27 Abril 2013, 23:36 por Bruno Simões | brunosimoes@negocios.pt
António Correia de Campos, ex-ministro da Saúde de José Sócrates, interveio no congresso a mostrar o que separa Passos Coelho de Seguro. E foi duro com o primeiro-ministro.
“Seguro nada tem a ver com Passos Coelho”, começou por dizer. “De Seguro seria impossível esperar que assinasse um livro idiota escrito por outros”, acrescentou.
“Seguro nunca faria figura de panhonha sem alma nem força frente à troika”, assegurou ainda. O líder socialista “cumpriria o memorando mas resistiria às sete alterações” que foram introduzidas entretanto nos exames regulares.
O secretário-geral dos socialistas “não seria forte com os fracos nem submisso com os fortes. O PS com Seguro não parava o progresso, não destruiria a economia; pelo contrário, colocaria o emprego no topo das prioridades”, afiançou.
Além disso, “Seguro não se tornaria um servil seguidor de Angela Merkel, Olli Rehn ou Durão Barroso”, mas, ao invés, “confrontaria credores com a responsabilidade” pela crise. Até mesmo “fora do Governo, o PS com Seguro é hoje mais influente na Europa do que Passos Coelho e Vítor Gaspar”. Exemplos? “Em dois anos, de forma consistente, ajudou a reorganizar a oposição socialista”, destacou.
O ex-ministro frisou que é preciso “mudar o Governo antes do final do mandato”, e lembrou que, com a moção de censura, “o PS deu voz a milhões de portugueses, da esquerda à própria direita, que anseiam por despedir este Governo”.
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