Por Machado da Graça
Depois do papel que desempenharam na tentativa de assassinato de caracter de Gilles Cistac e de outras pessoas que não afinam pelo diapasão do poder do dia, a questão dos G40 e das direcções subservientes dos orgãos de informação do sector público tem que ser enfrentada e resolvida a curto prazo na medida em que está a minar a credibilidade desses orgãos e a ser um factor de desestabilização social. Se bem recordamos esta designação de G40 surgiu quando o partido Frelimo enviou aos orgãos de informação que controla uma lista de 40 personalidades que seriam as únicas autorizadas a fazer comentário político naqueles jornais, rádio, televisão e agência de informa- ção. E o resultado está à vista: unanimidade total nos comentários. Nos “debates” um participante diz uma coisa e todos os outros estão de acordo e repetem, por palavras suas, o que o primeiro afirmou. E se o partido Frelimo hoje diz que o caminho é para a esquerda e, amanhã, diz que é para a direita, os tais comentadores inventam hoje argumentos para provar que o melhor caminho é para a esquerda e, amanhã, já desenvolvem outros argumentos opostos salientando que, sem dúvida, é para a direita que se deve caminhar. Como dizia, há poucos dias, o Prof. Lourenço do Rosário, não são verdadeiros intelectuais pois não têm ideias próprias. Alugam a sua capacidade argumentativa às agendas alheias a quem servem. Por seu lado, as direcções subservientes dos tais orgãos de informação também não traçam a linha editorial a ser seguida. A linha vai sendo traçada à custa de telefonemas do exterior com “ordens superiores a serem cumpridas obrigatoriamente”. A nomeação de Tomás Vieira Mário para Presidente do Conselho Superior da Comunicação Social foi, na minha opinião, um passo no bom sentido. Embora, formalmente, um membro dos G40, na medida em que o seu nome também vem na lista, ele tem mostrado o seu afastamento de tal grupo mantendo posições próprias, reflectidas, com base legal e bom senso. Talvez a partir do novo cargo para que foi nomeado ele possa ajudar a resolver este cancro que roi a nossa profissão. E não estou a dizer que os elementos do G40 não possam continuar a dar as suas opiniões. Estou a dizer que é preciso que outras pessoas, com opiniões diferentes ou opostas sejam também vistas e ouvidas contrapondo os seus pontos de vista aos dos assalariados da palavra. É preciso que os dirigentes dos orgãos de informação publicos digam a quem os nomear que não vão aceitar chamadas telefónicas nem sequer dessa personalidade que os nomeou. É essa a atitude que se espera no cumprimento da legislação existente no país. E é esse o Estado de Direito que temos o dever de exigir. PS – O Director da Polícia de Investiga- ção Criminal dissa à PGR que a sua instituição não tem nenhuns meios para trabalhar, incluindo viaturas para se deslocar ao local dos crimes. Em compensação a FIR aparece equipada com a última palavra em fardamento e com potentes viaturas blindadas. São as nossas prioridades...
Depois do papel que desempenharam na tentativa de assassinato de caracter de Gilles Cistac e de outras pessoas que não afinam pelo diapasão do poder do dia, a questão dos G40 e das direcções subservientes dos orgãos de informação do sector público tem que ser enfrentada e resolvida a curto prazo na medida em que está a minar a credibilidade desses orgãos e a ser um factor de desestabilização social. Se bem recordamos esta designação de G40 surgiu quando o partido Frelimo enviou aos orgãos de informação que controla uma lista de 40 personalidades que seriam as únicas autorizadas a fazer comentário político naqueles jornais, rádio, televisão e agência de informa- ção. E o resultado está à vista: unanimidade total nos comentários. Nos “debates” um participante diz uma coisa e todos os outros estão de acordo e repetem, por palavras suas, o que o primeiro afirmou. E se o partido Frelimo hoje diz que o caminho é para a esquerda e, amanhã, diz que é para a direita, os tais comentadores inventam hoje argumentos para provar que o melhor caminho é para a esquerda e, amanhã, já desenvolvem outros argumentos opostos salientando que, sem dúvida, é para a direita que se deve caminhar. Como dizia, há poucos dias, o Prof. Lourenço do Rosário, não são verdadeiros intelectuais pois não têm ideias próprias. Alugam a sua capacidade argumentativa às agendas alheias a quem servem. Por seu lado, as direcções subservientes dos tais orgãos de informação também não traçam a linha editorial a ser seguida. A linha vai sendo traçada à custa de telefonemas do exterior com “ordens superiores a serem cumpridas obrigatoriamente”. A nomeação de Tomás Vieira Mário para Presidente do Conselho Superior da Comunicação Social foi, na minha opinião, um passo no bom sentido. Embora, formalmente, um membro dos G40, na medida em que o seu nome também vem na lista, ele tem mostrado o seu afastamento de tal grupo mantendo posições próprias, reflectidas, com base legal e bom senso. Talvez a partir do novo cargo para que foi nomeado ele possa ajudar a resolver este cancro que roi a nossa profissão. E não estou a dizer que os elementos do G40 não possam continuar a dar as suas opiniões. Estou a dizer que é preciso que outras pessoas, com opiniões diferentes ou opostas sejam também vistas e ouvidas contrapondo os seus pontos de vista aos dos assalariados da palavra. É preciso que os dirigentes dos orgãos de informação publicos digam a quem os nomear que não vão aceitar chamadas telefónicas nem sequer dessa personalidade que os nomeou. É essa a atitude que se espera no cumprimento da legislação existente no país. E é esse o Estado de Direito que temos o dever de exigir. PS – O Director da Polícia de Investiga- ção Criminal dissa à PGR que a sua instituição não tem nenhuns meios para trabalhar, incluindo viaturas para se deslocar ao local dos crimes. Em compensação a FIR aparece equipada com a última palavra em fardamento e com potentes viaturas blindadas. São as nossas prioridades...
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