Daqui a mais um dia é o mês em que a Renamo pretende fazer o impossível-governar as seis províncias que diz ter ganho nas eleições de Outubro de 2014! Impossível à luz do ordenamento jurídico-legal vigente, aquele que foi construído principalmente pela sua exigência.
Então, não é mãe/pai da democracia?
Mas não é impossível destruir o país, matar o povo, estrangular a economia. Para isso nem é preciso uma organização, basta que o ser pensante se muna de um espirito assaz egoísta, junto a um antipatriotismo sem comparação, aliás, seja anti- seu circulo de nascimento, adverso a seus pais, irmãos e primos vivos, com certa dose de idiotice, a caminhar para desenvolvimentos incontroláveis de todas as patologias que atingem o cérebro, juntas!
Não sabemos quanto tempo é necessário dizer que as regras do jogo são para serem cumpridas e elas foram consensuais, até por pressão da Renamo. As eleições gerais, não são nem municipais-autárquicas, muito menos provinciais. Quanta gente pode estar na faina de fazer entender isso, depois da actividade intermitente de toda a sociedade civil, todos os bispos (ainda que outros o façam por ser lógico) e toda a comunidade internacional de que estamos a copiar esse modelo?
O que é que se passa na Renamo a ponto de ela mesmo não saber que mesmo as províncias são unidades que podem, se quisermos, ser divididas em partes, em que o todo seria a província e as partes, os distritos.
Sendo assim o que estaria a dizer, quando gritasse em voz estridente, o ter ganho, por exemplo, em Nampula, cuja capital provincial é gerida legalmente pelo MDM, que a ganhou em eleições democráticas às quais a Renamo voluntariamente gazetou?
Para ser fiel à sua gula e obsessão pela direcção dos locais aonde ganhou as eleições, porquê não diz que, no exemplo da província citada, seriam os distritos de Murrupula, Muecate, Mogovolas, Mogincual, Moma, Angoche, Monapo, Nacala-porto, Rapale, Liúpo e Mossuril?
Por outra, porquê teria que governar Nacala-a-velha, Memba, Nacaroa, Eráti, Ilha de Moçambique, Meconta, Lalaua, Mecubúri, Malema e Ribáuè, se aqui não ganhou? Excluindo, claro, os distritos mais recentes…
Eu que sou de Lalaua, a que pertence o perímetro Malema, Mecúburi e Ribáuè, como me sentiria bem dirigido por quem não foi votado pelos meus familiares e conterrâneos circunvizinhos, sem ser por Lei?
Irmãos da Renamo, bispos apoiantes da Renamo, diplomatas que apoiam a Renamo, académicos amigos da Renamo, conseguem ver onde reside a (i) lógica disso? Se sim, terão entendido porque é que a Constituição não é “papel qualquer”, que se pode rasgar quando os nossos umbigos o ditam?
Pedro Nacuo
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