sobre as alegadas Mussumbuluku e Gregorio Leão. Já que denunciamos o Fernando Lima (que também publicou um artigo sobre a MAM e Proindicus, que vaticinava que as multinacionais não aceitariam trabalhar com estas empresas) como sendo assessor do Celso Correia e pusemo-lo contra a parede e para não ser óbvio, Celso Correia jantou com o editor do " Canal", antes de viajar aos EUA e deixou recomendações nesse sentido. Este, por sua vez, procurou os amigos de Mussumbuluko (incluindo a esposa Maura, de quem está separado) que se diz ter algum material comprometedor susceptivel de colocar o PR sob pressão dos generais Makondes e outros que defendem a substituição do Gregorio Leão, alegadamente porque é fiel a Guebuza, quando no fundo o que querem (com a substituição de Leão) é enfraquecer o SISE para que Nyusi ande às cegas (pois com as mudanças no SISE quebra-se a dinâmica que afecta o fluxo de informação pela cadeia de comando) nas véspera de grandes momentos da vida político-partidária (reunião de quadros e Congresso), situação que poderá propiciar a implementação dos planos desse grupo de empurrar Nyusi. E o melhor argumento que têm é o pretexto de combate à corrupção pois tem provas de que Nyusi, enquanto Ministro da Defesa, conhecia bem (o que o torna autor moral) o dossier das dívidas ocultas, pois tem assinaturas suas em documentos relacionados com o processo.
Celso Correia e companhia têm a certeza que não vão conseguir prender Guebuza pois, as suas fontes ligadas às investigações já o asseguraram que este não assinou (autorizando) nada pois a operação era inteiramente das Forças de Defesa e Segurança (FDS), que integra a Defesa, Interior e SISE. Mas como a prisão de Guebuza (e enfraquecimento dos seus apoiantes) não é o objectivo principal (fim último), mas sim um meio para enfraquecer a Frelimo (quiçá fracturá-la) e depois tomar de assalto os seus órgãos abrindo espaço para ascensão de Celso Correia a Secretario-Geral da Frelimo, o que viabilizará a candidatura de Luísa Diogo à PR, em 2019.
Não é por acaso que enquanto Celso Correia está se reunindo com técnicos do FMI a passar a proposta de texto que quer que o FMI introduza nos Termos de Referencia que está a ditar a PGR, termos estes que extravasam o fórum de competências e actuação do FMI (pois não tem nada haver com a sua mission statement), Oswaldo Petersburg, disse na última reunião do Conselho de Ministros, que tem a lista dos Ministros promotores da grande corrupção, lista essa que lhe foi entregue pela vice-Ministra de Economia e Finanças. Segundo Doquinhas (que à semelhança de Celso Correia é amigo pessoal do PR) Já que o Primeiro-Ministro não quis dar continuidade ao debate ele e o seu grupo fariam na reunião de quadros que se avizinha. Isto à partida, indicia que o grupo vê no Partido Frelimo a única plataforma para a materialização dos seus objectivos.
A ser verdade isso (que existe uma tal lista) só podemos concluir o seguinte: A não renovação do Presidente Nyusi é um objectivo que deve ser alcançado independentemente dos meios.
Para o efeito, conta com uma equipa ampla cuja lista inclui os seguintes membros do Governo:
1. Adriano Maleiane (que cumpre instruções dadas por esta, incluindo a de não se demitir alegadamente porque faltam apenas 24 meses para o fim do mandato);
2. Celso Correia;
3. Oswaldo Petersburg;
4. Isaltina Lucas.
Ga Famba Gona
------ FIM DE TEXTO PARTILHADO ------
Depois de ler esta mensagem, é entedimento que o Presidente da Frelimo—que por sinal é também Presidente da República de Moçambique—e os órgãos de gestão e direcção deste partido político cinquentenário, nomeadamente o Secretariado do Comité Central, a Comissão Política e o próprio Comite Central da Frelimo, DEVEM preocupar-se com o surgimento e circulação deste tipo de mensagens sobre supostos comportamentos deploráveis de seus militantes ou simpatizantes. É também meu entendimento que se afigura necessário e urgente que se faça uma investigação para determinar a origem e a veracidade destas informações, porque mancham a imagem da Frelimo diante do eleitorado. Deixar-se que isto continue a acontecer SEM a tomada de medidas que se impõem, para preservar a boa reputação da Frelimo dentro e fora de Moçambique, é perigoso para o futuro deste país.
Da Frelimo o povo moçambicano EXIGE exemplo de organização de uma sociedade, ilustrado pela boa conduta dos militantes e simpatizantes deste partido que tem a boa fama de ser o partido político melhor organizado da África. Sendo ou não VERDADE o que está relatado mensagem aqui partilhada, os IMPLICADOS em qualquer esquema para a tomada de controlo do poder partidário por vias fraudulentas ou pela INVENÇÃO desse esquema—caso se prove falso o que se diz na mensagem—devem ser identificados e tratados como rezam os Estatutos da Frelimo. Ficar-se impávido e sereno ante a circulação deste tipo de mensagens configura uma GRAVE irresponsabilidade política que pode comprometer a viabilidade da nacionalidade moçambicana, fecundada no dia 25 de Setembro de 1964 e parida quase 11 anos mais tarde, no dia 25 de Junho de 1975.
É inequívoco que a Frelimo é o "casal" que deu origem à nacionalidade moçambicana. É imperioso que este "casal" CONTINUE UNIDO para que seu fruto—a nacionalidade moçambicana, que confere identidade ÚNCIA a todos os moçambicanos—cresça com uma EDUCAÇÃO BOA e COMPLETA.
Engendrar fraudes para ter o controlo da Frelimo, NÃO!
Engendrar uma esquema para implicar, indevidamente, camaradas num falso esquema de fraude para a tomada do controlo do poder da Frelimo por esses camaradas, também NÃO!
Que não haja equívocos aqui! Moçambique só avançará com a Frelimo—iluminada pelos ideais que conduziram à independência nacional deste país, proclamada a 25 de Junho de 1975—dirigindo os destinos deste jovem Estado-Nação!
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