JORNAL DEBATE
TIPOGRAFIA
- MÉDIO
- PADRÃO
- MODO DE LEITURA
O embaixador da República Portuguesa em Moçambique, José Augusto Duarte disse, na semana passada, em exclusivo ao Debate, na capital, que Portugal está disponível para “mandar voltar” os seus observadores da Equipa Militar de Observadores Internacionais da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM), que abandonaram recentemente, o país, na sequência do termo do prazo. Entretanto, segundo o diplomata luso, há falta vontade do governo moçambicano para a sua materialização.
De acordo com José Duarte, Portugal está aberto para (re) estabelecer qualquer tipo de cooperação com Moçambique, quer no domínio militar ou no desenvolvimento social.
E, havendo contactos entre os dois governos, a equipa de observadores militares de Portugal poderá responder prontamente a este chamamento “no caso militar é uma coisa fácil, basta haver vontade”, disse, José Duarte.
A Equipa Militar de Observadores Internacionais da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM) resulta do acordo de paz, celebrado em Setembro, de 2014, pelo antigo Presidente da República, Armando Guebuza, e pelo líder do maior partido da oposição, Afonso Dhlakama.
O acordo pôs termo a mais de 17 meses de confrontações militares na região Centro, Norte e na província de Inhambane.
O mandato inicial da missão da EMOCHM previa 135 dias de trabalho que se esgotaram no dia 23 de Fevereiro de 2015. No entanto, durante as rondas negociais entre o Governo e a Renamo, as partes não alcançaram consenso em relação ao período de duração da prorrogação do mandato da EMOCHM.
Portugal, Botwsana e outros países europeus abandonaram a equipa da EMOCHM, no termo do prazo.
Contudo, para o embaixador português, José Duarte, a saída de Portugal na equipa da EMOCHM não afecta as relações diplomáticas entre Moçambique e Portugal.
“Sempre temos espaço para melhorar as nossas relações no interesse de Moçambique e de Portugal e há uma confiança mútua. O Presidente da República de Portugal, Cavaco Silva esteve recentemente, em Maputo, para testemunhar a tomada de posse do Presidente Nyusi e convidou-o formalmente a visitar Portugal, sendo que esta visita poderá ocorrer ainda este ano. Há uma vontade de desenvolver as relações no âmbito do respeito mútuo”, disse o embaixador luso.
João Chicote
Sem comentários:
Enviar um comentário