28 de Maio de 2015, 21:00
Nampula, Moçambique, 28 mai (Lusa) - O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, anunciou hoje que o acordo que pretende alcançar com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, prevê o modelo de autarquias provinciais em todo o país e não apenas nas regiões onde reclama vitória eleitoral.
"Vou propor ao Nyusi e à Frelimo [Frente de libertação de Moçambique] que vamos legislar em 15 dias para que todas as províncias de moçambique recebam a categoria de autarquias", afirmou Dhlakama em conferência de imprensa na cidade de Nampula, na mesma semana em que anunciou um acordo em 45 dias com o Presidente moçambicano para ultrapassar a crise política entre Governo e Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), a ratificar posteriormente no parlamento.
Dhlakama alega que, após a rejeição do anteprojeto de lei das autarquias provinciais da Renamo pela maioria da Frelimo no parlamento, esta nova iniciativa pretende evitar acusações de que pretende dividir o país nas seis províncias do centro e norte de Moçambique onde o maior partido de oposição reclama vitória nas últimas eleições gerais e que pretende governar.
O dirigente político espera que as seis autarquias provinciais a liderar pela Renamo, com base nos resultados da última votação, entrem em vigor em julho ou agosto, enquanto as restantes devem esperar pelas próximas eleições, dentro de cinco anos.
"Todo o povo está à espera de um acordo e não quero esconder que vai haver um acordo", disse Dhlakama, reiterando que o entendimento será alcançado com o chefe de Estado e depois ratificado pelo parlamento.
O Presidente moçambicano disse hoje que não tenciona substituir instituições para chegar a um acordo com a Renamo, reagindo ao anúncio do líder do maior partido de oposição sobre um entendimento próximo com o chefe de Estado.
"Queremos deixar claro que continuaremos a defender os três poderes", afirmou Filipe Nyusi, citado hoje pela Agência de Informação de Moçambique, numa conferência de imprensa em Abidjan, onde assiste à reunião anual do Banco Africano de Desenvolvimento, não confirmando qualquer acordo iminente com a Renamo, embora manifeste a sua disponibilidade para dialogar.
"Dizemos sempre que tudo o que tiver de ser feito para que se possa continuar em paz nós estamos mais do que disponíveis para caminhar nesta área", declarou o Presidente moçambicano, insistindo que não se afastará das balizas previstas na Constituição.
Na conferência de imprensa de hoje, Dhlakama disse que não gostaria de tomar o poder pela força, porque isso iria provocar caos e afastar o investimento, mas considerou que "a Frelimo nunca aceitou qualquer coisa para a Renamo na Assembleia da República sem que tenha havido violência ou disparos", dando o exemplo da lei eleitoral aprovada no ano passado ou do próprio multipartidarismo ao fim de 16 anos de guerra civil.
"Já não é tempo que a Frelimo aceite a vontade da maioria através da violência, queremos transmitir a imagem de um país com paz, com condições para investimentos e a criar perspetivas para os jovens", declarou o líder da Renamo, que não reconhece os resultados das últimas eleições gerais, alegando fraude.
Após dois encontros com entre Nyusi e Dhlakama, o maior partido de oposição submeteu o projeto de autarquias provinciais ao parlamento, mas foi rejeitado pela bancada da maioria, adensando o clima de crise política.
"Se Nyusi e a Frelimo querem sossego, se querem que a Renamo feche os olhos para poderem governar, terão de engolir alguns sapos também", afirmou hoje Dhlakama, anunciando que continuará a debater a sua proposta nas regiões centro e norte, onde se encontra desde o fim do ano passado, e que só terminará quando o acordo com o Presidente da República for alcançado.
"O meu carro é o meu gabinete", disse ainda o líder da Renamo, que declarou o objetivo de recrutar académicos e intelectuais para um projeto político que a Frelimo "não terá cara de recusar", alegando que todo o mundo civilizado tem modelos de descentralização.
AUYS/HB
os seus anseios são os anseios da maioria, mas os camaradas no poder não pensam o mesmo, infelizmente. Eles utilizam a maioria para votar em BLOCO e por ditados clandestinos da sua elite na cúpula, e isso não difere daquilo que se chama DITADURA PARLAMENTAR, por isso você não pode confundir isso como uma DEMOCRACIA.
MOÇAMBICANOS estão habituados de serem tomados por EMBECILS, é por isso que não muda nada no país. O Governo está a funcionar com os mesmos criminosos, ladroes e gajos incapazes, mas como só o país é governado Ditadorialmente (o que Moçambicanos lhes pesa a aceitar), ninguem pode fazer nada.
-> Com que fim o público pode discutir, onde e como?
-> Qual é a instância da spociedade civil que pode forçar o
governo a corrigir um erro? Como?
pode comentar bonito, mas isso aí é uma ditadura e nao democracia. Numa democracia, o Governo respeita as Leis e tem "MEDO" do seu patrao -> O POVO.
-> A FRELIMO tem medo do Povo?? É o contrário, quer admites ou NAO, é a verdade.
=> O DHLAKAMA já tentou todos os nomes possíveis: Autonomia, Autarquia, Governo de Gesatao etc, mas a FRELIMO nao quer e, quando eles nao quertem, AUTOMATICAMENTE O POVO NAO QUER, portanto eles sao o povo por força.
ISSO PODE DURAR 50 ANOS A SE DISCUTIR.
amanha vao chorar esses comunistas criminosos , quem quer tudo perde tudo. ate´podiam aprender com os paises aFricanos do Norte, na verdade quem nao quer a Paz em Mocambique e´a Frelimo. Mocambicanos e Mocambicanas e´o tempo de a cordar, todos os dirigentes da Frelimo , vamos falar dos altos dirigentes . ja estao feitos. por roubar o dinheiro do povo e do estado.
"Um abraço à seriedade e ao patriotismo"
Pergunta, questiona, duvida, analisa, vê mais melhor.
FUNGULANI MASO
FUNGULANI MASO