sábado, 5 de março de 2016

Ataques à democracia e à soberania nacional

O cidadão necessita de têr plena confiança na equipe a quem entregou  a gestão do estado.O Presidente e o seu executivo têm o direito de acionar todos os mecanismos ao seu alcance, incluindo meios coercivos para garantir a paz e o desenvolvimento.
O líder da oposição já disse que não quer dialogar,e ao entender que os meios justificam os fins, num exercício de puro maqueavelismo, ordenou o assassinato de moçambicanos, atacou as FDS, e mandou bloquear estradas,  com intuito de subverter  a ordem constitucional, e em desafio ao estado de direito.
A sociedade não está divorciada dos valores da vida e da justiça, e Dlhakama ao sublevar-se contra o poder constituído, fá-lo friamente a mando de alguém, que se considera em posição previlegiada de interferir em assuntos internos de Moçambique, e mediar em favôr do seu desiderato, de governar à força.
Num mundo ordenado em blocos de interesses político económico estratégicos, tivemos sempre relacões de dominação com o ocidente, o mesmo não acontecendo com a China , paises nórdicos, India, Russia, Mercosur e países da Sadac, de que somos parte integrante.A idéia de que  matar uns tantos pretos vai levar o governo a considerar,...Ou o conceito de que os pretos quando vêem sangue fá-los capitular, é um pressuposto digo, estéreotipo cultivado do racionalismo ocidental, que os levou  a escravizar e colonizar os africanos.
Temos o sentido de estado,e olhamos a todas estas maquinações,  como uma sequência em série de atentados à  soberania e à segurança do estado, a exigir uma retaliação severa  do estado.A Renamo é  reconhecidamente  uma fonte de instabilidade, com um discurso gasto, e a idéia ocidental de recuperar o poder de decisão sobre o destino de uma Nação soberana como Moçambique, apoiando a subversão da sua constituicão, até  prova contrária  parece-me inverossimil.É que temos amigos que nos respeitam no ocidente.É obrigação da Renamo respeitar e obedecer à constituição, e o partido Frelimo e o governo de Moçambique, já demostraram que no que toca à constituição e à soberania são impermeáveis à ingerência, e pressões internacionais.Em meu entender o país não necessita de mediação para obrigar um partido político com assento parlamentar a comprometer-se com a democracia.
O estado moçambicano através de orgãos próprios é o promotôr da Lei e da ordem, porque o exercício da violência estatal é soberana, e legitima-se por ser uma violência justa, e portanto bastante diferente do terrorismo da Renamo,em desafio ao ordenamento jurídico e legal vigente.Como dizia o  filósofo, o Estado é um ser sem interesses, sem paixões, um ser artificial, despersonalizado, guiado pela razão e pelo bem comum - um Deus todo poderoso.
Posso não estar a par de todos os segredos do poder, devido à existência  da diplomacia secreta,que apesar de muito ruído que se vive , não deixa que tudo transpire, uma coisa posso jurar: a Renamo não vai governar à força e como o povo diz, pode tirar o cavalinho da chuva.
Moçambique tem um governo eleito democráticamente:um governo  respeitável da comunidade de Nações,que gera empregos, e promove a saúde pública e privada, combate as calamidade naturais, e reconhecidamente goza de prestígio pelo esforço em serviço do desenvolvimento económico, e empenho pela justica social e as FDS.
Moçambique está a viver o resultado da tramóia silenciosa, que remonta nos primórdios da independência, e dado a conjuntura diferente, ganhou contornos diferentes tendo eu próprio, num dos meus artigos, desnudado os contornos mencionando a Chatham House.Tudo acontece por a democracia frustrar a expectativa, não apenas do líder da Renamo, mas dos seus aliados, que nesta altura do campeonato esperavam governar, mas a sua ambição esbarra na constituição a abater, que dita que o resultado das urnas eleitorais elege o vencedor e a democracia legítima à governação.Assim vemos um partido político armado e descomprometido, com a constituição da república; um líder da oposição consumido na ambição, que entende poder tirar a democracia da sua rota  normal de funcionamento,o hemiciclo, usando os métodos terroristas , uma prática torpe e irresponsável  de que é  useiro.
Vinte e quatro anos se passaram, e uma perene acalmia parecia harmonizar o espírito dos quadrantes antes desavindos numa reconciliação, que prometia que os recursos naturais abertos no seio da pátria iriam iluminar, e alimentar a nação inteira.Anos que pareciam cimentar a certeza, não fosse a Renamo considerar eternidade, numa agenda carregada de frustração, sentir esgotado o tempo de tecer pontes, à base de permuta de idéias, sem armas na mão;anos que julgávamos suficiente para a Renamo adquirir uma cultura de coabitação, em busca de diálogo, como ponte para obtenção de consensos.
A  preocupação de Dlhakama  com a sua milícia armada ilegalmente,  era aguardar o timing certo,para dar azo a uma conspiração internacional, tecida com a ultra direita, com foros de vingança contra o partido e governo do partido Frelimo, em que o próprio Dlhakama funciona como pivot principal.Em minha concepção da política Dlhakama  nunca foi um político com um ideal transparente, sendo visto em hostes políticas de quadrantes diferentes, como testa de ferro de interesses estranhos a Moçambique, e aos moçambicanos; a única táctica que conhece é o discurso da ameaça e da chantagem.Tanto ele como a sua organização em 24 anos nunca foram  capazes de elaborar um único projecto alternativo, abrangendo aspectos sócio político económico, no parlamento.Dlhkama é visto como um psicopata, populista, autodidacta e fala barato.
E quando diz de forma ostensiva que é da direita  e menciona Coreia do Norte, apenas ele sabe a quem pretende agradar.A sua ideologia leva-o a querer dicotomizar um sentimento de identidade local, como arma política de divisão, em que ele se vê candidato à corôa de chefe tribal da região, centro de Moçambique para gáudio dos sequazes, e ultracolonialistas, que suportam a sua empreitada  de desestabilização.No entanto  é importante referenciar que o interesse dos ultracolonialistas é recuperar parte do espólio perdido, devido à governação do partido Frelimo, e que vêm nas exigências de Dlhakama um ponto comum de aproximação.Por aqui se explica o desnorte  e a dificuldade de transição de organização militar a partido político.
Finalmente parce-me caricato que a União Europeia mais uma vêz venha dar recados,trazendo como exemplo a Irlanda.Pior emenda  que o soneto.
Moçambique é  membro da Commonwealth, não é uma Irlanda que faz parte do reino de Sua Majestade. Quando a Renamo concorreu às eleições conhecia regras do jogo.Há três anos revisamos a Lei eleitoral para um regime de paridade, para acomodar o pedido da Renamo,...E de que valeu?
Este  tipo de pressão trás - nos à memória a táctica usada da organização Bilderberg, onde milita o hiper-vaidoso  Durão Barroso e outros , que se consideram acima das democracias.Uma actuação concertada, de um lado tiros e afrontamento à constituição, que ela própria aprovou, de outro a igreja católica, e do outro a pressão da UE.A biligerância da Renamo parece ser legitimada  por uma  igreja católica, que como mediadora  do AGP em 1992,  não entende que o seu papel está esgotado;assim a tentativa de spotlight  vai desde bispos e arcebispos , onde pontificam o D.Alexandre, o  ex-arcebispo da Beira Jaime Gonçalves,considerado  pai espiritual de Dlhakama,com intervenções sempre a pender para o mesmo lado da mesa, o que pressupoe que a igreja esqueceu  que Moçambique é um estado laico.
Confirma-se aqui a identidade dos personagens que constituem o polvo , na minha teoria da conspiração contra a República de Moçambique,adicionada a uns tantos serviços de inteligência, que actuam com a cobertura de algumas chancelarias estrangeiras, identificadas em Maputo.
A UE  tem um parlamento  dominado dos partidos da direita, eurocépticos e de direita radical ou populista.É que nem  dispõe de consenso político interno, de forma expressar em uníssono sobre política interna, quanto mais externa.Uma organização que considera antieuropeus os partidos europeus, que se opõem à política de austeridade imposta aos seus países, não tem poder moral de dar lições de democracia a ninguém;uma organização que veta a entrada de imigrantes a fugir dos seus países às guerras provocadas e apoiadas da própria União Europeia, perdeu a moral e o norte, assim como a vergonha.E que ao contrario da UE Moçambique apesar de pobre, dá trabalho a cidadãos da UE fugidos à política de austeridade.
E porque motivo o estado moçambiçano deveria ficar de braços cruzados  quando a Renamo assassina moçambicanos, ameaça a paz e o desenvolvimento, assim como a integridade da soberania nacional?
A percepção da UE não ajuda a reforçar a democracia,mas antes parece uma tentativa hipócrita de abrir uma porta ainda maior  à penetração dos seus interesses político económicos, imediatos em Moçambique. A política  da União Europeia numa perspectiva geopolítica estratégica mais  parece orientada em interesses neocolonialistas.Então a EU marcou presença no pleito presidencial de Moçambique, acordou com o veredicto final, e entende que o governo deixe de executar a sua missão em defesa do interesse nacional? O presidente Filipe Nyusi vai a Bruxelas por a CEE  ser um parceiro económico de Moçambique, assim como o são a República Popular da China, Estados Unidos e Russia, India, Brasil e outros.
Os moçambicanos assistem a uma oposição desnorteada, que para sobreviver faz alianças com inimigos da soberania nacional, contudo o governo não deve condicionar a sua acção, e assistir impávido aos desmandos de um líder oposicionista, cego da ambição pelo poder.
Os ataques à soberania de Moçambique são uma constante, e expressam-se de formas diversas incluindo ataques militares, mas como sempre, unidos ao ideal e à unidade nacional, que nos permitiram erguer a pátria, iremos repelir com a devida firmeza  as intenções dos inimigos da soberania nacional.
Democracia , unidade nacional, paz e desenvolvimento 
Inácio Natividade

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