Muhamudo Amurrane, presidente do Conselho Municipal da Cidade de Nampula, avisa, em entrevista a nós concedida, no seu gabinete de trabalho, que quem construir à margem da lei, vamos demolir.
As demolições têm a ver com infra-estruturas erguidas em locais inadequados e sem autorização do município, que não passaram do processo de legalização nem pelo plano de porporjenores. As nossas cidades, nos últimos 20-30 anos, cresceram de forma desordenada. Hoje temos bairros extensos e populosos mas sem vias de acesso, e isso é inaceitável. Em caso de necessidade de evacuarmos um doente não temos como chegar lá. Em caso de um incêndio, o carro de bombeiro não pode. chegar lá.
Na nossa cidade, também vi isso em Maputo, para se passar de um quintal a outro, tem que baixar ou dobrar o tronco. Isso demonstra uma desgovernação das nossas cidades. O que encontramos é lamentável, por isso, temos estado a sensibilizar as pessoas que a dignidade de sermos bem governados e a cidade de Nampula não é Ilha de Moçambique em que a gente está confinada porque não como fazer a expansão. A cidade de Nampula tem extensas áreas por isso não se justifica a actual situação de aglomeração de casas em que nos encontramos, disse Amurane.
De facto, as construções da periferia das nossas cidades mostram que o campo invadiu os centros urbanos, ocupando-os sem nenhuma regra urbanística nem estética. O modernismo e urbanidade têm que se impôr para que todos tenhamos cidades saudáveis.
O trabalho que Amurane vem fazendo é bom. Matola tem também feito demolições de construções ilegais. Uma acção conjunta das autoridades poderia desencorajar construções à sua revelia e ter íamos cidades mais organizadas e modernas.
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