O Presidente da República, Filipe Nyusi, recebeu hoje, em audiência, o líder do Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), Raul Domingos, que serviu para ambos discutirem questões relacionadas com a governação de Moçambique.
No fim do encontro havido na Presidência da República, em Maputo, Domingos afirmou que a audiência foi profícua porque permitiu discutir questões relativas a paz e desenvolvimento, os conceitos de unidade e reconciliação nacional, e da modernização da administração pública.
“Essas são ideias que passei ao Presidente da República tanto na qualidade de líder do PDD quanto de cidadão preocupado com a paz e desenvolvimento de Moçambique”, disse aquele líder cuja força política surgiu em 2004, após o seu afastamento da Renamo, maior partido da oposição, onde era a segunda maior figura, depois de Afonso Dhlakama.
Na ocasião, o líder daquele partido extraparlamentar foi questionado sobre a ideia que tem sido bastas vezes ventilada pela Renamo sobre a criação de uma “região autónoma” no centro e norte do país, onde o maior partido da oposição reivindica vitória nas últimas eleições.
Segundo Domingos, o líder da Renamo explicou as suas ideias e teve a oportunidade de partilhá-las com o Presidente da República, sendo que a expectativa de todos os moçambicanos é o projecto ser submetido a Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano.
“Após isso, quero acreditar que a semelhança dos outros países, Moçambique vai encontrar o modelo que vai responder as expectativas dos cidadãos e dos eleitores moçambicanos”, disse o líder do PDD.
No entanto, Domingos afirma que o modelo apropriado passa pela necessidade de responder aquilo que é a mensagem que o eleitorado tem transmitido aos dirigentes políticos.
A fonte apontou, a título de exemplo, que os moçambicanos têm consciência de que desde as primeiras eleições em 1994 a esta parte, a província de Gaza dá quase 100 por cento dos votos ao partido Frelimo, enquanto as províncias das regiões centro e norte dão a maioria dos votos a Renamo.
“Isso é uma mensagem que os políticos devem saber fazer a devida leitura e poder responder com uma legislação pertinente de forma que dê satisfação àquele eleitorado”, sublinhou Raul Domingos.
O debate deste assunto no mais alto órgão legislativo do país é entendido, nalguns círculos de opinião, como uma mera exclusão das outras forças políticas cujas opiniões a volta do assunto são completamente diferentes.
Na óptica do líder do PDD, todos os outros partidos terão oportunidade de discutir esse projecto que a Renamo deverá submeter a instituição que, por sinal, é sede de debate político bem como das leis, por isso acreditar que todos estarão a participar na sua discussão.
(RM/AIM)
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