A situação da dívida do país é mais grave do que pode parecer, pois, não é apenas o dinheiro que está em jogo. Teodato Hunguana, reagindo às eventuais consequências do que daí podem advir, é categórico ao afirmar que Moçambique está à beira de ser colonizado pelos credores internacionais, devido ao elevado nível de endividamento externo.
No seu discurso, Hunguana começa por considerar que as revelações sobre a dívida pública contraída pelo país são um golpe aos moçambicanos, sobretudo aos que não fizeram parte do governo cessante. E insiste que o povo tem o direito de saber o verdadeiro valor que deverá pagar durante os próximos anos, sem excluir a responsabilização dos intervenientes do processo, embora essa não constitua a real prioridade para o momento em que se precisa de soluções.
“A questão da responsabilização é moral e política. Não é uma solução ao problema da dívida. Agora, no Comité Central foi claramente dito que nós temos que ver dessa divida aquilo que, de facto, tem que ver com a defesa do país. Aqui não se poe em causa a segurança dos moçambicanos. Entretanto, neste processo, há uma parte que corresponde a interesses privados. São esses interesses que devem ser chamados a responder”, opinou Hunguana.
O antigo Ministro da Justiça falava à margem da sessão da Assembleia Municipal da Matola, onde foi convidado a participar.
O PAÍS – 21.04.2016
NOTA: Diz Teodato Hunguana que “A questão da responsabilização é moral e política.” E a criminal onde fica?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
A LUTA É CONTÍNUA