terça-feira, 22 de março de 2016

No Troço Nicoadala-Zero reina um clima de medo

Ficou perigoso circular no troço Nicoadala-Zero ao longo da EN1

Devido aos ataques que ocorrem nos últimos dias
Nos últimos tempos, tem sido perigoso circular no troço Nicoadala-Zero, isso ao longo da EN1, devido aos constantes ataques que se registam envolvendo os homens da Renamo as Forças de Defesa e Segurança (FDS).
No último sábado por exemplo, houve um ataque a um autocarro de uma transportadora e que houve feridos que deram entrada no Hospital Provincial de Quelimane (HPQ). Neste domingo, o Diário da Zambézia esteve em Nicoadala e ouviu alguns automobilistas que lamentaram a situação que se vive desde Save até Caia em Sofala. Lobo Afonso, diz que faz longo curso, ou seja, sai de Maputo até Pemba transportando mercadorias e nos últimos dias, fica mais tempo na estrada e isso traz constrangimentos quer para si, assim como para o patronato. Afonso disse que assistiu um ataque e só saiu ileso porque Deus não quis que ele morresse.“Estive no meio de tiros num destes dias na zona de Caia, mas consegui dominar a viatura”disse o automobilista. Carlos Ambrósio, também automobilista explicou que está perigoso andar na EN1 nos últimos tempos e quando se pensava que a coisa iria amainar, eis que vai agravando-se cada dia que passa.
Ambrósio pede para que as partes, ou seja, o governo e a Renamo se entendam o mais rápido possível para que esta situação acabe de uma vez por todas. “ O único pedido que tenho é de que as partes conversem e entendam-se, estamos a sofrer”- disse o nosso entrevistado.
Mais adiante, este automobilista explicou que actualmente a vida está ficar difícil devido a este conflito. Os produtos de primeira necessidade vão se agravando de preço, porque há que compensar os riscos e a população no geral vai sofrendo, dai que urge necessidade de acabar com isso. Dércio Inácio fazia o sentido norte-centro. Quando o abordamos em Nicoadala, disse que ia a Beira. Inácio explicou ao DZ que reina um clima de medo mesmo nas zonas onde não há ataques. Lembrou por exemplo na zona de Murothone em Mugeba onde outrora também já foi palco de guerra. A fonte disse que quando chega neste local, só reza para sair o mais rápido possível, temendo o pior.
Questionado sobre o dia-a-dia, este disse que não está fácil andar na EN1, porque cada dia que passa as coisas agudizam-se e deixam os moçambicanos sem esperança.
 Recorde-se que o diálogo entre o Presidente da República, Filipe Nyusi e o Lider da Renamo, Afonso Dhlakama está em “banho maria” e até agora as partes divergem e ninguém quer ceder para resolver este problema.
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 22.03.2016

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