Saturday, November 8, 2014

Roubo, exílio, paz e justiça adiada (*) Recordação


comments

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licos ivar said in reply to Amândio Muthemba...
Caro Sr.Amandio:
Penso que me compreendou mal-claro, que o sr.tem todo o direito de saber sobre as mortes desses padres-mas acho que sabemos os criminosos dessas mortes:
- Quem tinham as armas durante a guerra civi?
-Os dois movimentos sao culpados dessas tristes mortes.Neste momento, o que é mais importante é "purificar " as instituiçoes estatais.Repare nisto:
-Se tivermos instituiçoes estatais eficazes e competentes será mais facil investigar sobre todo o nosso triste passado. Nao concorda??
_ Repito, o sr. tem toda liberddade de fazer todas investigaçoes que quiser mas ha uma questao:
-Nao seria melhor investigar o caso do Siba Siba- que abrange toda a sociedade moçambican??
Se lhe ofendi, peço minhas sinceras desculpas
Abraço
licos
-
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Amândio Muthemba said in reply to licos ivar...

Nao sou partidário dessa ideia de desenrascar argumentos do Licos. Se Euseubio diz que esta a investigar o caso X, o Licos responde que nao, deve-se de investigar o caso Y.
Isto não é censura, Licos?
Nao é a ideia do pensamento comum que nos impunham durante a ditadura do partido único?
Nesse tempo éramos ditos que devíamos de pensar como o chefe decidia, nao se podia “desviar”.
Eu quero mesmo saber quem matou os missionários em Chapotera. E também quero a solução do caso do Siba-Siba, do Simango, da Joana, do Gumane, do Guenjere, e de muitos outros. Duma forma ou doutra haverei de saber.
Licos, se isto nao te interessa, é teu direito. Mas nao tens o direito de me disciplinar o pensamento. O meu pensamento está dentro da minha cabeça. A cabeça é minha, pertence ao meu corpo e alma. Nao te aluguei nem te emprestei a minha cabeça, nem a minha alma. Nao sou o prostituto da história que vende, aluga, troca, modera ou altera os pensamentos consoante as ocasiões, ou dá as costas no momento da aflição como esses senhores que falam a linguagemm do lido, visto e passa.
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umBhalane said in reply to Eusébio...
Obrigado pela sua opinião/parecer.
Fico de aguardar mais contributos.
A LUTA É CONTÍNUA
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Eusébio said in reply to umBhalane...
Pessoalmente penso que uma nação funda-se por elementos objectivos (cultura, religião, geografia, língua, etc.) e elementos subjectivos (um passado e presente comuns e vontade colectiva de querer continuar a viver en comum). Quanto ao tempo, não vejo limite, dependendo do momento, cada geração constrói a nação que quer e em determinado tempo.
Abraços
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Eusébio said in reply to licos ivar...
Pode verdade que seria muito interessante pesquisar sobre Siba Siba Macuacua, no lugar dos padres. Por aquele ser jovem e economista não seria perca de tempo. Ora, o silêncio é meio caminho andado rumo ao caixão da memória colectiva. Pode ser que a mesma arquitectura usada em tempo de guerra para silenciar aqueles padres e tantos outros, seja a mesma usada contra Macuacua ou Cardoso ou tantos outros. Tal como a família Macuacua e economistas moçambicanos tem sede de saber a verdade, as famílias Kamtedza de Angónia e de Silvio em Portugal tem sede de saber. Se calhar as próprias almas dos defuntos também querem saber!
Lendo as reflexões de Moises, culturalmente interpretadas, percebe-se porque a população diz que este é um governo amaldiçoado, porque dirige a custa de sangue de inocentes. Outros resumem de forma simples «isto é África»
Abraços
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umBhalane said in reply to licos ivar...
Toda a gente já muito cansada de saber disto, das drogas e seus agentes, envolvimento de altas figuras, melhor, figurões da frelimo, mas agradeço na mesma.
É bom lembrar.
A questão que coloquei, a dúvida, foi esta:
"Agora, tenho uma grande dúvida - Uma Nação funda-se por decreto lei, lei revolucionária, comício, discurso de 5 a 6 horas,..., como é?
Fundador de quêêêê???????"
Como estou AQUI também PARA aprender, trocar experiências e saberes, até que gostava como se funda uma Nação, e mais ou menos em quanto tempo?
Só para saber, ficar de saber.
Obrigado a quem possa ajudar.
A LUTA É CONTÍNUA
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licos ivar said in reply to Amândio Muthemba...
.......O sr.Eusebio tem liberdade de pesquisar o que quer....esta morte destes padres parece-me muita estranha......nunca ouvi falar dela. Mas nao seria melhor para o País- Naçao e para os moçambicanos se o sr. Eusebio tentasse descobrir a Morte do Jovem economista Siba Siba?????????O que é mais importante:
-Descobrir a morte dos padres ou do jovem economista???!!!
Para dizer a verdade, o sr.Eusebio está a perder o tempo dele:
-Duam forma ou outra foi a Renamo ou a Frelimo....ou os dois juntos,dado que durante a guerra civil os dois movimentos comiam da mesma panela....assim como fazem hoje....Mas os Moçambicanos nao sao parvos: Estao cientes deste jogo tao sujo e porco destes movimentos
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Amândio Muthemba said in reply to licos ivar...
Eusébio,
se Licos Ivar nunca ouviu, é assunto arrumado.
Essa a regra sacrossanta de alguns comentadores: Não ouvi, logo não existe.
Também há a regra dos que "ouviram" (através da BBC, por exemplo), mas que não podem provar.
É o que os tugas chamam, conversa da treta.
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Francisco Moises said in reply to Eusébio...
Dificil de conceber que alguem que queria o bem PARA o seu pais, podia ter feito o que Samora Machel andou a fazer. Mencionem-se todos os paises mais educados em Africa, vera-se que missionarios, catolicos e protestantes, jogaram um papel muito importante -- Ghana, Nigeria, Kenya.
Os catolicos nao so tinham escolas mas tambem tinham hospitais. Sinceramente, eu penso que Samora Machel queria reduzir toda a gente ao seu nivel, eliminando os educados.
Uma triste sorte para Moçambique. E obrigado Eusébio. É este mesmo o padre Domingos Isaac Mlauzi. Um homem altamente civilisado e genial. Bem que concseguiu se escapar senao teria sido um defunto por este diade hoje.
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licos ivar said in reply to umBhalane...
Nao sei se, os senhores leistores recordam-se de um periodo em que se falava tanto de Moçamique e o mundo de droga...Mas como é acabou o assunto?? Ninguem toca no assunto, mas informam-nos de que Moçambique é um dos paises de transito duma droga chamada Ketamine- droga esta originada nos laboratorios da India-Mombai -Ketamine - é uma droga recreativa,que traz tanto tanto dinheiro aos "drug-dealers" nos Estados Unidos, Canada e Europa....O mundo da drga é o mundo de dinheiros (muito dinheiro) de tanta tanta corrupçao....Ninguem quer investigar porque todos nós temos medo....Este é Moçambique de hoje!
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Francisco Moises said in reply to Luis...
Eu nunca estuva a BBC em Portugues, sempre o World Service in English que dava mais reportagem do que serviço português com os seus correspondents por toda a parte. A BBC reporta de tudo, mesmo se a rainha cai do seu cavalo e parte a sua perna. E nem disse eu que jubilar pela morte alguem era bom. A BBC nao segue uma moralidde quando da noticias
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umBhalane said...
Estou seguindo, como dizem os meus Irmãos Brasileiros.
Matéria muito específica, mas vai-se aprendendo.
Agora, tenho uma grande dúvida - Uma Nação funda-se por decreto lei, lei revolucionária, comício, discurso de 5 a 6 horas,..., como é?
Fundador de quêêêê???????
A LUTA É CONTÍNUA
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Eusébio said in reply to licos ivar...
licos, estranho o seu pensamento. Como é que ACNUR teria sede em Lusaka se a maioria dos refugiados moçambicanos estavam no Malawi?
Num documento da ONU lê-se
«Num continente reconhecido pelas suas políticas de asilo liberais, o Malawi destaca-se como sendo um dos mais generosos. Apesar da sua pequena dimensão, da debilidade da sua economia e da quantidade limitada de terra arável, o Malawi acolheu mais de um milhão de refugiados do vizinho Moçambique, ao longo do final dos anos 80 e primeira metade dos anos 90.
Contudo, ao respeitar padrões humanitários tão elevados, o Malawi pagou também um preço elevado em termos ambientais. Durante o tempo que permaneceram no país, os moçambicanos dependiam da lenha cortada localmente PARA quase todas as suas necessidades - cozinhar alimentos, construção e aquecimento.
De acordo com uma estimativa, a lenha consumida pelos refugiados exigia o corte de cerca de 20.000 hectares de floresta por ano.
O problema da desflorestação no Malawi não se encontra exclusivamente ligado à presença de refugiados. Os 4.6 milhões de hectares de floresta do país têm vindo a ser utilizados à taxa de 3.5% por ano, em parte porque os residentes também dependem desta lenha para as suas necessidades domésticas e, também, porque o processo de secagem utilizado na indústria do tabaco, a principal exportação do país, consome grandes quantidades de lenha.
A diminuição da cobertura florestal do Malawi tem vindo a juntar-se a outros problemas ambientais e económicos. O Malawi é um país densamente povoado, com um número de habitantes que cresce à taxa de 3.5% ao ano. Também é um país eminentemente agrícola, onde mais de 50% da população vive abaixo do limiar de pobreza. Para produzir mais alimentos, as florestas têm vindo a ser substituídas por terrenos aráveis e as encostas despidas de vegetação. O corte substancial de árvores e arbustos, têm provocado uma grave erosão dos solos, conduzindo a inundações e aluimentos.
Em 1988, num momento em que um grande número de moçambicanos fugia da guerra no seu país, o ACNUR estabeleceu um programa que visa repôr 10.000 hectares de árvores no Malawi - objectivo que foi já quase atingido. Em vez de procurar repôr todas as árvores utilizadas pela população refugiada, o programa visava um conjunto de áreas onde o problema da desflorestação era particularmente grave. Ao mesmo tempo, o ACNUR tem assistido as autoridades do Malawi no desenvolvimento das capacidades necessárias à gestão das florestas, conservação da água, estabilização dos solos, reflorestação e desenvolvimento de uma consciência ambiental junto das populações locais»

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Eusébio said in reply to licos ivar...
Licos ivar
Posso acreditar que não tenha ouvido destas escolas... eu tambem não sabia mas cheguei a saber e segui o fio da miada:
A criação de centros de Aprendizagem e Designação
Outubro de 1991 foi o ano em que o ACNUR, o Gabinete da Educação PARA Refugiados e a JRS criaram Centros de Aprendizagem (CdAs) no âmbito do Ensino Secundário Geral do Primeiro ciclo nos campos de refugiados. Este curso foi designado MOLU-ESEM, que significava “Mozambican Open Learning Unit - Ensino Secundário Especial Moçambicano” que combinava duas modalidades: ensino aberto e ensino à distância com tutorias presenciais.
Tratando-se de um problema de refugiados de expressão portuguesa, houve a necessidade de se olhar o seu problema em pormenores. Moçambique atravessava um momento que não estaria capaz de libertar professores para irem aos campos de refugiados, Angola, o nosso irmão mais próximo também vivia a sua guerra. Foi nesse aspecto que a ideia foi contactar com os jesuítas portugueses para que fornecessem professores voluntários, o que resultou no envio das três voluntárias que fizemos referência para que iniciassem o ano lectivo, em Setembro de 1991.
Os trabalhos começaram em três salas de Mankhokwe cedidas pelo EP2 do Campo e os jesuítas tiveram que reabilitar a casa da paróquia do Nsanje para servir de residência para as três voluntárias. O primeiro programa educativo iniciou com a 8ª Classe e contava com […] alunos. No ano seguinte o programa expandiu-se para os distritos de Ntcheu e Mwanza nos campos de Katsekaminga, Lizulu, Chipula, Chifunga, Muloza, Kunyinda e Changambika, tendo beneficiado 556 jovens dos quais apenas 28 eram do sexo feminino.
Equipa coordenadora
A equipa Central foi instalada em Blantyre e desta vez estava fortificada com a vinda de um grupo de jovens jesuítas, Chilinda e José Ignatio, além de tantos outros voluntários portugueses. Com o previsível fim de hostilidades em Moçambique, o JRS fez um estudo de viabilidade para a continuidade com o programa MOLU-ESEM donde resultaram as províncias de Tete, Zambêzia e Niassa, como possíveis beneficiários. Em 1993 começou-se a desenhar plano de transferência de escolas de Ntcheu e Dedza, transferidas depois para Angónia em Moçambique enquanto as do Mwanza seriam transferidas para Moatize (Zobue) e Mutarara. No ano seguinte, para fortificar a equipa central do Limbe no desenho de projectos de transferência, chegaram a fazer parte a irmã Delvina Pasquali, Isminia e Liusi.
Colocavam-se problemas PARA a transferência de professores, recrutamento e treino do pessoal que respondesse às exigências do programa. A nova realidade exigia mudanças radicais no esquema do programa que, em primeiro lugar teve que mudar de nome e, em segundo, de sede. A mudança de nome foi para melhor enquadramento e contextualização dentro de Moçambique e a designação MOLU-ESEM foi substituída pela designação de ESAM - Ensino Secundário Aberto Moçambicano, que instalou os CdAs em Milange (Zambézia) 1993, depois entregue à Direcção Provincial da Educação nos finais de 1994); Angónia, Moatize e Mutarara em Tete – com as Escolas de Lifidzi na Angónia, Zóbuè em Moatize, Dona Ana, Inhangoma, Dôa e Charre em Mutarara.

Na transferência das escolas do MOLU para Tete, desempenharam papel de relevo Francis Magagula e Ambrósio além do Pe. François enquanto para o Niassa, esteve à frente a irmã Pasquali que mais tarde chamaria Francis (que, a convite do Pe. Michael, estava prestes a ir trabalhar na UCM da Beira) para a acompanhar, na altura do fecho das escolas de Tete. Ao mesmo tempo que o repatriamento se desenrolava, em 1994 iniciou-se com a 8ª classe nos campos de Nyamitutu e Tengani. A ONG Leigos para o Desenvolvimento providenciou professores voluntários portugueses enquanto outros professores eram recrutados dentre os refugiados. Cabia aos Leigos para o Desenvolvimento a elaboração do material instrucional, administração e controle de avaliações assim como o acompanhamento de tutores moçambicanos, zelando pelo cumprimento de programas do ensino.
O MOLU for a organizado em dois locais Blantyre/Limbe e Nsanje. O primeiro local era um local administrativo onde estavam presentes a equipe administrative, o desenvolvimento do programa e a produção do material. O distrito de Nsanje que tinha maior n’umero de refugiados era a parte da instrução.
Antes do estabelecimento permanente da sede do MOLU Blantyre, dois locais foram temporariamente usados. Depois o JRS completou a construção Our Lady of Wisdom Archdiocesan Secondary School. J.R.S. onde esperavam usar por quarto anos gratuitamente antes que fosse entregue a Arquidiocese. A construção serviu de trabalhos centais e dormitorios para a equipe central. O pessoal da JRS que esteve presente foi Michael Schultheis, S.J. - J.R.S. que tinha sido Director geral do JRS em toda a Africa Jose Cunha e Silva and Angelina Toffolon – directores de projectos vindos de Portugal eram responsaveis pela administração e produção de materiais, Lolin Menendez, RSCJ – era Director das publica,coes de modulos de lingua inglesa e revisao de outros materiais

Na sede esteve presente um computador I.B.M. e outro MacIntosh, Lazer Printer, Máquina fotocopiadora e Gestetner Copier
O longo processo de discussao inicado em 1989 com o ACNUR, Ministerio de educação do Malawi e Minist’erio de Educação de Moçambique terminou com a aprovação do Programa do Molu sob responsabilidade do JRS, em Maio de 1991, pelo Gabinete do presidente e pelo Minist’erio das Finanças do Malawi.
Os livros usados no Campo de Mankhokwe eram fotocópias dos livros usados em Mocambique após o padre Michael ter discutido com o entao Director Nacional do Ensino Basico de Mocambique, Manuel Golias, na sua visita de Fevereiro de 1991? Depois das discussões, não houve resposta da parte de Golias e, então a questão foi colocada à senhora Theresa Anselma, durante uma entrevista em 18 de Junho. Esta foi quem deu resposta afirmativa, dizendo que não havia problema em fotocopiar os materiais.

Os primeiros modulos desenvolvidos foram os de Ingles, baseados num projecto sudanes designado SOLU (Sudanese Open Learning Unit) em que alguns dos materiais foram traduzidos para Português. Havia voluntários a viverem na paroquia de Nsanje. A sua residência nos primeiros momentos era precária e esforços estava sendo feitos. Uma das possibilidades era arranjar uma residência por reabilitar junto da paroquia. A segunda opção seria a construção completa de uma moradia e, enquanto a segunda opção estava sendo providenciada alguns dos voluntaries optaram em viver junto da residencia paroquial porque ai sentiriam-se seguros.
No Mankhokwe duas salas permanents com respectivas carteiras e quadros pretos estavam sendo utilizadas PARA instruçoes. Enquanto isso, quatro salas de aulas estavam em construção para serem usadas em 1992. duas serviriam para instruções directivas enquanto outras duas seriam para aprendizagem.
A equipe do JRS de nasanje era composta de voluntaries da CUPAV vindos de Portugal: Maria Jose Campos; Isabel Maria Carvalho, Maria da Graca Coutinho. Os professores moçambicanos eram Fernando Barreto, Araujo Chataica e Jorge Meque.
Enquanto não fosse possível elaboram-se os modulos instrucionais para aquele ano, aproximadamente 140 alunos da oitava classe seriam instruidos no modelo tradicional, no Mankhokwe. Mankhokwe era único campo dos refugiados com alunos que tinham terminado a 7ª Classe.
O começo foi difícil e professores (tutores) enfrentaram muitos obstáculos): chegada tardia para o começo do ano lectivo, falta de materiais instrucionais, dificuldade de procura de manuais em Moçambique para a sua fotocópia. Por não saberem que matéria haviam de ensinar não tinham trazido nenhum material auxiliar de Portugal. Apenas uma voluntária tinha a experiência de ensino e havia necessidade de darem responsabilidade aos professores moçambicanos para assumirem mais responsabilidades.
Além disso, as voluntaries não tinham experiencia de como se lidarem com alunos traumatizados pela Guerra. Por isso, começaram as suas aulas com uma expectativa que nunca fora correspondida pelos alunos. Levou tempo para que os alunos começassem a ir ao encontro da metodologia. A nproposito disso, a senhora Anselma, durante uma visita, dissera: “Vi nalgumas turmas que a maioria dos alunos parece estar a compreender as liçoes. A alta motivação é evidente não apenas pela qualidade da participação mas também pelo bom entendimento”.
Até ao final do ano, nenhum professor havia concluido com o programa da 8ªclasse. Como não houvesse exames at’e a 10ª classe, a senhora Anselma aconselhou que os professores deviam testar os alunos nas unidades concluídas e dar continuidade na nona classe. A decisão do MOLU foi continuar, no ano seguinte, com as unidades por concluir porque representavam metade das unidades. Mas a decisão ministerial moçambicana foi autorizar a passagem de todos para a classe seguinte.
Enquanto isso, havia a necessidade de redefinir a sequencia de alguns conteúdos contidos em manuais moçambicanos, nas condi,coes em que o currículo apresentava. Havia cerca de 10 areas. Havia de se eliminar alguns que não fossem necessaries.
Neste ano duas disciplinas não tinham sido intriduzidas, Quimica e Física, até ao mes de Setembro, o que poderia vir a influenciar as passagens do exame, três anos depois.
Como pode ver licos, a guerra e o silencio dos historiadores moçambicanos tem campo de actuação PARA ressuscitar este passado que tende a ser esquecido de forma colectiva. Todos os factos, locais e nomes das pessoas sao verdadeiros porque recebi autorizacao deles.
Um abraço

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