05/05/2015
Orçamento moçambicano criticado por gastar muito na defesa
Educação e Saúde preteridas.
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Em Moçambique, o Centro de Integridade Pública(CIP) e seus parceiros de cooperação dizem que o Orçamento Geral do Estado(OGE) para 2015, recentemente aprovado pelo Parlamento, defraudou as expectativas, sobretudo porque não reduz as despesas e dá primazia ao sector da defesa em detrimento das áreas sociais.
Havia uma enorme expectativa relativamente a este orçamento, tendo em conta que é um novo Governo e o facto de que, nos últimos anos, os orçamentos moçambicanos eram bastante criticados, por, na opinião de economistas, privilegiar o sector da defesa.
Jorge Matine, coordenador da área de Despesa e Receita Pública no CIP, disse que esta instituição de promoção da integridade pública e boa governação não faz uma avaliação positiva relativamente a este orçamento.
Moçambicanos e coreanos presos na posse de cornos de rinoceronte e dinheiro em Maputo
Quatro cidadãos, dos quais dois de nacionalidade moçambicana e igual número de sul-coreanos, com idades compreendidas entre 29 e 54 anos, encontram-se detidos na 6ª e 11ª esquadras em Maputo, acusados de tráfico de 4.6 quilogramas de cornos de rinoceronte, posse de 93.300 dólares norte-americanos (2.799.000 meticais), 2.400 rands (cerca de 7.200 meticais), quatro telemóveis e quatro sacos de arroz.
Segundo Orlando Mudumane, porta-voz do Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) na cidade de Maputo, a detenção resultou duma rusga feita na semana passada, no bairro Central. Dos quatro indivíduos, os sul-coreanos residem na República da África do Sul e os moçambicanos na capital do país.
O caso está a ser tratado em coordenação com a Polícia de Investigação Criminal (PIC), as alfândegas e outras partes interessadas. Para as autoridades, o corno de rinoceronte e o dinheiro encontrado na posse dos referidos cidadãos são fruto da caça furtiva.
A detenção dos quatro supostos traficantes segue-se à da semana passada, de um indivíduo que responde pelo nome de Ngui, de 37 anos de idade, de nacionalidade vietnamita, que se encontra na 11ª esquadra, em Maputo. Pesa sobre ele o tráfico de um corno de rinoceronte.
O visado foi apanhado em flagrante no Aeroporto Internacional de Mavalane quando tentava viajar para o Qatar, segundo a Polícia. O corno estava escondido numa mala de viagem. Nessa altura, foram também neutralizadas quatro pessoas acusadas de venda de estupefacientes. Na sua posse a Polícia apreendeu 17.9 quilogramas da referida droga na cidade de Xai-xai, província de Gaza.
Militares detidos por tentativa de assalto a um posto policial em Nampula
O posto policial da Barragem instalado numa área de jurisdição da 3aesquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM) na cidade de Nampula ficou parcialmente destruído e sem uma parte dos seus bens em virtude de uma confrontação armada entre as Forças de Defesa e Segurança e os agentes da Polícia de Protecção, a 25 de Abril passado.
O incidente aconteceu quando uma secção das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), afecta ao Comando do Destacamento Militar da Barragem, invadiu aquela unidade policial para, supostamente, ordenar a soltura imediata de um dos seus colegas que se encontrava encarcerado por indícios de prática de crimes na comunidade.
Segundo Size Panquene, porta-voz do Comando Provincial da PRM naquela província, o acto não só culminou com a troca de tiros, como também com a neutralização de dois supostos cabecilhas do grupo de invasores que, com o primeiro detido, se encontram detidos no mesmo local.
Os moradores da zona da Barragem, posto administrativo municipal de Napipine, têm vindo a queixar-se de má actuação dos agentes das FADM, caracterizada por violações sexuais de mulheres, agressões físicas a cidadãos indefesos, disparos arbitrários, entre outras irregularidades que atentam contra a ética militar e perturbam a ordem e tranquilidade pública.
Marqueteiro de Lula, Dilma e Eduardo dos Santos é investigado por suspeita de lavagem de dinheiro transferido de Angola para o Brasil
O Partido dos Trabalhadores (PT) e o marqueteiro João Santana, responsável por campanhas eleitorais petistas no Brasil e do MPLA, partido no poder em Angola, poderão estar envolvidos num novo escândalo político e financeiro.
O Partido dos Trabalhadores (PT) e o marqueteiro João Santana, responsável por campanhas eleitorais petistas no Brasil e do MPLA, partido no poder em Angola, poderão estar envolvidos num novo escândalo político e financeiro no Brasil.
Investigações da Polícia Federal (PF) vindas a público revelam que a empresa de João Santana transferiu em 2012 US$16 milhões de dólares de Angola para o Brasil.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) acionou a PF por ter considerado atípica a transferência feita pela empresa Pólis Propaganda e Marketing, controlada por Santana.
De acordo com matéria publicada domingo (3) no jornal Folha de S. Paulo, a Polícia Federal investiga se a transferência se destinou a financiar campanhas eleitorais do PT, designadamente a campanha do ex-ministro da Saúde petista, Fernando Haddad, do PT, à prefeitura (Câmara Municipal) de São Paulo.
Em 2012, João Santana, um dos mais conhecidos empresários brasileiros de marketing político, dirigiu as campanhas do presidente angolano José Eduardo dos Santos, do MPLA, e de Haddad, em São Paulo.
Não há fumo sem fogo
Canal de Opinião por Adelino Timoteo
A rejeição liminar, pela Frelimo, da proposta da Renamo de criação de províncias autárquicas, deixa uma nuvem de fumo na sociedade moçambicana. A nuvem de fumo acoberta os planos seguintes da Renamo e da Frelimo, para oferecerem à sociedade o desfecho para a crise política pós-eleitoral, sem que o chumbo da proposta traga consigo alguma solução.
A nuvem de fumo é também o sentimento de incerteza quanto ao que virá a seguir, dada a ilusão criada pelos dois encontros Nyusi/Dhlakama. A nuvem de fumo esconde certamente alguma desilusão do líder da Renamo, que, na declaração final do segundo encontro, afirmou que, se a bancada parlamentar reprovar a proposta da Renamo, a Frelimo não conseguirá governar, e que não gostaria de ver o “meu irmão Nyusi cair”.
É essa a realidade do país. Está tudo sob uma cortina espessa de fumo.
O parlamento aprovou o Orçamento Geral do Estado, que remete uma grande fracção do bolo para a defesa e segurança, numa altura em que vemos nuvens escuras a pairarem pelo ar.
Os discursos mais recentes do Presidente da República são reveladores de que se atolou atrás da cortina de fumo, e, no que é evidente, o homem que há três meses dizia que na sua cabeça só cabe a paz veio afirmar que não iria ajoelhar-se perante um moçambicano para pedir a pacificação do país.
Está-se numa clara rota de colisão. Em cem dias, Nyusi, que se tornou o senhor absoluto de Moçambique e da Frelimo, lança-nos para a incerteza, para o cimo das nuvens de fumo.
Em vez de desanuviar a tensão, claramente, podemos extrair sinais. Onde há fumo, não falta o fogo.
Parece-nos que a bancada da Frelimo, de quem se esperava não uma rejeição liminar, mas uma colaboração na reformulação da proposta, nomeadamente nos pontos em que a mesma continha eventuais vícios ou incongruência, escolheu atear o fogo, no lugar de abrandar camadas de fumo que temos visto desde Outubro do ano passado. O Nyusi, que se escuda afirmando tratar-se de uma decisão autónoma da bancada maioritária, mostra-nos faltar-lhe alguma autonomia e genica para tomar posições em momentos cruciais como estes.
A nuvem de fumo é também o sentimento de incerteza quanto ao que virá a seguir, dada a ilusão criada pelos dois encontros Nyusi/Dhlakama. A nuvem de fumo esconde certamente alguma desilusão do líder da Renamo, que, na declaração final do segundo encontro, afirmou que, se a bancada parlamentar reprovar a proposta da Renamo, a Frelimo não conseguirá governar, e que não gostaria de ver o “meu irmão Nyusi cair”.
É essa a realidade do país. Está tudo sob uma cortina espessa de fumo.
O parlamento aprovou o Orçamento Geral do Estado, que remete uma grande fracção do bolo para a defesa e segurança, numa altura em que vemos nuvens escuras a pairarem pelo ar.
Os discursos mais recentes do Presidente da República são reveladores de que se atolou atrás da cortina de fumo, e, no que é evidente, o homem que há três meses dizia que na sua cabeça só cabe a paz veio afirmar que não iria ajoelhar-se perante um moçambicano para pedir a pacificação do país.
Está-se numa clara rota de colisão. Em cem dias, Nyusi, que se tornou o senhor absoluto de Moçambique e da Frelimo, lança-nos para a incerteza, para o cimo das nuvens de fumo.
Em vez de desanuviar a tensão, claramente, podemos extrair sinais. Onde há fumo, não falta o fogo.
Parece-nos que a bancada da Frelimo, de quem se esperava não uma rejeição liminar, mas uma colaboração na reformulação da proposta, nomeadamente nos pontos em que a mesma continha eventuais vícios ou incongruência, escolheu atear o fogo, no lugar de abrandar camadas de fumo que temos visto desde Outubro do ano passado. O Nyusi, que se escuda afirmando tratar-se de uma decisão autónoma da bancada maioritária, mostra-nos faltar-lhe alguma autonomia e genica para tomar posições em momentos cruciais como estes.
04/05/2015
ILHA DE MOÇAMBIQUE ACOLHE CINEMA AFRICANO
Desde princípio de Maio
Desde a passada sexta-feira, dia 1 de Maio, decorre na cidade da Ilha de Moçambique a terceira edição da Semana de Cinema dedicado à África e a realizadores africanos, cujos filmes serão exibidos ao público, de forma gratuita, no pátio do museu, na Casa Girassol e no recinto do antigo paiol, a partir das 18 horas.
Na estreia do evento, foi projectado o filme “O Grande Kylapy”, do realizador angolano Zézé Gamboa, que retrata a vida de um angolano dos anos 60/70, muito antes das independências. O famoso actor brasileiro Lázaro Ramos interpreta a figura principal do enredo, denominada Joãozinho, que encarna um indivíduo simples e indiferente às contingências da vida na então colónia portuguesa, resultantes da discriminação racial e social, que, entretanto, acabará por converter-se num personagem “non grato” para o regime. Cujo trama foi inspirado em factos reais.
Nos dias subsequentes serão apresentados, no antigo Paiol, dois clássicos em português intitulados Mississe” e “O Herói”, respectivamente dos realizadores Pipas Forjaz (moçambicano) e Zézé Gamboa.
Constam, igualmente, do cartaz a longa metragem “Algo necessário” ,da realizadora de origem queniana JudyKibinge, que relata o percurso da luta desenvolvida por Ana para reconstruir a vida após a guerra civil desencadeada no Quénia em 2007, que provocou a morte do marido e a doença do filho, deixando-a isolada numa quinta em ruinas. E, paralelamente, Joseph, um jovem que participou na violência, procura a redenção. Em suma: ambos procuram enterrar as memórias pungentes e desbravar novos caminhos.
NAMPULA VAI EXPORTAR CAPIM ELEFANTE PARA EUROPA
O distrito de Nacala-a-velha poderá, a partir dos próximos tempos, produzir em molde empresarial o chamado capim elefante para posterior exportação para os países europeus, onde será usado para a produção de biomassa vegetal.
Segundo apuramos na cidade de Nampula, junto da alta comissária britânica em Maputo, Joanna Kuenssberg, empresários britânicos estão em Nacala-a-velha a desenvolver ensaios técnicos visando a implementação da primeira fase do empreendimento, que se caracteriza na análise da capacidade produtiva dos solos, formação dos recursos humanos locais, entre outras acções.
Trata-se de um projecto ambicioso que, para além da produção empresarial do capim elefante, numa área de 10 mil hectares, contempla, ainda, na fase subsequente, a instalação de uma central de geração de energia eléctrica com base em capim elefante – explicouaquela diplomata.
O protocolo de Quioto (1997) visava reduzir as emissões de CO2 na atmosfera para valores relativamente baixos.
A ideia é de que os países com altos níveis de emissão de CO2 (particularmente os da Europa) comprem créditos de C em outros que sejam considerados não poluidores e que estejam a adoptar práticas que permitam sequestrar ainda mais C da atmosfera.
MAIS UM IMPASSE NO DIALOGO POLITICO
O diálogo político que decorre há mais de dois anos entre o governo e a Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, mais uma vez encravou hoje devido a divergências entre as partes.
Depois de na semana passada as partes não se terem reunido, por razoes não tornadas publicas, na ronda 103, ocorrida hoje, em Maputo, as duas delegações, mais uma vez, não trouxeram nada de novo.
Na mesa do diálogo, as partes discutem assuntos relacionados com a despartidarização do aparelho do estado, bem como o relatório dos confrontos entre as forças residuais da Renamo e uma posição das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) no distrito de Guija, na província de Gaza, sul de Moçambique.
Sobre a despartidarização do aparelho do estado, a Renamo ainda insiste que altos dirigentes do aparelho do Estado não devem exercer actividades político-partidárias durante o período laboral e que estes, sendo sócios de empresas privadas, devem ser excluídos de participar em concursos públicos de aquisição de bens e serviços do Estado.
Enquanto isso, o governo entende que estes podem participar em concursos públicos, bastando que não interfiram nas decisões de escolha da empresa vencedora.
Na ronda de hoje, a Renamo, segundo o chefe da delegação do Governo, José Pacheco, trouxe um assunto prévio relacionado com o impedimento de circulação de viaturas, no país, contendo alimentos e vários produtos pertencentes aos seus homens residuais.
Então, no entender da Renamo, isso é violação dos acordos de cessação das hostilidades. Nós dissemos que a Polícia moçambicana (PRM) tem autoridade e esta habilitada para aferir se a mercadoria transportada é ou não proibida, explicou Pacheco durante a conferência de imprensa.
Depois de na semana passada as partes não se terem reunido, por razoes não tornadas publicas, na ronda 103, ocorrida hoje, em Maputo, as duas delegações, mais uma vez, não trouxeram nada de novo.
Na mesa do diálogo, as partes discutem assuntos relacionados com a despartidarização do aparelho do estado, bem como o relatório dos confrontos entre as forças residuais da Renamo e uma posição das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) no distrito de Guija, na província de Gaza, sul de Moçambique.
Sobre a despartidarização do aparelho do estado, a Renamo ainda insiste que altos dirigentes do aparelho do Estado não devem exercer actividades político-partidárias durante o período laboral e que estes, sendo sócios de empresas privadas, devem ser excluídos de participar em concursos públicos de aquisição de bens e serviços do Estado.
Enquanto isso, o governo entende que estes podem participar em concursos públicos, bastando que não interfiram nas decisões de escolha da empresa vencedora.
Na ronda de hoje, a Renamo, segundo o chefe da delegação do Governo, José Pacheco, trouxe um assunto prévio relacionado com o impedimento de circulação de viaturas, no país, contendo alimentos e vários produtos pertencentes aos seus homens residuais.
Então, no entender da Renamo, isso é violação dos acordos de cessação das hostilidades. Nós dissemos que a Polícia moçambicana (PRM) tem autoridade e esta habilitada para aferir se a mercadoria transportada é ou não proibida, explicou Pacheco durante a conferência de imprensa.
Posted at 18:20 in Defesa, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0) ShareThis
Ministro da Defesa moçambicano em feira de armamento na Turquia
O ministro da Defesa de Moçambique, Atanásio Salvador M'tumuke, participa a partir de terça-feira numa feira internacional de armamento em Istambul, na sua segunda deslocação à Turquia em duas semanas.
Atanásio Salvador M'tumuke viaja a convite do seu homólogo turco, Ismet Yilmaz, acompanhado de altos quadros do Ministério da Defesa moçambicano, segundo um comunicado enviado hoje à Lusa pelo seu gabinete.
"A Feira Internacional da Indústria da Defesa é um evento que reúne companhias internacionais da indústria de defesa, onde delegações de diferentes países inteiram-se de avanços tecnológicos do setor e interagem entre si para o reforço das relações de amizade e cooperação", descreve o comunicado.
M'tumuke esteve a 23 e 24 de abril passado na Turquia, em representação do Presidente da República, Filipe Nyusi, nas comemorações do centésimo aniversário da batalha de Çanakkale, que há cem anos opôs tropas aliadas às forças otomanas.
Moçambique e Turquia têm vindo a estreitar as relações. Logo após a posse do novo Governo moçambicano, o vice-ministro da Economia turco visitou Maputo em fevereiro.
As autoridades moçambicanas esperam também, até outubro, o início de uma ligação aérea direta da Turkish Airlines entre Maputo e Istambul.
HB // ARA
Lusa – 04.05.2015
NOTA: Isto tem “água no bico”…
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
O sonho ruiu mas nada está perdido
O Projecto do Quadro Institucional das Autarquias Provinciais, que previa que a Renamo governasse as provinciais de Sofala, Manica, Tete, Zambézia, Nampula e Niassa, nas quais reclama vitória nas eleições gerais passadas, caiu num saco roto, foi e está a ser banalizado pela Frelimo, que nunca escondeu a sua aversão à ideia de essas circunscrições geográficas serem governadas pela oposição, porque a sua influência ficaria restringida.
O que era suposto resolver o problema da propalada fraude eleitoral pela oposição e parte dos impasses em torno do diálogo político colocou novamente a Renamo, o Governo e a Frelimo na rota de colisão. Todavia, em vez de acreditarmos que estamos sob espectro de um “futuro incerto”, conforme alude a Renamo, e propagandearmos este coro, o nosso objectivo deve ser, agora, sairmos da actual situação política que tem sido um caos desde 2013, porque os meios a que temos recorrido para resolvermos as nossas diferenças não surtem os efeitos desejados de paz efectiva.
Vincou a vontade da Frelimo mas nada está perdido. O pluralismo político e a democracia não podem prostrar já, porém, urge encontrarmos outras formas de entendimento com vista a ultrapassarmos esses pomos de discórdia sem sermos reféns do legalismo de que a Frelimo se vale para desacreditar a oposição. O problema entre a Renamo e o Governo da Frelimo é político e não constitucional. E o maior desentendimento resulta do facto de o partido no poder pretender resolver um diferendo político com base no legalismo.
Empresários voltam a exigir acções concretas para relançamento da cabotagem
Os altos custos de manuseamento de carga nos portos e os excessivos procedimentos impostos por diversas instituições do sector são alguns dos principais factores que desencorajam o sector privado de optar pela cabotagem marítima no país, o que torna o transporte de mercadorias dependente do transporte rodoviário.
Estes e outros problemas foram apresentados pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) na quinta-feira, 30 de Abril, na cidade de Maputo, durante a apresentação do relatório preliminar da pesquisa intitulada “Reestruturação e Revitalização da Cabotagem Marítima em Moçambique”, realizada com o apoio do Fundo para o Ambiente de Negócios.
O documento faz um diagnóstico descritivo do estágio actual da cabotagem marítima em Moçambique e os problemas que existem quanto à sua revitalização, para além de contribuições para que o processo ocorra com sucesso.
Essencialmente, o relatório recomenda que seja revisto o quadro legal e seja definida uma estratégia e elaborado um plano de acção que tornem a cabotagem marítima um factor gerador das dinâmicas do crescimento socio-económico do país.
Segundo Faruque Assubuje, presidente do pelouro dos Transportes da CTA, o documento será sintetizado e posteriormente entregue ao Governo.
“O que pretendemos é discutir com o Executivo, os problemas com que se debate a cabotagem marítima no país e propor soluções. Operar neste sector tornou-se oneroso comparativamente ao passado, e há que identificar os factores que estão por detrás disso”, disse. (FDS)
Estes e outros problemas foram apresentados pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) na quinta-feira, 30 de Abril, na cidade de Maputo, durante a apresentação do relatório preliminar da pesquisa intitulada “Reestruturação e Revitalização da Cabotagem Marítima em Moçambique”, realizada com o apoio do Fundo para o Ambiente de Negócios.
O documento faz um diagnóstico descritivo do estágio actual da cabotagem marítima em Moçambique e os problemas que existem quanto à sua revitalização, para além de contribuições para que o processo ocorra com sucesso.
Essencialmente, o relatório recomenda que seja revisto o quadro legal e seja definida uma estratégia e elaborado um plano de acção que tornem a cabotagem marítima um factor gerador das dinâmicas do crescimento socio-económico do país.
Segundo Faruque Assubuje, presidente do pelouro dos Transportes da CTA, o documento será sintetizado e posteriormente entregue ao Governo.
“O que pretendemos é discutir com o Executivo, os problemas com que se debate a cabotagem marítima no país e propor soluções. Operar neste sector tornou-se oneroso comparativamente ao passado, e há que identificar os factores que estão por detrás disso”, disse. (FDS)
CANALMOZ – 04.05.2015
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Posted at 11:15 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0) ShareThis
Maquinação, protectorado e a farinha do mesmo saco?
Canal de Opinião por Noé Nhantumbo
O Comité Central da Frelimo reuniu-se e deliberou que se tinha de assegurar a manutenção do controlo do poder por todos os meios. Isso é uma decisão partidária legítima, mas deveria haver senso de compreender que isso não é linear nem constitui a agenda nacional.
Parece que o meio escolhido para reforçar uma “coesão descabelada” tenha sido a união das “alas internas”. Um partido atravessando uma encruzilhada difícil e complexa de sua história terá conseguido fechar a boca aos críticos internos sob a proposta de que tudo era válido desde que o poder efectivo não escorregasse para a oposição. Esse é um problema interno da Frelimo, embora com repercussões no país.
Nesta situação complexa em que todos os dias se exigem respostas dos detentores do poder, alguns dos ”mestres-de-cerimónias” tiveram que fechar a boca, mas nem por isso perderam o poder. O comissário-mor abdicou, mas deixou a máquina intacta.
Supõe-se que Alberto Chipande tenha aceitado ser “figura-sombra”, aparentemente com muito poder, mas, na verdade, com aquele poder que lhe é permitido pelos reais detentores do poder. Filipe Jacinto Nyusi, nesta perspectiva, tem que continuar a ser caixa de ressonância. O que terão decidido significa que vamos, de futuro, ver muito pouco dos membros da Comissão Política da Frelimo percorrendo o país difundindo ideias e mensagens, numa situação em que se prevê ou é sintomático que a composição daquele órgão venha a sofrer alterações.
A dizer verdade ou que aquilo que se adivinha das manobras nos corredores do poder, o tristemente famoso “Império de Gaza” não tombou. Ainda não é desta que se vai dançar mapiko.
É visível que FJN ainda não tem agenda própria e que dificilmente a terá.
O que está no centro de tudo é a protecção do espólio, a protecção do património e a segurança do mesmo.
A inexistência de um discurso com conteúdo novo revigorante e promotor da convergência ou da consensualidade no que mais interessa aos moçambicanos é um produto directo das alianças entre as diferentes alas da Frelimo.
Quando se mostra relevante e de importância estratégia que os políticos se demarquem daquilo que atrasa e trava a agenda nacional consensual, observam-se recuos discursivos por parte de FJN.
Parece que o meio escolhido para reforçar uma “coesão descabelada” tenha sido a união das “alas internas”. Um partido atravessando uma encruzilhada difícil e complexa de sua história terá conseguido fechar a boca aos críticos internos sob a proposta de que tudo era válido desde que o poder efectivo não escorregasse para a oposição. Esse é um problema interno da Frelimo, embora com repercussões no país.
Nesta situação complexa em que todos os dias se exigem respostas dos detentores do poder, alguns dos ”mestres-de-cerimónias” tiveram que fechar a boca, mas nem por isso perderam o poder. O comissário-mor abdicou, mas deixou a máquina intacta.
Supõe-se que Alberto Chipande tenha aceitado ser “figura-sombra”, aparentemente com muito poder, mas, na verdade, com aquele poder que lhe é permitido pelos reais detentores do poder. Filipe Jacinto Nyusi, nesta perspectiva, tem que continuar a ser caixa de ressonância. O que terão decidido significa que vamos, de futuro, ver muito pouco dos membros da Comissão Política da Frelimo percorrendo o país difundindo ideias e mensagens, numa situação em que se prevê ou é sintomático que a composição daquele órgão venha a sofrer alterações.
A dizer verdade ou que aquilo que se adivinha das manobras nos corredores do poder, o tristemente famoso “Império de Gaza” não tombou. Ainda não é desta que se vai dançar mapiko.
É visível que FJN ainda não tem agenda própria e que dificilmente a terá.
O que está no centro de tudo é a protecção do espólio, a protecção do património e a segurança do mesmo.
A inexistência de um discurso com conteúdo novo revigorante e promotor da convergência ou da consensualidade no que mais interessa aos moçambicanos é um produto directo das alianças entre as diferentes alas da Frelimo.
Quando se mostra relevante e de importância estratégia que os políticos se demarquem daquilo que atrasa e trava a agenda nacional consensual, observam-se recuos discursivos por parte de FJN.
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