RIA Novosti
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Nenhuma pergunta dirigida ao presidente no decurso da Linha Direta ficará sem resposta, garantiu Vladimir Putin após o diálogo com os cidadãos, mantido esta quinta-feira.
O líder russo respondeu em direto a 85 perguntas. Os analistas estrangeiros salientam o fato de as interrogações não terem tido um caráter pessoal de habituais pedidos, votos ou recomendações. A maior parte de problemas abordados desempenham um papel-chave para o Estado russo.
Vladimir Putin respondeu a perguntas durante 4 horas e 48 minutos. Um aspeto importante foi o posicionamento de Putin assumido em relação ao gabinete de ministros, frisou o vice-presidente do centro de Comunicações Estratégicas, Dmitri Abzalov.
“Ultimamente, sob o pano de fundo do relatório de trabalho do governo, têm circulado boatos de uns ministros poderem abandonar seus postos, havendo um crescente fosso entre a administração presidencial e o executivo. O presidente não defendeu ninguém, nem disse ter planos de proceder a demissões. Isto significa que as exigências apresentadas ao gabinete, sobretudo, perante os desafios socioeconómicos atuais, aumentarão.”
A Linha Direta foi seguida com muita atenção também fora da Rússia. O cientista político polonês Konrad Renkas ressaltou:
"De acordo com Putin, a atitude de abertura e proximidade para com o povo e o diálogo com os russos constitui um princípio fundamental para ele e para a administração presidencial. A última entrevista veio demonstrar que tais iniciativas podem unir a sociedade russa. O leque de problemas colocados foi muito amplo. Vale apontar que as intervenções não tiveram um caráter de pedidos pessoais. A maioria de questões levantadas reflete os problemas-chave da Rússia, sua economia, o sistema jurídico, a política migratória, a liberdade de expressão, etc.”
O politólogo sérvio Gostimir Popovic chamou atenção para duas declarações de Vladimir Putin: a Rússia não seguirá às cegas os padrões de desenvolvimento ocidentais e que o atentado bombista em Boston tem de obrigar a Rússia e os EUA a intensificarem a colaboração no combate ao terrorismo.
“A Rússia está conduzindo uma política autônoma amante da paz. O seu papel nos processos de estabelecimento de paz universal é difícil de subestimar. No que respeita à luta contra o terrorismo, a Rússia, a meu ver, ocupa agora o 1º lugar no mundo. Seria bom se os EUA seguissem a via proposta nesse sentido pelo presidente Putin. Embora, falando sinceramente, custa a crer que, na pessoa de Washington, Moscou possa encontrar um parceiro realmente digno no combate ao terrorismo.”
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