Parlamentares entram em confronto e analistas falam em situação inédita no país.
14.11.2014 18:01
Na África do Sul, ontem, 13, foi um dia de elevada temperatura no Parlamento. Depois de horas de discussão, os políticos sul-africanos trocaram socos e o partido no poder chamou a polícia.
Caos político na África do Sul
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Os observadores políticos dizem que este é o mais recente sinal da crescente ousadia de uma oposição cada vez mais organizada e truculenta, cansada da hegemonia do Congresso Nacional Africano(ANC).
O analista político Ralph Mathekga diz que, apesar de muitos sul-africanos estarem a falar apenas sobre o espectáculo das brigas, o caso tem grandes implicações no diálogo político. "Nós nunca vimos isso na África do Sul antes. É inédito. E eu digo que este é uma situação preocupante porque diz muito sobre as regras no parlamento", explicou.
Durante meses, os partidos de oposição - predominantemente a Aliança Democrática(AD) e o novo partido Combatentes da Liberdade Económica - desafiaram o ANC sobre um escândalo envolvendo o presidente Jacob Zuma, acusado de gastar cerca de 23 milhões de dólares de fundos públicos em melhorias para a sua casa particular.
Zuma descreveu as obras - que incluem um anfiteatro e uma piscina da sua casa - como melhorias de segurança adequadas a um chefe de Estado. O czar contra a corrupção recusou pagar parte do dinheiro gasto, mas uma comissão parlamentar, composta apenas por membros do ANC, ilibou o presidente esta semana de qualquer delito e responsabilidade fiscal.
Na sequência, ontem, a oposição obstaculizou durante sete horas a aprovação da resolução. Os líderes de todos os partidos da oposição atacaram fortemente o presidente com insultos e o compararam com o antigo ditador do Zaire Mobutu Sese Seko e o tirano de Uganda Idi Amin.
O presidente do Parlamento tentou derrubar a obstrução e foi quando a polícia de choque entrou em acção provocando actos de muita violência.
O porta-voz parlamentar da Aliança Democrática Mabine Seabe disse que
entrar no parlamento e atacar membros é totalmente inaceitável. “Quero dizer, ele está a empurrar-nos para uma crise constitucional, em que os membros, que são protegidos por imunidade parlamentar. Se o orador tivesse agido de forma justa, a situação seria ultrapassada. Em vez disso, ela chamou a polícia que, posteriormente, agrediu membros dos Combatentes da Liberdade Económica e nosso partido, a Aliança Democrática”, denunciou Seabe.
A ANC, por seu lado, culpa a oposição de levar "anarquia" ao parlamento como diz o porta-voz do ANC Moloto Mothap: "É uma afronta aos sacrifícios dos combatentes que morreram para termos este parlamento democrático. Vamos continuar a proteger a integridade, bem como o decoro da instituição e evitar qualquer forma de anarquia", garantiu Mothap.
Os próximos passos e capítulos, segundo analistas, não auguram bons tempos para o debate político na África do Sul.
Durante meses, os partidos de oposição - predominantemente a Aliança Democrática(AD) e o novo partido Combatentes da Liberdade Económica - desafiaram o ANC sobre um escândalo envolvendo o presidente Jacob Zuma, acusado de gastar cerca de 23 milhões de dólares de fundos públicos em melhorias para a sua casa particular.
Zuma descreveu as obras - que incluem um anfiteatro e uma piscina da sua casa - como melhorias de segurança adequadas a um chefe de Estado. O czar contra a corrupção recusou pagar parte do dinheiro gasto, mas uma comissão parlamentar, composta apenas por membros do ANC, ilibou o presidente esta semana de qualquer delito e responsabilidade fiscal.
Na sequência, ontem, a oposição obstaculizou durante sete horas a aprovação da resolução. Os líderes de todos os partidos da oposição atacaram fortemente o presidente com insultos e o compararam com o antigo ditador do Zaire Mobutu Sese Seko e o tirano de Uganda Idi Amin.
O presidente do Parlamento tentou derrubar a obstrução e foi quando a polícia de choque entrou em acção provocando actos de muita violência.
O porta-voz parlamentar da Aliança Democrática Mabine Seabe disse que
entrar no parlamento e atacar membros é totalmente inaceitável. “Quero dizer, ele está a empurrar-nos para uma crise constitucional, em que os membros, que são protegidos por imunidade parlamentar. Se o orador tivesse agido de forma justa, a situação seria ultrapassada. Em vez disso, ela chamou a polícia que, posteriormente, agrediu membros dos Combatentes da Liberdade Económica e nosso partido, a Aliança Democrática”, denunciou Seabe.
A ANC, por seu lado, culpa a oposição de levar "anarquia" ao parlamento como diz o porta-voz do ANC Moloto Mothap: "É uma afronta aos sacrifícios dos combatentes que morreram para termos este parlamento democrático. Vamos continuar a proteger a integridade, bem como o decoro da instituição e evitar qualquer forma de anarquia", garantiu Mothap.
Os próximos passos e capítulos, segundo analistas, não auguram bons tempos para o debate político na África do Sul.
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