Município de Nampula queixa-se de burla de mais de um milhão de meticais |
Escrito por Luís Rodrigues em 16 Abril 2015 |
Um suposto empresário da Sawa Serviços, uma empresa com sede em Maputo, cujo nome está a ser omitido pela edilidade de Nampula, sob a gestão de Mahamudo Amurane, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), encontra-se em lugar incerto, desde princípios deste ano, com um milhão, duzentos e setenta mil meticais (1.270.000,00) destinado à compra de dois camiões basculantes e uma retroescavadora.
Segundo o presidente do Conselho Municipal de Nampula, em Novembro de 2014, aquela firma assinou um contrato para o fornecimento dos referidos equipamentos, mas, desde aquela data a esta parte, nunca honrou o seu compromisso. O dono, ora ao fresco, já não atende aos telefonemas da edilidade feitos de forma insistente. Aliás, a dado momento os números de telefone em posse do município deixaram de funcionar.
“Estamos preocupados porque o cidadão anda com os telefones desligados. Já enviámos um dos nossos vereadores a Maputo, mas sem sucesso”, contou o edil, que, certamente, se arrepende de ter fechado negócio com uma companhia de que pouco conhecimento tinha, mas apenas porque este forneceu um preço abaixo do outro concorrente, nomeadamente a Entreposto.
O valor ora em posse do proprietário da Sawa Serviços corresponde a 20 porcento do orçamento global para a aquisição de dois camiões basculantes (primeiro lote) e uma retroescavadora (segundo lote).
Amurane disse que neste momento está a accionar mecanismos jurídicos junto do Tribunal Administrativo para a localização e responsabilização do suposto burlador. Sobre o assunto, que também é do domínio da Unidade Gestora de Aquisições do Estado (UGEA), esta instituição considerou que há falhas na assinatura do contrato com o fornecedor ao material.
Não houve também verificação e provas de que a Sawa Serviços era ou não uma empresa idónea e com viabilidade económica. O vereador dos Transportes, Comunicação e Trânsito no município de Nampula, Carlos Saide, dirigiu-se pessoalmente a Maputo para tratar do processo, segundo apurámos, por isso, não se justifica que tenha havido um erro desta natureza.
Para não ficar refém do cidadão alegadamente em fuga, a edilidade lançou outro concurso para a compra do mesmo equipamento.
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