BEIRUTE — A Coalizão da oposição síria atacou neste sábado a Rússia, principal aliada do regime do presidente Bashar al-Assad, acusando este país de estar fora da História e de se opor aos valores de liberdade e justiça.
Estas críticas ocorrem depois que o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, denunciou na quarta-feira o papel negativo desempenhado pelo grupo Amigos da Síria, que se reúne na tarde deste sábado em Istambul.
"As palavras do ministro russo demonstram que a Rússia mantém uma política estrangeira que encara as coisas apenas do ponto de vista de estreitos interesses militares, e não compreende as profundas mudanças históricas provocadas pela Primavera Árabe", disse a Coalizão em um comunicado.
"O fato de a Rússia se opor às aspirações dos sírios à liberdade e à democracia (...) demonstra mais uma vez que a administração russa vive fora da História e contra a corrente da libertação do Homem", acrescenta o texto.
Espera-se que o grupo de Amigos da Síria volte a apoiar a oposição, que multiplica os apelos para obter ajuda militar direta.
A Coalizão também criticou Israel, que se reservou o direito de bloquear qualquer fornecimento de armas aos rebeldes se houver o risco de que elas caiam nas mãos de terroristas.
A oposição disse que se nega que "os direitos fundamentais do povo sírio sejam reféns dos interesses, da vontade e dos temores dos demais".
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