segunda-feira, 25 de maio de 2015

A Frelimo e seu Presidente Filipe Jacinto Nyusi querem hipotecar Moçambique aos Tanzanianos


ZECA CALIATE - VOZ DA VERDADE (3)


AMIGOS, AMIGOS, MAS NEGÓCIOS À PARTE:

A Frelimo e seu Presidente Filipe Jacinto Nyusi querem hipotecar Moçambique aos Tanzanianos.

Aliás, este foi o sonho do Exmo Senhor Mwalimo, Professor de Julius Nyerere, antigo Presidente do Tanganica.

Sinceramente, eu fiquei estupefacto, quando olhei para a Televisão e vi o Senhor Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da Frelimo, a discursar ao lado do atual Presidente da Tanzânia, senhor Jakaya Kikwete, ladeado de empresários daquele país, que foram convidados a investir em Moçambique!

Não sei para investir em quê?

Em Suaíli, chamam nazi, coco em Português ou samaki em Suaíli e, em Português peixe.

Fora disso, não vejo nada em que os empresários Tanzanianos possam investir em Moçambique.


Se for isso, os Moçambicanos têm muitos coqueiros, bem como muito peixe do mar e de vários rios e lagos, como o Lago Niassa. Bom peixe de água doce!

Esse foi desde sempre um sonho do Professor Julius Nyerere, antigo Presidente de Tanganica, na sua política expansionista para os países da sua vizinhança.

Para aqueles Moçambicanos, que nunca tiveram a sorte de conhecer a Tanzânia, trata-se de um país, que se situa ao norte de Moçambique e, faz fronteira com outros países Africanos, tais como o Uganda, o Quénia, o Burundi e outros.

É um país pobre, a princípio foi uma Colónia Alemã, na época antes da 2ª Guerra Mundial e, quando a Alemanha foi derrotada, ao retirar-se daquele país, destruiu quase por completo, as grandes e pequenas cidades, bem como as vilas, até a própria capital, que se chama Dar-es-Salaam.

Ficou com esse nome porque dar, em Suaíli, significa parede,salaam significa bom estado. Os Árabes, que maioritariamente ali moravam, chamaram Dar-es-Salaam, nome que ficou até aos dias de hoje.

Os Ingleses, quando tomaram conta daquele país, encontraram quase tudo destruído e, tiveram muito trabalho na recuperação. Não ficaram por muito tempo e, passados poucos anos, entregaram o país ao professor Julius Kambarage Nyerere, que fundou o seu partido que se denomina Tanganica African Natinal Union (TANU) - Chama Cha Mapinduzi( Partido Revolucionário), que ascendeu ao poder até à Proclamação da Independência. Julius Nyerere não contente, criou (UJAMAA), conceito que significa irmandade, na história do mundo primitivo africano, uma coisa parecida ao socialismo(africano).

Quando chegou ao poder, o que talvez não agradou alguns de seus seguidores, em particular ao seu vice-presidente, Senhor Kambona, que não concordou com tal invenção.

Segundo se consta, o vice-presidente era descendente de Moçambicanos e muito amigo do vice-presidente da Frelimo, Uria Simango, bem como de Filipe Samuel Magaia, assassinado no Niassa a mando de Samora Machel!

Também se consta que, devido aos diferendos existentes, o Presidente Julius Nyerere exonerou o seu vice-presidente Kambona. 

Então, sozinho, o Presidente Nyerere, sem seu vice-presidente, viu-se obrigado a atravessar o Oceano Indico para as Ilhas de Zanzibar, onde procurou convencer o seu amigo Karume, o Presidente daquelas ilhas a apoiar o UJAMAA e a tornar-se amigo de Tanganica e a juntar os dois países, a formarem um só, que chamaram TANZANIA.

Mas infelizmente o amigo de Nyerere, Senhor Karume não durou muito tempo, pois os seus opositores políticos, limparam- lhe o sebo, possivelmente porque não concordavam com tal união Tanganica /Zanzibar!

Aliás quanto a isso, havia um cantor de Tanganica, de nome Salimo Abudala e, seu grupo de músicos, que quando cantavam para o público usavam frases, dizendo por exemplo, o Dr. Karume, o dono da Ilha das Cabeças Cortadas, expressão que não agradava nem a Nyerere nem ao próprio Karume!

O “Mwalimo” Nyerere viu-se obrigado a deslocar-se à China, a fim de pedir ajuda para o seu país e foram os chineses, que recuperaram prontamente uma parte das infraestruturas. Foram eles, segundo se consta, que tomaram conta das centrais elétricas, recuperaram a economia nacional que estava em vias de extinção, recuperaram algumas estradas principais e algumas pontes que se encontravam danificadas, recuperaram algumas linhas de caminhos de ferro nacional e internacional e, também construíram uma linha de caminhos-de-ferro nova, denominada Tanzam, que vai de Dar-es-Salaam até República da Zâmbia, isto, na era do Presidente Keneth Kaunda, quando seu país estava em problemas sérios com a sua vizinha Rodésia do Sul, no tempo de Ian Smith, por este não permitir a passagem de mercadorias no seu território, por razões políticas!

Por isso, até hoje se encontram chineses quase em todos ramos e até nas Forças Armadas daquele país.

Quando Moçambique tornou-se independente, os Tanzanianos encontraram a “terra prometida” e, hoje é bem visível, encontrar milhares de Tanzanianos, dentro de Moçambique, sobretudo, nas duas províncias de Cabo Delgado e Niassa.

Andam à solta, desde caçadores furtivos a traficantes, à procura de pedras preciosas. Alguns desses homens, estão altamente treinados por Instrutores Chineses e pertencem ao Exército Regular das Forças Armadas Tanzanianas.

Infelizmente, milhões de Moçambicanos não encontram onde trabalhar, não há emprego para sustentar os seus familiares.

Antigamente muitos compatriotas, aventuravam-se e iam para a Africa do Sul trabalhar nas profundas e perigosas minas, existentes naquele país à procura de alguns “rands” para manter a família, mas com o problema de xenofobia que recentemente surgiu naquele país, onde hão-de encontrar o metical para comprar o pão nosso de cada dia? Mesmo assim o líder máximo do país, desloca-se para convidar os naturais daquele país para investir em Moçambique.

Não seria bem melhor criarem postos de trabalho para o povo de Moçambique?

E depois, é que se podia pensar nos Tanzanianos?

Zeca Caliate, General Chingòndo um dos sobreviventes da teia do mal Frelimo!

Europa, 23 de Maio de 2015 

(Recebido por email)




Posted at 23:29 in História, Opinião | Permalink ShareThis




Comments

1
Benedito Marime said...


Òscar Kambona não era vice-presidente, mas, sim, ministro dos negócios estrangeiros do Tanganhica, mais tarde Tanzania. Era de ascendência moçambicana, com antepassados próximos naturais de Marrupa, Niassa.


2
Francisco Moises said...


Convidar os tanzanianos para investirem em Moçambique? Qual piada? Os tanzanianos nao tem a capacidade financeira nem a experiencia de fazê-lo. Se eles tem o dinheiro porque e que nao o fazem no seu proprio pais atrasado onde tanto necessitam de investir e de desenvolver. Os tanzaniaos estao ser convidados para pilharem as coisas que o seu pais nao tem e para mas destruirem o pais e mais nada.

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