sexta-feira, 17 de abril de 2015

Município de Nampula queixa-se de burla de mais de um milhão de meticais

Município de Nampula queixa-se de burla de mais de um milhão de meticais
Escrito por Luís Rodrigues  em 16 Abril 2015
Um suposto empresário da Sawa Serviços, uma empresa com sede em Maputo, cujo nome está a ser omitido pela edilidade de Nampula, sob a gestão de Mahamudo Amurane, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), encontra-se em lugar incerto, desde princípios deste ano, com um milhão, duzentos e setenta mil meticais (1.270.000,00) destinado à compra de dois camiões basculantes e uma retroescavadora.
Segundo o presidente do Conselho Municipal de Nampula, em Novembro de 2014, aquela firma assinou um contrato para o fornecimento dos referidos equipamentos, mas, desde aquela data a esta parte, nunca honrou o seu compromisso. O dono, ora ao fresco, já não atende aos telefonemas da edilidade feitos de forma insistente. Aliás, a dado momento os números de telefone em posse do município deixaram de funcionar.
“Estamos preocupados porque o cidadão anda com os telefones desligados. Já enviámos um dos nossos vereadores a Maputo, mas sem sucesso”, contou o edil, que, certamente, se arrepende de ter fechado negócio com uma companhia de que pouco conhecimento tinha, mas apenas porque este forneceu um preço abaixo do outro concorrente, nomeadamente a Entreposto.
O valor ora em posse do proprietário da Sawa Serviços corresponde a 20 porcento do orçamento global para a aquisição de dois camiões basculantes (primeiro lote) e uma retroescavadora (segundo lote).
Amurane disse que neste momento está a accionar mecanismos jurídicos junto do Tribunal Administrativo para a localização e responsabilização do suposto burlador. Sobre o assunto, que também é do domínio da Unidade Gestora de Aquisições do Estado (UGEA), esta instituição considerou que há falhas na assinatura do contrato com o fornecedor ao material.
Não houve também verificação e provas de que a Sawa Serviços era ou não uma empresa idónea e com viabilidade económica. O vereador dos Transportes, Comunicação e Trânsito no município de Nampula, Carlos Saide, dirigiu-se pessoalmente a Maputo para tratar do processo, segundo apurámos, por isso, não se justifica que tenha havido um erro desta natureza.
Para não ficar refém do cidadão alegadamente em fuga, a edilidade lançou outro concurso para a compra do mesmo equipamento.
Mahamudo Amurane, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), arrependido pelos 1.270.000,00 Meticais, aparentemente perdidos.
“Estamos preocupados porque o cidadão anda com os telefones desligados. Já enviámos um dos nossos vereadores a Maputo, mas sem sucesso”, contou o edil, que, certamente, se arrepende de ter fechado negócio com uma companhia de que pouco conhecimento tinha, mas apenas porque este forneceu um preço abaixo do outro concorrente, nomeadamente a Entreposto.
Nota: Já foi lançado novo concurso, mesmo antes do esclarecimento! Tenho minhas dúvidas, Francisco & Antonio.
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  • Anísio Palma Eusébio A. P. Gwembe, esse valor não e' quase nada perto dos mais de 900.000.000$. Não acha que deveria preocupar-se mais com o valor astronômico que desapareceu dos cofres do estado e deixar o tal Amurane um pouco em paz? Pelo menos esse foi burlado e ele procura o culpado mas o outro foi roubado por aqueles que deviam geri-lo.
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  • Anísio Palma FILIPE NYUSI ENCONTROU OS COFRES ESTATAIS VAZIOS

    A equipe do novo presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi encontrou um enorme buraco nas finanças finanças públicas. Existe uma caça frenética pelas centenas de milhões de dólares em falta.


    A mesma fonte afirma que a nova era do presidente Felipe Jacinto Nyusi, parece marcar uma ruptura decisiva com as políticas e personalidades do antecessor. Nyusi começou o seu trabalho com um aparente desastre financeiro.

    A sua equipe reportou que o Tesouro tem muito menos dinheiro do que se esperava. Uma estimativa não oficial, os mais conservadores colocam o défice em cerca de US $ 900 milhões, muito menos do que o previsto das receitas fiscais das empresas petrolíferas que podem ter sido dispensado ilegalmente.
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  • Eusébio A. P. Gwembe Anísio Palma, está a insinuar que Amurane desviou o referido valor? Um de cada vez, agora é a vez do Amurane. Ontem falei dos 900 milhões no Mural de José de Matos.
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  • Anísio Palma Não estou a insinuar que ele tenha desviado, de forma alguma, somente o que espantou-me foi o facto de não ter visto nenhum post seu, pelo menos no seu mural, a fazer referência ao buraco que foi aberto nos cofres do estado.
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  • Alvaro Guimaraes isso eh obvio Anisio Palma; nem nunca vai ver isso do lado do Eusebio
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  • Eusébio A. P. Gwembe Alvaro Guimaraes, eu sou munícipe de Nampula. É mais duro para mim uma irresponsabilidade local, comprovada e evitável, que uma culpa não assumida que se resume na especulação.
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  • Anísio Palma haja bom senso!
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  • Helder Hugo Eusébio A. P. Gwembe obrigado pela informação. Existem pessoas que nunca tiveram um comentário positivo em relação ao Governo de Mocambique. Sempre foram do contra, mesmo quando a oposição erra. Enato nao te acanhes por nao apresentares visões do outro lado. O importante e perceber que mesmo os que se dizem ser a salvação cometem erros e deixam vazar dinheiros de impostos e dos contribuintes. Para mi podem vir com qualquer tipo de discurso, são todos iguais e tem todos o mesmo problema: ver na politica o único meio de melhorar a situação sócio econômica. Enato nao venham aqui fazer se de santos.
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  • Anísio Palma aqui a política continua a ser de fome, todos os políticos pobres ou não procuram ter e manter o poder para satisfazer os seus próprios anseios e tornar-se ricos, delapidando os recursos do erário publico.
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  • Antonio A. S. Kawaria Antes de eu dizer algo, gostaria de saber sobre o debate aqui. Estou a ler comentários muito tristes como o do senhor Hélder Hugo. Comentário triste como se o Hugo não fosse mocambicano e soubesse o contorno dessa burla. Vá perguntar ao Tagir, o Edil de Pemba sobre os contornos dessas companhias burlantes. A Sofia Oliveira, já também estava na malha.
    Não se trata de corrupcão, mas de um fenómeno que todos nós devíamos nos empenhar no seu combate. O Eusébio A. P. Gwembe também está um pouco sem saber disso?
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  • Carlos Quizado Ele eh analfabeto politico.
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  • Antonio A. S. Kawaria Cabo Delgado - Dois anos depois de burlada: Capital provincial ainda não dispõe de semáforos

    A EMPREITADA de colocação de semáforos na cidade de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, ganha pela empresa Vasco Equipmentem 2013, ainda não foi execut
    ada, dois anos depois de o empreiteiro ter recebido 4.200 mil meticais (quatro milhões e duzentos mil meticais) como adiantamento do pagamento total que seria desembolsado depois da conclusão da mesma.
    O empreiteiro, que sumiu de Pemba sem deixar rastos, tinha recebido do Conselho Municipal um ultimato em Setembro do ano passado, que na altura deu um prazo de apenas um mês para devolver o dinheiro recebido e indemnizar a edilidade pelos transtornos. Caso isso não acontecesse, conforme a advertência avançada na ocasião, este seria processado judicialmente. Transcorridos dois anos, ainda não há nenhum sinal.
    Na altura Inocêncio Matola, jurista do Conselho Municipal da Cidade de Pemba, dissera ao nosso Jornal que para além de semáforos a empresa Vasco Equipment tinha também a obrigação de fornecer um camião porta-contentores para a remoção de lixo na urbe, mas igualmente não honrou este compromisso.
    Na verdade, depois de ter ganho o concurso a Vasco Equipment iniciou um trabalho de abertura de covas em oito locais de entroncamento e de maior circulação de automóveis que, entretanto, foram abandonadas, constituindo perigo para os peões e não só.
    “Os 4.200 mil meticais que a empresa recebeu da edilidade dividem-se em 2.600 mil que correspondem a 50 por cento do valor de adiantamento do concurso da obra de colocação de semáforos em oito locais de entroncamentos da cidade de Pemba e cerca de 1.600 mil meticais para o fornecimento de um camião porta-contentores para o transporte de lixo mas nem uma nem outra fasquia cumpriu” – revelou Matola.
    Na altura Matola disse que a edilidade ainda não tinha movido nenhum processo judicial, “mas dada renitência do empreiteiro não temos outra alternativa senão dar prazos à empresa para devolver os fundos que recebeu. Ela terá igualmente que indemnizar o Conselho Municipal porque usou os fundos para fins alheios aos objectivos da edilidade. A empresa burlou-nos e não pode ficar impune”.
    Afirmou que o Conselho Municipal estava a tentar resolver o assunto extrajudicialmente mas a empresa Vasco Equipment não está a colaborar e, como tal, o presidente do município decidira mandar publicar um comunicado que dava o prazo de um mês para a empresa devolver os fundos que recebeu e indemnizar ao Município de forma amigável e que caso esta não cumprisse o Conselho Municipal iria processá-la judicialmente.
    Explicou que o domicílio da empresa em causa é conhecido. “Nós conhecemos onde reside a empresa, por isso é localizável. Os seus escritórios estão em Maputo, a empresa deve saber que o dinheiro que recebeu é do suor dos munícipes de Pemba, que querem ver a sua cidade a desenvolver. É inadmissível que eles recebam fundos e os usem para outros fins alheios aos donos do dinheiro”, referiu Matola.
    Na quinta-feira o edil de Pemba, Tagir Carimo, voltou a lamentar o caso perante a nossa Reportagem, mas afirmou que o que cabia à edilidade já foi feito, nomeadamente a canalização do caso às instâncias judiciais. “O problema já foi remetido às instâncias apropriadas da Justiça, continuando, porém, a nos ressentir da burla que nos tirou os recursos que a muito custo tínhamos conseguido”, disse Tagir Carimo.

    Fonte: Jornal Notícias – 11.04.2015
    http://www.jornalnoticias.co.mz/.../34610-cabo-delgado...
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    JORNALNOTICIAS.CO.MZ|BY SAMUEL PEDRO UAMUSSE
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  • Jossias Ramos Tagir, edil de Pemba, fora burlado por uma empresa que lhe montara os semáforos mais feios, desfunacionais que jamais vi.
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  • Sofia Oliveira Tentaram burlar a organização onde trabalho como voluntária, depois de falar com a procuradora de Nacala disse-me que tem sido constante, são dezenas de processos por burla com cheques só aqui em Nacala.
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  • Antonio A. S. Kawaria Carlos Quizado, quem é analfabeto político? Eu tenho pena dos que falam mal dos outros, mas que ao mesmo tempo exibem que não são informados sobre certos fenómenos. Falar por falar, também não deve ser.
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  • Antonio A. S. Kawaria Esses burladores devem ter estendido as suas acções em quase todas instituições ou empresas públicas e privadas e mesmo nas organizações. Aquilo que a Sofia Oliveira me contou foi terrível. Vejam o que é burlar a uma organização de apoio à criança desamparada. Isso é até falta de espírito humanista.
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  • Francisco Wache Wache Antonio A. S. Kawaria, porque e que os burlados, na sua maioria, sao municipios? Eusébio A. P. Gwembe conhece bem como essas empresas falsas funciona. um dia perseguiu-o ate os apanhar, os municipios podiam fazer o mesmo, dai eu achar que zonas obscurAS ai
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  • Antonio A. S. Kawaria Francisco Wache Wache, eu duvido que os mais burlados sejam municípios. Não nego que possam ser, mas acho que devia-se fazer uma investigacão. Possivelmente, sabemos mais dos municípios que nas outras instituicões e isso por muitas razões e uma delas, suponho eu que se deva a alternância. Aparecendo sempre novas pessoas e muitas delas que resultam de eleicão, a burla lá pode ter outros contornos que numa instituicão com uma rede de burladores. Por exemplo a forma como se rouba o dinheiro de administracão directa das escolas...
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  • Antonio A. S. Kawaria Não estou aqui a sugerir que os municípios não mereçam críticas e/ou sanções. Antes pelo contrário. Se não fizermos isso, corre um perigo de a burla vir de dentro.
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  • Jossias Ramos Um produtor cinematografico (filho duma familia bem conhecida) moçambicano burlou em 2007(?) burlou o Ministério do Interior. Passou três (vezes) cheques sem cobertura. O atual Ministro era Director de Ordem e Segurança Pública. Ele fez com que a Procuradora assina se (em cima do joelho) uma prisão do produtor.
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  • Anísio Palma o que espanta-me e' o fato do Eusébio A. P. Gwembe somente ver problemas nos municípios que estão a ser geridos pela oposição, hoje ele consegue ver problemas em todo o lado do município de Nampula, mas não diz nada sobre Maputo, Matola, Nacala, Ribaue, etc.
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  • Antonio A. S. Kawaria Anísio Palma exactamente isso e foi por isso que alertei o Hélder Hugo. O Eusébio A. P. Gwembe até podia estar a provocar como podia ser um acto selectivo.
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  • Sofia Oliveira Esta questão das burlas vai muito além dos municípios, estamos a falar de autenticas quadrilhas de pessoas que acima de tudo sabem falar muito bem.
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  • Sofia Oliveira A primeira vez que eu tive conhecimento de burlas aqui em Moçambique eram acerca de carros que eram vendidos, era entregue um talão de deposito o dono do carro confiava que o valor estava na conta e na realidade o que foi depositado foi um cheque sem cobertura, entregavam os carros e ficavam sem dinheiro e sem carro, entenda-se que este tipo de burla se mantém, tenho informações precisas de alguém ligado ao mundo da justiça que foi burlado nestes moldes, os burlões vão aperfeiçoando o crime e neste último caso que tive conhecimento até montaram uma oficina falsa para a burla ser concretizada, com direito a pagamento de almoços e ostentação de muito dinheiro por parte dos burladores.
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  • Sofia Oliveira Os burlões perceberam que as instituições sejam ou não do estado são mais fáceis de serem vitimas de um crime, quem na verdade vai acreditar que uma empresa ou alguém vai tentar burlar uma instituição publica ou de apoio à comunidade? Claro que em todos os casos as vitimas das burlas foram inocentes e ludibriadas, depois de se verem perante uma burla percebem que cometeram erros, mas todos somos falíveis e é normal acreditar na boa fé e integridade dos outros até prova em contrário.
  • Sofia Oliveira Neste caso e noutros ofereço-me para ajudar de futuro, gratuitamente, qualquer instituição que queira verificar a fiabilidade de uma empresa seja ela nacional ou não, neste caso se o Sr. Mahamudo Amurane necessitar do meu apoio ou qualquer entidade, com os meios que possuo posso conseguir algumas informações e tentar ajudar, para minimizar estas situações de burla.
  • Sofia Oliveira E entendam que muitos empresários nem sequer chegam a expor publicamente as burlas que foram vitimas, por questões de vergonha e de manter o bom nome limpo.

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