Saturday, November 8, 2014

Mamparra of the week: Sheik Abdul Carimo

Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós
O mamparra desta semana é o Sheik Abdul Carimo, que revestido de funções de presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), organizou, junto do seu colégio de PARIDADE, as quintas eleições gerais e multipartidárias, mas com ecos que fazem lembrar o diabo!!...
A CNE, sob batuta do Sheik, apesar das várias irregularidades dectetadas nestas eleições, acaba de considerar o pleito válido para si e seus sequazes depois de uma votação altamente dividida entre os membros que compõem a instituição que administra o processo.
A deliberação da CNE que fixa os resultados finais não foi consensual. Sete vogais votaram contra os resultados, alegadamente por irregularidades e fraude eleitoral. Aliás, a Renamo e o MDM repetem este coro de forma ensurdecedora.
E porque isso era pouco, a CNE anulou 500 mil votos nesta eleição?! Quer com isso a CNE, sob batuta de Abdul Carimo, dizer que 500 mil pessoas que deixaram os seus afazeres domésticos, para ficarem enfileiradas debaixo do sol, da chuva e a apanharem poeira são “loucas”?
Ou está a dizer que, apesar de toda a operação de educação cívica que antecedeu a eleição, 500 mil pessoas não sabem ou não souberam votar?
Custará a qualquer mente sã e equilibrada engolir à seco que 500 mil pessoas, cujos os votos acabam de ir para o goto, não saibam votar.
Para não variar, numa autêntica operação de “copy and paste” de umas outras eleições que geraram polémica, a CNE, sob batuta de Abdul Carimo, conseguiu que em alguns lugares desta Pérola do Índico os “mortos” fossem votar.
Relatos que abundam em certos círculos eleitorais dão conta de que em algumas mesas de votação os números atingiram os 100% de eleitores, facto que levanta a legitima desconfiança de que os “mortos” foram votar!
Que raio de brincadeira da CNE liderada por Abdul Carimo é esta afinal? Vários segmentos da sociedade civil moçambicana reconhecem, ainda que timidamente, que as eleições não foram livres, justas e transparentes.
É o cúmulo da arrogância a passear, sem freios, a sua classe.
Alguém tem de pôr um travão neste tipo de mamparices.
Mamparras, mamparras, mamparras.
Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!

Luis Nhanchote, A Verdade
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  • Joao Cabrita Luis Filipe Nhachote, não fales assim do presidente da CNE pois podes ferir SBSPF (Sensibilidades Britânicas ao Serviço do Partido Frelimo). Já leste o 'artigo de opinião' de uma dessas sensibilidades, disseminado através de um canal pago com o dinheiro dos contribuintes moçambicanos ? (ver «Latest pack of lies and demagogic claims from our local warlord, Afonso Dhlakama» - AIM 07 Nov 14 261114E)
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  • Benny Matchole Khossa Eu sinceramente acho que Mampara Of The Week devia ser todo aquele que fica a falar mal do Salomão Moiana só porque ele não alinhou com a Oposição, pese embora tenha sido proposto por esta... Acho mesmo doentio este posicionamento. Mas, tal e qual a nomeação do articulista, são só opiniões... E valem o que valem...
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  • José de Matos No caso do Moyana eu nao tenho grande problema de ele votar diferente da Oposição, embora ache muito estranho,mas tenho problema de ele votar em algo que parece errado e logo a seguir vota de modo diferente na outra votação!
    Mas é isso, opinioes diferentes que valem o que valem...
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  • Joao Cabrita Como Pilatos, o presidente da CNE 'lavou as mãos' em público, transferindo a decisão final para uma instituição cuja idoneidade andou sempre pelas ruas da amargura. Aliás, uma leitura atenta da Resolução por ele assinada revela que ele aceita que os resultados reflectem «no geral» a vontade do eleitorado. Em questões tão sérias como esta, não há espaço para dúvidas espelhadas em termos como «no geral». As eleições ou são limpas, ou sujas - não há meios termos.

  • Benny Matchole Khossa Joao Cabrita, há sim um meio termo que se prende com a relevância das irregularidades para a alteração dos resultados finais...

  • José de Matos Benny Matchole Khossa, discordo, independentemente de serem ou nao relevantes para o resultado final,ou sao limpas ou nao sao!

  • Benny Matchole Khossa Oh José de Matos, um jogo em que o jogador de uma equipa apanhou vermelho não é anulado por isso... Ou é... E a bem da verdade, aqui houve irregularidades praticadas por pessoas e não irregularidade institucionalizada... Atenção...

  • Joao Cabrita Benny Matchole Khossa, toda a irregularidade é de relevância. E só estamos a comentar aquelas que chegaram ao conhecimento da sociedade. As irrregularidades têm efeito de bola de neve: o STAE, ao não acreditar atempadamente os observadores (como a lei exige) impediu que eles desempenhassem as suas funções em locais remotos do país o que eventualmente poderia revelar outras irregularidades.
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  • Tony Ciprix Meio limpas e meio sujas ne Benny?
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  • Tony Ciprix Mesmo quando o arbitro é o décimo Segundo jogador, dando cartao vermelho para favorecer a equipe adversaria, ele não interferiu no resultado do Jogo? E pode se dizer que o jogo foi meio limpo e meio sujo Benny?
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  • Benny Matchole Khossa É relevante para determinado efeito, Joao Cabrita. Para responsabilizar os implicados. Nisso concordo plenamente. Se elas se demonstrarem generalizadas, ok, pode-se anular as eleições. Se forem questões pontuais e a maior parte delas "descobertas" antes da consumação, sinceramente, abstraindo da minha foto de perfil, não vejo motivos para anular eleições... E depois tem o aspecto procedimental, por via do qual a Oposição fica a reclamar mas não cumpriu o formalismo instituído para o efeito. Desenganem-se amigos: eu não apoio fraude alguma, mas sim a mais elementar justiça. Fiquei até triste, enquanto jurista, pelo facto da Renamo e MDM não terem conseguido ter as suas queixas apreciadas em termos de mérito por mera falha procedimental. Não gostei desse facto que no fundo nos faz reflectir sobre a organização dos partidos também. Era suposto, depois de 20 anos de democracia que os partidos conhecessem, se cor e salteado o procedimento de reclamação... Impugnação prévia e tudo o resto...

  • Benny Matchole Khossa Tony Ciprix, entendo o seu ponto de vista. Mas há que provar que tal não se deveu a erro humano mas sim a acto intencional...

  • Joao Cabrita Benny Matchole Khossa, respeito a sua condição de membro e apoiante do PF, mas por favor venha para aqui debater assuntos de suma importância com seriedade. Efectivamente, o regime do seu partido institucionalizou a irregularidade e esta não é de agora. Um dos líderes do seu partido assim o admitiu publicamente em comício realizado em Maputo há precisamente 33 anos (05 Nov 1981). Recorda-se da Ofensiva na Frente da Legalidade? Quer que lhe recorde trechos do discurso do seu líder proferido nesse dia?

  • Benny Matchole Khossa Caro Joao Cabrita, entendo que não precise alinhar comigo, mas não julgo honesto me acusar de falta de seriedade porque apenas não concordamos. Pedi, logo de início, que abstraisse da minha foto de perfil. Estou a tentar debater de modo Franco consigo. Todos partimos das nossas percepções e predefinições. Somos humanos, o que temos de tentar fazer para conduzir um debate saudável é abstrair dessas ideias preconcebidas e nos abrir a opinião alheia... Em momento algum desmereci suas posições apenas por alinhas com outra corrente política... Vamos manter o decoro se faz favor...

  • Tony Ciprix Benny esses argumentos legalistas ja nos cansam. O facto de se descobrir um unico exame nas maos de estudantes antes da realizacao do mesmo, logo se anulam os exames. Quando se trata de eleicoes com votos pre-marcados, mesas sem nomes dos eleitores, sao questoes pontuais?
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  • Benny Matchole Khossa De facto, querer entender a democracia moçambicana por via de um paradigma da fase pré-democratica é, no mínimo, audacioso e no máximo, ilegítimo...

  • Benny Matchole Khossa Estas a falar de circunstâncias diferentes Tony Ciprix e eu disse que fiquei triste por isso. Nem gosto muito da legalidade nesses aspectos. Eu acho que nestes aspectos devíamos procurar a verdade material até para o bem da paz social. Mas há mínimos a se cumprirem sob pena de se perigar a mesma paz social... É uma faca de dois gumes Tony, pois por um lado está a justiça e do outro a necessidade de segurança e certeza que nos são dadas pelos formalismos... Epah eu mesmo nunca consegui pensar como resolver esse dilema...

  • Tony Ciprix Etica da conveniência não é?

  • Joao Cabrita Perante casos flagrantes de violação da lei - utilização de forças anti-motim como se um acto eleitoral fosse um episódio de sedição ou insurreição; troca de urnas pela calada da noite ou enchimento de outras com votos pré-marcados; invalidação criminosa de boletins de voto a favor de candidatos da oposição; adulteração de editais; impedimento dos observadores cumprirem o seu mandato; «apagões» em círculos eleitorais onde a oposição é forte, etc. - afirmar-se que não se trata de casos de relevância, se não é falta de seriedade, será falta de conhecimento da lei ? Em Direito, o desconhecimento da lei não faz fé em juízo, aprendia-se nos bancos do ensino secundário, Benny Matchole Khossa
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  • Joao Cabrita 'No mínimo audacioso e no máximo ilegítimo', é o argumento agora esgrimido por Benny Matchole Khossa para justificar a ilegalidade. Então, e as «ricas experiências das zonas libertadas»? ficam na gaveta ? para quando a sua aplicação à prática? antes, teremos mais uma Ofensiva na Frente da Legalidade?

  • Luis Filipe Nhachote Terei, "naturalmente" opiniao muito suspeita, por ser o articulista da "nomeação" que aqui se debate. Porém, deixem me dizer que os meus critério de "nomeação" são em função do fluxo de noticias "pouco abonatorias" que inundam na midia e no espaço virtual. Ontem, lendo a entrevista do "lider da oposição" ao insupeito Savana (sou tambem suspeito de bonificar o jornal, pos fui la trabalhador por meia decada), onde aifrma que o "meu mamparra" , cometeu PECADO! Como diz o Benny Matchole Khossa, são só opiniões... E valem o que valem.... Caro Joao Cabrita, ainda nao tive acesso a esse "tratado" da zelosa AIM, podendo, agracedia que o me expedisse para aquele meu e-mail, umas vexes em "parte incerta".

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