Moçambicanos chegam hoje de RSA
O primeiro autocarro com moçambicanos que manifestaram vontade de regressar ao país partiu esta manhã da África de Sul. Este grupo será alojado no Centro Transitório de #Boane até que se criem condições para que cada um seja encaminhado ao seu destino.
Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, foi criado mais um campo aberto em Greewood Park, onde estão alojados 150 moçambicanos que procuram esconder-se da violência xenófoba. Equipas formadas por quadros da embaixada moçambicana na #RAS e do Consulado em #Durban estão a avaliar a situação e a assistir as pessoas.
Moçambique e Espanha assinam acordo de parceria
Quinta, 16 Abril 2015
A VICE-MINISTRA dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Nyeleti Mondlane, e o Secretário de Estado de Cooperação Internacional e para Iberoámerica da Espanha, Jesus Garcia Aldaz, rubricaram, ontem, em Maputo, um acordo para o desembolso da segunda tranche de financiamento de vários sectores de actividade no nosso país. O destaque vai para as áreas de Saúde, Segurança Alimentar, desenvolvimento e descentralização rural, Agricultura, género e Educação, na sequência do Programa-Quadro de Parceria (MAP) entre os dois países.
Segundo o acordo, que dá seguimento a um programa assinado em Novembro do ano passado, a Espanha vai desembolsar 46,55 milhões de euros no período de três anos (2014/2016), destinados aos sectores acima referidos.
Nyelete Mondlane disse na ocasião que são áreas de cooperação extremamente importantes para o país.
Sem especificar o valor já desembolsado, a governante moçambicana disse que a primeira tranche, dos 46,55 milhões de euros, serviu para a construção, entre outras infra-estruturas, do Centro de Investigação de Malária da Manhiça, na província de Maputo, que neste momento, além de se dedicar só à investigação, trata várias doenças e é um centro de referência para a região e não só.
O financiamento, que começou em 2014, por um período de três anos, contempla igualmente a província de Cabo Delgado, no sector da Educação.
Nas suas palavras, a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação disse que para a além da assinatura deste acordo, os dois governantes tiveram a possibilidade de fazer uma avaliação daquilo que foi a primeira etapa de cooperação.
“Isso nos leva a ter certeza que a segunda tranche e as actividades de cooperação vão acontecer e que todas as províncias do nosso país vão se beneficiar deste importante gesto, que é um sinal fundamental de parceria”, disse Nyelete Mondlane.
Numa breve intervenção, o diplomata espanhol disse, por seu lado, que é interesse fundamental dos dois países em saber quais são as necessidades de cooperação “para trabalhar conjuntamente”.
ENTREGA DE CASAS NA MACHAVA: Combatentes congratulam o Estado
Quinta, 16 Abril 2015
QUINZE combatentes com grande deficiência acabam de receber casas de tipo três nos bairros Siduaba e Tchumene II, posto administrativo da Machava, no município da Matola, província de Maputo, construídas pelo ministério de tutela, no quadro dos esforços do Governo visando criar condições condignas aos libertadores da pátria.
A cerimónia de entrega daquelas casas foi orientada pelo Ministro dos Combatentes, Eusébio Lambo, que na ocasião garantiu que se trata dum programa do Governo que vai ter réplica em todas as províncias do país.
A construção das casas ora entregues surge da necessidade de se providenciar aos libertadores da pátria e aos defensores da soberania e da democracia melhores condições de vida, em cumprimento do preceituado no respectivo estatuto.
A entrega materializa um programa de construção de cerca de 45 casas que estão a ser edificadas faseadamente aos combatentes com grande deficiência, que vivem no Centro IV Congresso da Matola, num projecto avaliado em 34 milhões de meticais, no âmbito de um memorando assinado em 2010 entre o Ministério dos Combatentes e o município da Matola.
O presidente da Associação dos Deficientes Militares de Moçambique (ADEMIMO), Manuel Chaúque, disse, na cerimónia de entrega, que o grupo que representa está bastante satisfeito com o gesto do Estado moçambicano.
“Sentimo-nos bastante alentados por recebermos estas casas que, na verdade, reúnem todas as condições para acolher estes homens que muito fizeram para o bem da nação moçambicana. Nunca é tarde, isso porque há muito já devíamos ter tido casas condignas. Mas agradecemos o enorme esforço do Ministério dos Combatentes e de outras instituições que directa ou indirectamente permitiu a materialização deste sonho”, afirmou.
O ministro dos Combatentesapelou aos beneficiários no sentido de honrarem os esforços e os recursos financeiros do Estado despendidos na construção daquelas casas. Segundo Eusébio Lambo, o acto acontece num momento particularmente importante para o país, marcado pelo arranque das festividades alusivas às comemorações dos 40 anos da proclamação da independência nacional.
“Assim, o meu apelo vai particularmente aos combatentes para que, tal como ontem o fizeram, hoje são uma vez mais chamados a juntarem-se às vozes do povo que clama pela prevalência da paz e concórdia, pressupostos importantes para o bem-estar de todos, em especial das gerações vindouras”, disse.
FILHOS DE COMBATENTES PEDEM PAZ
Numa mensagem apresentada na ocasião, um grupo de filhos dos combatentes que receberam as casas pediu ao Governo para que tudo faça com vista a manter a paz no país. Apelaram aos políticos para usarem da sua inteligência a fim de evitar confrontações armadas entre irmãos.
“Gostaríamos de lembrar aos titios que nós que estamos aqui a apresentar esta mensagem somos filhos de combatentes, muitos deles não têm braços, não têm as duas pernas, não têm vista e alguns estão aqui em carrinhas de roda, isso tudo como resultado da guerra. Nós sofremos humilhações na escola, só porque temos um pai ou uma mãe deficiente militar. Gostaríamos de pedir ao nosso tio Filipe Nyusi para continuar a dialogar para evitar a guerra a fim de crescermos em harmonia e em paz”, disseram.
As crianças garantiram que irão dar continuidade ao espírito patriótico demonstrado pelos seus pais que sacrificaram a sua juventude para libertar a pátria, bem como na defesa da soberania e integridade territorial, logo depois da independência nacional.
Lourenço Chapo (Colaboração)
PRIMEIRO DESDE A SUA FUNDAÇÃO: Congresso da OJM em Novembro
Quinta, 16 Abril 2015
O PRIMEIRO congresso da Organizacao Da Juventude Mocambicana (OJM) terá lugar de 25 a 29 de Novembro próximo, em local a indicar oportunamente, decidiu a VI Sessão Ordinária do Comité Central desta organização, braço juvenil do partido Frelimo, realizada de 10 a 12 deste mês na cidade de Xai-Xai, em Gaza.
De acordo com o comunicado final do encontro ontem enviado à nossa Redacção, este congresso contará com a participação de cerca de 1500 jovens provenientes de todo o país, membros e militantes da organização, que procurarão tornar o evento num marco histórico não só para a vida da organização, por ser o primeiro congresso, mas também porque elegerá os novos órgãos directivos da OJM.
De acordo com o comunicado da VI Sessão do seu Comité Central, a OJM pretende fazer deste congresso um amplo movimento de mobilização, de participação, de festa e confraternização e uma jornada nacional de troca de experiências e aprendizagem entre os jovens moçambicanos.
Nesta sessão, os membros do Comité Central da OJM saudaram efusivamenteFilipe Jacinto Nyusi, Presidente do partido Frelimo Sim e Presidente da RepúblicaFilipe Nyusi, pela sua prontidão, trabalho e espírito de sacrifício e pelo compromisso que assumiu na liderança dos destinos do nosso país, lutando incansavelmente pela preservação da paz, da unidade nacional e contra a pobreza para impulsionar o bem-estar e o desenvolvimento de Moçambique.
Saudaram igualmente a Comissão Política Da Frelimo e o Secretariado do Comite Central Da Frelimo pelo apoio e acompanhamento que têm vindo a dar àOrganização da Juventude Moçambicana, no âmbito do desenvolvimento das suas actividades.
A VI Sessão do Comité Central da OJM decorreu, segundo o seu comunicado final, num ambiente de abertura, franqueza, coesão, fraternidade e camaradagem desta grande família da juventude da Frelimo, saindo a OJM mais coesa e reforçada.
Durante os dois dias de trabalho, o encontro, que decorreu sob o lema “OJM, Por Um Moçambique Uno e Indivisível”, adoptou o relatório de actividades desenvolvidas pela organização no ano passado e o plano de acção para 2015.
Adoptou as monções de solidariedade da Organização da Juventude MoçambicanaOJM para com as vítimas da tragédia de Chitima, das inundações nas zonas centro e norte do país e de saudação à mulher moçambicana pela passagem do 7 de Abril.
Para além destas matérias, a VI Sessão Ordinária do Comité Central da OJM -GAZA Organização DA Juventude Moçambicana OJM analisou ainda a actual situação política e social do país, sobre a qual manifesta a sua preocupação face ao clima de tensão resultante do incitamento à violência protagonizada pela Renamo e pelo seu líder, Afonso Dhlakama, que pode propiciar a perda de vidas humanas e causar danos matérias, se não for contido.
O Comité Central da OJM condena esta postura e exorta a juventude para se distanciar destes pronunciamentos e manifestações protagonizados pela direcção da Renamo.
DIALOGANDO - A tristeza de celebrar o 11 de Abril assaltado
Quinta, 16 Abril 2015
PODER-SE-À questionar porquê um título assim. Eu explico. Poderia substituí-lo por jornalista do Notícias assaltado em plena celebração do dia do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ), isto é, no seu dia e que não mudaria absolutamente nada o significado, nem tão pouco desvirtuaria a ideia que precedeu o alinhar deste escrito que não é mais do que um grito de revolta e particularmente de tristeza ante o nojo que nos causa todos os dias a criminalidade no nosso país, onde quer queiramos, quer não, a hipocrisia política no combate a este mal é o nosso pão de cada dia.
Na verdade, os assaltos que caracterizam a subida galopante da onda de criminalidade no país preocupam a muitos, e só aparentemente não acredita na sua existência talvez quem nunca viu ou sofreu alguma vez as investidas dos assaltantes. Por isso, quando isso sucede com o seu colega ou um outro cidadão comum, mesmo que clame pelo socorro ou em forma de anúncio público nos órgãos de informação anunciando o sucedido, o mesmo não dá importância, esquecendo ou pensando que, como jornalista ou cidadão simples um dia será a sua vez, e quererá que a sua tristeza seja ouvida.
Na madrugada do dia 11 de Abril corrente, o autor destas linhas, que se orgulha profundamente pela sua profissão, e se bem que nunca tinha sido alvo dos meliantes; um grupo de assaltantes invadiu a sua casa, onde para além de roubarem os fios eléctricos deixando a residência sem iluminação, levaram muitos bens pessoais, com destaque para roupa e utensílios domésticos.
Como está dito, o que me deixou mais transtornado é o facto de que o assalto aconteceu num momento ou dia em que todos os pretextos servem para invocar a festa da nossa classe, que apesar de tudo, está cada vez atenta à evolução social, política e económica do nosso país. Ou seja, é por causa disso que se pensou em “pintar” esta crónica. Até porque sendo profissional do jornalismo e membro do Sindicato Nacional de Jornalistas, também mereço a comemoração do 11 de Abril com alegria tal como aconteceu com outros colegas de profissão.
Acredito que o jornalismo moçambicano percebe que a sociedade civilizada tem regras, tem formas de estar, tem leis e, é obrigação de todos que se procure a exactidão, compreensão e tolerância em tudo, até ao ponto em que a natureza do assunto o permita. Custe o que custar. Mas associar-se ao movimento festivo relativo ao 11 de Abril, tendo em conta esses aspectos, não significa apenas participar em jantares ou almoços de confraternização que se organizam por ocasião da passagem deste dia. Significa, sobretudo, debate de ideias entre jornalistas, em relação aos problemas que afectam a classe e outros que dizem respeito à sua vida pessoal e profissional, que lamentavelmente perdi por causa do assalto que sofri.
O nosso jornalismo só ganhará maior valor com debates sérios entre os seus profissionais, só assim é que haverá aumento da consciência dos profissionais da comunicação social de que a profissão não pode estar à margem do progresso nacional. Com debates ou discussões, trocas de ideias nos encontros que temos tido em cada 11 de Abril que passa, procuramos melhores caminhos para a prática de um jornalismo sério e responsável, feito de boas maneiras. É um dia em que são provocadas sérias reflexões para o bem do nosso jornalismo.
Contudo, todos os jornalistas moçambicanos estão de parabéns, pela passagem do seu dia, e espero que continuem a exercer a função sobretudo com humildade, tendo em conta a sua identidade cultural e social, provando efectivamente que não é pela via de sensacionalismo jornalístico ou banalização da profissão que ela se prestigia, mas sim, com objectividade e realismo.
Acima de tudo, queremos que o jornalismo em Moçambique, independentemente de ser mal ou bem entendido em certos momentos, principalmente por parte dos políticos que querem ou sempre quiseram influenciar conteúdos redactoriais em alguns órgãos de comunicação social; conotando os jornalistas disto ou daquilo, em seu benefício ou partidos onde militam, que o jornalismo seja um bom exemplo de enorme préstimo e singular na criatividade e força na defesa de boa ideologia que são fundamentais para a consolidação da democracia no nosso país.
Para tal, precisamos também de expurgar do nosso jornalismo práticas que desnudam a fragilidade de algumas regras exigíveis para o exercício responsável da profissão e questiona falsos alicerces da comunicação social no nosso país. Em boa verdade, há moçambicanos que vêm com algum desprezo todo rosário tenebroso de iniquidades cometidos no exercício do nosso jornalismo. Se de facto, o jornalismo é uma profissão que nunca existiria sem estar sujeita às críticas da sociedade, tal como acontece com outras, mesmo que ela (sociedade) tenha um conjunto de valores e comportamentos tipificados como a nossa, mesmo assim, não parece que qualquer um pode deliberadamente banalizá-la, como se tem vindo a assistir nos últimos tempos.
Cuidemos pois, da nossa profissão para que ela se robusteça e fortifique com abundância e qualidade, sejam quais forem as vicissitudes do futuro. Com muito jeito, bom senso e, muita tolerância. Nunca com berros e maledicência. Viva o jornalismo moçambicano livre da manipulação política!
MOUZINHO DE ALBUQUERQUE
Façamos uso das pontes para travessia de peões
Quinta, 16 Abril 2015
ESTOU a residir fora da cidade de Maputo, e cada vez que me desloco à capital há sempre algo a arrepiar-me, porque a atitude teima em não desaparecer. Desta vez vou falar das pontes para a travessia de peões.
Aprendi que as taxas e impostos que pagamos ao Estado pelo exercício de determinada actividade e não só servem para construir infra-estruturas básicas tais como escolas, hospitais, estradas, pontes e disponibilizar vários serviços essenciais à existência humana.
Sendo assim, percebo o quão é importante pagar imposto para que se cumpra com o manifesto eleitoral. Por isso, fico feliz quando, a partir do interior de uma viatura, seja particular ou de transporte público, sinto que a estrada está em condições de transitabilidade porque usufruo dos resultados da minha contribuição para o engrandecimento do país.
À semelhança dos automobilistas, os peões também devem ficar felizes quando caminham pela estrada, desde que seja pelos locais apropriados. Porém, nos locais onde existem pontes para a travessia de peões, implicitamente se está a proibir o peão de atravessar a estrada naquele local, por haver perigo.
Mas acontece que muitos cidadãos ignoram a advertência das autoridades para uma travessia em segurança. Ao longo da Estrada Nacional Número Quatro, gente há que ignora a ponte, não obstante haver registo de atropelamentos devido à má travessia. Na Avenida de Moçambique a situação é a mesma. O que aborrece ainda mais, de modo particular nesta avenida, local por onde passo sempre que me desloco à capital, é que até gente adulta opta por este comportamento pouco digno.
Para o caso do “Benfica”, a situação é penosa, com os agentes da lei e ordem a não conseguirem desencorajar este comportamento. Aborrece ainda o facto de os peões se sentirem no direito de assim agirem porque alguns transportadores, em parte, contribuem para este comportamento, através da imobilização dos seus veículos por muito tempo a angariar passageiros.
“Benfica” é o local onde no ano passado foi estabelecido que deixaria de ser terminal dos transportes, tendo lhes sido dada a oportunidade de escolher em que rota queriam operar. Mas o antigo terminal de transporte com destino à baixa continua a ser local privilegiado, daí que os transportadores em algum momento ainda o transformam como terminal.
Mas a grande luta para travar este mal deve partir de cada um de nós, é preciso pensar que há pessoas que neste momento estão a lutar entre a vida e a morte e quem ainda tiver a oportunidade de caminhar nesta terra deve procurar preservar a vida.
O Governo fez a sua parte e nós também devemos fazer a nossa, respeitando as normas e postura para uma boa convivência.
Santos João
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